Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Inês Moreira Santos, Mariana Ribeiro Soares, Paulo Alexandre Amaral, Carlos Santos Neves - RTP

Gaza é um "inferno na terra" para um milhão de crianças que vivem nos territórios, com cerca de 40 a morrerem todos os dia. Mais de um ano após o início da guerra em Gaza, "as crianças continuam a suportar um sofrimento diário indescritível", disse o porta-voz da UNICEF, James Elder.

Emissão da RTP3


Anadolu via Reuters Connect

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Momento-Chave
por Lusa

Autoridades de Gaza relatam 33 mortos em ataque israelita a Jabalia

Pelo menos 33 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas num ataque israelita ao campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza, divulgaram na madrugada de hoje as autoridades do enclave controlado pelo Hamas.

"O número de vítimas [...] ascende a 33 mortos e dezenas de feridos", frisou Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil da Faixa de Gaza, organização dependente do movimento islamista palestiniano Hamas.

Fonte médica do hospital Al-Awda tinha indicado à agência France-Presse (AFP) que a instituição recebeu "22 mortos e 70 feridos" na sequência deste ataque que atingiu a zona de Tal az-Zaatar do campo de refugiados palestinianos.

A agência noticiosa oficial palestiniana Wafa, que citou fontes do Hospital Al-Awda, adiantou que entre os civis que morreram estavam cerca de 20 crianças e mulheres.

Já a agência de notícias palestiniana Sanad divulgou um vídeo que mostra numerosos corpos enrolados em cobertores, numa reportagem em que indica que 30 pessoas morreram num bombardeamento israelita contra uma casa no campo de Jabalia.

O Ministério da Saúde de Gaza tinha adiantado na sexta-feira que os ataques israelitas na Faixa de Gaza mataram 62 palestinianos e feriram mais de 300 nas últimas 24 horas.

Os ataques de sexta-feira decorreram um dia depois de Telavive ter anunciado que Yahya Sinouar, mentor do ataque de 07 de outubro de 2023 contra Israel, tinha sido morto durante uma operação militar no sul da Faixa de Gaza.

Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.

Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.

Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.

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por Lusa

Países ocidentais acusados na ONU de reprimir manifestações pró-Palestina

Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha ou Bélgica foram hoje acusados na ONU de terem reprimido duramente o direito de manifestação pela causa palestiniana, particularmente no início da guerra na Faixa de Gaza entre Israel e o movimento islamita Hamas.

Num relatório apresentado à Assembleia Geral da ONU e aos jornalistas, a relatora especial para a promoção e proteção do direito à liberdade de opinião e expressão, Irene Khan, acusou ainda Israel de "graves ataques" contra os meios de comunicação social nos Territórios Palestinianos Ocupados, falando em particular de "assassinatos seletivos de jornalistas".

Esta advogada de direitos humanos do Bangladesh, especialista independente da ONU desde 2020, criticou "vários países europeus por terem imposto medidas que restringem a liberdade de expressão, reprimem os protestos contra a carnificina em Gaza e proíbem as manifestações pró-palestinianas".

E, insistiu, "as manifestações nos campus dos Estados Unidos foram duramente reprimidas", numa referência à intervenção no final de abril da polícia de choque de Nova Iorque para desalojar dezenas de ativistas pró-palestinianos que ocupavam parte da Universidade de Columbia.

Quanto aos países europeus, Khan visou "a Alemanha [que] impôs uma proibição total às manifestações pró-Palestina em outubro passado e, desde então, restrições a estes protestos em várias regiões alemãs".

"Nunca em manifestações a favor de Israel, mas sempre em manifestações pró-Palestina", sublinhou.

"A França tentou tomar as mesmas medidas mas os tribunais rejeitaram-nas e a avaliação é feita caso a caso", destacou ainda a advogada, citando também "a Bélgica e o Canadá tendo adotado posições idênticas".

No início da ofensiva israelita em Gaza, há um ano, o Ministério do Interior francês solicitou que as manifestações pró-palestinianas fossem sistematicamente proibidas devido a potenciais perturbações da ordem pública.

O Conselho de Estado, o mais alto tribunal administrativo, chamou o Governo à ordem, exigindo decisões caso a caso.

Khan criticou ainda Israel pelos "graves ataques aos meios de comunicação social nos Territórios Palestinianos Ocupados - Gaza, Cisjordânia e Jerusalém Oriental -, os assassinatos seletivos de jornalistas, detenções arbitrárias, dezenas de destruições de infraestruturas e equipamento de imprensa em Gaza, a recusa em deixar entrar a imprensa internacional.

"O aumento da censura em Israel e nos Territórios Ocupados sugere que as autoridades israelitas têm uma estratégia para silenciar o jornalismo crítico", concluiu.

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por Lusa

Israel diz ter intercetado "alvo aéreo" que se aproximava desde a Síria

As Forças de Defesa de Israel (FDI) adiantaram hoje que intercetaram um "alvo aéreo" que se aproximava do seu território desde a Síria, enquanto uma organização não-governamental (ONG) síria relatou `drones` lançados por militantes pró-iranianos no Iraque.

"Um alvo aéreo suspeito que se aproximava do território israelita vindo da Síria foi intercetado pela Força Aérea antes de entrar" no território israelita, explicaram as FDI, em comunicado.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) indicou, por sua vez, que dois `drones` disparados pela Resistência Islâmica no Iraque, um conjunto de fações armadas pró-Irão que faz parte do chamado "Eixo da Resistência", atravessaram o céu sírio antes de serem intercetados pelas forças israelitas.

As FDI "no território ocupado de Golã sírio tiveram como alvo dois `drones` lançados pela Resistência Islâmica no Iraque, vindos do Iraque através do território sírio", detalhou a ONG, em comunicado.

As tensões na região do Médio Oriente aumentaram após o ataque de 07 de outubro de 2023 do movimento islamita palestiniano Hamas em território israelita, que fez 1.205 mortos, na maioria civis, e 251 reféns, e em retaliação ao qual o Exército israelita iniciou uma guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza que já fez mais de 42.000 mortos e de 99.000 feridos, além de mais de 10.000 desaparecidos, segundo os mais recentes números das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.

A partir do Líbano, o Hezbollah juntou-se logo a 08 de outubro aos ataques contra Israel, em solidariedade com a população palestiniana, abrindo assim uma segunda frente de batalha para Israel, na sua fronteira norte, que faz a comunidade internacional temer o alastramento da guerra a toda a região do Médio Oriente -- mais ainda desde que Israel iniciou uma ofensiva terrestre em território libanês.

