Em direto
Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

por Cristina Sambado, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Foram ouvidas explosões, na madrugada desta sexta-feira, perto de Isfahan, cidade iraniana localizada a 315 quilómetros a sul de Teerão. Responsáveis norte-americanos indicaram tratar-se de bombardeamentos aéreos conduzidos pela máquina de guerra israelita. Telavive já confirmou o ataque com mísseis e o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afiançou que os Estados Unidos “não estiveram envolvidos na operação”.

Emissão da RTP3


Abedin Taherkenareh - EPA

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Momento-Chave
Ataque de retaliação israelita contra o Irão
por RTP

Estados Unidos negam qualquer envolvimento em operação ofensiva

Os Estados Unidos negaram hoje qualquer envolvimento numa operação ofensiva, após relatos de ataques de retaliação israelita contra o Irão.

Os Estados Unidos “não estiveram envolvidos numa operação ofensiva”, afirmou o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, citado pela agência francesa AFP.
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Momento-Chave
Devido a ameaça de bomba
por RTP

Homem detido em Paris depois de polícia ter isolado consulado iraniano

A polícia francesa deteve um homem que tinha ameaçado fazer-se explodir no consulado do Irão em Paris, informou a polícia.

Uma fonte policial disse à Reuters que o homem foi visto por volta das 11 horas (09h00 GMT) a entrar no consulado, transportando o que parecia ser uma granada e um colete explosivo.

O homem saiu do consulado e não estava de facto a transportar explosivos, acrescentou uma fonte policial.
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por RTP

Mais de 34 mil palestinos mortos na ofensiva israelita em Gaza desde 7 de outubro

A ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza matou pelo menos 34,012 palestinos e feriu 76,833 outros desde 7 de outubro, disse o Ministério da Saúde do enclave.
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por RTP

António Vitorino considera que o objetivo de Israel há anos é atacar o Irão

O antigo diretor-geral da Organização Internacional das Migrações fala numa escalada que vai aumentar a crise humanitária em Gaza.

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Momento-Chave
por RTP

UE impõe sanções contra colonos violentos da Cisjordânia

A União Europeia revelou esta sexta-feira que concordou em impor sanções contra quatro pessoas e duas entidades por causa da violência de colonos israelitas contra palestinos na Cisjordânia.

As entidades listadas são o Lehava, um grupo supremacista judeu de direita radical, e a Hilltop Youth, esclareceu o Conselho da União Europeia num comunicado.

Duas figuras de proa da Hilltop Youth, Meir Ettinger e Elisha Yered, também estão na lista, acrescentou.

Israel conquistou a Cisjordânia na guerra do Médio Oriente de 1967 e a zona tem estado sob ocupação militar desde então, enquanto os colonatos israelitas se têm expandido constantemente. Os palestinianos consideram a Cisjordânia como parte de um futuro Estado independente, incluindo também Gaza e Jerusalém Oriental.
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Momento-Chave
Até sábado de manhã
por RTP

Companhias aéreas suspendem voos para alguns países do Médio Oriente

A companhia aérea alemã Lufthansa suspendeu os voos para Israel e para o Iraque até ao início de sábado.
Os serviços das companhias aéreas do grupo para Telavive, em Israel, e Erbil, no Curdistão iraquiano, foram suspensos até às 5h00 GMT devido à "situação atual", disse um porta-voz à AFP.

A Austrian Airlines, filial da Lufthansa, decidiu também, como "medida de precaução", suspender os voos para Amã, capital da Jordânia, bem como para Erbil e Telavive, na sexta-feira, "para reavaliar exaustivamente a situação de segurança".

"A Austrian Airlines acompanha e avalia continuamente a situação de segurança no Médio Oriente e está em estreito contacto com as autoridades", revelou a companhia aérea em comunicado enviado à AFP.

Tanto a Lufthansa como a Austrian Airlines já tinham suspendido os seus voos de e para Teerão até ao final do mês.
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por RTP

Poderá o Irão retaliar após ataque israelita em Isfahan?

O enviado da RTP a Israel, José Manuel Rosendo, considera que o mundo vai ter de esperar para ver se Teerão vai ou não retaliar depois do ataque israelita da última madrugada. E recorda que, "nos últimos dias, o discurso do Irão era que considerava encerrado o episódio".

