Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Mohammed Salem - EPA
Os enviados-especiais José Manuel Rosendo e Marques de Almeida acompanham no terreno o conflito entre Israel e Hamas.
Os israelitas garantem que o ataque de artilharia foi um engano. Aconteceu quando vários camiões entravam pela fronteira de Rafah. Os palestinianos no sul de Gaza ainda não sentem os efeitos da pouca ajuda que chegou e as Nações Unidas temem uma catástrofe.
Foto: Maya Alleruzzo/Pool via Reuters
Banjamin Netanyahu avisa que irá destruir o Líbano caso o Hezbollah decida entrar no conflito contra Israel. As forças israelitas atingiram templos muçulmanos em Gaza mas também na Cisjordânia. Já os Estados Unidos anunciaram que vão reforçar a ajuda militar.
Apesar da guerra em Israel, há portugueses que recusaram deixar o país em guerra e que continuam a trabalhar. Alguns vivem em Jerusalém, onde, por agora, o conflito pouco se faz sentir.
Um refém israelita que está nas mãos do Hamas pede com urgência a obtenção da nacionalidade portuguesa. O pedido já chegou ao Governo português. O Ministério da Justiça disse à RTP que está a analisar o processo em conjunto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, tendo em conta o contexto no terreno. A família do refém acredita que os que tiverem dupla nacionalidade possam ter mais hipóteses de ser libertados.
We are in shock and mourning.
— UNRWA (@UNRWA) October 22, 2023
It is now confirmed that 29 of our colleagues in📍#Gaza have been killed since October 7.
Half of these colleagues were @unrwa teachers.
As an Agency, we are devastated. We are grieving with each other and with the families. pic.twitter.com/TPTdUAAjg3
As forças armadas israelitas informaram hoje que um dos seus tanques disparou "acidentalmente" contra um posto militar egípcio junto ao posto fronteiriço de Kerem Shalom.
"Há pouco tempo, um tanque das IDF [Forças de Defesa israelitas, na sigla em inglês] disparou acidentalmente e atingiu um posto egípcio adjacente à fronteira, na zona de Kerem Shalom", informou o exército israelita na rede social X, antigo Twitter.
"O incidente está a ser investigado e os pormenores estão a ser analisados", avança a mesma mensagem, sem especificar a que horas ocorreu o incidente.
A região fronteiriça de Kerem Shalom localiza-se no canto sul da Faixa de Gaza.
Não há, até ao momento, informações do lado egípcio relativas ao incidente nem sobre possíveis vítimas ou feridos.
O presidente e o chanceler da Alemanha expressaram hoje condenação e vergonha pelo aumento do antissemitismo no seu país desde o início das novas hostilidades no Médio Oriente, enquanto milhares de pessoas reuniram-se em Berlim em apoio a Israel.
Na capital alemã, milhares de pessoas reuniram-se numa manifestação convocada para mostrar oposição ao antissemitismo e o apoio a Israel, levando bandeiras israelitas ou cartazes com fotos de algumas pessoas dadas como desaparecidas ou mantidas como reféns pelo movimento islamita Hamas.
A concentração, organizada por uma ampla união de organizações, ocorre num momento em que os incidentes antissemitas têm aumentado na Alemanha, após a violenta escalada da guerra em Gaza entre o movimento islamita Hamas e Israel.
Os organizadores estimaram que mais de 20 mil pessoas participaram na manifestação, enquanto a polícia calculou o número em metade.
"É insuportável que os judeus vivam novamente com medo hoje no nosso país", disse o Presidente Frank-Walter Steinmeier aos manifestantes reunidos em frente às Portas de Brandemburgo, em Berlim.
"Cada ataque aos judeus, às instituições judaicas, é uma vergonha para a Alemanha. E cada ataque enche-me de vergonha e raiva", declarou.
Anteriormente, o chanceler alemão, Olaf Scholz, disse que estava indignado com a vaga antissemita que se espalhava à medida que a guerra em Gaza avançava, e alertou, na inauguração de uma sinagoga, que a promessa de "nunca mais" deve ser inquebrável.
