Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Acompanhamos aqui todos os desenvolvimentos sobre o reacender do conflito israelo-palestiniano, após a vaga de ataques do Hamas e a consequente retaliação das forças do Estado hebraico.
Reuters
I am horrified by the killing of hundreds of Palestinian civilians in a strike on a hospital in Gaza today, which I strongly condemn. My heart is with the families of the victims. Hospitals and medical personnel are protected under international humanitarian law.
— António Guterres (@antonioguterres) October 17, 2023
Foto: Mohammed Al-Masri - Reuters
Israel culpa a Jihad Islâmica pelo ataque a um hospital da cidade da Gaza, que fez pelo menos 500 vítimas. A acusação foi deixada depois de o Hamas ter posto a responsabilidade em Telavive.
França condenou hoje firmemente o ataque que atingiu um hospital em Gaza, causando 500 mortos, de acordo com o movimento islamita Hamas, que acusou Israel pelo bombardeamento, enquanto os israelitas responsabilizam a organização palestiniana Jihad Islâmica.
"O direito internacional humanitário é vinculativo para todos e deve permitir a proteção das populações civis. O acesso humanitário à Faixa de Gaza deve ser aberto sem demora", sublinhou a diplomacia francesa, em comunicado.
Marrocos também condenou fortemente o ataque ao hospital, que atribuiu às forças israelitas, exigindo que "todas as partes protejam os civis" e que estes "não sejam um alvo".
O Ministério dos Negócios Estrangeiros marroquino sublinhou, em comunicado, "a necessidade urgente de a comunidade internacional fazer esforços concertados para pôr fim às hostilidades o mais rapidamente possível, respeitar as normas humanitárias internacionais e trabalhar para evitar que a região caia numa nova escalada e tensão".
O presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, acusou Israel de crimes de guerra após o ataque ao hospital, apelando à comunidade internacional para agir.
O Iraque decretou três dias de luto nacional pelas vítimas do ataque, exigindo o envolvimento da comunidade internacional para pôr fim aos "ataques hostis" de Israel contra o enclave palestiniano.
Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraquiano sublinhou que "os ataques constituem uma grave violação das disposições do direito internacional e humanitário e dos valores mais básicos da humanidade".
Já o Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) manifestou "choque e horror" pela morte de centenas de pessoas no ataque ao hospital.
"Os hospitais deveriam ser santuários para preservar a vida, e não cenas de morte e destruição. Nenhum paciente deveria ser assassinado numa cama de hospital, nem um médico ao tentar salvar outras pessoas", frisou este organismo, especializado em assistência humanitária em zonas de conflito, em comunicado.
O alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, frisou hoje que o ataque mortal a um hospital na Faixa de Gaza é "totalmente inaceitável".
"Faltam-me as palavras. Ontem à noite [terça-feira], centenas de pessoas foram mortas de maneira horrível no ataque ao Hospital Al Ahli Arab, incluindo pacientes, cuidadores e famílias que se refugiaram dentro e ao redor do hospital. Uma vez, novamente, os mais vulneráveis [são afetados]. Isto é totalmente inaceitável", frisou, em comunicado.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza.
"De acordo com informações de serviços de informações, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.
Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.
O ataque surpresa do Hamas em 07 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, classificou hoje como "horrendas e chocantes" as mortes de "centenas de inocentes" em bombardeamentos contra um hospital e uma escola em Gaza.
"As notícias de Gaza são horrendas e chocantes. Foram mortos centenas de inocentes num hospital. Na escola da UNRWA, também bombardeada, houve mais mortes. Estes alvos não são militares", destacou o chefe da diplomacia portuguesa na rede social X (antigo Twitter).
"Reiteramos o nosso urgente apelo ao respeito permanente do direito internacional humanitário", acrescentou João Gomes Cravinho.
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, dirigido pelo movimento Hamas, disse hoje que pelo menos 500 pessoas foram mortas num ataque aéreo israelita a um hospital onde se encontravam civis feridos e em busca de abrigo.
O Exército israelita atribuiu, por sua vez, à organização palestiniana Jihad Islâmica o ataque que atingiu um hospital em Gaza e que, de acordo com o movimento islamita Hamas, provocou 500 mortos.
"De acordo com informações de inteligência, baseadas em diversas fontes que obtivemos, a Jihad Islâmica é responsável pelo ataque fracassado de foguetes que atingiu o hospital", realçou o Exército israelita, em comunicado.
Também hoje pelo menos seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita contra uma escola da agência da ONU para os refugiados palestinianos na Faixa de Gaza, indicou o organismo, que denunciou um "flagrante desrespeito pela vida dos civis".
Num comunicado, o comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini, informou que "pelo menos seis pessoas morreram hoje à tarde quando uma escola da UNRWA foi atingida no acampamento de refugiados de Al Maghazi, na zona central de Gaza".
