Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares - RTP

Israel deu início, esta madrugada, à retaliação contra o Irão. Telavive confirmou ter efetuado ataques "precisos e dirigidos" contra alvos militares iranianos. O exército israelita diz que a série de ataques de retaliação "terminou e a missão foi cumprida".

Majid Asgaripour - WANA via Reuters

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por RTP

Irão diz ter "o direito e a obrigação de se defender contra atos agressivos externos"

O Irão "tem o direito e a obrigação de se defender contra atos agressivos externos", disse o ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros este sábado, após os ataques aéreos israelitas contra alvos militares iranianos. 

O Ministério apelidou o ataque israelita de uma violação do direito internacional e disse que Teerão “reconhece as suas responsabilidades para com a paz e a segurança regionais”.
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por RTP

Hamas condena ataque israelita ao Irão

O grupo islamita Hamas condenou "nos termos mais enérgicos" os ataques de Israel ao Irão durante a última madrugada, que considerou "uma violação flagrante da soberania iraniana" e uma "escalada da segurança na região".

Em comunicado, o grupo palestiniano alertou para as repercussões desta agressão israelita "apoiada pelos Estados Unidos" e denunciou o caráter "criminoso" de Israel, que acusou de ter a "cobertura militar e política" da administração norte-americana e de alguns países ocidentais.

O Hamas manifestou a sua solidariedade ao Irão e elogiou a resposta iraniana ao ataque, afirmando que "conseguiu anular a sua eficácia", bem como a resistência "contra a hegemonia sionista e norte-americana" no Irão.
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por Lusa

Israel atacou cerca de 70 alvos do Hezbollah no Líbano e mantém ofensiva no sul

O exército israelita atacou cerca de 70 alvos do grupo xiita Hezbollah no Líbano nas últimas 24 horas, incluindo depósitos de armas, centros de comando e grupos de milícias, enquanto mantém a sua ofensiva terrestre no sul do país.

"As tropas do exército continuam a atuar no sul do Líbano, desmantelando infraestruturas terroristas, onde os terroristas operavam, e eliminando um certo número de terroristas a partir da terra e do ar", afirmaram hoje as forças israelitas num comunicado.

O exército relatou um incidente em que soldados israelitas atacaram um edifício onde operava uma célula de milicianos e se encontrava também uma grande quantidade de armamento.

Anteriormente, o serviço meteorológico israelita confirmou à Ynet que uma explosão controlada de armas no sul do Líbano fez disparar os alarmes de terramoto no norte de Israel.

As forças israelitas também confirmaram ter intercetado dois drones lançados do Líbano para Israel no espaço de uma hora.

Na sexta-feira, duas pessoas morreram e sete ficaram feridas no norte do país depois de um ataque com `rockets`, reivindicado pelo Hezbollah, contra a região da Galileia.

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por Antena 1

Ataques ao Irão sugerem que Israel terá seguido os conselhos dos EUA

Foto: Majid Asgaripour - WANA via Reuters

O professor de Relações Internacionais da Universidade Lusíada do Porto, Tiago André Lopes, considera que os ataques israelitas foram contidos.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, terá acatado os conselhos da Casa Branca para não atingir as infraestruturas petrolíferas ou nucleares.

Os ataques de Israel desta madrugada apanharam o Irão de surpresa. Houve três vagas de bombardeamentos.

O exército israelita refere que apenas se procuraram atingir alvos militares.
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por Lusa

Arábia Saudita condena ataques de Israel ao Irão e apela à "máxima contenção"

Arábia Saudita condenou hoje os ataques de Israel contra o Irão desta madrugada, considerando-os uma "violação da soberania" do país persa, e pediu às partes "a máxima contenção" para evitar a amplificação da guerra no Médio Oriente.

"O reino da Arábia Saudita expressa a sua condenação e denuncia os ataques militares contra a República Islâmica do Irão, que constituem uma violação da sua soberania e uma violação das leis e normas internacionais", afirma o Ministério dos Negócios Estrangeiros saudita.

Rejeitando estes ataques de retaliação e "a expansão do conflito que ameaça a segurança e a estabilidade" do Médio Oriente, o reino árabe exortou "todas as partes a exercerem máxima contenção e a desanuviarem o conflito", alertando para as consequências da "continuação dos conflitos militares na região".

"O Reino apela à comunidade internacional e às partes influentes e efetivas para que cumpram os seus papéis e responsabilidades, a fim de desanuviar e pôr termo aos conflitos na região", sublinha o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O exército israelita anunciou hoje ter efetuado "ataques de precisão" contra alvos militares no Irão "em resposta a meses de ataques contínuos" da República Islâmica.