Dois `cocktail molotov` foram lançados contra uma sinagoga em Berlim na quarta-feira, e a proteção policial às instituições judaicas foi aumentada desde então
Scholz, que também denunciou as ações de violência na quarta-feira, proferiu os seus comentários de condenação ao antissemitismo na inauguração do templo em Dessau, uma cidade no leste da Alemanha cuja sinagoga foi destruída pelos nazis há 85 anos.
Tanto Scholz como Steinmeier condenaram o ataque do Hamas a civis israelitas em 07 de outubro, ao mesmo tempo que expressaram a sua preocupação pelos civis palestinianos afetados pelo conflito, mas hoje o seu objetivo era abordar as consequências internas desta crise.
"Estou profundamente indignado com a forma como o ódio antissemita e a agitação desumana têm surgido desde aquele fatídico 07 de outubro, na Internet, nas redes sociais em todo o mundo, e vergonhosamente também aqui na Alemanha", disse Scholz.
"É por isso que o nosso `nunca mais` deve ser inquebrável", disse o chanceler alemão ao reunir-se com líderes judeus na Sinagoga Weill, observando que esta comunidade cresceu recentemente ao acolher pessoas em fuga da guerra na Ucrânia.
A sinagoga leva o nome do compositor alemão Kurt Weill, que fugiu da Alemanha nazi em 1933, e do seu pai, Albert Weill, que era cantor em Dessau.
"Esta sinagoga aqui no centro de Dessau diz que a vida judaica é e continua a ser parte da Alemanha", disse Scholz, acrescentando que "a Alemanha fará tudo para proteger e fortalecer a vida judaica".
Bandeiras israelitas hasteadas em municípios em vários pontos do país, após o ataque de 07 de outubro em solidariedade com Israel, foram derrubadas e queimadas e portas e paredes de vários edifícios em Berlim onde residem judeus foram pintados com a estrela de David.
Também hoje em Berlim, agentes da polícia em Berlim intervieram junto dos participantes numa manifestação pró-Palestina na praça Potsdamer que tinha sido proibida.
Sob o lema "Paz no Médio Oriente", a concentração foi proibida pelas autoridades, que consideram que existia o perigo de incitamentos antissemitas e violentos, bem qualquer evento substituto até 30 de outubro.
Israel has the right to defend itself. We must make sure they have what they need to protect their people today and always.
— President Biden (@POTUS) October 22, 2023
At the same time, Prime Minister Netanyahu and I have discussed how Israel must operate by the laws of war. That means protecting civilians in combat as…
Algumas milhares de pessoas estão hoje reunidas em frente à Comissão Europeia, em Bruxelas, a exigir o fim da intervenção militar israelita em Gaza, iniciada depois de um atentado do Hamas no início do mês.
Os manifestantes ocuparam a totalidade da rotunda de Schuman, mesmo em frente aos edifícios da Comissão Europeia e do Conselho Europeu, e estão a empunhar bandeiras da Palestina e cartazes a dizer "boicote a Israel" e "free, free Palestina" ("Palestina livre, livre").
A polícia belga montou um forte dispositivo de segurança. Há helicópteros no ar a patrulhar o início e o fim da manifestação.
Vários manifestantes estão em cima de paragens de autocarro a erguer bandeiras enormes da Palestina.
O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, avisou hoje que Washington "não hesitará em agir" militarmente contra qualquer organização ou país que se sentisse tentado a expandir o conflito no Médio Oriente entre Israel e o Hamas.
Poucas horas depois de o Pentágono ter anunciado o reforço da sua presença militar na região face às "recentes escaladas do Irão e das suas forças afiliadas", Austin deixou uma mensagem na ABC News "àqueles que procurem alargar o conflito".
"O nosso conselho é: `Não façam isso`. Preservamos o nosso direito de nos defendermos e não hesitaremos em agir em conformidade", declarou.
Os Estados Unidos anunciaram no sábado à noite um reforço militar no Médio Oriente em resposta às "recentes escaladas do Irão e das suas filiais" na região.
Um sistema de defesa antimíssil de alta altitude e várias baterias de mísseis terra-ar Patriot serão instalados "em toda a região", e mais meios militares foram colocados em estado de "pré-implantação", anunciou Lloyd Austin em comunicado.