Dezenas de pessoas ficaram feridas, incluindo pessoal da agência que integra o sistema da ONU, e a escola sofreu graves danos estruturais, afirmou ainda Lazzarini, admitindo que o número de vítimas poderá aumentar.
Na Faixa de Gaza, e o conflito entre o Estado judaico e as milícias do enclave iniciado em 07 de outubro já provocou pelo menos 3.000 mortos entre a população palestiniana, segundo dados do ministério da Saúde, que se refere a mais de 12.500 feridos.
Na Cisjordânia ocupada, as forças israelitas já mataram pelo menos 50 palestinianos, para além de centenas de feridos e pelo menos 200 detenções.
O ataque surpresa do Hamas em 07 de outubro terá provocado em Israel mais de 1.400 mortos, na maioria civis.
Os enviados especiais da RTP a Israel, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, reportam que o Estado hebraico responsabiliza a Jihad Islâmica pela destruição do Hospital Al Ahli, no centro de Gaza.
Participei na reunião do @EUCouncil dedicada à situação em #Israel e em #Gaza. Houve um consenso muito alargado na condenação total do Hamas e quanto ao direito de Israel de se defender dos brutais ataques terroristas, respeitando o direito humanitário internacional.#EUCO pic.twitter.com/IP3ZdPMbjU
— António Costa (@antoniocostapm) October 17, 2023
O conflito está a ser acompanhado pelos enviados especiais da RTP, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida.
Pelo menos 500 pessoas terão morrido esta terça-feira no bombardeamento de um hospital da Faixa de Gaza. Palestinianos e israelitas trocam acusações quanto aos responsáveis pelo ataque.
Um hospital foi bombardeado na Faixa de Gaza. O Hamas anunciou 500 mortos e acusou Israel do ataque. Israel declarou que o bombardeamento foi efetuado pela Jihad Islâmica. Os líderes da União Europeia condenaram o ataque ao hospital em Gaza.
O Presidente disse que ninguém pode garantir que não há terrorismo seja em que país for, mas defendeu que há estruturas mais bem preparadas para o prevenir, incluindo em Portugal.
O presidente norte-americano vai encontrar-se com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, a que se seguirão reuniões com outros líderes políticos da região.
A ONU disse que o cerco a Gaza e a ordem de evacuação decretadas por Israel podem constituir uma "violação do direito internacional". As Nações Unidas alertaram ainda para o agravar da crise humanitária, com as reservas de comida quase a esgotar.
A última vítima ligada a Portugal é um jovem com 25 anos que tinha desaparecido no festival de música. A identidade da vítima foi revelada pela Comunidade Judaica do Porto, mas o Ministério dos Negócios Estrangeiros não confirma esta informação.
O Hamas avisou que irá utilizar os reféns em seu poder para obter a libertação de mais de seis mil activistas seus detidos em prisões israelitas. A posição foi assumida no mesmo dia em que o movimento radical islâmico divulgou um video com uma das jovens que raptou num festival de música.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recusou hoje existir uma contradição entre estar do lado de Israel e ser solidário com os palestinianos.
No final do Conselho Europeu, Charles Michel afirmou que os líderes europeus acreditam na necessidade de apoio humanitário para proteger os civis, neste conflito no Médio Oriente, e fazer de tudo "para evitar a escalada" na região.
REUTERS/Denis Balibouse
Michael Lynk, ex-Relator Especial sobre a situação dos Direitos Humanos nos territórios palestinianos ocupados desde 1967, diz à Antena 1 que o mundo não está a fazer o suficiente para impedir a tragédia na Faixa de Gaza.
O Governo reforçou a segurança em escolas judaicas, sinagogas e instalações diplomáticas.
O aumento do nível de alerta de segurança em Portugal está neste momento "em avaliação" através de um diálogo entre o Sistema de Segurança Interna e as forças e serviços de segurança, disse hoje o ministro da Administração Interna.
"Não está a ser equacionado [o aumento do nível de alerta], está ser objeto nesta fase de uma avaliação no diálogo que é desenvolvido com as forças e serviços de segurança", afirmou aos jornalistas José Luis Carneiro, quando questionado se Portugal vai aumentar o nível de alerta de segurança após os recentes ataques na França e na Bélgica na sequência do conflito armado entre Israel e o movimento islamita Hamas.
O ministro deu conta de que o secretário-geral do Sistema de Segurança Interna (SSI), Paulo Vizeu Pinheiro, tem estado "em articulação com as entidades internacionais que cooperam com os países europeus e também tem estado em articulação com as forças e serviços de segurança".
O governante acrescentou que é "em função do diálogo em curso que serão tomadas as medidas consideradas adequadas ao nível da segurança, mas sempre com prévia avaliação, com muita sensatez, ponderação e equilíbrio".