Pelo menos 1.418 pessoas foram mortas no Líbano desde a intensificação das operações israelitas no Líbano, a 23 de setembro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais, e mais de um milhão foram forçadas a abandonar as suas casas.

Desde o início da guerra israelita em Gaza, em 07 de outubro de 2023, as formações iraquianas assumiram a responsabilidade pelo lançamento de dezenas de projéteis e `drones` contra Israel, bem como contra bases com presença militar dos Estados Unidos no Iraque e na Síria.

Em 01 de outubro, o Irão disparou cerca de 200 mísseis contra Israel, incluindo, pela primeira vez, vários mísseis hipersónicos.

Estes ataques foram apresentados por Teerão como uma represália pelo assassinato, em julho, na capital iraniana, do antigo chefe do movimento palestiniano Hamas, Ismail Haniyeh, que foi atribuído a Israel, e em resposta à morte de um general iraniano. num ataque no Líbano, no final de setembro e que também custou a vida ao antigo líder do Hezbollah.

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Momento-Chave
Gaza
por RTP

Pelo menos 30 palestinianos mortos em ataque israelita ao acampamento de Jabalia

Pelo menos 30 palestinianos foram mortos, incluindo 20 crianças e mulheres, e mais de 50 outros ficaram feridos num ataque israelita ao acampamento de Jabalia, no norte de Gaza, informou a agência de notícias oficial da Autoridade Palestina, WAFA.
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por Lusa

Organização para a Libertação da Palestina lamenta morte do líder do Hamas

A Organização para a Libertação da Palestina (OLP), considerada o órgão representativo do povo palestiniano, lamentou hoje a morte em Gaza do líder do Hamas, Yahya Sinouar, num comunicado onde apelou à união das fações palestinianas.

Numa mensagem onde apresentou "as suas mais profundas condolências aos dirigentes e membros do Hamas", a organização apelou ao "avanço da união nacional" em torno do "único representante legítimo, a OLP".

O organismo apelou ainda à união contra Israel, a fim de "recuperar todos os direitos, que incluem o direito ao regresso [dos refugiados], o fim da ocupação e o estabelecimento do Estado Palestiniano abrangendo todos os territórios ocupados, assente nas fronteiras de 1967 com Jerusalém como capital eterna".

"Isto é essencial para lutar numa frente contra o plano israelita de deslocar o nosso povo da sua terra natal, seja em Gaza ou na Cisjordânia, recriar colonatos em Gaza e estender o confisco de terras e demolições de casas a toda a Cisjordânia, especialmente em Jerusalém", frisou ainda a OLP, da qual o Hamas não é membro.

Numa declaração separada, o Fatah, partido do presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas e rival do Hamas, sublinhou que a política de Israel de "assassinato e terrorismo não conseguirá quebrar a vontade do povo [palestiniano] de alcançar os legítimos direitos nacionais à liberdade e à independência".

Também autoridades talibãs afegãs manifestaram hoje a sua "profunda tristeza" pela morte do líder do Hamas.

O porta-voz do Governo talibã, Zabihullah Mujahid, destacou, em comunicado, que o seu assassinato "servirá para intensificar e fortalecer a resistência contra as forças israelitas".

O Irão e os rebeldes Huthis do Iémen já tinham lamentado hoje a morte de Yahya Sinouar, defendendo que o Médio Oriente o lembrará sempre como "fonte de inspiração" para os que lutam contra Israel.

O Hezbollah, por sua vez, garantiu que entrou numa nova fase na luta contra Israel.

Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.

Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de detenção para Sinouar, Deif e outro líder do Hamas assassinado, Ismail Haniyeh, pelos seus alegados papéis no ataque.

Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.

Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.

Israel prendeu-o no final da década de 1980, quando Sinouar admitiu ter matado 12 alegados colaboradores, um papel que lhe valeu a alcunha de "O Carniceiro de Khan Yunis".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".

Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinouar é "um passo importante" no declínio do Hamas.

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por Lusa

Israel e Hezbollah atacam-se através da fronteira libanesa

O exército israelita detetou hoje cerca de 75 projécteis disparados do Líbano, enquanto o Hezbollah afirmou ter visado com mísseis e uma salva de rockets Haifa, no norte de Israel, e zonas a norte desta cidade .

Em comunicado, o exército israelita afirmou que esta manhã foram intercetadas pela força aérea duas aeroanves não tripuladas (`drones`) que se aproximavam do território israelita a partir do Líbano.

Durante o dia, adiantou, o exército continuou a efetuar ataques "limitados, localizados e direcionados no sul do Líbano contra alvos e infraestruturas terroristas do Hezbollah" e cerca de 60 militantes do grupo libanês "foram eliminados em confrontos próximos e em ataques aéreos".

A força aérea também atacou "dezenas de lança-foguetes que visavam o território israelita, locais de infraestruturas terroristas do Hezbollah, centros de comando e operacionais".

Por seu lado, o Hezbollah afirmou hoje ter disparado mísseis contra Haifa, no norte de Israel, bem como "uma salva de rockets" contra zonas a norte da cidade costeira.

Após ter anunciado esse ataque, o Hezbollah afirmou ainda ter enviado "drones explosivos" contra uma base militar israelita de "defesa aérea" no centro do país, perto da cidade de Hadera.

O movimento anunciou também que tinha disparado rockets contra as tropas israelitas estacionadas ao longo da fronteira.

Em guerra aberta com Israel no Líbano, o grupo pró-iraniano anuncia regularmente o disparo de projéteis contra o seu vizinho, com o qual também está envolvido em combates no sul do Líbano, onde o exército israelita lançou incursões terrestres no final de setembro.

O exército israelita anunciou hoje que mobilizou uma brigada de reserva suplementar no norte do país, que "permitirá prosseguir os esforços de combate contra o Hezbollah".

"Isto permitirá atingir os objetivos da guerra, incluindo o regresso em segurança dos habitantes do norte de Israel às suas casas", referiu um breve comunicado militar.

Cerca de 2.300 pessoas foram mortas no Líbano desde 07 de outubro de 2023 e mais de um milhão foram obrigadas a fugir das suas casas, especialmente no sul do país, devido à intensidade dos bombardeamentos israelitas.

