Pelo menos 21 pessoas foram mortas este domingo em vários ataques israelitas no sul do Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Nove pessoas morreram e 38 ficaram feridas – incluindo três em estado crítico – num ataque em Haret Saïda, um subúrbio localizado a cerca de 60 quilómetros da fronteira com Israel.
Na cidade de Aïn Baal, pelo menos sete pessoas morreram e 24 ficaram feridas num “ataque do inimigo israelita”, segundo o Ministério da Saúde.
Entre as vítimas mortais estão três socorristas de um centro da Associação al-Rissala, afiliada ao partido xiita Amal, um importante aliado do Hezbollah, mas também uma enfermeira e outras três pessoas que estavam nas proximidades do centro.
Nas imediações da cidade de Tiro, cinco pessoas morreram e uma ficou ferida num ataque na cidade de Bourj al-Chemali, segundo o Ministério da Saúde.
O exército israelita tinha apelado durante a manhã à retirada dos residentes de dez aldeias do sul do Líbano.
O ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, disse que "recebeu indicações" antes dos ataques aéreos israelitas que atingiram instalações militares no Irão, no sábado.
“Recebemos indicações desde aquela noite sobre a possibilidade de um ataque nessa noite”, disse Araghchi à imprensa este domingo, sem especificar a natureza dessas indicações.
Araghchi indicou que foram tomadas as “medidas necessárias” quando ocorreu o ataque que matou quatro soldados e causou “danos limitados”, segundo o exército iraniano.
O ministro acrescentou que tem estado em contacto com militares e que “também foram trocadas mensagens com vários partidos”, sem os identificar.
O chefe da diplomacia iraniana reiterou que a República Islâmica tem o “direito de responder”.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, David Lammy, falou este domingo com os seus homólogos israelita e iraniano em chamadas telefónicas separadas, com vista a tentar dissuadir ambas as partes e evitar a escalada para uma guerra regional "catastrófica".
"Hoje mantive ligações importantes com o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros (Israel Katz) e o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros (Abbas Araghchi)”, anunciou Lammy na rede social X.
“O Reino Unido continua a pressionar pela redução da escalada e pelo fim dos conflitos no Líbano e em Gaza", acrescentou, sublinhando que “uma guerra regional seria catastrófica e não é do interesse de ninguém”.
O Egito propôs um cessar-fogo de dois dias em Gaza, durante o qual quatro reféns seriam trocados por prisioneiros detidos por Israel, disse o presidente Abdel Fattahal-Sisi este domingo.
Numa conferência de imprensa no Cairo ao lado do presidente da Argélia, Sisi disse que as negociações deveriam ser retomadas no prazo de dez dias após a implementação do cessar-fogo temporário, como parte de um esforço para alcançar um cessar-fogo permanente.
As declarações surgem numa altura em que as delegações de Israel e do Egito se reúnem no Catar para retomar as negociações de cessar-fogo.
O Irão não está à procura de guerra, mas dará uma “resposta apropriada” ao recente ataque de Israel, disse o presidente Masoud Pezeshkian este domingo, segundo os meios de comunicação estatais.
"Não procuramos a guerra, mas defenderemos os direitos da nossa nação e do nosso país. Daremos uma resposta apropriada à agressão do regime sionista”, disse Pezeshkian durante uma reunião do gabinete iraniano, segundo a agência Reuters.
O presidente iraniano atribuiu o aumento das tensões regionais à “agressão” de Israel e ao apoio prestado pelos Estados Unidos a este país.
“Se as agressões do regime sionista e os seus crimes continuarem, as tensões vão agravar-se”, alertou.
Pelo menos nove palestinianos, incluindo uma criança, foram mortos este domingo durante um ataque israelita a uma escola que servia de abrigo para deslocados nos arredores da Cidade de Gaza, no norte da Faixa de Gaza.
O ataque à escola de Asmaa, localizada dentro do campo de refugiados de al-Shati, fez ainda vários feridos e as vítimas foram levadas para o hospital al-Chifa.
O número de mortos deverá continuar a aumentar, uma vez que estão ainda em curso as operações de resgate das pessoas que ficaram sob os escombros.
Contactado pela AFP, o exército israelita disse estar a “verificar” a informação.
A escola albergava “um grande número de pessoas que fugiram da região de Jabalia e do norte da Faixa de Gaza”, onde o exército israelita lidera uma ofensiva contra o Hamas, explicou Hussein Mohsen, chefe dos serviços de ambulâncias dos serviços de emergência da cidade.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas convocou uma reunião de emergência para segunda-feira para discutir a situação no Médio Oriente.
A reunião está marcada para as 15h00 (19h00 GMT) e surge na sequência de um pedido feito pelo Irão e apoiado pela Argélia, China e Rússia.