No entanto, Terão tinha afirmado que, se Israel respondesse ao ataque do passado fim de semana, "arriscava-se a sofrer um contra-ataque muito mais severo" do que o anterior.
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Momento-Chave
por Antena 1

Irão desvaloriza ataque para evitar resposta militarmente imediata

EPA

A "modesta" reação iraniana ao ataque sofrido esta madrugada serve, na opinião do major-general do major-general João Vieira Borges, para evitar ter de responder militarmente de imediato.

Esta estratégia dá assim uma oportunidade ao caminho da diplomacia para estabilizar o conflito, refere.

Do ponto de vista da investigadora Sandra Dias Fernandes, da Universidade do Minho, ainda se está a apurar de onde partiu e quem realizou este ataque. Se foi realmente Israel, este ataque é a demonstração de que os israelitas conseguem atingir os alvos que pretender dentro de território iraniano, em especial o programa nuclear.
A nível económico, este conflito, na opinião do comentador de economia da Antena 1 Pedro Sousa Carvalho, já está a causar efeitos nos mercados financeiros internacionais.
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Afirma o Hamas
por RTP

"Agressão" israelita ao Irão é uma escalada contra a região

A "agressão" de Israel ao Irão é uma escalada contra a região, disse à Reuters Sami Abu Zuhri, alto funcionário do Hamas.

"Apelamos à expansão da escala do envolvimento contra a ocupação [israelita] em resposta à guerra de genocídio em Gaza e à escalada na região", disse Abu Zuhri.
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por RTP

ONU condena qualquer ato de retaliação

O secretário-geral das Nações Unidas , António Guterres, afirmou na sexta-feira que "é mais do que tempo de parar o perigoso ciclo de retaliação no Médio Oriente", disse o seu porta-voz em comunicado.

"O secretário-geral condena qualquer ato de retaliação e apela à comunidade internacional para que trabalhe em conjunto para evitar qualquer novo desenvolvimento que possa levar a consequências devastadoras para toda a região e não só", avançou o porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas.
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Revela ministro italiano dos Negócios Estrangeiros
por RTP

EUA foram informados do ataque de Israel ao Irão “em cima da hora”

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Momento-Chave
Afirma Antony Blinken
por RTP

G7 "empenhado em desanuviar a situação"

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou à comunicação social no final da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, que decorreu na cidade italiana de Capri, que o grupo dos países mais industrializados do mundo está “empenhado na segurança de Israel e em desanuviar a situação”.

Em nome do G7, condenou o ataque do Irão a Israel com mísseis de cruzeiro e drones, que levou a um ataque aéreo hoje na província de Isfahan, que os EUA confirmaram ter sido realizado por Israel.

O G7 continua “intensamente concentrado na Faixa de Gaza, apesar do aumento de tensão entre Israel e o Irão.
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por RTP

Alemanha vai trabalhar com aliados para reduzir tensões

As reações internacionais continuam. A Alemanha foi a última a pronunciar-se, com o chanceler Olaf Scholz a pedir a redução das tensões e a garantir que Berlim vai trabalhar com os seus aliados nesse sentido.

"A desescalada continua a ser a prioridade no futuro próximo. Vamos falar disto com os nossos amigos e aliados e vamos trabalhar juntamente com eles nessa direção", adiantou o líder alemão aos jornalistas.
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por RTP

Oito portugueses no Irão

O Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal indica que estão neste momento no Irão oito portugueses.

O secretário de Estado para as Comunidades Portuguesas, José Cesário, tinha referido esta manhã que eram 14 os cidadãos nacionais nesse país do Médio Oriente.
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por RTP

Kremlin está a estudar o ataque israelita

O Kremlin disse esta sexta-feira estar a estudar informações sobre o ataque de Israel ao Irão e apelou a ambas as partes que mostrem contenção.
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por Antena 1

"Israel tem direito a defender-se, mas aumento da tensão não interessa a ninguém"

Foto: Andy Rain - EPA

O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, pede cautela no conflito no Médio Oriente e diz que uma escalada da violência não interessa a ninguém. Contudo, vai referindo que "Israel tem o direito de se defender".

Palavras do primeiro-ministro britânico, esta sexta-feira, depois dos ataques da madrugada ao Irão.

O sistema de defesa iraniano foi acionado e abateu pelo menos três drones sobre a cidade Isfahan. Local que abriga uma instalação nuclear e uma base aérea militar.