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Momento-Chave
por RTP

Hezbollah jura vingança pela morte de Sinwar

A morte do líder do Hamas em Gaza não está, por enquanto, a ter influência no conflito no Líbano.

Hezbollah prometeu uma escalada contra Israel e utilizar novas armas, nomeadamente um novo tipo de mísseis.
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Momento-Chave
por RTP

Trump diz que morte de Sinwar tona a paz no Médio Oriente "mais fácil"

Donald Trump considera que a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, torna a perspetiva de paz no Médio Oriente “mais fácil”.

“Estou feliz por Bibi ter decidido fazer o que tinha de fazer”, disse o candidato à Casa Branca, referindo-se ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

Trump adiantou ainda que tenciona falar com Netanyahu em breve.
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Momento-Chave
por RTP

Netanyahu convocou gabinete de guerra para analisar possível acordo para libertação de reféns

Um dia depois da confirmação da morte do líder do Hamas, Netanyahu convocou o gabinete de guerra para analisar um possível entendimento com o movimento islâmico palestiniano com vista a libertar os reféns israelitas.

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por RTP

Hamas ameaça intensificar combate a Israel após morte de Sinwar

O Hamas ameaçou intensificar o combate a Israel. Telavive diz que a ofensiva prossegue tanto em Gaza como no Líbano, porque o primeiro objetivo é resgatar os reféns ainda retidos pelo Hamas

O governo de Benjamin Netanyahu revelou hoje as circunstâncias em que foi morto Sinwar, 20 dias após ter sido abatido o líder do Hezbollah.
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por Lusa

Biden, Macron, Scholz e Starmer querem "paz justa e duradoura"

Os Presidentes norte-americano, Joe Biden, e francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, afirmaram-se hoje determinados a apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia, para alcançar uma "paz justa e duradoura".

Numa declaração conjunta emitida após uma reunião em Berlim, os líderes dos Estados Unidos, França, Alemanha e Reino Unido comprometeram-se a "continuar a apoiar a Ucrânia nos seus esforços para garantir uma paz justa e duradoura, assente no direito internacional, incluindo na Carta das Nações Unidas, bem como no respeito da soberania e da integridade territorial".

A declaração de intenções em prol da Ucrânia e contra o seu agressor russo foi divulgada no final de um encontro na capital alemã, realizado por ocasião de uma visita-relâmpago do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden.

Ao mesmo tempo, Biden apelou aos Estados-membros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental) presentes na capital alemã para que "não abrandem" o seu apoio a Kiev, em duro combate com as forças russas.

Este apelo surge numa altura em que a ajuda ocidental dá sinais de enfraquecimento e em que os Estados Unidos, em caso de vitória do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump nas eleições presidenciais de novembro, poderão rever radicalmente a sua política.

O Exército ucraniano, por seu lado, está a recuar na frente oriental e é alvo de constantes bombardeamentos da artilharia russa, em particular nas suas infraestruturas essenciais.

Outra questão a causar forte preocupação na Ucrânia: segundo os serviços secretos sul-coreanos, a Coreia do Norte enviou um contingente de 1.500 soldados das forças especiais para apoiar o seu aliado russo, esperando-se que outros se sigam.

"Trata-se de uma evolução extremamente preocupante e grave", reagiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês.

Acima de tudo, reflete "o nível de desespero" de uma "Rússia em processo de enfraquecimento", sustentou Keir Starmer em Berlim, durante uma conferência de imprensa.

O Presidente norte-americano, cujo avião abandonou a Alemanha ao final da tarde, efetuou em Berlim uma breve visita de despedida a um dos mais leais aliados dos Estados Unidos na Europa.

"Apoiamos a Ucrânia com todas as nossas forças", declarou Olaf Scholz, acrescentando, zelar, ao mesmo tempo, por que "a NATO não se torne um beligerante" nesta guerra, "para impedir que ela se transforme numa catástrofe ainda maior".

Até agora, nenhum dos pedidos formulados pelo chefe de Estado ucraniano, Volodymyr Zelensky, no seu "plano de vitória", que apresentou à União Europeia (UE) e à NATO na quinta-feira, obteve o apoio unânime dos aliados.

Foi esse, em particular, o caso do seu pedido de um convite rápido para se juntar à NATO.

A reunião na capital alemã dos quatro líderes ocidentais seguiu-se a uma homenagem prestada pela Alemanha a Joe Biden.

O chefe de Estado alemão, Frank-Walter Steinmeier, saudou uma "guia para a democracia" que mostrou um apoio inabalável à Aliança Atlântica e à Ucrânia no "momento mais perigoso desde o fim da Guerra Fria".

O Presidente norte-americano foi condecorado com a Ordem Nacional de Mérito pelo seu contributo para as relações transatlânticas e para a defesa da democracia.

Após a tumultuosa presidência de Donald Trump (2017-2021), o mandato de Joe Biden permitiu um claro estreitamento dos laços entre Washington e Berlim, nomeadamente na questão da Ucrânia, em relação à qual as duas capitais alinharam regularmente as suas decisões.

O democrata de 81 anos, que se retirou da corrida presidencial, tinha há uma semana adiado a sua deslocação à Alemanha por causa do furacão Milton.

Além da Ucrânia, a situação no Médio Oriente foi o outro tema quente de discussão entre os quatro líderes.

O anúncio por Israel, na quinta-feira à noite, de que o líder do Hamas, Yahya Sinouar, tinha sido morto durante uma operação militar na Faixa de Gaza representou um ponto de viragem na guerra desencadeada pelo ataque do movimento palestiniano em território israelita a 07 de outubro de 2023.

Os quatro governantes ocidentais consideraram que o seu desaparecimento sublinha "a necessidade imediata" de libertação dos reféns ainda nas mãos do Hamas e do fim da guerra na Faixa de Gaza.

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Momento-Chave
por Lusa

Hamas confirma morte de comandante ao lado de Sinwar

O movimento islamita palestiniano Hamas confirmou hoje que o comandante do batalhão Tel Al Sultan em Rafah, Muhammed Hamdan, foi também morto no mesmo atentado que custou a vida ao líder máximo do grupo, Yahya Sinwar.

