Guerra no Médio Oriente. A evolução do conflito entre Israel e o Hamas ao minuto

por Inês Moreira Santos, Graça Andrade Ramos, Joana Raposo Santos, Mariana Ribeiro Soares, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.

Emissão da RTP3


Ibraheem Abu Mustafa - Reuters

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por RTP

Ponto de situação

  • O Egito anunciou, nas últimas horas, o acordo para uma "passagem duradoura" de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah, numa altura em que centenas de camiões com ajuda estão parados às portas do enclave.
  • Centenas de manifestantes entraram quarta-feira em confronto com as forças de segurança libanesas num subúrbio de Beirute, perto da Embaixada dos EUA, durante manifestações de apoio aos civis de Gaza e ao movimento islamita Hamas na guerra contra Israel.
  • Centenas de pessoas juntaram-se, na quarta-feira, na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, numa manifestação contra o escalar da violência em Gaza, onde as palavras de ordem que mais se ouviram foram "Palestina livre" e "Palestina vencerá".
  • Pelo menos uma centena de manifestantes que se apresentaram como Judeus pela Paz ocuparam hoje um edifício do Congresso dos Estados Unidos, exigindo aos congressistas e à administração Biden que pressionem por um cessar-fogo em Gaza.
  • A Organização de Cooperação Islâmica (OCI) criticou as posições internacionais tomadas a favor de Israel, após a explosão registada num hospital de Gaza que matou centenas de pessoas, criticando a "imunidade concedida" ao Estado judeu.
  • O Hezbollah garantiu ter infligido baixas e danos em seis ataques contra o norte de Israel, ações que aumentam os receios de que o grupo xiita libanês se envolva diretamente no conflito em Gaza.
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por Lusa

Egito anuncia "passagem duradoura" de ajuda para Gaza através de Rafah

O Egito anunciou hoje o acordo para uma "passagem duradoura" de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah, numa altura em que centenas de camiões com ajuda estão parados às portas do enclave.

"O Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi e o presidente dos EUA Joe Biden concordaram com a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza através da passagem de Rafah de forma duradoura", frisou o porta-voz da presidência, Ahmed Fahmy, em comunicado, sem especificar uma data concreta.

A entrega de ajuda será supervisionada pela ONU, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Sameh Shoukry, à estação Al-Arabiya.

Questionado se os estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade que pretendam sair seriam autorizados a passar, o ministro referiu: "Desde que a passagem esteja a funcionar normalmente e as instalações [da passagem] tenham sido reparadas".

O Egito ainda tem de reparar a estrada que atravessa a fronteira, que ficou esburacada pelos ataques aéreos israelitas, noticiou a agência Associated Press (AP).

Mais de 200 camiões e cerca de 3.000 toneladas de ajuda estão posicionados na passagem de Rafah ou perto desta, que é a única ligação de Gaza ao Egito, sublinhou o líder do Crescente Vermelho para o Sinai do Norte, Khalid Zayed.

Joe Biden tinham anunciado anteriormente que Al-Sissi tinha concordado em "deixar até 20 camiões atravessarem" a fronteira, para a entrega de ajuda humanitária a Gaza.

"Se o Hamas [os capturar] ou não os deixar passar (...) então tudo estará acabado", alertou o chefe de Estado norte-americano.

Biden fez o anúncio após uma conversa telefónica com Al-Sissi e garantiu que o egípcio está "totalmente cooperativo" e que "merecia muito reconhecimento" pela sua ação.

Israel isolou a Faixa de Gaza, impedindo toda a entrada de alimentos, água, medicamentos e combustível aos seus 2,3 milhões de habitantes após o ataque do movimento islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro.

Funcionários da Casa Branca adiantaram à agência Associated Press (AP) que a ajuda seguirá nos próximos dias.

Antes, Israel tinha garantido que permitiria ao Egito entregar quantidades limitadas de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, a primeira cedência num cerco de 10 dias ao território, desde que esses bens não cheguem ao movimento islamita palestiniano Hamas.

O responsável da ONU para as emergências humanitárias defendeu esta quarta-feira que a ajuda a Gaza, assim que puder atravessar a fronteira do Egito, deverá ser "substancial", da ordem dos 100 camiões por dia, e a sua segurança, acautelada.

Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.

A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestino, a maioria civis, segundo as autoridades locais.

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por RTP

Manifestantes no Líbano protestam contra explosão de hospital em Gaza

Centenas de manifestantes entraram, na quarta-feira, em confronto com as forças de segurança libanesas num subúrbio de Beirute, perto da Embaixada dos EUA, durante manifestações de apoio aos civis de Gaza e ao movimento islamita Hamas na guerra contra Israel. O protesto no bairro de Aukar ocorreu no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestava solidariedade para com Israel durante a sua visita a esse país, que ocorreu hoje, um dia depois de uma explosão num hospital da Faixa de Gaza ter matado centenas de pessoas e provocado protestos em massa.
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por Lusa

Centenas de pessoas no centro de Lisboa contra violência em Gaza e por "Palestina livre"

 

Centenas de pessoas juntaram-se hoje na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, numa manifestação contra o escalar da violência em Gaza, onde as palavras de ordem que mais se ouviram foram "Palestina livre" e "Palestina vencerá".

Com música de fundo de tambores e empunhando bandeiras da Palestina, os manifestantes, muitos dos quais envergando o lenço tradicional palestiniano, empunhavam cartazes que apelavam ao "fim do genocídio", "fim do apartheid" e "fim do bloqueio a Gaza", por Israel, que tem em curso uma operação militar em Gaza depois de a 07 de outubro ter sido alvo de um ataque do movimento islamita Hamas que fez perto de 1.400 mortos.

No encontro, os organizadores manifestaram receio de um alastramento da guerra ao resto do mundo e exigiram do Governo português uma tomada de posição.

A concentração "Fim à Agressão a Gaza, Paz no Médio Oriente", que teve início hoje às 18:00 e a que se seguiu uma vigília, foi organizada pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), pelo Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM), Coletivo pela Libertação da Palestina e Confederação-Geral dos Trabalhadores Portugueses - Intersindical Nacional (CGTP-IN), face ao conflito entre israelitas e palestinianos.

O secretário geral do PCP, Paulo Raimundo, marcou presença na manifestação, justificando que não podia deixar de estar presente "nesta jornada de parar a guerra, o genocídio e o massacre".

O responsável político acredita que a força das manifestações que estão a tomar expressão cada vez mais forte em todo o mundo, para exigir o "fim da guerra, deste massacre que está em curso e da suposta invasão de Gaza", pode travar o seu avanço.

"Não só é possível, como penso que estas demonstrações de força, de solidariedade e confiança têm estado a retardar de forma concreta este massacre em curso", afirmou, lembrando que o que classificou como um "genocídio em curso", há dez dias e com "dez mil bombas detonadas em Gaza por parte do governo israelita", além da "destruição de escolas, hospitais, ambulâncias e milhares de mortos".

"Todos nos preocupamos com as vítimas civis de todo o lado, e que atos criminosos, terroristas que vitimem vítimas inocentes e civis são condenáveis sejam elas de onde forem: isso aconteceu no [ataque do Hamas] no dia 07 de outubro em Israel e está a acontecer desde há 10 dias para cá, todos os dias, atos terroristas, atos criminosos, crimes de guerra" alegadamente cometidos por forças israelitas, disse Raimundo.

Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP, disse que a manifestação pretende denunciar os mais de 70 anos de repressão, opressão e ocupação de terras do povo palestiniano.

Camarinha pôs a tónica no incumprimento por parte de Israel das "centenas de resoluções das Nações Unidas" e sublinhou que é preciso dar-lhes cumprimento.

"Israel tem feito o que tem feito com a cumplicidade dos EUA da União Europeia e da NATO", acrescentou a sindicalista, considerando que basta cumprir as resoluções da ONU "para que acabe esta guerra e para que o povo palestiniano tenha direito ao seu Estado".

O vice-presidente do CPPC, Rui Garcia, lembrou que Portugal comemora em breve os 50 anos do 25 de Abril e que perante essa celebração da liberdade se deveria questionar o que está a fazer perante os acontecimentos na Palestina.

"O Governo português tem especial responsabilidade de levantar a voz. Não basta dizer no vazio que se é contra os crimes de guerra. É preciso que no concreto haja posições e atuação, para que aquela situação termine e se inverta", salientou.

Para Rui Garcia, o que está em curso na Palestina é uma "limpeza étnica".

Já o vice-presidente do MPPM, Carlos Almeida, questionou por que é que o Governo português tem uma resolução aprovada na Assembleia da República desde 2014, recomendando o reconhecimento do Estado da Palestina e aguarda tanto tempo para o fazer.

"Todos os governos do mundo sabem que a solução dos dois Estados está a morrer todos os dias" e "ninguém pode dizer que não sabia", considerou.

"O potencial de alastramento para um conflito de larguíssimas proporções, que pode atingir não apenas a paz no Médio Oriente, mas a paz no mundo, devia alertar as consciências", adiantou.

Embrulhada na bandeira palestiniana, Adriana, escritora de 28 anos com ascendência alemã e judaica, disse à Lusa estar na presente na manifestação por ter "a responsabilidade" de se opor a um Estado que impõe um "Apartheid a um grupo de pessoas que têm sido privadas dos seus direitos". "Tenho uma responsabilidade especial por ser judia", disse a jovem de Washington DC (EUA), que está em Portugal há um ano e meio. 

Iuri, 30 anos, saiu à rua "para apoiar os palestinianos que estão a passar por um genocídio". "Mostrar apoio e solidariedade é o mínimo que podemos fazer por aqueles que não têm voz", adiantou à Lusa o jovem, que trabalha na indústria da informação.

Com a cabeça coberta por um lenço palestiniano, branco e preto, Shannon assumiu estar presente "para que o mundo saiba que as pessoas estão com a Palestina". "O mínimo que podemos fazer para os inocentes que estão a ser mortos é condenar o que está a acontecer todos os dias", disse à Lusa a jovem de 28 anos, de dupla nacionalidade alemã e americana, que está em Portugal há sete anos e trabalha na área do marketing.

 

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Ataque israelita atinge posição militar no sul da Síria

Um ataque aéreo israelitea teve como alvo uma posição militar do regime no sul da Síria, esta noite, informou o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), poucos dias depois de um ataque ao aeroporto de Aleppo (no norte do país).

"Sons de explosões ressoaram na província de Qouneitra após um ataque israelita contra uma posição do exército sírio", disse a ONG, sediada no Reino Unido, mas que conta com uma vasta rede de fontes no país em guerra.

Sons de explosões também foram ouvidos nas Colinas de Golã (no sul), disse o OSDH, sem especificar a origem dos tiros.
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por RTP

Dois adolescentes foram mortos a tiro por forças israelitas na Cisjordânia

Dois adolescentes foram mortos a tiro por forças israelitas na Cisjordânia ocupada, na quarta-feira, o que elevou para 64 o número de vítimas neste território palestiniano. A informação é do Ministério palestiniano da Saúde.
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por RTP

Amnistia contesta proibição de manifestações pró-palestinianas em Berlim

A secção alemã da ONG Amnistia Internacional (AI) criticou hoje a proibição generalizada de protestos contra os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza, classificando a decisão como "questionável" do ponto de vista dos direitos humanos.

"A liberdade de reunião é um direito de todos, independentemente de opiniões políticas", afirmou a AI numa publicação nas redes sociais.

A polícia pode excluir dos protestos pessoas que tenham cometido crimes de incitação ao ódio ou à violência, mas isso "não justifica uma proibição geral de manifestações", acrescentou.

"Os relatos sobre violência policial, sobre as centenas de detenções, incluindo de menores e a multiplicação de controlos injustificados sobre possíveis cidadãos árabes ou muçulmanos são preocupantes", concluiu a ONG.

Desde o início do conflito entre o grupo islâmico Hamas e Israel, a 7 de outubro, tanto as autoridades de Berlim como de outras cidades alemãs, proibiram todas as manifestações pró-palestinianas, com a justificação de que poderiam ser utilizadas como meio para cometer crimes.

Um apelo sob o lema "Judeus berlinenses contra a violência no Médio Oriente" foi proibido no dia 13 de outubro, enquanto hoje foi rejeitado um apelo da "Juventude contra o Racismo".

Apesar das proibições, no último fim de semana, cerca de 1000 manifestantes reuniram-se no centro da capital alemã, antes de serem afastados pelas autoridades, que prenderam 127 pessoas.

C/Lusa
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Ataque aéreo israelita atinge aldeias no Líbano

A comunicação social libanesa está a avançar com a informação de duas aldeias no sul do Líbano terem sido atingidas por ataques aéreos israelitas.

De acordo com a emissora Al Mayadeen, citada pela Reuters, os mísseis lançados por Israel atingiram as vilas de Kafr Shuba e Odaisseh.
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Primeiro-ministro do Reino Unido quinta-feira em Israel e na região

O gabinete do primeiro-ministro britânico anunciou esta quarta-feira à noite a deslocação quinta-feira de Rishi Sunak a Israel e depois a outras capitais da região.

Sunak deverá reunir-se com o homólogo israelita, Benjamin Netanyahu, e com o presidente de Israel, Isaac Harzog, acrescentou o comunicado.

O líder britânico deverá apresentar condolências conjuntas pelas vítimas de Israel e de Gaza resultantes dos ataques do Hamas dia 7 de outubro e advertir contra uma escalada do conflito na região.

"Cada morte civil é uma tragédia. E perderam-se demasiadas vidas depois do horríveal acto terrorista do Hamas", referiu Sunak numa declaração prévia à visita anunciada.
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Hezbollah adverte que está "mil vezes mais forte"

O movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irão, deixou avisos aos Estados Unidos,  a Israel e a "europeus maliciosos", dizendo que devem ter cuidado.