O ministro disse ainda que quem pode prestar "informações adequadas" sobre esta matéria é o secretário-geral do SSI, que é "quem tem função de coordenação e articulação entre as forças e serviços de segurança".
"Há instâncias próprias de operação policial internacional que têm estado em diálogo e em troca de informação, qualquer dúvida de qualquer instituição, nomeadamente dos deputados, por via da ministra dos Assuntos Parlamentares, devem colocar essa questão ao SSI", afirmou o ministro, no final da cerimónia de tomada de posse do diretor do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI), Luís Farinha.
O Chega anunciou hoje que vai requerer as audições do ministro da Administração Interna e dos serviços de informações para que prestem esclarecimentos sobre as medidas para evitar "ataques como os que aconteceram em França e na Bélgica".
A agência Lusa questionou o SSI sobre as medidas de segurança adotadas em Portugal, mas até ao momento ainda não obteve qualquer resposta.
O grupo islamita Hamas lançou a 07 de outubro um ataque surpresa contra Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta, Israel bombardeou a partir do ar várias infraestruturas do Hamas na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Os ataques já provocaram milhares de mortos e feridos nos dois territórios.
Depois destes ataques, um professor foi esfaqueado, na passada sexta-feira, em frente a uma escola secundária no norte de França, num ataque no qual três outras pessoas ficaram feridas. O autor do ataque - que tem 20 anos, nacionalidade checheno-russa e é acusado de radicalização islâmica - reivindicou o ato em nome da organização Estado Islâmico.
Na segunda-feira, em Bruxelas, duas pessoas morreram baleadas e uma outra ficou ferida, tendo o suspeito sido morto pela polícia.
Na sequência deste ataque, o nível de alerta em Bruxelas foi elevado para o grau máximo.
Ahead of the #EUCO today, important call with President @LulaOficial of Brazil, currently holding Presidency of the @UN Security Council. Working together to avoid escalation and a humanitarian disaster. All sides must comply with International Law.
— Charles Michel (@CharlesMichel) October 17, 2023
Also joining efforts to…
FOTO: José Coelho - Lusa
O programa da visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa em Bruxelas foi alterado devido ao atentado que ocorreu, na noite de segunda-feira na capital belga. Sobre a ameaça de terrorismo na Europa, o presidente da República garante que as estruturas estão preparadas para "prevenir e enfrentar" essas situações. Quanto à situação de conflito em Israel, o chefe de Estado português destacou a importância de a União Europeia preparar uma "posição comum".
Foto: Andrew Kelly - Reuters
O Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu, uma vez mais, chegar a consenso sobre a escalada do conflito entre Israel e o Hamas.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
O alerta é das Nações Unidas, numa altura em que a ajuda humanitária continua sem permissão para entrar no território palestiniano.
Os enviados especiais da RTP ao Médio Oriente, José Manuel Rosendo e Marques de Almeida, descreveram os últimos desenvolvimentos sobre os bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza. Há notícia de unidades hospitalares atingidas, além de um campo de refugiados.
Foto: Ibraheem Abu Mustafa - Reuters
Israel continua a bombardear Gaza e diz ter matado um alto líder do Hamas. Enquanto os bombardeamentos prosseguem, no terreno há intensas movimentações diplomáticas para evitar que a guerra alastre a outros países.
Mohammed al-Masri - Reuters
A Organização Mundial da Saúde renovou os alertas face ao cenário dos diversos hospitais no terreno. A organização pertencente às Nações Unidas refere que o tempo para evitar uma catástrofe está a esgotar-se, com as reservas de combustível dos hospitais apenas disponíveis para mais 24 horas.
O Hamas divulgou um vídeo de uma jovem refém. Mia Schem, de 21 anos, foi capturada na manhã de 7 de outubro, dia da ofensiva do Hamas contra Israel, que visou também um festival de música perto de Gaza.
Amir Cohen - Reuters
Destruição, falta de água, de luz e de assistência em Gaza compõem "uma catástrofe humanitária perfeita", adverte Nelson Olim, clínico especialista em medicina de emergência e cenários de conflito.
Um campo de refugiados a norte da Faixa de Gaza foi bombardeado na última noite. Também no centro do território e a sul foram registados vários ataques. Em Rafah, na fronteira com o Egito, o hospital local foi atingido.
A ONU alertou hoje para o risco iminente de mortes por infeções em Gaza por Israel só ter permitido o abastecimento de uma quantidade mínima de água desde o início da guerra com o Hamas.
Numa atualização da informação sobre a Faixa de Gaza, a ONU disse que Israel autorizou, até agora, o abastecimento de menos de 4% da água consumida pela população antes do início da guerra com o movimento islamita.