"Lamentamos a morte do comandante Mahmoud Hamdan, comandante do batalhão de Tel al Sultan em Rafah, que se ergueu como um mártir imprevisto durante os confrontos com o exército de ocupação no bairro, acompanhado pelo líder mártir Yahya Sinwar", referiu em comunicado o movimento, considerado terrorista por União Europeia, Estados Unidos e outros países.

A confirmação, também feita pelas Forças de Defesa de Israel (IDF), surge horas após o grupo palestiniano ter também confirmado oficialmente a morte de Sinouar, que elogiou como um "herói mártir", após Israel ter anunciado ontem a sua morte num confronto com soldados israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, um dia antes.

"Ele ergueu-se como um herói, como um mártir, avançando sem recuar, sacando da sua arma, enfrentando o exército de ocupação na frente das fileiras, movendo-se entre todas as posições de combate, firme e estacionado firmemente na orgulhosa terra de Gaza, defendendo a terra da Palestina", refere o obituário do Hamas para Sinouar.

Sinouar passou a maior parte do tempo escondido nos túneis e escapou da cidade de Khan Yunis para Rafah, no extremo sul da Faixa, sob pressão militar, disse o exército numa conferência de imprensa hoje.

O seu objetivo, antes de ser descoberto, era deslocar-se para a zona humanitária de Mawasi, um local convertido em refúgio onde dezenas de milhares de deslocados vivem em tendas com muito poucos recursos.

Sinouar terá planeado cuidadosamente os ataques de 07 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.

Em maio, o procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) solicitou mandados de detenção para Sinouar, Deif e outro líder do Hamas assassinado, Ismail Haniyeh, pelos seus alegados papéis no ataque.

Sinouar tornou-se o principal chefe do Hamas após o assassínio de Haniyeh, numa explosão no Irão em julho, que foi atribuída a Israel.

Nascido em 1962 num campo de refugiados na cidade de Khan Yunis, em Gaza, Sinouar foi um dos primeiros membros do Hamas, formado em 1987, e acabou por liderar o braço de segurança do grupo.

Israel prendeu-o no final da década de 1980, quando Sinouar admitiu ter matado 12 alegados colaboradores, um papel que lhe valeu a alcunha de "O Carniceiro de Khan Yunis".

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira, após o anúncio da morte do líder do Hamas, que Israel "acertou as suas contas" com Sinouar, salientando, porém, que "a guerra ainda não terminou".

Numa intervenção transmitida em direto pela televisão, Netanyahu afirmou que a morte de Sinouar é "um passo importante" no declínio do Hamas. 

"Gostaria de repetir, da forma mais clara: o Hamas não governará mais Gaza. Este é o início do dia depois do Hamas e esta é uma oportunidade para vocês, residentes de Gaza, finalmente se libertarem da sua tirania", declarou Netanyahu.

Netanyahu frisou igualmente que Israel "acertou as contas" com "a pessoa que realizou o pior massacre na história do povo israelita desde o Holocausto" e insistiu que a morte de Sinouar é "um momento importante na guerra" para trazer para casa os reféns mantidos em Gaza.

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Momento-Chave
por RTP

Hezbollah diz ter enviado "drones explosivos" para base militar israelita

O Hezbollah disse esta sexta-feira ter enviado "drones explosivos" para uma base militar israelita de "defesa aérea" no centro do país, perto da cidade de Hadera, pouco depois de anunciar um ataque com mísseis no norte de Israel.
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Momento-Chave
por Lusa

Guterres afirma que morte de Sinouar deve "conduzir a cessar-fogo imediato"

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou hoje que a morte de Yahya Sinouar deve "conduzir a um cessar-fogo imediato, à libertação incondicional de todos os reféns e a um acesso humanitário sem restrições em Gaza".

Através do seu porta-voz adjunto, Farhan Haq, Guterres esclareceu que "não comenta desenvolvimentos desta natureza", após ter sido repetidamente questionado sobre a sua avaliação do assassínio de Sinouar, líder do Hamas e considerado o cérebro dos ataques terroristas de 07 de outubro de 2023, os mais graves em território do Estado israelita.

Guterres disse ainda que esta morte pode ser uma boa razão para alcançar o cessar-fogo que tem insistentemente pedido.

O porta-voz recordou que Tor Wennesland, coordenador especial da ONU para o processo de paz no Médio Oriente e, como tal, o seu principal representante no terreno, também reiterou que a morte de Sinouar coloca a guerra de Gaza "num momento crítico".

"Temos de aproveitar o momento", disse Wennesland, citado pelo porta-voz, "para silenciar as armas e libertar os reféns", numa altura em que cerca de 100 pessoas continuam presas em Gaza, sem se saber se vivas ou mortas, e para que "as partes dialoguem e cheguem a um acordo".

O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A invasão de Israel à Faixa de Gaza matou mais de 42.000 pessoas, entre paramilitares e civis, em mais de um ano.

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por Lusa

Israel estima 1.500 membros do Hezbollah mortos em ataques no Líbano

O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (FDI), tenente-coronel Herzi Halevi, disse hoje que "estimativas conservadoras" sugerem que pelo menos 1.500 membros da milícia xiita Hezbollah foram mortos em ataques do exército israelita no Líbano.

"Acho que há mais e não sabemos", disse Halevi numa reunião com soldados da brigada Golani, destacados no sul do Líbano. 

O chefe militar israelita também elogiou os "resultados muito importantes" obtidos pelo exército israelita na sua ofensiva contra as milícias islamitas.

Halevi garantiu que as FDI estão totalmente empenhadas no objetivo de atacar o Hezbollah "da forma mais dura possível" e sublinhou que, no último mês, conseguiram desmantelar o grupo com a morte do líder, Hassan Nasrallah, e de vários dos seus possíveis sucessores.

"Eliminámos todo o nível superior de comando, vocês [soldados] estão a eliminar todo o nível local de comando [no sul do Líbano]", disse Halevi, que repetiu um argumento apresentado pelo Governo israelita, que afirma que o Hezbollah está a tentar esconder as enormes baixas sofridas em pouco mais de um mês.

Por fim, Halevi afirmou que o regime iraniano, principal apoiante do Hezbollah, "é incapaz de compreender" o que se passa no Líbano.

"Tentamos fazer com que todos os dias haja uma surpresa", referiu Halevi.

As autoridades libanesas confirmaram que mais de 2.400 pessoas morreram e cerca de 11.300 ficaram feridas em ataques israelitas no último ano, especialmente no último mês, quando as FDI intensificaram os bombardeamentos no país e lançaram mesmo uma incursão terrestre no sul.