"A resposta ao erro que podem vir a cometer quanto à nossa resistência será retumbante", afirmou um dos líderes do Hezbollah, Hashem Safieddine, perante milhares de apoiantes no Líbano reunidos para protestar contra o bombardeamento, atribuído a Israel, de um hospital em Gaza.

"Porque o que nós temos é fé e Deus é mais forte que vocês, do que todos os vossos navios de guerra e do que todas as vossas armas", acrescentou, sublinhando que "estamos mil vezes mais fortes" do que antes.

Os Estados Unidos da América advertiram o Irão, que, além do Hezbollah, apoia o Hamas, contra qualquer envolvimento na crise entre Israel e o Hamas, tendo enviado para a zona dois porta-aviões para dissuadir qualquer Estado ou organização de tentar agravar o conflito.
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Cerco a Gaza. Egito aceita a passagem de camiões com ajuda

Foto: Evelyn Hockstein - Reuters

O presidente norte-americano revelou, esta noite, que o presidente do Egito acedeu a abrir a fronteira com Gaza para 20 camiões com ajuda humanitária. Joe Biden explicou que há mais auxílio disponível e descreveu as negociações.

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20 camiões. Biden elogia presidente egípcio por reabrir Raffah

O presidente dos Estados Unidos da América afirmou que o seu homólogo Abdel Fattah al-Sisi concordou com a reabertura da passagem de Raffah, para autorizar a entrada em Gaza de 20 camiões de ajuda humanitária.

"Sisi merece reconhecimento porque foi conciliador", referiu Joe Biden aos jornalistas no regresso ao país vindo de Israel.

A presidência egípcia confirmou, quarta-feira à noite, que os dois líderes debateram num telefonema formas de acelerar a entrada do auxílio humanitário em Gaza.

A chamada realizou-se a bordo do Air Force One, o avião presidencial norte-americano, durante o regresso a Washington, e durou cerca de uma hora, conforme informações passadas pelo próprio Joe Biden aos jornalistas que o acompanharam na viagem.

"Ele concordou que o que ia fazer seria abrir a passagem para fazer duas coisas", revelou o presidente dos EUA, referindo-se a al-Sisi. "O meu embaixador está no Cairo, agora, e vai coordenar isto" Tem a minha autoridade para fazer o necessário para implementar isto", acrescentou.

Biden disse que estava ao telefone com o presidente egípcio todo o tempo que o Air Force One esteve na pista da base de Ramstein, na Alemanha, a ser reabastecido. A paragem durou mais de uma hora, tempo que durou o telefonema. "Foi por isso que não levantamos", explicou o presidente.

Joe Biden revelou ainda que a estrada para Gaza tem de ser reparada antes dos camiões poderem passar, uma operação que deverá levar umas oito horas esta quinta-feira.

Os camiões deverão começar a andar na sexta-feira, frisou Biden.

A passagem de Raffah só será aberta para a ajuda entrar, não para retirar habitamtes de Gaza, acrescentou. É "com este objetivo, não para deixar uma série de pessoas sair mas para isto", referiu ainda o líder norte-americano.

A ajuda será recebida e distribuída pela ONU. "O acordo é de facto que atravessem a passagem e a ONU irá estar do outro lado e então distribuir, o que irá demorar algum tempo a organizar", reconheceu Biden, sublinhando que o acordo era de que "se o Hamas confiscar o auxílio ou não o deixar passar - então para tudo. Porque não vamos enviar ajuda humanitária ao Hamas".

"Foi uma negociação muito franca" com al-Sisi, classificou ainda Biden, elogiando o presidente egípcio pela sua atitude de "verdadeira conciliação". Merece "verdadeiro crédito" pelo acordo, aplaudiu.
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por RTP

Manifestantes ocupam edifício do Congresso dos EUA para exigir cessar-fogo

Pelo menos uma centena de manifestantes ocupou esta quarta-feira um edifício do Congresso norte-americano para exigir aos congressistas e à Administração Biden que pressionem a implementação de um cessar-fogo em Gaza.

Vestidos com t-shirts negras com a incrição "Os judeus dizem: cessar-fogo já" e "Não em meu nome", sentaram-se na rotunda do Edifício Cannon, um dos elementos do complexo do Congresso, a bater palmas e a cantar.

Desfraldaram ainda grandes bandeiras com as mensagens "Cessar-fogo" e "Deixem Gaza viver".

A polícia do Capitólio interpelou vários dos manifestantes, sublinhando na rede social X (antigo Twitter), que "as manifestações dentro do interior dos edifícios do Congresso não estão autorizadas".

"Advertimos os manifestantes que deviam cessar o seu protesto e quando eles não obedeceram começamos a detê-los", acrescentou.

A manifestação foi organizada pelo movimento Voz Judia pela Paz.

Antes de se dirigirem ao edifício Cannon, centenas de pessoas congregaram-se no National Mall, perto do Capitólio, para apelar à Administração Biden que solicitasse um cessar-fogo na sua visita a Israel.

"Biden é realmente o único com poder para pressionar Israel neste momento e tem de usar esse poder para salvar vidas inocentes" afirmou, à Agência France Presse, Hannah Lawrence de 32 anos, vinda do Estado do Vermont para partiicpar na manifestação.

"Se pudesse enviar uma mensagem ao presidente, dir-lhe-ia, abra os olhos, veja o que se passa em Gaza. Se quer poder ver-se ao espelho, deve erguer-se e por fim ao genocídio", declarou por seu lado a rabina Linda Holtzman, de 71 anos, vinda de Filadélfia.
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por Lusa

Explosão em hospital de Gaza causou dezenas de mortos e não centenas afirma inteligência europeia

A explosão num hospital de Gaza, cuja responsabilidade resultou numa troca de acusações entre israelitas e movimentos armados palestinianos, causou "algumas dezenas de mortos" e não centenas, adiantou hoje à agência France-Presse fonte de um serviço de inteligência europeu.

"Não há 200 nem mesmo 500 mortos, mas sim algumas dezenas, provavelmente entre 10 e 50", referiu esta fonte que falou à AFP sob condição de anonimato.

O mesmo responsável de um serviço de inteligência europeu também acredita que "Israel provavelmente não fez isso [o ataque]", segundo as "pistas sérias" de inteligência disponíveis nesta agência.

Já hoje, o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo movimento islamita Hamas, referiu que a explosão causou pelo menos 471 mortos.

Israel atribuiu a explosão a um ataque fracassado de foguetes da organização palestiniana Jihad Islâmica, que negou a responsabilidade.

"O edifício não foi destruído", acrescentou esta fonte europeia.

E "o hospital provavelmente já tinha sido evacuado anteriormente, como todo um conjunto de hospitais localizados no norte de Gaza", depois da imposição nesse sentido feita dias antes pelo Exército israelita.

A mesma fonte realçou ainda que "não há provas que apoiem" a presença de centenas de pessoas no estacionamento do hospital onde ocorreu o bombardeamento.

Os Estados Unidos invocaram hoje os seus próprios serviços de inteligência para apoiar, inclusive através do seu Presidente Joe Biden, em visita a Israel, que o Estado judeu não é o culpado.

"Continuamos a recolher informações, mas a nossa posição hoje, baseada na análise de imagens aéreas, comunicações intercetadas e informações de acesso aberto, é que Israel não é responsável pela explosão que ocorreu no hospital de Gaza", destacou Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, através da rede social X (antigo Twitter).

Também o Exército israelita insistiu hoje que o edifício do hospital não ficou sequer destruído e que terá havido apenas uma pequena explosão no parque de estacionamento adjacente causada por um foguete da Jihad Islâmica, eventualmente por um erro.

A explosão no hospital ocorreu no momento em que Israel tem bombardeado incansavelmente Gaza, desde o sangrento ataque surpresa de 07 de outubro do Hamas, que matou 1.400 pessoas em Israel, a maioria delas civis.

A resposta israelita causou pelo menos 3.478 mortos no superpovoado território palestiniano, a maioria civis, segundo as autoridades locais.

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por RTP

Protestos no Médio Oriente. Milhares saíram à rua contra ataque a hospital

O Médio Oriente viveu um segundo dia de protestos após o ataque ao hospital em Gaza.

Milhares de manifestantes saíram à rua em várias cidades a condenar o bombardeamento das instalações hospitalares.
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por RTP

Deslocalização de residentes de Gaza é "linha vermelha"

A liderança palestina reunida na Cisjordânia declarou que a deslocalização dos residente das Faixa de Gaza é uma "linha vermelha" que não deve ser ultrapassada.

O comunicado emitido no final da reunião frisa que a ideia de deslocar os habitantes do enclave é "uma linha vermelha que não iremos deixar que seja ultrapassada, tal como a deslocalização dos palestiniano das suas casas em Jerusalém ou na Cirjordânia não deveria ser autorizada".
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por RTP

Família de luso-israelita desaparecido pede ajuda a portugal

Um israelita com passaporte português desapareceu no festival de música atacado pelo Hamas. A família pensa que é agora refém do Hamas e apelou a Portugal para que intervenha para o libertar.

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por RTP

Aumenta para 9 número de vítimas mortais com passaporte português

A comunidade israelita do Porto avança que mais dois luso-israelitas foram encontrados mortos. Uma das vítimas tem 38 anos, a outra 28 anos. Tinham a nacionalidade portuguesa por serem judeus sefarditas.

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por Lusa

Bombardeamentos israelitas em Gaza fazem pelo menos 40 mortos indica Wafa

Pelo menos 40 pessoas foram hoje mortas em bombardeamentos israelitas no centro da Faixa de Gaza, controlada pelo grupo islamita Hamas, e que também atingiram uma mesquita, indicou a agência noticiosa oficial palestiniana Wafa.

A mesma fonte adiantou que a maioria destas vítimas, incluindo menores, foi morta por ataques aéreos israelitas contra uma mesquita e o campo de refugiados de Al Nuseirat, situado na localidade de Deir al Balah, e contra uma casa na povoação de Al Mugraga.

Outras dez pessoas foram mortas e 22 feridas em ataques similares contra casas em Deir al Balah, indicou a Wafa, ao precisar que 18 pessoas ainda permaneciam nos escombros.

O Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel desencadeou um bombardeamento generalizado na Faixa de Gaza, numa operação designada "Espadas de Ferro".

Israel tem prosseguido os seus ataques devastadores no território onde o Hamas está no poder desde 2007. O Ministério da Saúde local atualizou hoje o número de vítimas, anunciando que pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos na Faixa de Gaza desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.

No ataque do Hamas, foram mortos cerca de 1.400 israelitas, incluindo mais de 300 militares, e sequestradas cerca de 200 pessoas que estão retidas na Faixa de Gaza, para além das centenas de mortos entre os combatentes do Hamas que se infiltraram em Israel.

O conflito já alastrou à fronteira israelo-libanesa, com contínuas trocas de disparos de artilharia e bombardeamentos entre o Exército judaico e a milícia xiita libanesa do Hezbollah. Na Cisjordânia ocupada, e desde 07 de outubro, já foram mortos pelo menos 61 palestinianos, centenas ficaram feridos e efetuadas mais de 700 detenções.

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por RTP

Marcelo chocado com o bombardeamento ao hospital em Gaza

O Presidente recusou apontar responsáveis, recomendando mais silêncio e diplomacia neste conflito. Ao lado de João Cravinho na Bélgica, Marcelo Rebelo de Sousa não quis comentar as palavras do ministro dos Negócios Estrangeiros, que disse que parece uma ideia bastante consolidada de que foi um rocket da Jihad Islâmica a atingir o hospital.

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Bernardo Pires de Lima comenta conflito Israel-Hamas

O comentador RTP considera que seria "pouco lógico" um ataque deste género a um hospital nas vésperas da visita do presidente norte-americano.

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RTP em Jerusalém para acompanhar conflito Israel-Hamas

Os enviados-especiais da RTP a Israel apontam o agravamento da tensão na região depois do ataque ao hospital em Gaza.

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Protestos palestinianos estendem-se à Cisjordânia

Foto: Marques de Almeida - RTP

Os protestos dos palestinianos estão também a acontecer na Cisjordânia. Os enviados especiais da RTP à região, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, assistiram a esses protestos.

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Certeza de Biden. Bombardeamento de hospital partiu de forças palestinianas

Mesmo depois da cimeira com os países aliados árabes ter sido cancelada, Joe Biden seguiu para Israel. O presidente americano afirmou em Telavive que o engenho que atingiu o hospital em Gaza foi lançado por terroristas.

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Bombardeamento destruiu hospital em Gaza

O ataque ocorreu quando os blocos operatórios do hospital trabalhavam em turnos consecutivos para auxilio a vítimas do conflito. Um dos cirurgiões descreveu o ocorrido num centro clínico que servia também na altura de abrigo a milhares de deslocados.

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Israel nega autoria do ataque ao hospital em Gaza

As forças de defesa israelitas afirmaram que a explosão ficou a dever-se ao lançamento falhado de um rocket por parte da Jihad islâmica e apresentou como provas imagens captadas por um drone e a gravação de uma conversa telefónica entre alegados elementos do Hamas. O movimento radical islâmico mantém a versão de que o ataque foi lançado por Israel.

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Mais de 3.470 mortos em Gaza indica Ministério da Saúde

Pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos por bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza desde a eclosão do conflito entre Israel e o Hamas a 7 de outubro após o ataque dos militantes a alvos israelitas, militares e civis.

O mais recente balanço foi anunciado pelo porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas. Ashraf al-Qudra, revelou que mais 12.065 habitantes de Gaza ficaram feridos, sendo que 70 por cento das vítimas são mulheres, crianças e idosos.