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por RTP

Turquia apela à contenção

A Turquia apelou a todas as partes que se abstenham de tomar medidas que possam levar a um conflito mais alargado no Médio Oriente.

Em comunicado, o Ministério turco dos Negócios Estrangeiros afirmou que a prioridade da comunidade internacional deveria ser "pôr fim ao massacre em Gaza e assegurar uma paz duradoura" na região através da criação de um Estado palestiniano.

"É cada vez mais evidente que as tensões inicialmente causadas pelo ataque ilegal de Israel à embaixada iraniana em Damasco correm o risco de se transformarem num conflito permanente", afirmou.

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por RTP

Biden considera dar a Israel mais de mil milhões de dólares em armas

A Administração Biden está a considerar fornecer o equivalente a mais de mil milhões de dólares em novas armas para Israel, incluindo munições para tanques, veículos militares e morteiros, informou o Wall Street Journal esta sexta-feira, citando responsáveis norte-americanos.
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por RTP

Ministro israelita diz que ataque foi "fraco"

O ministro israelita da Segurança Interna disse na rede social X que este foi um ataque "fraco" e que é preciso um "ataque esmagador".

O enviado especial da RTP a Israel, José Manuel Rosendo, está a acompanhar todos os desenvolvimentos.

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por RTP

Egipto "profundamente preocupado"

O Egipto diz estar profundamente preocupado com a contínua escalada do conflito entre Israel e o Irão. Numa declaração emitida esta sexta-feira, Cairo alertou para as consequências da expansão do conflito e da instabilidade na região.
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Momento-Chave
por RTP

Fontes israelitas confirmam ataque

Duas fontes da defesa israelita e três iranianas confirmaram ao New York Times que Israel esteve envolvido no ataque com mísseis contra o Irão.
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Momento-Chave
por RTP

AIEA confirma a segurança das centrais nucleares iranianas

A Agência Internacional de Energia Atómica confirma a segurança das centrais nucleares no Irão, assinalando ainda que os ataques foram apenas feitos com drones e foram todos intercetados.
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por RTP

Itália apela à "desescalada" antes de reunião do G7

O chefe da diplomacia italiana, Antonio Tajani, apelou a uma "desescalada" e disse que iria discutir o assunto com os seus homólogos do G7, reunidos em Capri.

"Apelamos a todas as partes para que tenham cautela e evitem uma escalada. O G7 quer uma redução absoluta da escalada numa região afetada por graves tensões", disse o ministro italiano à estação RAI a partir da ilha de Capri, onde preside a uma reunião do G7.

O G7 é composto pelos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão e Itália, que detém a presidência este ano.

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Momento-Chave
por RTP

Von der Leyen pede contenção

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considera que "temos de fazer todos os possíveis para que todos os lados se abstenham de uma escalada no Médio Oriente".

"É absolutamente necessário que a região permaneça estável e que nenhuma das partes tome mais ações", acrescentou.
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por RTP

Omã condena ações israelitas

O Omã, que tem atuado como mediador no Médio Oriente, condenou esta sexta-feira o ataque israelita em solo iraniano, assim como "os repetidos ataques militares israelitas na região", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros citado pela agência Reuters.
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por RTP

Pequim "opõe-se" a ataques

A China já reagiu às explosões no Irão, afirmando que se "opõe" a qualquer ação que possa conduzir a uma "escalada" do conflito no Médio Oriente.
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Momento-Chave
por Lusa

Defesa iraniana garante que disparos contra "objetos estranhos" não causaram danos

As autoridades militares iranianas indicaram hoje que os sistemas de defesa do país "dispararam contra objetos suspeitos" que não causaram danos, no meio de especulações sobre um possível ataque de mísseis israelitas.

"O som [de explosões] está relacionado com o disparo dos sistemas de defesa de Isfahan", disse o comandante do exército iraniano na província de Isfahan, Siavosh Mihan-Dust, à televisão estatal iraniana.

"Não sofremos danos nem houve acidentes", acrescentou.

A televisão estatal informou ao início da manhã de hoje que o som de "fortes explosões" foi ouvido na província central de Isfahan, que abriga centros de produção de mísseis e instalações nucleares.

O Irão negou que tenha havido um ataque com mísseis contra o país e garantiu que as suas defesas aéreas derrubaram vários `drones`.