As hostilidades entre Israel e o Hezbollah recrudesceram há pouco mais de um ano, quando a milícia islamita disparou projéteis contra território israelita depois de o Hamas ter atacado Israel, deixando cerca de 1.200 mortos e mais de 250 reféns, o que provocou uma resposta israelita que causou mais de 42.300 mortos na Faixa de Gaza, segundo dados do Ministério da Saúde do enclave, considerados "fiáveis" pelas Nações Unidas.

O exército israelita intensificou a ofensiva contra o Hezbollah em meados de setembro, com "bombardeamentos seletivos" de posições do movimento no sul do Líbano e mesmo em bairros de Beirute. 

Estes ataques conseguiram desmantelar o grupo islamita com a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, e de alguns dos seus possíveis sucessores.

O elevado número de feridos deve-se à explosão coordenada, no início de setembro, de milhares de aparelhos de comunicação - "pagers" e "walkie-talkies" - de membros do Hezbollah, que responsabilizou Israel.

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por RTP

Biden diz que cessar-fogo em Gaza será mais difícil do que no Líbano

O presidente norte-americano diz que há uma possibilidade de trabalhar para um cessar-fogo no Líbano, mas reconhece que será mais difícil de alcançar em Gaza.

Em declarações aos jornalistas após um encontro em Berlim com os líderes da Alemanha, França e Reino Unido, Joe Biden disse ter uma ideia de como e quando Israel vai retaliar contra o Irão, mas recusou dar mais detalhes.

“Há uma oportunidade, na minha opinião e os meus colegas concordam, de que provavelmente podemos lidar com Israel e o Irão de forma a acabar com o conflito por um tempo”, disse.

“Achamos que há uma possibilidade de trabalhar em direção a um cessar-fogo no Líbano. E vai ser mais difícil em Gaza”, acrescentou.
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Momento-Chave
por RTP

Giorgia Meloni considera “inaceitável” atacar forças de manutenção da paz no Líbano

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse esta sexta-feira em Beirute que é “inaceitável” visar forças de manutenção da paz destacadas no sul do Líbano, que denunciaram vários ataques do exército israelita.

Primeiro chefe de Estado ou de governo a visitar o Líbano desde a intensificação dos ataques israelitas no final de setembro, Meloni pediu que a missão de paz da ONU no Líbano (UNIFIL), atualmente com 10.000 homens, “seja reforçada”.

“Só fortalecendo a UNIFIL e mantendo a sua imparcialidade é que poderemos virar a página” da guerra, acrescentou Meloni, cujo país é o segundo maior contribuinte para aquelas forças e que detém no momento a Presidência rotativa do G7.
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por RTP

Tempo de avançar para cessar-fogo, defende Keir Starmer

A morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, é uma oportunidade para avançar para o cessar-fogo, estima o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer.
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Momento-Chave
por Lusa

Hamas confirma morte de Yahya Sinwar

O movimento islamita palestiniano Hamas confirmou hoje a morte do seu líder, Yahya Sinwar, um dia após Israel ter anunciado que este fora morto durante uma operação na Faixa de Gaza, afirmando que tal só "fortalecerá" o movimento.

"Choramos a morte do grande líder, o irmão mártir, Yahya Sinwar, Abu Ibrahim", declarou Khalil al-Hayya, um responsável do Hamas que reside no Qatar, num vídeo transmitido pelo canal televisivo de notícias Al-Jazeera.

Israel anunciou na quinta-feira que Yahya Sinwar, considerado o arquiteto do ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, a 07 de outubro, tinha sido morto numa operação em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

"O martírio do nosso líder (...) e de todos os líderes e símbolos do movimento (...) só fortalecerá o nosso movimento e a nossa resistência", acrescentou.

O Hamas indicou hoje que os reféns só serão libertados quando Israel puser termo à guerra na Faixa de Gaza, o seu Exército retirar do território e os prisioneiros palestinianos detidos em Israel forem libertados.

Os reféns "não regressarão (...) até que a agressão ao nosso povo em Gaza termine, haja uma retirada completa do território e os nossos heroicos prisioneiros sejam libertados das prisões da ocupação", sublinhou Khalil al-Hayya, no comunicado em vídeo transmitido pela Al-Jazeera.

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por RTP

Quarenta crianças mortas por dia. Gaza é um "inferno na terra" para as crianças, denuncia UNICEF

Gaza é um "inferno na terra" para um milhão de crianças que vivem nos territórios, com cerca de 40 a morrerem todos os dias no ano passado, alerta a UNICEF.

Mais de um ano após o início da guerra em Gaza, "as crianças continuam a sofrer um sofrimento diário indescritível", disse o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), James Elder, numa conferência de imprensa em Genebra.

“Gaza é a verdadeira personificação do inferno na Terra para o seu milhão de crianças. A situação piora a cada dia, à medida que vemos o impacto horrível de ataques aéreos e operações militares”, afirmou James Elder.

“Se este nível de horror não despertar a nossa humanidade e nos empurrar a agir, então o que será?”, questionou.

Desde o ataque de 7 de outubro do Hamas em Israel que desencadeou a guerra, estimativas “conservadoras” colocam o número de crianças mortas em Gaza em mais de 14.100, de acordo com Elder.

Isto significa que “cerca de 35 a 40 raparigas e rapazes foram mortos todos os dias em Gaza desde 7 de outubro” e muitos dos mortos permanecem sob os escombros.

Quanto aos sobreviventes, não têm para onde ir para estarem seguros, enquanto “a privação afeta toda a Faixa de Gaza”.

“Para onde poderiam ir as crianças e as suas famílias? Eles não estão seguros em escolas e abrigos. Não estão seguros nos hospitais. E certamente não estão seguros nos campos de refugiados superlotados”, disse Elder.

O porta-voz da UNICEF descreveu como é a vida de uma criança em Gaza através do caso de uma menina de sete anos, Qamar, que foi baleada no pé durante um ataque ao campo de Jabalia.

O único hospital para o qual ela pôde ser levada - uma maternidade - foi cercado por 20 dias. Como ela não podia ser transferida e o hospital não tinha o suficiente para tratar sua infeção no pé, os médicos amputaram sua perna. Ela, a mãe e a irmã, que também ficou ferida, foram obrigadas a ir para o sul, a pé.