Pelo menos 1.300 pessoas, incluindo 600 crianças, estão desaparecidas sob os escombros dos edifícios indicou o responsável.
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Manifestação em Lisboa pelo fim da agressão a Gaza

A manifestação foi organizada sob o lema "Fim à Agressão a Gaza, Paz no Médio Oriente".

Centenas de pessoas juntaram-se hoje na Praça do Martim Moniz, em Lisboa, numa manifestação contra o escalar da violência em Gaza, onde as palavras de ordem que mais se ouviram foram "Palestina livre" e "Palestina vencerá".

Com música de fundo de tambores e empunhando bandeiras da Palestina, os manifestantes, muitos dos quais envergando o lenço tradicional palestiniano, empunhavam cartazes que apelavam ao "fim do genocidio", "fim do apartheid" e "fim do bloqueio a Gaza", por Israel, que tem em curso uma operação militar em Gaza depois de a 07 de outubro ter sido alvo de um ataque do Hamas que fez perto de 1.400 mortos.

No encontro, os organizadores manifestaram receio de um alastramento da guerra ao resto do mundo e exigiram do Governo português uma tomada de posição.

com Lusa
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Portugueses em Gaza. Governo prepara operação de repatriamento

O primeiro-ministro diz que o Governo está a preparar a retirada de cidadãos portugueses de Gaza. António Costa revela que a operação de repatriamento vai trazer também familiares de palestinianos que vivem em Portugal.
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por RTP

Costa considera importante investigação independente sobre ataque em hospital de Gaza

O primeiro-ministro português considerou hoje importante haver uma "investigação independente para que não haja dúvidas sobre quem efetivamente disparou o míssil" sobre um hospital na Faixa de Gaza, e pediu a Israel que pare o ataque ao enclave.

No debate preparatório sobre a reunião da próxima semana do Conselho Europeu, no parlamento, o deputado único do Livre, Rui Tavares, defendeu que Portugal "tem toda a obrigação" de estar do lado das exigências feitas pelo secretário-geral das Nações Unidas, designadamente no que se refere ao apelo a um cessar-fogo ou a "uma missão de investigação independente" para esclarecer a origem do ataque sobre um hospital na Faixa de Gaza, esta terça-feira.

Na resposta, António Costa reconheceu que, além das condenações, é importante que "haja o apoio a todas as propostas apresentadas pelo secretário-geral das Nações Unidas".

É importante que haja "efetivamente um cessar-fogo, um corredor humanitário, que haja investigações independentes para que não haja dúvidas de quem efetivamente disparou o míssil sobre o hospital e, sobretudo, travar esta escalada. Isso é o mais urgente", declarou.

António Costa defendeu que isso abrirá "portas para a diplomacia, o diálogo político e a estabilização da região" e sustentou que "uma paz justa e duradoura na região" deve passar pelo reconhecimento de dois Estados.

Antes, o deputado do PCP Bruno Dias defendeu que o comunicado assinado este domingo pelo Conselho Europeu tem uma "posição de seguidismo e cumplicidade para com a chocante atuação" da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, perante "os crimes de guerra que continuam a ser praticados" por Israel.

"Considera o senhor primeiro-ministro, o Governo, que é com as políticas que têm sido seguidas até agora pela União Europeia que se está a dar um contributo sério para a paz no Médio Oriente?", perguntou.

"Para nós, Israel não é inimigo, não vamos tratar Israel como inimigo", respondeu António Costa, reiterando que o executivo de Telavive tem direito "à sua defesa militar, quer para reprimir o ataque, quer para destruir militarmente o Hamas", que caracterizou como "uma organização terrorista, antidemocrática, que oprime o povo palestiniano".

No entanto, o primeiro-ministro ressalvou que "esse direito de Israel tem de se cumprir no estrito respeito do direito internacional, humanitário", reiterando que o cerco à Faixa de Gaza, com o corte de eletricidade, água e acesso a bens essenciais, não cumpre esse direito.

"Não haver um cessar-fogo impede qualquer apoio humanitário eficaz. E, portanto, é necessário parar esse ataque (...) de forma a garantir o apoio humanitário à população da Palestina", sustentou.

Lusa
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por RTP

França assegura que crise no Médio Oriente não afetará apoio a Kiev

O Presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que o regresso do conflito israelo-palestiniano ao centro das atenções internacionais não afetará o apoio europeu à Ucrânia.

"A multiplicação das crises não enfraquecerá de forma alguma o apoio francês e europeu à Ucrânia, que permanecerá enquanto for necessário", sublinhou Macron, durante uma conversa telefónica com Zelensky, informou a presidência francesa.

Os dois líderes discutiram também as capacidades militares da Ucrânia, que espera uma nova campanha de bombardeamentos russos durante o inverno, bem como as necessidades de Kiev, à medida que esta estação se aproxima.

O chefe de Estado ucraniano sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que o seu país atribui "grande importância à ajuda militar da França", que forneceu canhões de artilharia César e que já prometeu mísseis SCALP de longo alcance.

Os dois discutiram ainda o corredor do Mar Negro destinado às exportações de cereais que a Ucrânia pretende implementar, apesar do bloqueio russo.

Macron e Zelensky também conversaram sobre o ressurgimento da violência no Médio Oriente, com os massacres de israelitas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e a resposta de Israel em Gaza.

"Ambos salientámos a necessidade de proteger os civis e evitar qualquer nova escalada na região", observou o Presidente ucraniano.

Lusa
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por RTP

ONU. Necessários 100 camiões por dia em ajuda humanitária

O responsável das Nações Unidas para as situações de emergência humanitária afirmou esta quarta-feira à CNN Europa que, quando a ajuda a Gaza for autorizada a passar a fronteira do Egito, ela deverá ser "consistente", na ordem de "100 camiões por dia", e rodeada de fortes medidas de segurança.

"Devemos começar com um número significatico de camiões e devemos atingir os 100 camiões por dia, era já anteriormente o caso do programa de auxílio a Gaza", explicou Martin Griffiths.

O responsável lamentou ainda as negociações "incrivelmente detalhadas com as partes", para implementar as modalidade de entrada e de distribuição da ajuda.

Griffiths afirmou ainda que há ainda muito trabalho pela frente.

Em entrevista ao Washington Posto, a partir do Cairo, o líder das operações humanitárias das Nações Unidas considerou também "uma boa notícia", o acordo que o presidente dos Estados Unidos negociou com o primeiro-ministro de Israel, que levou à autorização de entrada do auxílio na Faixa de Gaza, num alívio ao cerco imposto desde 7 de outubro.

A ajuda necessita contudo de ser entregue "à escala, de forma repetitiva e congruente", afirmou, e as agências humanitárias necessitam de garantias por parte de Israel de que os comboios e locais de distribuição não serão alvejados.

As agências necessitam por isso de "ser envolvidas na avaliação se determinados locais são seguros ou não, e idealmente, normalmente, quando todas as partes se comprometeram a respeitar a segurança desses locais", explicou Griffiths.

Locais como hospitais necessitam ainda de ser identificados de forma a que nenhuma das partes os atinja, afirmou.
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Momento-Chave
por Antena 1

Cisjordânia. Pedras e tiros, crescem confrontos entre jovens e militares israelitas

REUTERS/Ammar Awad

Registaram-se hoje confrontos em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

A contestação palestiniana à atuação de Israel continua e agora reforçada também na Cisjordânia.

O enviado especial da Antena 1, José Manuel Rosendo, está em Ramallah onde os jovens apedrejam os militares israelitas.
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por RTP

Jordânia e Conselho para a Cooperação Islâmica acusam israel

A Jordânia exigiu que Israel seja responsabilizado pelo bombardeamento do hospital de al-Ahli Arab esta terça-feira, que fez 471 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

O embaixador jornado na ONU, Mahmoud Daifallah Hmud, deixou perante o Conselho de Segurança da ONU uma apelo "para responsabilizar Israel pelos massacres e crimes que continua a cometer contra o povo palestiniano indefeso".

Hmud apelou ainda a um cessar-fogo imediato e à permissão para a entrada de ajuda humanitária na Faiza de Gaza.

Já a Organização para a Cooperação Islâmica, OIC, responsabilizou a comunidade internacional pela "impunidade" de Israel na sua guerra com Gaza, responsabilizando o país pelo ataque ao hospital.

Em comunicado emitido após uma reunião de emergência dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização, as 57 nações que compõem o bloco muçulmano referiram ainda que "deplora as posições internacionais que apoiam a agressão brutal contra o povo palestiniano, e dão iimpunidade a Israel".
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por RTP

Embaixador de Israel aponta o dedo ao Conselho de Segurança

Gilar Erdan, o embaixador de Israel na ONU, acusou o Conselho de Segurança de "seguir o guião do Hamas" ao não condenar o grupo palestiniano.

"Não compreedem que, só por rralizar esta sessão com este foco, o conselho está a mostrar ao Hamas que podem enganar toda a gente, uma e outra e outra vez?" questionou Erdan, pouco depois dos EUA terem vetado um esboço de resolução por este não mencionar o direito de Israel a auto-defesa.

"Reitero, até agora este Conselho nem sequer condenou o Hamas pelas atrocidades cometidas", acrescentou o embaixador israelita, ao referir-se aos ataques em solo israelita contra civis por parte do Hamas, "nem sequer considera«ou o Hamas como o responsável principal pela situação em Gaza, mas eis-nos aqui a debater corredores humanitários".

"Deviam pedir desculpa", rematou, acusando o Conselho de preconceito anti-israelita.
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por RTP

Tesouro dos EUA sanciona financiamentos do Hamas

O governo dos EUA implementou sanções destinadas a interromper o financiamento do Hamas, destacando o que disse ser “um portfólio secreto de investimentos do Hamas”, um facilitador financeiro ligado ao Irão, e uma troca de criptomoedas com sede em Gaza, entre outros alvos.

As sanções, impostas sob uma ordem executiva “relacionada com o terrorismo”, tiveram como alvo nove indivíduos e uma entidade com sede em Gaza e noutros lugares, incluindo Sudão, Turquia, Argélia e Catar, disse o Departamento do Tesouro dos EUA em comunicado.

"Os Estados Unidos estão a adotar medidas rápidas e decisivas para atacar os financiadores e facilitadores do Hamas após seu massacre brutal e inconcebível de civis israelenses, incluindo crianças", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen.

"Continuaremos a tomar todas as medidas necessárias para negar aos terroristas do Hamas a capacidade de levantar e de usar fundos para realizar atrocidades e aterrorizar o povo de Israel", acrescentou Yellen.
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por RTP

Joe Biden abandona Israel

A visita do presidente dos Estados Unidos da América durou menos de oito horas.

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por RTP

Enviado da ONU alerta. "Estamos à beira de um abismo fundo e perigoso"

O enviado do Conselho de Segurança das Nações Unidas ao Médio Oriente alertou para o risco de alastramento do conflito entre Israel e o Hamas, que considerou "muito real e extremamente perigoso".

"Receio que estamos à beira de um abismo fundo e perigoso que poderá alterar a trajetória do conflito israelo-palestiniano, se não do Médio Oriente como um todo", afirmou Tor Wennesland aos 15 membros do Conselho de Segurança via teleconferência a partir de Doha.


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Momento-Chave
por RTP

Confrontos em manifestação pró-Palestina na Turquia

Da Turquia chegam relatos de confrontos numa manifestação pró-Palestina.

Pouco antes, as autoridades policiais da Jordânia avançaram que vários agentes ficaram feridos durante confrontos com manifestantes junto à embaixada de Israel.
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por Lusa

Exército israelita ataca posições do Hezbollah no Líbano 

O exército israelita atacou hoje posições da milícia xiita libanesa Hezbollah no sul do Líbano, em resposta ao lançamento de mísseis antitanque, após 11 dias de trocas de tiros na fronteira, que vive o maior pico de tensão desde 2006.

"As Forças de Defesa de Israel estão atualmente a atacar a fonte dos disparos no Líbano e continuarão a atacar alvos terroristas pertencentes à organização terrorista Hezbollah", disse um porta-voz militar.

Por seu lado, o Hezbollah confirmou ter lançado hoje à tarde dois mísseis teleguiados, um contra três posições militares israelitas ao largo da cidade libanesa de Naquora e o outro contra a colina de al-Tahyat.

Nesta última zona, os alvos do ataque foram um "centro de congregação para os soldados da ocupação" e um sistema de vigilância, disse a formação xiita, reivindicando que fez várias vítimas nestes locais, incluindo pelo menos uma morte.

O exército israelita, que não confirmou a existência de vítimas, apontou os disparos libaneses para as cidades de Manara e Rosh Hanikra, adjacentes à fronteira libanesa perto do Mediterrâneo, e afirmou ter respondido aos disparos.

Além disso, as forças israelitas indicaram ter destruído dois postos militares em território libanês, depois de terem detetado milicianos que tentavam disparar um míssil antitanque e atacado outro posto de onde foi disparado um míssil antitanque perto de Metula.

Anteriormente, Israel também identificou ataques contra os seus soldados em Shtula, um posto militar avançado em Zarit, bem como em Dvoranit e Har Dov, todos eles perto da fronteira libanesa.

As hostilidades nesta zona aumentaram um dia após o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, a 07 de outubro. São já 11 dias consecutivos de escalada entre as milícias do Líbano e as forças israelitas, a maior desde a guerra de 2006.

Terça-feira, cinco mísseis antitanque foram disparados do Líbano contra postos militares israelitas e comunidades adjacentes à fronteira, um dos quais deixou feridos dois soldados e um civil.

Por outro lado, também foram disparados dois foguetes pelas milícias a partir do Líbano e o sistema de defesa aérea israelita intercetou um `drone` (aparelho voador não tripulado) que atravessou a fronteira.