O chefe da diplomacia iraniana convocou no domingo o Conselho de Segurança a reunir-se com urgência para condenar os ataques israelitas de sábado contra a República Islâmica do Irão.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá reunir-se na segunda-feira para discutir o ataque de Israel ao Irão, avançaram diplomatas citados pela agência Reuters. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, tinha pedido hoje ao Conselho de Segurança que se reunisse de urgência.
O Hezbollah garantiu este domingo ter bombardeado vários alvos no norte de Israel, enquanto o exército israelita prosseguia os seus ataques contra o Líbano, um dos quais matou pelo menos oito pessoas perto de Saida.
Em comunicado, o grupo pró-iraniano anunciou que tinha lançado rockets contra "a base de indústrias militares de Zvulun", a norte de Haifa, e bombardeado a cidade de Nahariya.
Já o Hezbollah afirmou ter lançado drones contra a zona industrial de Bar-Lev, perto da cidade de Acre, no norte do país, e visado uma concentração de soldados israelitas perto de Carmiel, na Alta Galileia ocidental.
Israel. Camião embate contra paragem de autocarro e faz 40 feridos
Foto: Abir Sultan - EPA
Está a ser tratado por Israel como uma ato terrorista. Um camião colidiu esta manhã de domingo com uma paragem de autocarro em Telavive. Pelo menos 40 pessoas ficaram feridas, seis das quais em estado grave. O condutor foi abatido.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse este domingo estar "chocado com o número atroz de mortos" no norte da Faixa de Gaza.
"A situação dos civis palestinianos encurralados no norte da Faixa de Gaza é insuportável", denunciou, em comunicado citado pela AFP, descrevendo "civis presos sob os escombros, pessoas doentes e feridas privadas de cuidados de saúde vitais e famílias sem comida e abrigo".
O Irão reserva o direito de responder à "agressão criminosa" de Israel, transmitiu o ministro dos Negócios Estrangeiros Abbas Araqchi ao secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, numa carta na qual pede uma reunião urgente do Conselho de Segurança.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, informou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, sobre o sucesso dos ataques de Israel ao Irão e discutiu "oportunidades estratégicas" que possam ter surgido.
"Gallant discutiu as primeiras avaliações sobre o sucesso dos ataques contra as instalações de fabrico de mísseis, os conjuntos de mísseis terra-ar e as capacidades aéreas iranianas", afirmou o gabinete de Gallant.
"O ministro Gallant também discutiu as oportunidades estratégicas que surgiram como resultado dos resultados operacionais, tanto no norte como no sul", acrescenta o comunicado, referindo-se aos combates no Líbano e em Gaza.
O ministro israelita da Defesa, Yoav Gallant, afirmou este domingo que o Irão já não é capaz de usar eficazmente os seus representantes, nomeadamente o Hamas na Faixa de Gaza e o Hezbollah no Líbano, contra Israel.
"Durante o ano passado, o sistema de segurança liderado pelas Forças de Defesa de Israel inverteu a maré da guerra e alcançou êxitos sem precedentes em todas as áreas de combate", garantiu Gallant numa cerimónia em Jerusalém.
Gallant disse ainda que o Hamas já não funciona como uma rede militar em Gaza, enquanto o comando superior do Hezbollah e a maior parte das suas capacidades em termos de mísseis foram eliminados. Segundo este responsável, ambos os grupos "já não são um instrumento eficaz" para serem utilizados pelo Irão.
Os militares israelitas pediram aos residentes de 14 aldeias do sul do Líbano que se retirassem imediatamente e se deslocassem para norte do rio Awali.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou este domingo que o ataque contra o Irão "foi forte, preciso e atingiu todos os seus objetivos".
"A nossa Força Aérea atingiu fortemente a capacidade do Irão de se defender e de produzir mísseis destinados a nós", acrescentou.
Pelo menos três pessoas morreram num ataque aéreo israelita em Zawtar Al Sharkiya, no sul do Líbano, avançou este domingo o Ministério libanês da Saúde, acrescentando que um ataque aéreo em Marjayoun no dia anterior resultou em cinco mortes e um ferido.
Várias pessoas ficaram feridas este domingo quando um camião atingiu uma paragem de autocarro num grande cruzamento no centro de Israel. Ainda não são conhecidas as causas do incidente.
"Atualmente, as circunstâncias que rodearam o incidente estão a ser investigadas", informou a polícia israelita em comunicado.
Segundo a imprensa israelita, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas.
Ataque ao Irão. Erdogan acusa Israel de tentar provocar conflito
O presidente da Turquia condena o ataque de Israel ao Irão. Tayyip Erdogan acusa Telavive de tentar provocar um conflito regional com o apoio do Ocidente.
As autoridades iranianas vão determinar "a melhor forma de demonstrar o poder do Irão a Israel" após o ataque israelita ocorrido há duas noites, refere a agência oficial iraniana IRNAnews, citando o líder supremo do país, o ayatollah Ali Khamenei.
Os bombardeamentos atingiram alvos militares e causaram a morte de dois soldados. O regime iraniano já disse que tem o direito e o dever de responder ao ataque israelita.