“Elas vivem agora numa tenda rasgada, cercadas por águas paradas”, lamentou Elder.

A UNICEF já tinha advertido que Gaza se tornou “um cemitério para milhares de crianças”. Dois meses depois, a agência da ONU disse que o território palestiniano sitiado era “o lugar mais perigoso do mundo para uma criança”.

Agora, disse Elder, a situação é “déjà vu, mas com aspetos ainda mais sombrios”.
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por RTP

Israel estima que o Hezbollah tenha perdido 1.500 homens

Israel avalia o número de mortos do Hezbollah em cerca de 1.500 homens, segundo o chefe do Estado-Maior, Herzi Halevi.

“Há grandes danos, toda uma cadeia de comando que está a ser dizimada, o Hezbollah está a esconder as suas mortes, está a esconder comandantes mortos. Estimamos que haja cerca de 1.500 membros do Hezbollah mortos e nossas estimativas são conservadoras, suponho que haverá ainda mais, [mortos] nos ataques aéreos”, indicou Halevi às tropas terrestres no sul do Líbano.
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por Lusa

Yahya Sinwar. EUA dizem que líder do Hamas "respondeu perante a Justiça"

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou hoje que o assassínio por Israel do responsável do Hamas que planeou o atentado de 07 de outubro de 2023 significa que Yahya Sinwar respondeu "perante a Justiça".

"Sinwar fez da sua vida destruir todas as hipóteses de paz entre israelitas e palestinianos. Finalmente, respondeu perante a Justiça", disse Lloyd Austin, em conferência de imprensa, no final de uma reunião ministerial no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas.

A eliminação do líder do movimento Hamas, considerado terrorista por Estados Unidos e União Europeia e que controlava o enclave palestiniano da Faixa de Gaza, corresponde "à eliminação de um obstáculo", acrescentou o secretário da Defesa norte-americano.

A morte de Yahya Sinwar, na sequência de uma operação israelita em Gaza, foi anunciada na tarde de quinta-feira pelo Governo de Israel.

O Hamas lançou em 7 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A invasão de Israel à Faixa de Gaza matou mais de 40.000 pessoas, entre paramilitares e civis, em mais de um ano.

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por RTP

Hamas condiciona libertação de reféns a cessar-fogo

Após morte do líder, Yahya Sinwar, o Hamas recusa libertar os reféns de Gaza sem um cessar-fogo. O movimento islâmico palestiniano disse na sexta-feira que os reféns mantidos na Faixa de Gaza não serão libertados até que Israel termine a ofensiva.
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por RTP

Hezbollah diz ter lançado drones contra Safed (norte de Israel)

O Hezbollah acaba de anunciar que lançou drones contra soldados israelitas na cidade de Safed durante a madrugada.

Em comunicado, os xiitas libaneses acrescentam que o ataque, que teve como alvo “concentrações de soldados” na cidade, foi uma “resposta às agressões do inimigo israelita às aldeias” do sul do Líbano.
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por RTP

Irmandade Muçulmana diz que dois combatentes mortos pertenciam à organização

A organização islâmica Irmandade Muçulmana anuncia que dois combatentes hoje mortos por Israel eram membros do grupo sunita.
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por Lusa

Israel mobiliza mais tropas para perto da fronteira libanesa

Israel anunciou hoje a mobilização de mais tropas no norte do país, para "continuar a luta" contra o movimento islâmico libanês Hezbollah, e ordenou a evacuação forçada de mais 20 cidades no sul do Líbano.

"[O exército] enviou uma brigada de reserva adicional para missões operacionais no norte, a fim de continuar a luta [contra o Hezbollah] e alcançar os objetivos da guerra, incluindo o regresso dos habitantes do norte de Israel", deslocados há um ano devido ao lançamento de foguetes pelo Hezbollah, referiram as Forças de Defesa de Israel (FDI) num comunicado.

Por outro lado, ordenou a evacuação forçada de mais de duas dezenas de cidades no sul do Líbano no âmbito da intensificação da ofensiva militar iniciada no início do mês para acabar com a presença das milícias do Hezbollah na fronteira.

As ordens foram divulgadas hoje pelo porta-voz árabe do Exército israelita, coronel Avichay Adraee, dirigem-se a populações, entre outras, como Beit Lev, Yater, Matmura, Kafra ou Naqoura, onde se situa o quartel-general da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (FINUL) no Líbano.

Tal como noutras ocasiões, Israel insta a população a fugir para norte do rio Awali e proíbe estritamente que regressem às suas casas no sul do país.

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por RTP

42.500

Pelo menos 42.500 palestinianos foram mortos pelas forças de Israel desde 7 de outubro e outros 99.546 foram feridos, de acordo com a contabilidade do Ministério da Saúde de Gaza.
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por RTP

Morte do líder do Hamas "não significa o fim da guerra"

Os enviados especiais da RTP a Israel dão conta das reações à notícia da morte de Yahya Sinwar, abatido por soldados do Estado hebraico na Faixa de Gaza.

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por RTP

Hezbollah promete escalada na guerra com Israel

Uma posição assumida pelo movimento xiita libanês apoiado pelo Irão na sequência da morte do líder do Hamas na Faixa de Gaza, como explicam os enviados especiais da RTP ao Líbano.

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por RTP

Houthis rendem homenagem a Yahya Sinwar

Os Houthis do Yemen fizeram hoje uma homenagem ao líder morto do Hamas, Yahay Sinwar e reafirmaram que Gaza "triunfará".
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por RTP

Israelitas pedem o fim da guerra na Faixa de Gaza

Foto: Gonzalo Fuentes - Reuters

Com o anúncio oficial da morte do líder do Hamas, muitos israelitas concentraram-se junto do Ministério da Defesa. Pedem agora que o governo de Benjamim Natenyahu pare a guerra na Faixa de Gaza, como contam os enviados especiais da RTP, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.

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por RTP

Comunidade internacional assinala "oportunidade" de acabar com guerra em Gaza

Foto: Reuters

Vários líderes mundiais consideram a morte do chefe do Hamas uma oportunidade para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. Joe Biden, Olaf Scholz e Emmanuel Macron defendem um cessar fogo e a libertação de reféns.

Em Israel, o chefe da diplomacia volta a atacar António Guterres. Diz que o secretário-geral da ONU não lamenta a morte do líder terrorista.
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por RTP

Hamas confirma morte de Sinwar e redobra ameaça contra Israel

O movimento islamita acaba de reconhecer a eliminação de Yahya Sinwar.