Num incidente anterior, também registado terça-feira, o exército israelita afirmou ter frustrado uma tentativa de infiltração no seu território por "células terroristas" que foram descobertas quando se aproximavam da vedação fronteiriça do lado libanês, resultando na morte de quatro atacantes do Hezbollah.

Os últimos 11 dias de escalada na região causaram pelo menos 26 mortos: cinco em Israel -- quatro soldados e um civil -- e pelo menos 21 no Líbano, incluindo sete civis - entre os quais um operador de câmara da Reuters -, nove membros do Hezbollah e cinco membros de milícias palestinianas.

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por RTP

Israel-Hamas. Jogador argelino do Nice suspenso após publicar post sobre o conflito

Youcef Atal (à esquerda) foi suspenso pelo OGC Nice Reuters

Youcef Atal, jogador do OGC Nice, foi suspenso pelo clube francês devido a uma publicação nas redes sociais sobre o conflito que opõe Israel e Hamas. O jogador de 27 anos, de nacionalidade argelina, apagou a publicação e acabou por pedir desculpa. O Nice anunciou a suspensão e o Ministério Público francês abriu uma investigação por incitamento ao terrorismo.

Nas redes sociais, Youcef Atal publicou um vídeo do palestiniano Mahmoud al-Hasanat em que pedia “um dia negro para os judeus” e que acompanhassem a “mão das pessoas de Gaza caso pedras fossem atiradas”.

Na segunda-feira, o Ministério Público francês abriu uma investigação à publicação do jogador argelino, apesar de este ter prontamente apagado a publicação das redes sociais.

"Apreendidos, ao abrigo do artigo 40.º do Código de Processo Penal (...) factos suscetíveis de serem atribuídos ao Sr. Youcef Atal, jogador profissional da equipa de futebol OGC Nice, no âmbito da divulgação, na semana passada, de mensagens nas redes sociais, a promotoria de Nice vai abrir uma investigação preliminar sobre as acusações de apologia ao terrorismo e incitação pública ao ódio ou à violência com base muma religião específica", revelou o Ministério Público.


Já esta quarta-feira, o OGC Nice anunciou que o jogador foi suspenso: “OGC Nice acredita que o jogador compreendeu o seu erro ao remover rapidamente a publicação e ofereceu de imediato um pedido de desculpas”, disse o clube da Ligue 1 nas redes sociais.

“No entanto, dada a natureza da publicação partilhada e a sua gravidade, o clube tomou a decisão de aplicar sanções disciplinares contra o jogador antes daquelas que podem ser decididas através das instituições judiciais. Assim, o clube anuncia a suspensão de Youcef Atal até novos desenvolvimentos”.

Depois de apagada a publicação, Atal pediu desculpa. “Estou consciente que a minha publicação chocou muita gente, o que não era a minha intenção e, por isso, peço desculpa. Quero clarificar o meu ponto de vista sem ambiguidade: eu condeno de forma veemente todas as formas de violência, em qualquer parte do mundo, e dou o meu apoio a todas as vítimas”.

Também Anwar El Ghazi, jogador dos alemães do Mainz 05, foi suspenso pelo seu clube depois de uma publicação sobre o conflito entre Israel e o Hamas. O holandês de 28 anos juntou-se ao clube no mês passado e, tal como Atal, também eliminou a publicação feita nas redes sociais. A mensagem era pró-Palestina e o clube alemão classificou o conteúdo de “inaceitável”.

“Antes de qualquer decisão, o clube e o jogador conversaram. O Mainz 05 respeita o facto de existir uma variedade de opiniões e perspetivas sobre o complexo conflito de décadas no Médio Oriente. No entanto, o clube distancia-se do que foi dito na publicação em questão, já que não está alinhada com os valores do clube”, declarou Mainz, que joga na Bundesliga.
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por Lusa

Costa critica cerco à Faixa de Gaza que viola direito humanitário

O primeiro-ministro português, António Costa, criticou hoje Israel pelo "cerco que está a fazer à Faixa de Gaza", que viola "as normas do direito humanitário", considerando que "as vidas não são diferentes sendo um israelita ou sendo um palestiniano".

No regresso dos debates quinzenais ao plenário da Assembleia da República, que voltaram hoje com um novo modelo, a deputada do BE Mariana Mortágua começou a sua intervenção pela questão de Israel, considerando que Portugal tem "o dever de condenar os crimes, sejam eles os crimes cometidos pelo Hamas como pelo Estado de Israel", mas também de "apelar a um cessar-fogo imediato" e de "reconhecer o direito palestiniano".

Na resposta, António Costa afirmou que "Portugal tem uma posição clara, pública e conhecida" sobre a Palestina e recordou que condenou "de forma inequívoca o atentado terrorista e a barbaridade cometida pelo Hamas sobre Israel".

"A reação de Israel tem que respeitar escrupulosamente aquilo que é o direito internacional e em particular o direito humanitário. Israel, ao fazer o cerco que está a fazer à Faixa de Gaza, privando crianças, mulheres e homens de acesso à água, de acesso à eletricidade, está a violar as normas do direito humanitário", sustentou.

Para o primeiro-ministro, "as vidas não são diferentes sendo um israelita ou sendo um palestiniano".

"A vida é a vida, é sempre sagrada. Temos sempre que a proteger e condenamos quem quer que seja que atente contra a vida humana", disse Costa.

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por Lusa

Guerra Israel-Hamas. Gomes Cravinho alerta para risco de "contágio regional"

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, conversou hoje telefonicamente com o seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, defendendo o evitar do alargamento regional do conflito em Gaza.

"Foco no papel da comunidade internacional, incluindo face à degradação da situação humanitária, à necessidade de proteger civis e ao risco de contágio regional", escreveu o Ministério na sua conta oficial na rede social X (antiga Twitter), referindo-se ao conteúdo da conversa entre Cravinho e Al Nanyan.

Nos últimos dias, o chefe da diplomacia portuguesa tem realizado várias conversas telefónicas e presenciais com homólogos de países vizinhos de Israel e da Palestina, insistindo na posição de Portugal, que reconhece a Israel o direito de se defender, desde que protegendo a vida de civis na zona de Gaza.

Gomes Cravinho também tem insistido na necessidade de conter o conflito, evitando a sua escalada, e de criar condições para uma adequada assistência humanitária às vítimas do conflito.

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Momento-Chave
por Lusa

Presidente do Irão diz que Telavive vai enfrentar "dura vingança" após massacre em hospital

O Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, avisou hoje que Israel vai enfrentar uma "dura vingança" dos países muçulmanos após o bombardeamento de um hospital de Gaza que matou centenas de pessoas.

"[Israel] Aguarda uma dura vingança às mãos dos países muçulmanos", disse Raisi num discurso durante uma manifestação em Teerão em protesto contra o bombardeamento do Hospital Al Ahli, reportou o portal noticioso Iran Nuances.

"Enfrentarão a ira dos países muçulmanos", acrescentou Raisi, que usava um lenço palestiniano ao pescoço, sublinhando que, com o ataque ao hospital, "começou o princípio do fim do regime sionista".

"Com cada gota de sangue derramada pelos palestinianos, o regime sionista aproxima-se mais um passo do colapso", afirmou Raisi, que acusou os Estados Unidos de serem "um parceiro" de Israel nos crimes que estão a ser cometidos na Faixa de Gaza e de armar o exército israelita com mísseis.

Para o Presidente iraniano, as bombas que caem sobre a população da Faixa de Gaza "pertencem aos Estados Unidos".

O Irão declarou hoje um dia de luto pelo bombardeamento do hospital, um massacre que Israel e as milícias palestinianas se responsabilizam mutuamente.

Milhares de pessoas em Teerão saíram à rua esta tarde para protestar contra o incidente.

Na Praça da Palestina, na capital, ouviram-se gritos de "Alá é Grande", "morte à América" e "morte a Israel".

Terça-feira à noite, milhares de pessoas já haviam protestado na capital, inclusive em frente às embaixadas da França e do Reino Unido.

A República Islâmica do Irão e Israel são inimigos e representam uma ameaça existencial um para o outro, ambos competindo através de uma guerra secreta com ciberataques, assassínios e sabotagens.

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Momento-Chave
por Lusa

Hamas diz estar a coordenar próximos passos da guerra com o Hezbollah no Líbano

O Hamas e o Hezbollah, grupos pró-iranianos, estão a coordenar "estreitamente os seus próximos passos" na luta contra Israel, disse um alto representante do Hamas no Líbano citado hoje pelo site noticioso Politico.

O chefe do gabinete político do Hamas no Líbano, Ahmed Abdul-Hadi, admitiu a abertura de uma segunda frente no conflito com Israel, afirmando que o movimento xiita libanês Hezbollah está "preparado para uma grande guerra", após a aberta a 07 deste mês com o ataque do Hamas contra Israel.

Abdul-Hadi, contudo, insistiu que o Hamas, movimento considerado terrorista por União Europeia (UE) e Estados Unidos e que governa a Faixa de Gaza desde 2007, não avisou antecipadamente o seu aliado Hezbollah dos ataques a Israel a 07 de outubro, que mataram mais de 1.400 pessoas.

Apesar disso, revelou, há uma "cooperação contínua" entre os dois grupos, em que o Hezbollah está agora "preparado para uma grande guerra" contra Israel no norte, enquanto o Hamas vai rebentar o "sonho" do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de o expulsar de Gaza.

As declarações aumentam os receios de que o conflito no Médio Oriente possa estar prestes a alastrar-se para duas frentes e engolir o Líbano, sobretudo se Israel lançar uma invasão terrestre em Gaza, onde os bombardeamentos já mataram mais de 2.700 pessoas, e Teerão empenhar os seus aliados xiitas do Hezbollah numa guerra total.

"Temos relações muito fortes com o Hezbollah. Estávamos a cooperar com o Hezbollah antes e depois do ataque a Israel e agora estamos em plena cooperação", disse Abdul-Hadi numa entrevista no seu gabinete no campo de refugiados de Mar Elias, em Beirute, onde nasceu há 55 anos.

Abdul-Hadi identificou a ofensiva terrestre israelita em Gaza como um dos principais fatores que poderiam levar o Hezbollah a participar plenamente no conflito.

"O Hezbollah não prestará atenção às ameaças de quem quer que seja contra a sua entrada na guerra e ignorará os avisos para não se meter nela. Quando o Hezbollah quiser ou não entrar na guerra estará relacionado com a escalada israelita e com os incidentes no terreno, especialmente se Israel tentar entrar em Gaza", frisou.

Tal ação é amplamente esperada, numa altura em que Israel está a colocar blindados em posição perto de Gaza. No entanto, o porta-voz militar israelita, Richard Hecht, advertiu para o risco de se fazerem suposições sobre o próximo passo.

"Estamos a preparar-nos para as próximas fases. Ainda não dissemos quais serão. Toda a gente está a falar da ofensiva terrestre. Pode ser algo diferente", referiu.

Abdul-Hadi sublinhou que o Hezbollah já demonstrou, em escaramuças fronteiriças, que não vai furtar-se ao combate.

"O Hezbollah disse que não vai ficar à margem e a prova disso é que atacou ao longo da fronteira sul por sua iniciativa. Estão a dizer que estão preparados para uma grande guerra. O Hezbollah deixou claro que, se os israelitas atravessarem a linha, lançará um ataque total contra Israel", acrescentou Abdul-Hadi.

Os confrontos com foguetes e artilharia ao longo da fronteira libanesa, pouco depois de o Hamas ter lançado o seu ataque terrorista contra Israel, tiveram inicialmente um alcance limitado, embora tenham matado várias pessoas, incluindo o repórter de imagem da agência noticiosa britânica Reuters Issam Abdallah.

Nos últimos três dias, porém, os ataques tornaram-se mais intensos, no meio de avisos do Irão e do Hezbollah de uma possível ação "preventiva" contra Israel.

Para agravar as tensões, o líder iraniano, ayatollah Ali Khamenei, avisou terça-feira que, se Israel não parar de bombardear Gaza, "ninguém pode parar os muçulmanos e as forças da resistência".

Na entrevista ao Politico, Ahmed Abdul-Hadi manteve-se "intransigente" na defesa da sua posição, apesar das abundantes provas documentais em contrário, segundo as quais mulheres, crianças e idosos foram chacinados no ataque a Israel.

Os seus comentários estão em sintonia com os de outros altos responsáveis do Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, que montaram uma ofensiva de relações públicas para distanciar o Hamas das mortes de civis.

Mas, segundo o Politico, tem havido inconsistências nas suas explicações.

O chefe das relações internacionais do Hamas, Basem Naim, disse terça-feira que os combatentes do movimento receberam ordens claras para não atacar civis quando os militantes atacaram o sul de Israel. No entanto, agora negou a existência de mortes, dizendo à televisão australiana ABC que a culpa é de "outros grupos".

Quanto à questão dos reféns, Abdul-Hadi disse que o Hamas não fechou a porta às negociações sobre os prisioneiros israelitas. "Mas temos de ter algo em troca", disse.

"Os soldados israelitas capturados não estão na mesa das negociações. Só estarão depois de a guerra terminar e depois de cumprida a exigência a libertação dos 6.000 palestinianos detidos nas prisões israelitas", acrescentou.

Nesse sentido, Abdul-Hadi disse que o Hamas não tinha outra opção senão atacar.

"Esta operação foi organizada pelas Brigadas al-Qassam [a ala militar do Hamas] e mais tarde outras organizações palestinianas juntaram-se à operação. Tratou-se de uma missão puramente palestiniana, o planeamento e a execução. Nem mesmo os nossos leais aliados sabiam o que estava para vir", concluiu.

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por Lusa

Nova resolução por "pausas humanitárias" em Gaza vetada por EUA no Conselho de Segurança

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) rejeitou hoje, com veto norte-americano, o segundo projeto de resolução a votos esta semana exigindo "pausas" nos confrontos em Gaza para permitir o auxílio humanitário sem entraves.