"Não há relatos de um ataque com mísseis por enquanto", disse o porta-voz da Agência Espacial Iraniana, Hossein Dalirian, na rede social X (antigo Twitter).

A fonte indicou que as defesas aéreas do país abateram "três micro `drones`".

A televisão estatal destacou que os `drones` vieram de dentro do país, algo que já aconteceu no passado.

O último caso conhecido foi em abril de 2023, quando um complexo militar foi atacado com três `drones` em Isfahan.

Nem o Governo israelita nem o Pentágono reconheceram oficialmente a operação.

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por Lusa

Agência da ONU diz que explosões não danificaram instalações nucleares do Irão

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) indicou que não se registaram "quaisquer danos" em instalações nucleares após as explosões registadas hoje no centro do Irão atribuídas a Israel.

A Agência Internacional da Energia Atómica das Nações Unidas, com sede em Viena, Áustria, continua a apelar nas redes sociais a todas as partes para que se contenham e reitera que "nenhuma instalação nuclear" deve ser alvo de conflitos militares. 

 Até ao momento nenhum funcionário iraniano reconheceu diretamente a possibilidade de danos enquanto os militares israelitas não comentaram as explosões.

 As autoridades dos Estados Unidos recusaram-se a comentar, mas as cadeias de televisão norte-americanas, citando autoridades dos Estados Unidos não identificadas, disseram que Israel tinha realizado o ataque.

De acordo com a Associated Presse, o Irão disparou as defesas aéreas localizadas perto de uma base aérea e de uma instalação nuclear na cidade de Isfahan (centro do Irão), depois de terem sido avistados `drones`, o que suscitou o receio de um ataque israelita em retaliação ao ataque sem precedentes de Teerão com drones e mísseis no passado fim de semana.

O jornal norte-americano New York Times cita funcionários israelitas, não identificados, que reivindicam o ataque, que ocorre no dia do 85.º aniversário do líder supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei.

Entretanto, a embaixada norte-americana em Israel ordenou aos seus funcionários e familiares que limitassem as deslocações no país, horas depois das explosões registadas no Irão e atribuídas a Israel.

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por José Manuel Rosendo - Antena 1

Território iraniano atacado por drones. Israel não confirma

AFP

O Irão foi atacado esta madrugada, mas não há qualquer confirmação oficial por parte de Israel.

A televisão estatal iraniana refere que três drones sobrevoaram o sul do país, cerca da 1h30, hora de Lisboa.

A imprensa está a avançar que este ataque aconteceu no centro do território iraniano. Ouviram-se três explosões junto de uma base militar.

As agências oficiais iranianas referem que os drones foram abatidos, não houve estragos e as instalações nucleares nesta região estão seguras, como conta o enviado especial da Antena 1 ao Médio Oriente, José Manuel Rosendo.

O ataque do Irão contra Israel aconteceu há praticamente uma semana. Israel prometeu retaliar, mas nenhuma decisão tinha sido tomada ate agora.

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Momento-Chave
"Mensagem calculada"
por RTP

"Israel deve manter a sua vigilância", estima major-general norte-americano na reforma

O ataque que terá sido levado a cabo por Israel sobre solo iraniano constituiu, em simultâneo, uma medida retaliatória e uma "mensagem calculada". É esta a leitura de Mark MacCarley, major-general dos Estados Unidos na reforma, ouvido pela cadeia televisiva CNN.

"Penso que houve um processo de pensamento muito deliberado por parte do gabinete de guerra israelita", avaliou, acrescentando que "os israelitas tinham de retaliar, mas ao mesmo tempo, com a retaliação houve uma mensagem e esta é sim, nós podemos entrar. Não voltem a fazê-lo. Se o fizerem outra vez, então será o inferno".

Já o jornal The Washington Post escreve que o ataque aéreo contra o Irão visou demonstrar a Teerão que o Estado hebraico dispõe de capacidade para atingir o centro da República Islâmica.
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Momento-Chave
O que diz Teerão
por RTP

Irão exclui "danos" ou "explosões significativas"

"Na sequência da ativação da defesa aérea em certas regiões, não foram registados danos nem explosões significativos ", escreve a agência iraniana IRNA.

Por seu turno, a agência Tasnin, conotada com os Guardas da Revolução, a reitera que as instalações nucleares na província de Isfahan estão "completamente seguras".