"Em resposta a meses de ataques contínuos do regime iraniano contra o Estado de Israel, o exército israelita está atualmente a efetuar ataques de precisão contra alvos militares no Irão", declarou o exército, em comunicado.

Antes, a televisão estatal iraniana noticiou "fortes explosões" perto de Teerão, na sexta-feira à noite, enquanto vários meios de comunicação social locais relataram que eram ouvidos "estrondos" na capital iraniana.

Em 01 de outubro, o Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos. Israel prometeu responder a este bombardeamento.

Os ataques decorrem no âmbito da guerra em Gaza entre Israel e o movimento de resistência islâmica palestiniano Hamas, e no vizinho Líbano, entre o exército israelita e o movimento xiita libanês Hezbollah.

Hamas e Hezbollah opõem-se a Israel e são apoiados financeira e militarmente pelo Irão, que fez do apoio à causa palestiniana um dos pilares da política externa desde a criação da República Islâmica em 1979.

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por RTP

Reino Unido insta Irão a não responder aos ataques iraelitas

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou à contenção para evitar uma escalada regional do conflito no Médio Oriente, defendendo que o Irão não deve responder aos ataques israelitas da última madrugada.

"Israel tem o direito de se defender contra a agressão iraniana, mas é igualmente claro para mim que é necessário evitar uma escalada regional de grandes proporções e apelo a ambas as partes para que mostrem contenção. O Irão não deve reagir", disse Starmer numa conferência de imprensa durante a Cimeira de Líderes da Commonwealth, em Samoa.
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por RTP

Dois soldados iranianos mortos nos ataques israelitas

Dois soldados foram mortos nos ataques aéreos israelitas contra o Irão na madrugada deste sábado, informou a agência de notícias oficial IRNA. 

"O exército da República Islâmica do Irão, ao defender a segurança do Irão e proteger o povo e os interesses do Irão, sacrificou dois dos seus soldados enquanto combatia projéteis do regime sionista criminoso", anunciou o exército iraniano numa declaração, citada pela agência Reuters.
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por Lusa

Israel informou EUA antes de ataque contra o Irão

Os Estados Unidos foram informados antecipadamente por Israel dos ataques contra o Irão, mas Washington não esteve envolvido na operação, disse um responsável da defesa norte-americana.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, a candidata democrata Kamala Harris, foram informados da situação, indicou na sexta-feira a Casa Branca, que descreveu os ataques como "manobras de autodefesa".

"Entendemos que os ataques dirigidos por Israel contra alvos militares no Irão constituem autodefesa e respondem ao ataque de mísseis balísticos iranianos contra Israel a 01 de outubro", declarou Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, em comunicado.

Israel, aliado dos Estados Unidos, anunciou hoje ter efetuado "ataques de precisão" contra alvos militares no Irão, em resposta ao bombardeamento com mísseis balísticos iranianos a 01 de outubro.

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por RTP

EUA instam Irão a não retaliar

Os EUA pediram ao Irão que não retalie contra Israel pelos ataques da última noite.

"Se o Irão decidir responder mais uma vez, estaremos prontos, e haverá consequências para o Irão mais uma vez", avisaram as autoridades do Governo norte-americano.

"Este deve ser o fim desta troca direta de tiros entre Israel e Irão", acrescentaram.

Sean Savett, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, também exortou o Irão “a cessar os ataques contra Israel para que este ciclo de combates possa terminar sem uma nova escalada”.
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por RTP

Exército israelita diz ter "o direito e o dever" de responder ao Irão

O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, sublinha que o país tem “o direito e o dever” de responder ao Irão, lembrando que Israel tem sido atacado “de forma incessante” por parte do Irão desde 7 de outubro.

“Como qualquer outro país soberano do mundo, o Estado de Israel tem o direito e o dever de responder”, disse Hagari, sublinhando que o exército vai fazer “o que for necessário para defender o Estado de Israel e o povo de Israel”.
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"Missão cumprida"
por RTP

Ponto de situação

  • Israel deu início, esta madrugada, à retaliação contra o Irão. Telavive confirmou ter efetuado ataques "precisos e dirigidos" contra locais de fabrico de mísseis, baterias de mísseis terra-ar e outros sistemas aéreos em várias regiões do Irão;

  • O exército israelita diz que a série de ataques de retaliação, que durou cerca de três horas, “terminou e a missão foi cumprida”;

  • Do lado do Irão, as forças militares revelaram que os ataques israelitas tiveram como alvo bases militares nas províncias de Ilam, Khuzistão e Teerão e causaram "danos limitados";

  • Fonte oficial norte-americana avançou à agência Reuters que a Casa Branca foi notificada da intenção de Israel antes do ataque e que não houve qualquer envolvimento dos Estados Unidos.
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