A resolução, proposta pelo Brasil, foi rejeitada após o voto contra dos Estados Unidos, tendo recebido ainda 12 votos a favor e duas abstenções dos 15 Estados-membros do Conselho de Segurança.

No final da votação, o Brasil lamentou a falta de ação do Conselho de Segurança sobre a situação em Gaza.

Até ao momento, o órgão da ONU responsável por manter a paz e a segurança internacionais não conseguiu tomar uma posição sobre o ataque mortífero do Hamas a Israel, a 07 de outubro, ou sobre a resposta israelita, com um bloqueio a Gaza e ataques aéreos que, segundo fontes palestinianas, fizeram 2.750 vítimas mortais.

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por Lusa

Turquia vai decretar três dias de luto nacional por ataque a hospital em Gaza

A Turquia vai decretar três dias de luto nacional pelo ataque a um hospital em Gaza que fez centenas de mortos e do qual Israel e os palestinianos se acusam mutuamente, indicou hoje um alto responsável turco.

Segundo a vice-presidente do partido presidencial AKP no parlamento, Özlem Zengin, citada pela estação de televisão estatal turca TRT e a estação privada NTV, o anúncio será oficializado por decreto presidencial.

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, tinha apelado na terça-feira à noite para "o fim desta brutalidade sem precedentes em Gaza", acusando Israel de ter "atacado um hospital que albergava mulheres, crianças e civis inocentes".

No entanto, o Exército israelita afirmou hoje ter "provas" da autoria do grupo palestiniano Jihad Islâmica deste ataque, uma versão dos acontecimentos apoiada pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, atualmente em visita a Israel.

O ataque com um míssil que fez pelo menos 471 mortos, segundo o mais recente balanço, desencadeou fortes reações na Turquia, onde cerca de 80.000 pessoas se manifestaram na terça-feira em frente ao consulado de Israel em Istambul, de acordo com as autoridades.

O Ministério da Saúde do Governo do movimento islamita palestiniano Hamas atualizou hoje o número de vítimas na Faixa de Gaza, anunciando que pelo menos 3.478 palestinianos foram mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, para além de 12.065 feridos.

A mesma fonte não esclareceu se estavam já incluídas no balanço as centenas de pessoas mortas ao início da noite de terça-feira no hospital de Gaza.

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por Lusa

Hospital anglicano já tinha sido atacado no sábado, diz Gaza

As autoridades da Faixa de Gaza acusaram hoje Israel de ter bombardeado o hospital anglicano Al Ahli no sábado, antes do ataque de terça-feira, e de ter avisado que a unidade deveria ser evacuada.

O grupo islamita Hamas, que governa Gaza desde 2007, acusou Israel de ter matado centenas de pessoas no ataque contra o hospital, mas o exército israelita negou e atribuiu a responsabilidade ao grupo palestiniano Jihad Islâmica.

"O massacre do Hospital Batista foi precedido, em 14 de outubro, pelo bombardeamento de dois obuses" israelitas, disse o vice-ministro da Saúde da Faixa de Gaza, Youssef Abu al-Rish, numa conferência de imprensa em Gaza.

Al-Rish afirmou que depois do bombardeamento de sábado, as forças israelitas disseram à direção do hospital que deveria evacuar a unidade fundada pela Igreja Anglicana.

Segundo Al-Rish, a direção do hospital contactou o bispo da Igreja Evangélica de Inglaterra, que confirmou que a unidade poderia continuar a funcionar depois de ter falado com os organismos internacionais.

"A ocupação [Israel] está a ameaçar os hospitais e não foram tomadas medidas de dissuasão, mas foram recebidas mensagens de tranquilidade e apoio", disse Al-Rish, citado pela agência espanhola Europa Press.

Al-Rish contou que foi ao local após o ataque de terça-feira para ajudar a tratar as vítimas e viu situações que nunca tinha visto.

Disse também que o ataque contra o hospital Al Ahli foi seguido de um bombardeamento nas imediações do Hospital Europeu de Gaza.

"Apelamos ao mundo livre para que impeça a ocupação [Israel] de bombardear civis em segurança e de causar graves danos ao nosso povo em sofrimento", acrescentou.

Israel negou ter atacado o hospital e atribuiu a explosão ao lançamento falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que desmentiu o exército israelita.

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por RTP

EUA dizem que Israel não foi responsável por ataque a hospital

Uma análise dos Estados Unidos aos dados para já disponíveis indica que "Israel não é responsável pela explosão de ontem no hospital em Gaza", avançou uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional esta quarta-feira.

Segundo a Casa Branca, esses dados consistem em imagens, informações intercetadas e outras disponíveis publicamente.
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Momento-Chave
por RTP

Israel permite entrada em Gaza de ajuda humanitária vinda do Egito

Israel anunciou esta quarta-feira que vai autorizar a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza vinda do Egito, apesar de continuar a impor um cerco rigoroso ao território palestiniano.

"Israel não impedirá a ajuda humanitária do Egito, desde que envolva alimentos, água e medicamentos para a população civil no sul da Faixa de Gaza", refere um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

O Governo frisa, porém, que "não autorizará qualquer ajuda humanitária" vinda de Israel à Faixa de Gaza enquanto os reféns feitos pelo Hamas "não forem devolvidos".

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por RTP

Biden anuncia mais apoio à Palestina

O presidente dos Estados Unidos anunciou apoio financeiro adicional ao povo palestiniano. Joe Biden disse ainda que "uma democracia como Israel rege-se pelo Estado de direito, ao contrário dos terroristas".

Joe Biden prometeu também mais apoio militar a Israel, mas pediu que este não seja usado contra civis.
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por RTP

Biden diz que "terroristas nunca irão quebrar a força do povo"

O presidente dos Estados Unidos está a dar uma conferência de imprensa em Telavive. Joe Biden dirigiu-se às famílias das vítimas mortais para dizer que os "terroristas nunca irão quebrar a força do povo".

O líder disse ainda que o povo palestiniano “também está a sofrer profundamente” e voltou a insistir na ideia de que “a maioria dos palestinianos não é o Hamas”.

Biden deixou também um alerta: “as outras nações e atores hostis não devem pensar em atacar Israel”.

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por RTP

Dois palestinianos mortos pelas forças israelitas

O Ministério palestiniano da Saúde revelou que dois cidadãos tinham pelas forças de Israel na cidade de Ramallah, na Cisjordânia.
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por RTP

Nove cidadãos britânicos continuam desaparecidos

Nove cidadãos britânicos continuam desaparecidos, alguns dos quais se receiam mortos, e pelo menos sete foram mortos na sequência dos ataques do Hamas a Israel, informou o gabinete do primeiro-ministro britânico.

Para Rishi Sunak "parte do trabalho de Israel consiste em recuperar os reféns que foram capturados por uma organização terrorista".
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Momento-Chave
por RTP

Ataque a hospital em Gaza fez 471 mortos

O Ministério da Saúde da Palestina avança que o ataque a um hospital em Gaza, na noite de terça-feira, fez 471 mortos e 314 feridos.
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por Lusa

Portugueses no Líbano já pensam no que fazer se guerra começar

O que fazer caso comece uma guerra no Líbano tornou-se, desde início do conflito Israel- Hamas, assunto dominante em casa de Isaías Teixeira, piloto de 24 anos e dos poucos portugueses residentes em território libanês.

"Um dia queremos sair [do Líbano], no outro sentimos que não vai acontecer nada, mas depois se alguma coisa acontecer podemos arrepender-nos", diz à Lusa Isaías, filho de pai português e mãe libanesa. "É um estado de emoções mistas".

Isaías e os pais vivem nas montanhas a leste de Beirute, em Mansourieh. Apesar de consideraram que "não há risco de bombardeamentos" naquela cidade, a família lembra-se bem da última guerra entre o Hezbollah e Israel, em 2006.

"Quando a guerra de 2006 começou, passadas uma ou duas semanas, [Israel] começou a bombardear Beirute, a embaixada ligou-nos para evacuarmos e fomos retirados pelos navios de guerra da marinha italiana", diz Isaias.

A família, que também tem casa em Alenquer, está a "avaliar" se fica no Líbano ou não. Entre os fatores, está a casa em Mansourieh que não querem deixar para trás.

"Eu ficaria entusiasmado se me mudasse para Portugal, [mas] algumas pessoas dizem o contrário porque crescemos aqui", diz Isaias.

A Embaixada de Portugal em Chipre está a acompanhar e a apoiar a situação de cerca de 30 portugueses no Líbano, mas não emitiu até agora nenhuma recomendação de evacuação.

"Participámos [na segunda-feira] numa reunião de coordenação consular com colegas dos outros Estados-membros da União Europeia e de outros países", disse a embaixada numa mensagem enviada por WhatsApp aos Portugueses no Líbano.

Nenhuma embaixada europeia reduziu o seu pessoal nem iniciou a retirada dos seus cidadãos até ao momento, de acordo com a mesma fonte.

A representação diplomática portuguesa informou ainda "que a zona da fronteira sul continua particularmente sensível e volátil", mas que não tem conhecimento de portugueses na zona.

Na quarta-feira, a embaixada dos Estados Unidos aconselhou os seus cidadãos a não viajar para o Líbano, a par da saída dos que ali residem. A mensagem foi enviada aos norte-americanos no país, após violentos protestos à porta da embaixada contra o bombardeamento do hospital Al-Ahli em Gaza. Mais protestos à porta do edifício estão agendados para a tarde de quarta-feira.

Outras representações diplomáticas, como as do Canadá e Austrália, também já tinham aconselhado os seus cidadãos a sair do Líbano, "enquanto ainda estão disponíveis voos comerciais".

As companhias aéreas Lufthansa e Swiss cancelaram todos os seus voos de e para o aeroporto Rafik Hariri em Beirute, até ao final do mês. A companhia de bandeira libanesa, Middle East Airlines (MEA) anunciou esta semana que vai transferir cinco dos seus 24 aviões para Istanbul como "precaução".

A MEA fez o mesmo durante a guerra em 2006, quando Israel bombardeou e destruiu o aeroporto de Beirute, o único no país.

Leopoldina Hamade, 83 anos, vive no Líbano há 57 com o marido, nas montanhas do Chouf, também considerada uma zona segura.

A portuguesa conta à Lusa que, por enquanto, não tem planos de ir embora, devido à situação de saúde do marido.

Os filhos do casal, um médico e um informático que vivem nos Estados Unidos, "estão preocupadíssimos pois não se sabe o que virá", conta Leopoldina.

"Claro que estamos preocupados com a situação e seguimos passo a passo tudo o que se está a passar, tanto mais que o Líbano é sempre o bode expiatório", a diz à Lusa Leopoldina Hamade.

"Já passei por guerras e uma vez fomos pelas serras de noite para ir apanhar o avião para Portugal", diz Leopoldina. "O que é necessário é nunca perder a fé."

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Momento-Chave
por RTP

Confrontos em Beirute junto à embaixada dos EUA

Vários manifestantes estão a protestar junto à embaixada dos Estados Unidos na capital libanesa.
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por RTP

Marcelo condena ataques ao hospital de Gaza

O presidente da República recordou que o ataque ao hospital de Gaza provocou várias vítimas civis e condena o facto de existirem “várias versões e vários pontos de vista" sobre quem provocou o ataque.

Sobre um eventual cessar-fogo, Marcelo Rebelo de Sousa compreende a preocupação "do secretário-geral das Nações Unidas" com o fim do conflito.
O chefe de Estado também não quis comentar declarações de outros líderes e defendeu que a orientação de Portugal "deve ser o máximo de unidade no que é a posição da União Europeia".

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Momento-Chave
por Lusa

Primeiro-ministro israelita promete fazer o possível para poupar civis

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje que Israel fará tudo o que lhe for possível para evitar mais vítimas civis na guerra que trava atualmente com o grupo islamita Hamas.

"À medida que avançamos nesta guerra, Israel fará tudo o que for possível para manter os civis fora de perigo", disse Netanyahu em Telavive no início de um encontro com o Presidente norte-americano, Joe Biden.

"Pedimos [aos civis] e continuamos a pedir-lhes que se desloquem para áreas seguras", afirmou Netanyahu, citado pela agência espanhola EFE.

Israel tinha ordenado a mais de um milhão de palestinianos que abandonassem o norte da Faixa de Gaza na antecipação de uma possível ofensiva terrestre contra o Hamas.

Biden disse a Netanyahu que os Estados Unidos também estavam empenhados em evitar "mais tragédias" para os civis no conflito entre Israel e o Hamas, que provocou milhares de mortos dos dois lados em 12 dias.

"Continuaremos a trabalhar convosco e com os nossos parceiros em toda a região para evitar mais tragédias para civis inocentes", afirmou Biden, segundo a agência francesa AFP.

Biden deveria viajar para Amã para participar hoje numa cimeira com o rei Abdullah II da Jordânia e os presidentes do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, mas o encontro foi cancelado.

O anúncio do cancelamento foi feito pela Jordânia após notícias sobre a morte de centenas de pessoas num hospital de Gaza na terça-feira, que o Hamas atribuiu a um bombardeamento israelita.

Israel negou ter atacado o hospital e atribuiu a explosão ao lançamento falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica, que desmentiu o exército israelita.

A atual guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque do grupo islamita em território israelita em 07 de outubro, que as autoridades de Telavive disseram ter provocado 1.400 mortos.

Desde então, Israel cercou a Faixa de Gaza e prometeu aniquilar o Hamas, que controla o enclave com 2,3 milhões de habitantes desde 2007.