A IRNA adiantou ainda que as ligações aéreas terão sido entretanto retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência das explosões ouvidas durante a madrugada.
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por Lusa

Austrália pede a cidadãos para deixarem país e territórios palestinianos

A Austrália pediu hoje aos seus cidadãos para saírem de Israel e dos territórios palestinianos, depois de explosões no Irão e na Síria, suscitando receios de um alargamento do conflito entre Israel e o Hamas.

Dada a "forte ameaça de retaliação militar e de ataques terroristas", Camberra "instou os australianos que se encontram em Israel e nos Territórios Palestinianos Ocupados a abandonarem o país se estiverem confiantes de que o podem fazer em segurança", escreveu o Ministério dos Negócios Estrangeiros numa nota.

A Austrália já tinha apelado anteriormente aos seus cidadãos para evitarem estas duas zonas e, até, saírem.

O aviso surge depois de terem sido registadas explosões esta madrugada no centro do Irão, com um funcionário norte-americano a relatar um ataque israelita em retaliação pelos ataques sem precedentes de drones e mísseis iranianos contra Israel no passado fim de semana.

"Os ataques militares podem provocar o encerramento do espaço aéreo, o cancelamento de voos, desvios e outras perturbações nas viagens", afirmou Camberra.

"O aeroporto Ben Gurion de Telavive pode suspender as operações devido a preocupações de segurança acrescidas em qualquer altura e a curto prazo", alertou também a Austrália.

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Ponto de situação
por RTP

Explosões em Isfahan descritas como aparente retaliação "limitada"

  • Altos responsáveis de Washington, citados por diferentes órgãos de comunicação internacionais - entre os quais BBC, The Guardian, CNN ou The Times of Israel - confirmam que as Forças de Defesa de Israel levaram a cabo, nas últimas horas, bombardeamentos sobre solo iraniano. Isto depois de a Administração Biden ter sido avisada pelo Governo israelita da iminência de uma retaliação pelo ataque concretizado no passado fim de semana pelo Irão. De acordo com a norte-americana CNN, Telavive terá assegurado a salvaguarda dos complexos nucleares da República Islâmica;


  • Ouvidas pelo jornal norte-americano The New York Times, três fontes iranianas adiantaram que a base aérea de Isfahan foi efetivamente atingida;


  • Os media estatais do Irão adiantam, por sua vez, que foram acionadas baterias antiaéreas na sequência de explosões próximas da importante base aérea localizada na região de Isfahan, acrescentando, mais tarde, que foram derrubados drones naquela província;


  • É também em Isfahan que se localizam alguns dos mais importantes complexos do programa nuclear do Irão, incluindo a central de enriquecimento de urânio de Natanz. A televisão estatal iraniana veio já frisar que estas estruturas estão "totalmente seguras";


  • As transportadoras aéreas do Dubai Emirates e FlyDubai começaram a desviar voos do oeste do Irão pelas 4h30 locais (2h00 em Lisboa), sem facultarem justificações. Mais tarde, as autoridades iranianas vieram anunciar a suspensão de voos sobre algumas cidades;


  • As tensões entre Israel e o Irão seguem em crescendo desde o passado fim de semana, quando a República Islâmica levou a cabo o primeiro ataque direto a Israel com recurso a centenas de drones e mísseis de cruzeiro - uma resposta ao ataque de 1 de abril contra o consulado iraniano na capital síria, Damasco, que causou as mortes de nove responsáveis, entre os quais patentes dos Guardas da Revolução;


  • Na quinta-feira, em declarações à CNN, o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros reiterava que qualquer retaliação israelita levaria o regime a responder de imediato. "A nossa resposta será decisiva, definitiva e penosa para eles", ameaçava Hossein Amir-Abdollahia.
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por Lusa

Lançados ataques contra posição militar no sul da Síria

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) indicou que Israel atacou hoje uma posição militar no sul da Síria, no mesmo dia em que foram registadas explosões no centro do Irão.

"Os ataques israelitas visaram uma posição de radar do exército sírio entre as províncias de Sueida e Dera", disse Rami Abdel Rahman, diretor da organização não-governamental OSDH, sediado no Reino Unido e com uma rede de informadores no terreno.

A cadeia de televisão norte-americana ABC News noticiou, citando um responsável dos Estados Unidos, que Israel tinha lançado esta madrugada um ataque contra o Irão, em resposta aos disparos iranianos contra território israelita.