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação "pode tornar-se incontrolável" no Médio Oriente se não puserem "imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza".
"Hoje, a região é como um barril de pólvora (...). Gostaria de alertar os Estados Unidos e o regime fantoche israelita que se não puserem imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza, tudo é possível a qualquer momento e a região pode tornar-se incontrolável", afirmou Hossein Amir-Abdollahian, numa declaração em Teerão com a sua homóloga sul-africana, Naledi Pandor.
A comunidade internacional receia um alastramento da guerra entre o movimento islamita Hamas e Israel e um maior envolvimento do Hezbollah libanês, aliado do Hamas apoiado pelo Irão.
O grupo islamita Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
O terminal de Rafah, no sul de Gaza e a única passagem para o Egito, vai permitir que a ajuda humanitária chegue ao território palestiniano.
O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, avisou hoje o grupo xiita libanês Hezbollah que "cometeria o erro da sua vida" se decidisse entrar em guerra contra Israel.
"Faremos com que se arrependam da segunda guerra do Líbano [em 2006]... atacaremos com um poder que não podem imaginar e que será devastador para o Estado do Líbano", declarou Netanyahu durante uma visita às tropas israelitas no norte do país.
Netanyahu insistiu que, em caso de uma frente de batalha com o Hezbollah, Israel "irá ripostar com uma força tal que não podem imaginar, ao ponto de ter consequências devastadoras tanto para o Hezbollah como para o país".
Aos militares israelitas, o primeiro-ministro israelita disse-lhes que estão perante "a batalha" das suas vidas. "É matar ou ser morto e vocês têm de os matar", afirmou o governante numa mensagem dirigida a todo o exército, no âmbito da guerra contra o Hamas.
Estas declarações surgem no dia seguinte ao anúncio do Hezbollah de que já tem militares na fronteira e que Israel pagará um preço alto sempre que iniciar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza.
As palavras do vice-líder do grupo xiita libanês, Naim Kassem, ocorreram quando Israel bombardeava e fazia ataques com drones no sul do Líbano, enquanto o Hezbollah disparava foguetes e mísseis contra Israel. "Estamos a tentar enfraquecer o inimigo israelita e fazê-los saber que estamos prontos", disse.
Já as autoridades do grupo islamita Hamas tinham declarado que se Israel iniciar uma ofensiva terrestre em Gaza, o Hezbollah se juntará aos combates.
O contato telefónico serviu para abordar o adiamento da visita prevista de Isac Herzog a Portugal, agendada para o início de novembro.
Israel juntou mais 14 localidades ao plano de evacuação. Na zona há movimentações militares. Os enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, estiveram numa dessas localidades, onde a população está agora impedida de entrar.
Israel garante que matou dirigentes do Hamas em Gaza e Cisjordânia. As forças israelitas bombardearam também os aeroportos de Damasco e Alepo na Síria. As ações deste domingo fizeram, pelo menos, mais de uma centena de mortos um dos alvos foi uma mesquita.
As Nações Unidas alertam que a ajuda que ontem chegou a Gaza não é suficiente para responder a tantas necessidades. Enquanto isso, a população faz fila para poder comprar comida.
Centenas de manifestantes, incluindo familiares de desaparecidos na sequência do Ataque do Hamas em Israel, protestaram, na última noite, no centro de Telavive. Exigiram que o Governo de Benjamin Netanyahu tome medidas imediatas para devolver os reféns israelitas.
Israel atacou, na noite passada, uma mesquita na Cisjordânia, fazendo quatro mortos. As Força Aérea de Israel não bombardeava este território ocupado há 20 anos, o que segundo os enviados especiais da RTP pode significar um avanço de como está a encarar este conflito.
Israel aconselha a população de Gaza a deslocar-se para o sul do enclave. As Forças de Defesa alertam que vão intensificar os ataques a alvos do Hamas que, segundo dizem, posicionam-se entre civis, em apartamentos e perto de hospitais.
O Exército de Israel acusa o Hezbollah de procurar uma escalada militar. O porta-voz do Exército avisa que há o risco de arrastar o Líbano para a guerra.