Os bombardeamentos israelitas contra Gaza provocaram pelo menos 3.200 mortos, segundo as autoridades do pequeno território situado na costa oriental do Mar Mediterrâneo.

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Momento-Chave
por RTP

EUA sancionam membros do Hamas

O Departamento de Tesouro dos EUA anunciou, esta quarta-feira, uma série de sanções contra uma dezena de "membros-chave do Hamas", agentes ou pessoas implicadas no financiamento do grupo islamita palestiniano, com sede em Gaza e em países como o Sudão, a Turquia e o Catar.

"Os Estados Unidos estão a tomar medidas rápidas e decisivas para atingir os financiadores e apoiantes do Hamas, na sequência do massacre brutal e inaceitável de civis israelitas, incluindo crianças", declarou a secretária do Tesouro, Janet Yellen, num comunicado, referindo-se ao ataque mortal do Hamas em território israelita em 7 de outubro.
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por RTP

RTP em Ramallah. Palestinianos no primeiro de três dias de luto nacional

Foto: Marques de Almeida - RTP

Na última noite, foram registados confrontos em muitas cidades palestinianas. Ramallah, na Cisjordânia, foi um dos palcos de protestos contra o Governo de Mahmoud Abbas e as forças de segurança.

Os palestinianos cumprem o primeiro de três dias de luto, com o comércio fechado e as bandeiras a meia-haste. Os enviados da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, estiveram em Ramallah, onde constataram a situação local.
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por RTP

Gaza. Ataque a hospital provocou onda de indignação em todo o mundo

Foto: Mohammed Salem - Reuters

O secretário-geral da ONU diz que está "horrorizado" com o ataque que atingiu um hospital em Gaza e que terá matado 500 pessoas, pedindo um cessar-fogo humanitário.

Israel culpa a Jihad Islâmica e divulgou mesmo a gravação de um telefonema alegadamente intercetado entre dois militantes palestinianos sobre "o lançamento fracassado de um rocket que terá partido de Gaza.

Já o Hamas e a Jihad Islâmica acusam Telavive.
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por RTP

Conflito no Médio Oriente. A análise de Cândida Pinto

A jornalista da RTP analisa os mais recentes desenvolvimentos do conflito entre Israel e o Hamas.

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por RTP

Berlim confirma cidadãos alemães entre os mortos pelo Hamas

Vários alemães foram mortos pelo Hamas, quando lançou um ataque sem precedentes contra Israel no dia 7 de outubro, anunciou o Ministério alemão dos Negócios Estrangeiros, que até então não tinha indicado o número de concidadãos mortos.

"Infelizmente, temos de assumir que um número de um dígito de cidadãos alemães foi vítima do terror do Hamas", ou seja, menos de 10 pessoas, disse Christian Wagner, porta-voz do ministério, sem dar mais pormenores sobre o contexto das mortes.

A diplomacia alemã já tinha informado que havia cidadãos alemães entre os raptados no dia seguinte aos ataques do Hamas contra Israel, a 7 de outubro.

O ministério falou de "oito casos conhecidos" de alemães raptados pelo Hamas, um caso que pode envolver várias pessoas. No total, "um pequeno número de dois dígitos" de reféns de nacionalidade alemã está envolvido, revelou o porta-voz esta quarta-feira.

Muitos estrangeiros foram mortos, feitos reféns ou desapareceram desde o ataque do movimento islâmico palestiniano Hamas a Israel, seguido de ataques de retaliação israelita na Faixa de Gaza.
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Momento-Chave
“Profundas condolências”
por RTP

Antony J. Blinken falou com Mahmoud Abbas

O secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, falou com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, na terça-feira à noite, para expressar as suas profundas condolências pelas vidas civis perdidas na explosão do hospital anglicano Al Ahli, na cidade de Gaza, informou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Blinken expressou o apoio contínuo dos Estados Unidos ao povo palestiniano, sublinhando que os terroristas do Hamas não representam os palestinianos nem as suas legítimas aspirações à autodeterminação e a medidas iguais de dignidade, liberdade, segurança e justiça.

O secretário de Estado salientou que os Estados Unidos condenam inequivocamente todo o terrorismo e sublinhou o firme empenho dos Estados Unidos em defender a lei da guerra, incluindo importantes proteções para os civis.

Blinken e Abbas discutiram os esforços contínuos dos EUA para coordenar a prestação de assistência humanitária urgente e vital para os civis em Gaza, em conjunto com parceiros, e os esforços para evitar que o conflito se espalhe.
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por RTP

Hamas diz que EUA são “cegamente parciais” em relação a Israel

O Hamas disse num comunicado esta quarta-feira que os EUA são “cegamente parciais em relação a Israel”, depois de Biden ter apontado o dedo ao grupo militante palestiniano pelo ataque a um hospital em Gaza.

O Hamas acusa ainda Washington de ser "cúmplice dos massacres israelitas" em Gaza.

Durante uma conferência de imprensa no Líbano, Osama Hamdan, um funcionário do Hamas, disse que os EUA, bem como todos os países ocidentais que apoiam Israel, “têm total responsabilidade pela guerra contra os civis em Gaza”.
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por Antena 1

Cravinho convencido de que ataque a hospital em Gaza partiu da Jihad Islâmica

Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, afirma que as informações que recebeu, por parte das forças israelitas, foram muito detalhadas e apontam para um disparo por parte da Jihad Islâmica.

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por RTP

Manifestantes entram em confronto com forças de segurança em Ramallah

Foto: Marques de Almeida - RTP

Em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, os manifestantes entraram em confronto com as forças de segurança na noite de terça-feira. Os manifestantes exigem a saída do presidente palestiniano Mahmoud Abbas e das suas forças de segurança.
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por RTP

China condena ataque a hospital de Gaza

Pequim condenou “vigorosamente” o ataque ao hospital de Gaza na noite de terça-feira e apela a um cessar-fogo imediato.

"A China está chocada com as pesadas perdas causadas pelo ataque a um hospital em Gaza e condena-o vigorosamente", escreveu o Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros num comunicado, apelando a um "cessar-fogo imediato".
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por Antena 1

"A guerra apaga o futuro", afirma papa Francisco

EPA

O papa Francisco voltou a apelar à paz. Com clara referência ao conflito no Médio Oriente, o sumo pontífice da Igreja Católica pede que se faça tudo para evitar uma catástrofe humanitária.

Na audiência habitual das quarta-feiras, no Vaticano, o papa pede que se faça tudo para evitar uma catástrofe humanitária e que se oiça "o grito de paz pedido pelos pobres e pelas crianças", pois “a guerra apaga o futuro”.
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por RTP

Vários países apelam aos seus cidadãos para evitar deslocações ao Líbano

A França juntou-se aos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Espanha, Alemanha e Austrália e aconselhou os seus cidadãos a evitarem viagens ao Líbano devido às “tensões de segurança na região, especialmente na fronteira sul (Israel)”.
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Momento-Chave
por RTP

Ataque a hospital em Gaza. Israel disponibiliza áudio que implica Hamas

Um dos materiais apresentados esta quarta-feira pelas Forças de Defesa de Israel é uma gravação de um alegado telefonema entre dois militantes do Hamas.

Neste áudio, os dois homens discutiriam o lançamento fracassado de um rocket da Jihad Islâmica que caiu no parque de estacionamento do Hospital Al Ahli, no centro de Gaza.
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Após explosão no hospital em Gaza
por RTP

Polícia turca impede tentativa de assalto a consulado israelita

A polícia de Istambul impediu que manifestantes invadissem o consulado israelita durante a noite, depois de uma explosão num hospital da Faixa de Gaza ter alegadamente matado muitos civis, segundo as autoridades locais.

Mais de 60 pessoas, na sua maioria agentes da polícia, ficaram feridas na quarta-feira, depois de um grupo ter atacado o edifício do consulado com pedras, paus e fogo de artifício, informou o Gabinete do Governador de Istambul. Cinco manifestantes foram detidos depois de terem saltado as barricadas da polícia.
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“Aguardem pelos factos”
por RTP

O pedido do MNE britânico sobre a explosão no hospital

O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, James Cleverly, exortou as pessoas a aguardarem os factos sobre a explosão num hospital em Gaza e disse que demasiadas pessoas já tiraram conclusões precipitadas.
"Ontem à noite, muitos tiraram conclusões precipitadas sobre a trágica perda de vidas no hospital Al Ahli", escreveu Cleverly num post no X, antigo Twitter.
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Momento-Chave
Reação de Scholz ao ataque à sinagoga em Berlim
por RTP

"Antissemitismo não tem lugar na Alemanha"

O chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que "o antissemitismo não tem lugar na Alemanha", após um ataque no exterior de uma sinagoga em Berlim, em que a polícia diz que foram atirados dois cocktails Molotov contra o edifício.

“Quero dizer expressamente que estou indignado com o que alguns estão a gritar e a fazer".

Os ataques a instituições judaicas e os atos de violência nas nossas ruas são desprezíveis e não podem ser tolerados. O antissemitismo não tem lugar na Alemanha".
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Momento-Chave
por RTP

Putin apela ao fim do conflito

O presidente russo considera em que o ataque ao hospital em Gaza foi uma “tragédia” e apelou a ambas as partes para colocarem um ponto final no conflito.

“Quanto ao ataque ao hospital, é uma tragédia o que aconteceu. É terrível”, afirmou Putin no final do encontro com Xi Jinping em Pequim.

"Espero realmente que isto seja um sinal de que precisamos de acabar com este conflito o mais depressa possível. Em todo o caso, temos de nos concentrar na possibilidade de iniciar alguns contactos e negociações.", acrescentou o presidente russo.

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por Oriana Barcelos - Antena 1

Israel volta a descartar responsabilidades em ataque a hospital em Gaza

Foto: Mohammed Saber - EPA

Israel voltou esta quarta-feira a descartar qualquer responsabilidade no ataque ao Hospital Al Ahli, em Gaza, que causou centenas de mortos. Garante ainda ter provas de que a explosão foi provocada por rockets da Jihad Islâmica.

Do lado palestiniano as acusações vão para Israel, afirmando também terem provas.

Independentemente do responsável pelo ataque a este hospital em Gaza, está em causa um crime de guerra, explica o especialista em Direito Internacional Francisco Pereira Coutinho.
Este perito entende que quer o Hamas quer Israel já cometeram crimes de guerra, durante as últimas semanas.
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Momento-Chave
por RTP

Irão apela a países islâmicos para imporem sanções a Israel

O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Hossein Amirabdollahian, disse esta quarta-feira que os membros da Organização de Cooperação Islâmica (OCI) deveriam sancionar e implementar um embargo a Israel, para além de expulsar os embaixadores israelitas, de acordo com uma declaração partilhada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros do Irão.

A reunião urgente da OIC teve lugar na quarta-feira, na cidade saudita de Jeddah, para os países islâmicos discutirem o conflito israelo-palestiniano.
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por RTP

Exército israelita acusa Jihad Islâmica do ataque a hospital em Gaza

O porta-voz do exército israelita veio reiterar que um rocket da Jihad Islâmica falhou o lançamento e caiu no parque de estacionamento do hospital.

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por RTP

Ataque a hospital. Embaixador palestiniano na ONU acusa Israel de mentir

Foto: Brendan McDermid - Reuters

O embaixador palestiniano na ONU acusa o Governo de Israel de "mudar a narrativa em relação ao ataque ao Hospital para tentar culpar os palestinianos".

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Momento-Chave
por RTP

Joe Biden em Israel. "Uma visita que fica quase vazia"

Os ecos do bombardeamento do Hospital Al Ahli, em Gaza, e a visita de Joe Biden marcam o dia em Israel. O encontro previsto para a Jordânia, que juntaria o presidente norte-americano, o primeiro-ministro israelita, o presidente do Egito, o rei da Jordânia e o presidente da Autoridade Palestiniana, foi cancelado.

Na Cisjordânia, foram registados conflitos em várias cidades.

Retrato traçado pelos enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
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Após encontro com presidente egípcio
por RTP

Scholz confiante que ajuda chegue a Gaza em breve

O chanceler alemão Olaf Scholz está confiante de que a ajuda poderá ser autorizada a entrar em Gaza em breve, após as suas conversações com os líderes de Israel, Jordânia e Egipto.

"Estamos todos estreitamente alinhados, então tenho a sensação de que isso pode acontecer em breve ", disse Scholz a repórteres no Cairo após seu encontro com o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi.
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Momento-Chave
Biden e Netanyahu em Telavive
por RTP

O presidente dos EUA e o primeiro-ministro israelita mostram-se unidos em declaração conjunta

Joe Biden e Benjamin Netanyahu surgiram perante as câmaras dos órgãos de comunicação social, em Telavive, para uma demonstração de união. "Os americanos estão convosco no luto", afirmou o presidente norte-americano. Por sua vez, o primeiro-ministro israelita quis sustentar que "o mundo civilizado" deve agir em conjunto contra o Hamas.

Quanto ao bombardeamento que atingiu, na noite de terça-feira, o Hospital Al Ahli, no centro de Gaza, Biden afinou o diapasão norte-americano pela posição de Israel, que atribuiu a explosão a um disparo falhado da Jihad Islâmica.

"Com base no que vi, parece ter sido feito pela outra equipa, não vocês. Mas há muitas pessoas que não têm a certeza, pelo que temos de ultrapassar muitas coisas", declarou o presidente dos Estados Unidos, para acrescentar estar "profundamente triste e indignado com a explosão no hospital em Gaza".


"Temos também de manter presente que o Hamas não representa todo o povo palestiniano e só lhe trouxe sofrimento", vincou.
"Forças da civilização e da barbárie"
Netanyahu, que foi o primeiro a pronunciar-se, começou por elogiar o que descreveu como a "clareza moral" do interlocutor norte-americano: "Desenhou corretamente uma linha entre as forças da civilização e as forças da barbárie".