Esta informação surgiu depois de o Irão ter indicado a ocorrência de "fortes explosões" na província de Isfahan (centro), e depois de Israel ter anunciado a intenção de responder aos ataques iranianos na madrugada de domingo.

O exército israelita disse à agência de notícias France-Presse que "de momento" não tinha comentários a fazer sobre as explosões perto de uma base militar.

Israel anunciou também que as sirenes de alerta foram ativadas no norte israelita.

Entretanto, as ligações aéreas já foram retomadas nos dois aeroportos de Teerão, depois de terem sido suspensas na sequência das explosões, disse a agência de notícias oficial do Irão, IRNA.

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por RTP

Irão e Rafah. EUA terão dado luz verde aos israelitas nas duas frentes

Israel terá chegado a acordo com os Estados Unidos para dar uma resposta limitada ao ataque do Irão. Em troca, Washington deu luz verde à ofensiva militar israelita sobre Rafah. A informação está a ser avançada pela imprensa do Egito. O secretário-geral da ONU alerta que o Médio Oriente está à beira do abismo.

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por RTP

António Vitorino diz que ataque do Irão "dá pretexto para Israel reagir"

António Vitorino considera que o objetivo do primeiro-ministro israelita é atacar o Irão.

O antigo diretor-geral da Organização Internacional das Migrações fala numa escalada que vai aumentar a crise humanitária em Gaza.
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por RTP

RTP acompanha no terreno o conflito na Faixa de Gaza

Os enviados especias da RTP José Manuel Rosendo e David Araújo dão-nos uma imagem de um Israel dividido quanto às questões que pontificam nesta crise regional.

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por Lusa

Autoridades de Gaza anunciam descoberta de nova vala comum junto do hospital Al Shifa

Dawoud Abu Alkas - Reuters

As autoridades de Gaza, controladas pelos islamitas do Hamas, informaram hoje sobre a descoberta de uma nova vala comum com mais de 30 corpos junto ao hospital Al Shifa, severamente atingido por ataques israelitas.

Até ao momento, as equipas de emergência conseguiram recuperar 30 corpos, que foram enterrados em dois cemitérios próximos e foram identificados apenas os corpos de doze pessoas, divulgou em comunicado o chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza, Salama Maarouf.

O "destino de cerca de 1.000 pessoas, incluindo cidadãos, pessoal médico e jornalistas" após o ataque "ainda é desconhecido" e "os seus corpos foram escondidos noutro local", segundo Maarouf, que criticou "o crime hediondo e desprezível cometido pelo exército de ocupação ao saquear o maior complexo médico da Palestina e ao destruí-lo completamente".

O chefe do gabinete de comunicação social do Governo em Gaza adiantou trata-se do "massacre mais horrendo conhecido na história contra um complexo médico", exortando o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar "a todos os níveis" este massacre cometido pelo exército de ocupação no complexo de Al Shifa.

Os islamitas palestinianos do Hamas denunciaram, no início desta semana, a descoberta de novas valas comuns com "centenas" de cadáveres no hospital.

O grupo denunciou as "cenas horríveis" que se seguiram à descoberta de cadáveres em decomposição, uma "atrocidade" que atribui ao "fascismo abominável sionista".

Israel "continua as suas violações do direito internacional e a sua guerra de extermínio em grande escala", acusou o Hamas.

O conflito em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeado pelo ataque de outubro de 2023, que provocou a morte de cerca de 1.200 israelitas, a maioria dos quais civis, e levou ao sequestro de cerca de 240 civis, dos quais mais de 100 permanecem como reféns em Gaza.

Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, tem bombardeado a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas mais de 33.000 pessoas, a maioria das quais eram também civis.

A ofensiva israelita também tem destruído a maioria das infraestruturas de Gaza e perto de dois milhões de pessoas foram forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade dos 2,3 milhões de habitantes do enclave.

A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade.

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por RTP

"Prematuro". EUA vetam reconhecimento da Palestina como membro da ONU

Conselho de Segurança das Nações Unidas Andrew Kelly - Reuters

Os Estados Unidos vetaram esta quinta-feira no Conselho de Segurança o reconhecimento da Palestina enquanto Estado-membro da ONU.