Um oficial do movimento islamita avisa que a morte do seu líder vai tornar-se numa maldição para "os ocupantes".
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por RTP

Exército israelita diz ter matado dois atacantes que atravessavam a zona do Mar Morto da Jordânia

O exército israelita anunciou ter identificado “vários suspeitos” na zona fronteiriça da Jordânia que tentava atravessar para Israel a sul da região do Mar Morto, matando dois destes elementos que abriram fogo contra as forças israelitas.

“Dois terroristas que cruzaram alguns metros a fronteira com Israel e abriram fogo contra as forças foram eliminados por dois reservistas das IDF (Forças de Defesa de Israel)”, refere um comunicado do exército.

“Durante a troca de tiros com os terroristas, um soldado e um reservista das IDF foram feridos, sendo evacuados para receber tratamento médico num hospital”.

Os militares acrescentaram que as forças de segurança israelitas continuam a realizar buscas “face à suspeita da presença de um outro terrorista naquela área”.
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por RTP

Mais tropas israelitas para operações na fronteira com o Líbano

O exército israelita está a aumentar o contingente militar com o recrutamento de uma brigada na reserva para um previsto alargar de operações militares a levar a cabo na região norte do país, na fronteira com o Líbano.
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por RTP

Joe Biden defende que morte de Sinwar oferece oportunidade de “um caminho para a paz”

A morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar, abre a oportunidade de “um caminho para a paz” no Médio Oriente e um “futuro melhor em Gaza, sem o Hamas”, disse esta sexta-feira o presidente dos Estados Unidos durante uma visita a Berlim.

Com a eliminação por Israel do líder do movimento islamita palestiniano, há “a perspetiva de um cessar-fogo em Gaza e um acordo sobre a libertação de reféns” detidos desde 7 de outubro de 2023, disse por seu lado o chanceler Olaf Scholz na recepção a Biden.
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por Alexandra Sofia Costa - Antena 1

Israel acusado de usar fósforo branco perto das bases da UNIFIL

Reuters

O porta-voz da força de manutenção da paz da ONU no Líbano denuncia que Israel está a usar táticas ilícitas de guerra, nomeadamente o uso de fósforo branco, perto das bases da UNIFIL.

O fósforo branco causa queimaduras graves em contacto com a pele. O fumo resultante deste químico causa também irritação nos olhos e no trato respiratório.

O porta-voz das Nações Unidas deu ainda conta de cinco ataques deliberados das forças israelitas aos capacetes azuis no terreno.
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por RTP

Israel continua a enviar tropas para o norte de Gaza

O exército israelita enviou outra unidade para apoiar as suas forças que já operam em Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados de Gaza, onde os residentes se queixam da destruição causada por tanques israelitas nas estradas e casas à medida que avançam para o território.

Moradores de Jabalia, no norte de Gaza, disseram que os tanques israelitas chegaram ao coração do campo usando fogo aéreo e terrestre pesado, depois de atravessar subúrbios e áreas residenciais. Acrescentaram que o exército está a destruir diariamente casas às dezenas, umas vezes a partir do ar, outras do solo, e também armadilhando edifícios para depois os fazer detonar remotamente.

O exército israelita disse que as suas forças, que operam em Jabalia há duas semanas, mataram dezenas de militantes em combates a curta distância e desmantelaram infraestruturas militares.
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por RTP

Sinwar localizado por um acaso

De acordo com o porta-voz das IDF (Israel Defense Forces – designação em inglês das forças armadas israelitas), Daniel Hagari, na sequência de relatos da provável presença de altos funcionários do Hamas, as forças israelitas têm estado a operar “nas últimas semanas” no bairro de Tel Sultan, em Rafah.

“Yahya Sinwar estava escondido em lugares que já tínhamos inspecionado [e] não sabíamos que ele estava lá”, admitiu Hagari num comunicado transmitido pela televisão.

Na quarta-feira, soldados da 828ª Brigada avistaram “três terroristas que iam de casa em casa” e os soldados dispararam contra o grupo, obrigando-os a dispersar.

“Sinwar correu para um prédio sozinho e as nossas forças inspecionaram a área com um drone. Yahya Sinwar, que foi ferido na mão pelos tiros, escondeu o rosto e atirou um ramo na direção do drone”, disse o porta-voz.

As imagens, feitas “momentos antes” da morte de Sinwar, mostram-no sentado numa espreguiçadeira no primeiro andar de um edifício parcialmente destruído. Tem um ferimento grave numa mão e o rosto está escondido por um keffiyeh, o tradicional lenço palestiniano.

De acordo com a imprensa estatal, o edifício em que Sinwar se refugiou foi atingido por um projétil de tanque e duas granadas. Hagari disse que o líder do Hamas tinha com ele uma pistola e 40.000 shekels (cerca de 10.000 euros).
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por RTP

ONU denuncia táticas “bélicas” de Israel na Cisjordânia

O gabinete humanitário das Nações Unidas denunciou o uso por Israel do que descreveu como táticas “bélicas” na Cisjordânia ocupada, dizendo que nove palestinianos foram mortos numa semana.

“As forças israelitas têm usado táticas letais na Cisjordânia semelhantes à guerra, levantando sérias preocupações sobre o uso excessivo da força e aprofundando as necessidades humanitárias das pessoas”, declarou o porta-voz Jens Laerke numa conferência de imprensa em Genebra, referindo que nove pessoas foram mortas entre 8 e 14 de outubro, incluindo uma criança.

Laerke acrescentou que as forças israelitas acusaram a maioria dos mortos de estarem envolvidos em ataques a israelitas.

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Momento-Chave
por RTP

UNIFIL mantém-se no Líbano apesar dos "ataques deliberados" israelitas

Um porta-voz da missão de paz da UNIFIL das Nações Unidas disse já hoje que a missão de 10 mil soldados vai permanecer no Líbano, apesar dos vários ataques diretos das forças israelitas nos últimos dias, que descreveu como deliberados.

“Precisamos ficar, eles pediram-nos para mudar”, disse o porta-voz da UNIFIL, Andrea Tenenti, por videoconferência a partir de Beirute.

“A devastação e destruição de muitas aldeias ao longo da Linha Azul, e mesmo além, é chocante”, acrescentou, referindo-se à linha mapeada pela ONU que separa o Líbano de Israel e os Montes Golan ocupados por Israel.