O primeiro-ministro israelita descreveu, em seguida, a ofensiva desencadeada a 7 de outubro pelo Hamas a "20 onzes de setembro" e voltou a comparar o movimento radical palestiniano ao Estado Islâmico.
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por Lusa

Rússia pede a Israel provas de inocência do ataque a hospital de Gaza

O ataque a um hospital de Gaza que matou centenas de pessoas é "um crime" e um "ato de desumanização", afirmou hoje a porta-voz da diplomacia russa, pedindo a Israel, que nega qualquer responsabilidade, que prove a sua inocência.

"Vemos neste momento um desejo [por parte de Israel] de se distanciar de qualquer responsabilidade. Se esta tentativa constitui uma intenção séria (...) de provar a sua inocência (...), então os factos devem ser apresentados", defendeu Maria Zakharova.

A porta-voz russa pediu aos Estados Unidos e a Israel que forneçam imagens de satélite para investigar a origem do ataque, acusando os governos ocidentais de darem a impressão, nas suas reações, de que "o ataque aconteceu por si só".

A explosão, pela qual Israel e os palestinianos se culpam mutuamente, fez centenas de mortos e provocou condenações internacionais e manifestações em todo o mundo muçulmano.

O movimento islamita Hamas, no poder em Gaza, acusou Israel de estar na origem deste ataque de terça-feira à noite, que o exército israelita atribuiu a um ataque fracassado de foguetes da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestiniano, 11 dias depois do início da guerra desencadeada por um ataque-surpresa sem precedentes do Hamas a Israel.

O exército israelita afirmou hoje que tinha provas da responsabilidade da Jihad Islâmica "baseadas em informações, sistemas operacionais e imagens aéreas, todas verificadas", segundo o porta-voz militar, Daniel Hagari.

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Momento-Chave
Presidente egípcio avança com sugestão para refugiados palestinianos
por RTP

"Se Israel quiser, pode deportar os palestinianos de Gaza para o deserto do Negev e devolvê-los à Faixa no fim da guerra"

O presidente egípcio avisa que, "depois da ideia de deportar os palestinianos da Faixa de Gaza para o Sinai, seguir-se-á a deportação dos palestinianos da Cisjordânia para a Jordânia, como forma de resolver a questão palestiniana". Al-Sissi acrescenta que Israel pode, "se quiser", deportar palestinianos para o deserto do Negev até ao "fim da guerra".
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por Lusa

Papa apela para que se evite catástrofe humana na Faixa de Gaza

O Papa Francisco apelou hoje para se faça tudo o que for possível para evitar uma catástrofe humana na Faixa de Gaza e manifestou-se preocupado com o possível alargamento do conflito.

"Também hoje estou a pensar na Palestina e em Israel, as vítimas estão a aumentar e a situação em Gaza é desesperada", disse Francisco durante a audiência geral realizada na Praça de São Pedro.

"Por favor, façam tudo o que for possível para evitar uma catástrofe humana", apelou o chefe da Igreja Católica, citado pela agência espanhola EFE.

Israel declarou guerra ao Hamas depois de o grupo islamita ter realizado uma incursão sem precedentes em território israelita em 07 de outubro, que matou mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.

Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza desde então, provocando mais de três mil mortos e um milhão de deslocados, segundo a ONU.

Uma explosão na terça-feira no hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, matou "entre 200 e 300 pessoas", segundo uma declaração do Ministério da Saúde de Gaza citada pela agência francesa AFP.

O Hamas e outras fontes palestinianas afirmaram que o hospital foi bombardeado por Israel e que o ataque provocou pelo menos 500 mortos.

Israel negou a acusação e disse que a explosão foi causada pelo disparo falhado de um foguete pelo grupo palestiniano Jihad Islâmica.

A Jihad Islâmica também negou a responsabilidade e devolveu a acusação a Israel.

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Momento-Chave
Polícia confirmou incidente
por RTP

Sinagoga em Berlim atacada com cocktails Molotov

Uma sinagoga de Berlim foi atacada com cocktails Molotov na madrugada de quarta-feira, numa altura em que os incidentes antissemitas na capital alemã têm vindo a aumentar na sequência da escalada de violência no Médio Oriente.

A comunidade Kahal Adass Jisroel declarou que a sua sinagoga, situada no bairro de Mitte, foi atacada com dois engenhos incendiários. A polícia confirmou o incidente.

"Pessoas desconhecidas atiraram dois cocktails Molotov da rua", escreveu a comunidade no X, antigo Twitter. A comunidade também publicou um vídeo em que os agentes da polícia investigam o local em frente à sinagoga, que foi isolado.

O complexo de edifícios da comunidade Kahal Adass Jisroel, no centro de Berlim, alberga uma sinagoga, um jardim de infância e um centro comunitário.

A polícia informou ainda que, durante a noite, se registaram distúrbios entre imigrantes muçulmanos e a polícia nos bairros de Neukoelln e Kreuzberg e no emblemático Portão de Brandemburgo, em Berlim, tendo vários agentes ficado feridos.
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Momento-Chave
por Lusa

Dados da ONU. Mais de três mil mortos em Gaza sem balanço de ataque a hospital

A ONU elevou hoje para mais de três mil o número de mortos na Faixa de Gaza desde que Israel respondeu ao ataque do Hamas de 07 de outubro com o bombardeamento do enclave palestiniano.

Numa atualização diária sobre o conflito, o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa) disse que não conseguiu contabilizar as vítimas do ataque ao hospital Al Ahli, na terça-feira.

As autoridades de saúde do território controlado pelo grupo islamita Hamas disseram que o ataque ao hospital provocou pelo menos 500 mortos.

Israel negou ter sido responsável pela explosão no hospital situado no norte de Gaza, que atribuiu à milícia palestiniana Jihad Islâmica.

O OCHA disse que 853 crianças estão entre os mais de três mil mortos contabilizados na Faixa de Gaza, segundo a agência espanhola EFE.

Os bombardeamentos israelitas por terra, mar e ar mataram 192 pessoas no último dia, antes do ataque ao hospital Al Ahli, disse a ONU.

"Centenas de vítimas adicionais podem estar presas nos escombros", admitiu o gabinete de coordenação humanitária, que teme que os corpos possam causar epidemias e problemas ambientais.

A ONU também manteve o número de deslocados internos em Gaza em mais de um milhão, dos quais cerca de 352 mil permanecem em escolas no centro e no sul do território geridas pela missão da organização.

Segundo a ONU, foram atacadas zonas do sul de Gaza para onde as autoridades israelitas tinham ordenado que se deslocassem os refugiados, o que criou o caos e levou famílias a regressar a zonas mais a norte.

A Faixa de Gaza sofreu sete dias de falta total de eletricidade, o que reduziu ao mínimo as operações em muitos hospitais, acrescentou.

A atual guerra entre Israel e o Hamas começou em 07 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.

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Investigação minuciosa
por RTP

Charles Michel chocado com ataque a hospital

Charles Michel, presidente do Conselho Europeu, afirmou esta manhã nas redes sociais que está "chocado com o trágico ataque ao hospital al-Ahli al-Arabi".

"É imperativo que todos os factos que rodeiam este incidente sejam investigados minuciosamente e que os responsáveis sejam responsabilizados. Apelamos também ao acesso imediato da ajuda humanitária à Faixa de Gaza para prestar assistência", acrescentou.
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Momento-Chave
Afirma Von der Leyen
por RTP

"Não há desculpa para um ataque a um hospital cheio de civis"

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que "nada" pode "desculpar um ataque a um hospital cheio de civis", condenando as cenas "horríveis" que se seguiram a uma explosão num hospital em Gaza, que deixou centenas de mortos.
"Todos os factos devem ser apurados e os responsáveis devem ser chamados a prestar contas", acrescentou perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo. 

A presidente da Comissão Europeia sublinhou o direito de Israel "a defender-se", especificando que tal deve ser feito "em conformidade com o direito internacional", uma clarificação que não mencionou durante uma visita a Israel na sexta-feira, omissão pela qual foi criticada por alguns eurodeputados.

"A Europa está ao lado de Israel neste período negro e esse é um ponto de partida essencial", insistiu. Mas "não há contradição entre mostrar solidariedade para com Israel e responder às necessidades humanitárias em Gaza", continuou referindo-se à "ponte aérea" estabelecida com o Egipto para entregar ajuda humanitária.
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por RTP

Joe Biden chegou a Israel

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou hoje a Telavive para se encontrar com as autoridades de Israel, na sequência da guerra em curso entre israelitas e o grupo palestiniano Hamas.
Biden foi recebido no aeroporto pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, segundo as imagens transmitidas pelas televisões internacionais.

A visita ocorre um dia depois de uma explosão num hospital da Faixa de Gaza ter causado pelo menos 500 mortos, segundo as autoridades palestinianas.
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Momento-Chave
Alerta da OMS
por RTP

Situação em Gaza está "fora de controlo"

A situação na Faixa de Gaza está "fora de controlo" devido à falta de entrega de ajuda humanitária, declarou o diretor da Organização Mundial de Saúde (OMS) na rede X (antigo Twitter). 

"Cada segundo que esperamos pela ajuda médica, perdemos vidas", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, frisando que o fornecimento de medicamentos está bloqueado há quatro dias na fronteira entre o Egipto e Gaza. 

"Precisamos de acesso imediato para começar a entregar estes produtos vitais", insistiu Tedros. 

Tal como muitos outros responsáveis de agências da ONU, ONG e governos, o responsável da OMS está a apelar à abertura do posto fronteiriço de Rafah. 

Há dias que toneladas de ajuda estão bloqueadas no deserto egípcio do Sinai, enquanto Rafah está fechada do lado palestiniano, na sequência de quatro atentados bombistas ocorridos esta semana. 

Os Estados Unidos dizem estar a trabalhar num acordo, mas os israelitas e os egípcios não conseguem chegar a acordo sobre as garantias de segurança que exigem em Rafah. "

Precisamos de acabar com a violência de todos os lados", implorou mais uma vez Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

A Faixa de Gaza está a afundar-se numa crise humanitária sem precedentes. Está sujeita a um bloqueio quase total por parte de Israel, imposto após um ataque sem precedentes ao seu território, em 7 de outubro, pelo movimento islamita Hamas, cujos comandos mataram mais de 1.400 pessoas e raptaram cerca de 200. 

A grande maioria das vítimas eram civis, tal como as cerca de três mil pessoas mortas nos bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza. Desde os ataques do Hamas, Israel tem vindo a bombardear o estreito território palestiniano, onde vivem 2,4 milhões de pessoas, em preparação para um eventual ataque terrestre.
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por Lusa

União Africana condena bombardeamento contra um hospital em Gaza

O presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, condenou na terça-feira o "bombardeamento israelita" contra um hospital na Faixa de Gaza, que terá provocado pelo menos 500 mortos.

"Não há palavras para expressar plenamente a nossa condenação ao bombardeamento israelita de um hospital em Gaza hoje (terça-feira), matando centenas de pessoas", disse Mahamat numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).

O Egito acusou Israel de bombardear deliberadamente o hospital, embora as autoridades israelitas neguem ter atacado o edifício e culpado grupos palestinos pelo massacre.

"Atacar um hospital, considerado um porto seguro ao abrigo do direito humanitário internacional, é um crime de guerra. A comunidade internacional deve agir agora", acrescentou o responsável.

Pelo menos 500 pessoas terão morrido, saegundo as autoridades palestinianas, após o bombardeamento do hospital Al Ahli, representando o maior massacre em Gaza das cinco guerras que ocorreram entre as milícias palestinianas e Israel desde 2008.

É também o ataque com maior número de vítimas mortais cometido até agora desde que, em 07 de outubro, o ataque surpresa do Hamas contra Israel desencadeou a atual guerra, que já causou mais de 3.000 mortos em Gaza e 1.400 mortes em território israelita.

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Momento-Chave
por RTP

Jihad Islâmica nega acusações de Israel

A Jihad Islâmica palestiniana rejeitou as declarações do porta-voz militar israelita, segundo as quais a explosão no Hospital Al-Ahli, na noite de terça-feira, terá sido provocada pelo lançamento falhado de um foguete pelo grupo militante em Gaza, afirmando que "o ângulo do impacto e a intensidade do fogo provam que se tratou de um ataque aéreo". 

A Jihad Islâmica afirmou que "os hospitais da Faixa de Gaza receberam avisos de evacuação antes de serem atingidos pelos bombardeamentos, mas ninguém na comunidade internacional interveio", frisando que "Israel está a espalhar versões [contraditórias] [dos acontecimentos]". 

O porta-voz do Ministério israelita dos Negócios Estrangeiros, Lior Ben-Dor, afirmou que o hospital abriga armas e que a explosão ocorreu a partir do local onde estas foram lançadas, enquanto o exército diz que a explosão foi o resultado de um lançamento falhado pela Jihad Islâmica". 

A organização também observou que "da mesma forma que Israel abdicou anteriormente da responsabilidade pelos crimes que cometeu, incluindo o ferimento da jornalista Shireen Abu Akleh, isto também se está a repetir agora".
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Momento-Chave
por Lusa

Irão condena ataque a hospital e declara um dia de luto

O Irão condenou o ataque ao hospital anglicano de Gaza, que matou 500 pessoas segundo as autoridades palestinianas, e declarou o dia de hoje como de luto pelo "massacre e crime de guerra contra a humanidade".

"As chamas do bombardeamento israelo-americano contra palestinianos inocentes tratados num hospital de Gaza devorarão os sionistas", declarou o Presidente iraniano, Ebrahim Raisi, na terça-feira à noite.

"O Irão, como parte da nação islâmica, está de luto", acrescentou, segundo noticiou hoje a imprensa iraniana, citada pela agência espanhola EFE.