O risco de mortes por infeções "é iminente se a água e o combustível não forem imediatamente autorizados a entrar no enclave palestiniano", afirmou o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (OCHA, na sigla inglesa).
Após o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, que provocou mais de 2.400 mortos em 07 de outubro, Israel anunciou o corte no fornecimento de água, eletricidade e combustível à Faixa de Gaza.
Israel também tem bombardeado a Faixa de Gaza desde então, em ataques que causaram mais de 2.800 mortos, segundo as autoridades palestinianas.
O Hamas, considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido, controla a Faixa de Gaza desde 2007.
Israel mantém o território de 2,3 milhões de habitantes cercado desde o ataque do Hamas e pediu a cerca de metade da população local para se deslocar para sul na antecipação de uma ofensiva terrestre.
A retoma do abastecimento de água foi feita especificamente na zona a leste da cidade de Khan Younis, no sul, onde os palestinianos continuam a chegar depois da ordem de evacuação do norte.
"Dado o colapso de praticamente todos os serviços de água e saneamento em Gaza, a população corre o risco de morrer de doenças infecciosas", disse a ONU.
De acordo com organizações humanitárias, o combustível que os hospitais estão a utilizar para fazer funcionar os geradores que produzem uma quantidade mínima de eletricidade necessária para continuarem a funcionar irá esgotar-se nas próximas horas.
"Gaza está sob um apagão total pelo sexto dia consecutivo", disse a ONU na atualização divulgada na cidade suíça de Genebra, citada pela agência espanhola EFE.
"Os hospitais estão à beira do colapso porque as reservas de gasóleo que utilizam para os geradores se esgotaram quase completamente, pondo em risco a vida de milhares de pacientes", referiu.
O ponto de situação do OCHA confirma que se mantém o bloqueio à Faixa de Gaza e que o posto fronteiriço de Rafah continua fechado, apesar da expectativa de que iria ser aberto na segunda-feira.
Rafah liga Gaza à península egípcia do Sinai e é a única fronteira do território palestiniano não controlado por Israel.
O encerramento de Rafah impede a entrada de alimentos, água e medicamentos que as Nações Unidas colocaram no Egito e que estão prontos para serem transportados e distribuídos em Gaza.
Os Estados Unidos têm estado a negociar com as partes relevantes no conflito a abertura de Rafah para permitir a saída de estrangeiros retidos em Gaza e a entrada da ajuda humanitária.
Os líderes dos 27 da União Europeia reúnem-se esta terça-feira por videoconferência para definir uma posição comum sobre o conflito entre Israel e o Hamas, mas também sobre o apoio a fornecer à população civil palestiniana na Faixa de Gaza.
O exército israelita disse hoje que matou um dos líderes do Hamas, Osama Mazini, chefe do Conselho da Shura, o mais alto órgão de decisão política do movimento islamita palestiniano, num bombardeamento em Gaza.
Numa declaração conjunta com a Agência de Segurança de Israel, o exército salientou que Mazini era responsável pela negociação de reféns do Hamas e "dirigia atividades terroristas contra Israel".
O exército divulgou um vídeo que mostra o momento em que o edifício onde Mazini alegadamente se encontrava, na Faixa de Gaza, foi bombardeado.
Num comunicado separado, o exército informou que atingiu vários alvos do Hamas nas últimas horas, tendo bombardeado um quartel-general do movimento islamita palestiniano e abatido um operacional militar.
Os israelitas atacaram ainda um banco alegadamente utilizado pelo Hamas para financiar as suas atividades.
Israel bombardeia Gaza há 11 dias, na sequência de um ataque surpresa do Hamas contra alvos israelitas, a 07 de outubro, que causou mais de 1.400 mortos.
Mais de 2.800 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos na Faixa de Gaza, mas o número pode ter aumentado após os ataques aéreos de segunda-feira à noite.
Foto: Marques de Almeida - RTP
A enorme máquina militar na fronteira com a Faixa de Gaza não deixa dúvidas sobre a intervenção preparada por Israel.
Joe Biden descreveu o Hamas como "uma cambada de cobardes que se escondem atrás de civis". Os líderes do Hamas encontraram-se com o governo do Irão e disseram que se Israel atacar os reféns não serão libertados.
A ONU calcula que os hospitais de Gaza fiquem sem combustível para os geradores nas próximas 24 horas. As Nações Unidas dizem que o sistema de saúde palestiniano está em situação de catástrofe.
A identidade da vítima mais recente foi revelada pela Comunidade Judaica do Porto à RTP. Trata-se de uma jovem de 21 anos que foi raptada juntamente com o pai, de 53 anos.
Duas famílias estão a ser ajudadas pelo Governo português para saírem de Gaza. A mulher e o filho de um ano e meio de um cidadão nacional ainda não conseguiram autorização para atravessar a fronteira para o Egito. A história foi contada em exclusivo à RTP.