A resolução tinha sido apresentada pela Argélia e recolheu 12 votos favoráveis, o voto contra dos Estados Unidos e duas abstenções, do Reino Unido e da Suíça.

A presidência da Autoridade Palestiniana considerou o chumbo "injusto, antiético e injustificado". O embaixador de Israel aplaudiu os Estados Unidos pelo uso do veto a uma "proposta vergonhosa".

O chumbo norte-americano já era esperado, depois do porta-voz do Departamento de Estado, Vedant Padel, ter justificado durante a tarde a decisão de chumbar a proposta.

"Fomos muito claros ao dizer que ações prematuras em Nova Iorque, embora tenham as melhores intenções, não conseguirão que a Palestina seja reconhecida como um Estado", afirmou Padel numa conferência de imprensa em Washington.

Na opinião dos Estados Unidos, sublinhou o porta-voz, a Palestina não cumpre as condições para poder ser considerada um Estado-membro da ONU.

"O [movimento islamita palestiniano] Hamas, uma organização terrorista, é que está a exercer o poder e a influência" na Faixa de Gaza, sustentou Padel.

Para Washington, o reconhecimento da Palestina enquanto Estado deve ser fruto de um entendimento entre palestinianos e israelitas.

Enquanto um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança, com poder de veto, os Estados Unidos podem bloquear efetivamente o reconhecimento da Palestina como membro da ONU, mesmo que todos os outros Estados lhe sejam favoráveis.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano afirmou ainda que, se a Palestina for autorizada a aderir à ONU, os Estados Unidos "retirarão" o seu financiamento.

Os Estados Unidos são atualmente o país que mais contribui para a ONU, tendo entregado à organização mais de 18 mil milhões de dólares (16,9 mil milhões de euros) no ano passado.
Favoráveis
Sem a aprovação do Conselho de Segurança, o passo seguinte, de submeter a candidatura à aprovação da Assembleia Geral da ONU, fica automaticamente sem efeito.

Para ser aprovada, uma resolução requer nove votos a favor (dos dez membros não-permanentes do órgão) e que nenhum dos cinco membros permanentes se lhe oponha.

Dos países que usaram da palavra esta tarde, pronunciaram-se claramente a favor da admissão do Estado palestiniano a Rússia, a China, a Argélia, Malta, a Eslovénia, a Serra Leoa, Moçambique e a Guiana.

De forma mais ambígua expressaram-se o Reino Unido, França, o Japão, a Coreia do Sul e o Equador.

A resolução em prol da admissão do Estado palestiniano nas Nações Unidas foi apresentada pela Argélia, em nome do Grupo Árabe da ONU, e suscitou um apoio unânime dos países muçulmanos e dos não-alinhados, além de alguns europeus, como é o caso de Espanha.

Os palestinianos têm estatuto de observador das Nações Unidas desde 2012 e procuram há anos adquirir a plena titularidade, que equivaleria ao reconhecimento estatal.

A guerra em Gaza e o apoio internacional à causa palestiniana, conseguido nos últimos meses em resultado da devastação causada pelas operações israelitas contra o Hamas, criaram as condições para o reconhecimento da palestina enquanto membro voltar a marcar a agenda das Nações Unidas.
António Guterres quer Palestina "independente"
Esta tarde, na abertura da reunião ministerial de debate sobre a resolução, o secretário-geral da ONU, António Guterres, defendeu a o "estabelecimento de um Estado Palestiniano totalmente independente" a par de Israel, e alertou para a "responsabilidade a obrigação moral de ajudar" da comunidade internacional.

De acordo com Guterres, o reconhecimento do Estado da Palestina é a pré-condição essencial para acalmar as tensões em toda a região e fora dela, numa altura em que a retórica entre o Irão e Israel ameaça degenerar num "conflito generalizado".

O secretário-geral referiu especificamente o impacto do recente bombardeamento direto do Irão contra Israel, condenado pela comunidade internacional.

"Um erro de cálculo, uma má comunicação, um desprezo, podem levar ao impensável, um conflito regional generalizado que seria devastador para todos os envolvidos e para o resto do mundo", avisou o líder da ONU, condenando nomeadamente o ataque iraniano, sem precedentes, no fim-de-semana passado.

"Este momento de máximo perigo deve ser um momento de retenção máxima", apelou. "Já é tempo de por um fim a este ciclo sangrento de represálias".

com Lusa
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