Israel e as milícias palestinianas acusam-se mutuamente pelo ataque ao hospital Al Ahli Araba, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira.

O grupo islamita Hamas acusou Israel de ter bombardeado o hospital, enquanto o exército israelita atribuiu a responsabilidade à milícia palestiniana Jihad Islâmica.

As autoridades de saúde da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, disseram que morreram pelo menos 500 pessoas, no que poderá ser o ataque mais grave no enclave desde 2008.

O ataque ocorreu na véspera da chegada à região do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

O ataque foi criticado pela comunidade internacional, incluindo os Estados Unidos, e desencadeou a fúria na Cisjordânia ocupada por Israel e no estrangeiro.

No Irão, que apoia o Hamas, milhares de pessoas saíram à rua em Teerão durante a madrugada para protestar contra o bombardeamento do hospital, com gritos de "morte à América" e "morte a Israel".

Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro, quando operacionais do grupo palestiniano fizeram uma incursão sem precedentes em território israelita e mataram mais de 1.400 pessoas, segundo as autoridades de Telavive.

Israel respondeu com bombardeamentos contra a Faixa de Gaza que mataram pelo menos três mil pessoas, de acordo com as autoridades palestinianas do enclave.

Há também a registar 12.500 feridos em Gaza e mais de 4.200 feridos em Israel.

Além dos bombardeamentos, Israel cercou e suspendeu os fornecimentos à Faixa de Gaza, um pequeno território onde vivem 2,3 milhões de pessoas e que é controlado pelo Hamas desde 2007.

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por Lusa

Telavive poderá eliminar Hamas mas atrairá Hezbollah e al-Qaida

O analista do Conselho para as Relações Internacionais Bruce Hoffman advertiu hoje que se Israel eliminar definitivamente a ameaça representada pelo Hamas, a campanha em Gaza poderá atrair outros adversários, incluindo Hezbollah e Al-Qaida.

Num artigo publicado no portal do Conselho para as Relações Internacionais, um `think tank` com sede em Nova Iorque voltado para a política externa e assuntos internacionais, Hoffman destacou a capacidade e os meios do Hamas, movimento islamita palestiniano considerado terrorista pela União Europeia (UE) e Estados Unidos, para montar ataques coordenados e simultâneos a partir do ar, do mar e da terra.

"O facto de o Hamas ter a capacidade de manter os seus preparativos desconhecidos de um país como Israel, que possui um dos serviços de informações mais sofisticados do mundo, sugere fortemente que teve apoio, aconselhamento e orientação de um Estado externo no planeamento e execução do ataque a Israel. O Irão, por conseguinte, será fortemente suspeito de estar por detrás disto", sublinhou.

Hoffman sustentou que o Irão fornece ao Hamas e à Jihad Islâmica da Palestina (JIP) pelo menos 100 milhões de dólares (94,4 milhões de euros) por ano e proclama abertamente a intenção de destruir Israel, tendo Teerão manifestado preocupação com a possibilidade de a Arábia Saudita e Israel estabelecerem relações diplomáticas formais, agravada pelo pacto de defesa entre Riade e Washington.

"O Irão tinha todas as razões para encorajar e facilitar o ataque a Israel. Mas isso é muito diferente de ordenar, muito menos de orquestrar os ataques ou de dar qualquer tipo de `luz verde`. Embora o Hamas e o JIP, tal como o Hezbollah [com sede no Líbano], tenham laços estreitos com o Irão, também funcionam de forma independente. Assim, o longo historial do Irão na tentativa de desestabilizar países da região, incluindo Bahrein, Iraque, Kuwait, Líbano e Arábia Saudita está muito bem documentado", disse.

Apesar de, tal como prometeu o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a retaliação ser "maciça e decisiva, com a intenção de destruir de vez o Hamas", a guerra está a mostrar que os crimes de guerra, independentemente de ter sido desencadeada pelo Hamas a 07 deste mês, são muitos e quem está a pagar são os civis de ambos os lados.

"Os relatos de execuções, abusos sexuais, civis a serem retirados das suas casas e outras depredações não ficarão impunes a Israel. À medida que mais informação vir a luz do dia e que o choque do ataque inicial se desvanecer, os israelitas exigirão vingança", sustentou Hoffman.

No entanto, defendeu, o argumento comum sobre o contraterrorismo, de que "não há solução militar", não é totalmente verdade, "desde que um país não se preocupe em ferir civis", tal como, exemplificou, sucedeu no Sri Lanka.

"A campanha militar em 2009 esmagou completamente os Tigres Tamil. Estima-se que cerca de 20.000 civis tenham sido mortos. Morreram o fundador e líder dos Tigres, toda a sua equipa de comando e praticamente todos os oficiais e elementos da organização. Um grupo terrorista pode ser destruído desta forma, mas isso implica uma enorme perda de vidas civis", lembrou.

"Se Israel perseguir este objetivo, é provável que se siga uma série de coisas, incluindo o Hezbollah vir em auxílio do Hamas, ou o Irão envolver-se potencialmente, com a possível convergência de combatentes estrangeiros da Al-Qaida e dos Talibãs, entre outros grupos. Isso lançaria este conflito numa trajetória completamente diferente", alertou Hoffman.

Para o analista, o Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, explorou a vantagem da surpresa "com um sucesso espantoso", tendo como "vantagem, agora", a capacidade de se dispersar e de se esconder dentro do escudo protetor da população civil do enclave.

No entanto, para Hoffman, as vantagens de Israel deveriam ter impedido o ataque surpresa do Hamas, pois Telavive "tem uma das forças armadas mais sofisticadas tecnologicamente, mais bem treinadas, armadas e profissionais da região, se não do mundo".

"O armamento avançado, a doutrina, a formação e o equipamento das Forças de Defesa de Israel dotaram-nas de capacidades de combate formidáveis que se tornarão cada vez mais evidentes nos próximos dias", argumentou o analista do IRC, apontando que, historicamente, as organizações terroristas "têm-se saído mal quando o peso total do poderio militar de um Estado estabelecido é exercido sobre elas".

Segundo Hoffman, o conflito "está longe" de ter terminado e é completamente imprevisível quanto à sua evolução, pois foram desencadeadas "forças poderosas e centrífugas" que reescreveram as regras para Israel e o Hamas, e talvez para outros na região.

"Por exemplo, tendo em conta os laços de longa data do Hezbollah com o Hamas e o facto de o seu patrono estatal mútuo ter um enorme interesse em assegurar a longevidade dos seus clientes terroristas regionais, o Hezbollah, por sua própria iniciativa mas em total sintonia com os desejos do Irão, entrará provavelmente na guerra se Israel lançar um ataque terrestre em Gaza. As consequências serão então enormes", advertiu.

Atualmente, prosseguiu, o Hezbollah dispõe de um arsenal de mísseis que se crê ser dez vezes superior, mais precisos e capazes de percorrer distâncias maiores, razão pela qual todo o território de Israel ficaria vulnerável a ataques de mísseis.

"Existe a possibilidade de a guerra alastrar e o terrível derramamento de sangue e as tragédias que se seguirão tornarão qualquer tipo de conversações mais difíceis e mais distantes do que no passado. Os militantes palestinianos na Cisjordânia podem revoltar-se com violência a qualquer momento, embora isso seja mais provável se Israel lançar um grande ataque terrestre e reocupar Gaza. Isso levantaria a questão: confrontado com uma guerra em três frentes, será que Israel visaria o Irão na esperança de o pressionar a retirar os seus lacaios?", questionou Hoffman, sem dar uma resposta.

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por Antena 1

Guterres horrorizado com ataque a hospital em Gaza apela a cessar-fogo

Foto: Mohamed Saber - EPA

O secretário-geral das Nações Unidas confessa estar horrorizado com o ataque a um hospital de Gaza, que provocou centenas de mortos. António Guterres sublinha que nada justifica a violência contra a população civil e pede um cessar-fogo imediato no Médio Oriente.

O ataque a um hospital de Gaza abriu uma troca de acusações entre israelitas e palestinianos.
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Momento-Chave
Forças de Defesa de Israel voltam a negar autoria de ataque a hospital
por RTP

O exército israelita mostra imagens aéreas para afiançar que a aviação do Estado hebraico não bombardeou a unidade Al Ahli

Em conferência de imprensa, esta manhã, um porta-voz das Forças de Defesa de Israel insistiu na tese da responsabilidade da Jihad Islâmica no bombardeamento do Hospital Al Ahli, no centro de Gaza.

O Tsahal, que publicou imagens aéreas nas redes sociais, reitera que a explosão mortífera teria sido causada pelo lançamento falhado de um rocket por parte do grupo extremista.
Os argumentos israelitas
Segundo o porta-voz militar israelita Daniel Hagari, uma primeira barragem de projéteis foi lançada pelo Hamas, a partir de Gaza, às 18h15 de terça-feira (16h15 em Lisboa). Pelas 18h59, ainda de acordo com o Tsahal, uma segunda barragem de uma dezenas de rockets foi lançada pela Jihad Islâmica a partir de um cemitério próximo - foi neste momento que surgiram relatos de uma explosão no Hospital Al Ahli.

"Eles foram ao ponto de inflacionar os números de baixas. Perceberam com absoluta certeza que tinha sido um rocket mal disparado pela Jihad Islâmica e atingir o hospital", acusou o mesmo porta-voz, referindo-se ao Hamas.

Hagari argumentou ainda que, se as forças israelitas tivessem sido responsáveis pelo bombardeamento do hospital, "por ar, terra ou mar", haveria "uma cratera" ou algum "dano estrutural".
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Momento-Chave
Ponto de situação
por RTP

Israel e palestinianos trocam acusações sobre ataque a hospital de Gaza

  • O presidente norte-americano chega esta quarta-feira a Israel. O objetivo da visita é mostrar apoio à guerra contra o Hamas e deixar patente a influência dos Estados Unidos no Médio Oriente. Joe Biden deve reunir-se com o primeiro-ministro israelita para perceber quais são os planos para a ofensiva na Faixa de Gaza e, em simultâneo, tentar desbloquear a ajuda humanitária;

  • A viagem do presidente norte-americamo ao Médio Oriente sofreu entretanto uma alteração significativa. Foi cancelada a cimeira na Jordânia. Joe Biden deveria deslocar-se a Amã, para onde estava previsto um encontro com os homólogos da Jordânia, do Egito e da Autoridade Palestiniana. Contudo, o presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, cancelou a presença devido ao ataque ao Hospital Al Ahli, em Gaza, na noite de terça-feira. O encontro acabou por ser cancelado face aos três dias de luto decretados pela Autoridade Palestiniana;

  • O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, veio insistir na ideia de que tudo o que está a acontecer na Faixa de Gaza é responsabilidade do movimento radical Hamas;

  • O bombardeamento da noite de terça-feira sobre o hospital no centro de Gaza causou pelo menos meio milhar de mortos. O número de vítimas foi avançado pelas autoridades de saúde do território administrado pelo Hamas. O balanço exato dos feridos não é conhecido. Um médico adiantou que quatro mil pessoas estavam refugiadas naquela unidade;

  • Depois do bombardeamento, Israel e Gaza trocaram acusações. As autoridaes do território palestiniano responsabilizam o exército israelita. O Governo do Estado hebraico nega a acusação e aponta o dedo à Jihad Islâmica, que negou também a autoria do ataque. Os israelitas alegam que a explosão no hospital ocorreu quando o grupo extremista palestiniano falhou o lançamento de um rocket;

  • As Forças de Defesa de Israel voltaram a instar a população de Gaza a abandonar a cidade e a deslocar-se para sul, afirmando que existe uma "zona humanitária" com ajuda disponível em Al-Mawasi, a 28 quilómetros do principal centro urbano do território;

  • Já esta manhã, a Força Aérea israelita indicou ter bombardeado, nas últimas horas, dezenas de "alvos militares ao longo da Faixa de Gaza". A aviação do Estado hebraico diz ainda ter "eliminado" dois membros da hierarquia do Hamas.
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por RTP

Ataque a Hospital. Israel acusa militantes palestinianos

Os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, reportam que o Estado hebraico responsabiliza a Jihad Islâmica pela destruição do Hospital Al Ahli, no centro de Gaza.

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por RTP

Bombardeamento de hospital em Gaza ameaça incendiar Médio Oriente

Foto: Mohammed Al-Masri - Reuters

Israel culpa a Jihad Islâmica pelo ataque a um hospital da cidade da Gaza, que fez pelo menos 500 vítimas. A acusação foi deixada depois de o Hamas ter posto a responsabilidade em Telavive.

O bombardeamento, um dos maiores de sempre sobre Gaza, está a ser condenado pela comunidade internacional. A Jordânia e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, já cancelaram o encontro previsto com o presidente norte-americano.

O Hamas classificou a explosão como "um massacre horrível", frisando que foi causada por um ataque israelita. Pouco depois, já depois de ter negado a autoria num primeiro momento e após uma nova atualização sobre a situação, o exército reiterou que as forças israelitas não tinham atingido o hospital, que foi destruído "como resultado de um foguete mal disparado pela organização terrorista Jihad Islâmica".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, culpou os "terroristas bárbaros de Gaza" pelo ataque ao hospital: "Aqueles que mataram brutalmente os nossos filhos estão a matar os seus próprios filhos".

O 10.º dia do conflito desencadeado pelo ataque do Hamas contra Israel gerou fortes reações de todo o mundo. Por parte dos países árabes, o bombardeamento ao hospital gerou uma condenação generalizada, com manifestantes a saírem às ruas em Amã e Tunes.

c/ Lusa

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por RTP

RTP em Israel. Hezbollah poderá constituir segunda frente de batalha

O conflito está a ser acompanhado pelos enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.

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