Questionado sobre a queda de um drone perto do seu navio na costa libanesa esta quinta-feira, explicou que “o drone vinha de sul, mas circulando à volta do navio, ficando a poucos metros de distância do navio”.
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Momento-Chave
por RTP

Kremlin "preocupado" com palestinianos

O Kremlin manifestou preocupação com "consequências para a população civil" após a morte do líder do Hamas, Yahya Sinwar.

“O principal, para nós, são as consequências para a população civil”, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov.

“A catástrofe humanitária observada em Gaza e no Líbano é um assunto que nos preocupa muito”, acrescentou Peskov, citado pelas agências de notícias russas quando questionado sobre a reação russa à morte de Sinwar.
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"Não saudou" morte de Sinwar
por RTP

Israel insiste em criticar António Guterres

O ministro israelita dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, criticou esta sexta-feira o secretário-geral da ONU, António Guterres, por "não ter saudado a eliminação do arquiterrorista Yahya Sinwar".

"Tal como se recusou a declarar o Hamas uma organização terrorista após o massacre de 7 de outubro, Guterres segue uma agenda extremamente anti-Israel e antijudaica", escreve o governante israelita no X.


Katz reitera ainda que António Guterres é persona non grata em Israel.

O secretário-geral da ONU remeteu, na quinta-feira, uma mensagem de agradecimento à Força Interina das Nações Unidas para o Líbano (UNIFIL), avisando que atacar capacetes azuis "pode constituir crime de guerra": "Os ataques contra as forças de manutenção da paz das Nações Unidas são completamente inaceitáveis. Violam o Direito Internacional e o direito humanitário internacional e podem constituir um crime de guerra".
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Morte de Yahya Sinwar
por RTP

Netanyahu reúne-se com ministros e chefes de agências de segurança

A notícia é avançada pelo diário Haaretz. O primeiro-ministro israelita deverá reunir-se ao final da manhã, no quartel militar de Kirya, em Telavive, com membros do seu Executivo e responsáveis por agências de segurança. Em discussão estará a estratégia a seguir após a morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas, abatido em Rafah.

Sinwar foi o arquiteto do ataque de 7 de outubro no sul de Israel, que provocou 1.200 mortos e levou à captura de quase 250 reféns.

As autoridades israelitas dizem que o líder do Hamas foi encontrado por soldados de infantaria que patrulhavam Tal El Sultan, no sul da Faixa de Gaza, na quarta-feira.
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Momento-Chave
Hezbollah
por RTP

Movimento xiita libanês reivindica ataque ao norte de Israel

Na plataforma de mensagens Telegram, o Hezbollah afirma que a sua artilharia visou já esta manhã a zona costeira de Zvulun, a norte da cidade portuária israelita de Haifa, com uma "grande salva de rockets".
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Momento-Chave
Jabalia
por RTP

Crianças entre 28 mortos na escola Abu Hussein

Responsáveis dos serviços de saúde da Faixa de Gaza, citados na edição digital do jornal britânico The Guardian, confirmam 28 mortos no ataque israelita de quinta-feira que atingiu a escola Abu Hussein, no campo de refugiados de Jabalia. Entre as vítimas estão várias crianças e médicos.

O vice-diretor da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos, Sam Rose, afirmou já esta manhã, na BBC, que o Estado hebraico deve fazer mais para proteger civis que "não têm para onde ir". E apelou a uma investigação independente ao ataque em Jabalia, a última de uma série de ações que visaram escolas da UNRWA.
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Ponto de situação
por RTP

"Espírito de resistência". A reação do Irão à morte do líder do Hamas

  • A missão do Irão nas Nações Unidas afirma que a morte do líder do Hamas, abatido pelas forças israelitas em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, acabará por reforçar o "espírito de resistência" ao Estado hebraico. Yahya Sinwar foi aparentemente abatido em combate;


  • "Quando os muçulmanos olharam para o mártir Sinwar no campo de batalha - equipado para o combate e em espaço aberto, não num esconderijo, a enfrentar o inimigo - o espírito de resistência vai ser reforçado. Ele tornar-se-á um modelo para os jovens e as crianças, que vão continuar o seu caminho para a libertação da Palestina. Enquanto a ocupação e a agressão existirem, a resistência vai perdurar, pois o mártir continua vivo e a ser uma fonte de inspiração", escreveu a missão iraniana na ONU na rede social X;


  • As Forças de Defesa de Israel divulgaram imagens de drone do dirigente do movimento radical palestiniano, considerado o cabeçilha do ataque de 7 de outubro de 2023, aparentemente ferido num braço e a envergar equipamento militar;


  • O presidente norte-americano exortou o primeiro-ministro israelita a avançar no sentido de um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após a morte de Yahya Sinwar. Horas depois desta notícia, Joe Biden sublinhou que o líder do Hamas tinha "muito sangue nas mãos, sangue americano, sangue israelita e de outros";


  • À chegada à Alemanha, para se avistar com líderes europeus, o presidente cessante dos Estados Unidos disse-se também "mais esperançoso" quanto à possibilidade de uma trégua e anunciou o envio do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, a Israel dentro dos próximos quatro ou cinco dias;


  • Philippe Lazzarini, chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos refuta informações - a circular nos media israelitas - de que pelo menos um funcionário da ONU teria sido abatido pelas forças israelitas com Sinwar. "Confirmo que o funcionário em causa está vivo. Vive atualmente no Egito, para onde viajou com a família em abril, através da fronteira de Rafah. É tempo de pôr fim a campanhas de desinformação", reagiu;


  • O exército israelita afirma ter alargado as operações em Jabalia, no norte de Gaza, durante a noite. Terá abatido "dezenas de terroristas em incidentes e ataques aéreos". A zona está cercada há quase duas semanas. Foram atingidos hospitais e escolas e morreram dezenas de civis, incluindo mulheres e crianças;


  • Pelo menos 28 pessoas, incluindo crianças e médicos, morreram na quinta-feira durante um ataque das forças de Israel a uma escola que abrigava deslocadas da guerra. Segundo a agência palestiniana Wafa, caças do Estado hebraico bombardearam o campu de refugiados de Shati, no oeste da cidade de Gaza.
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por Lusa

Biden discute na Alemanha os conflitos da Ucrânia e Médio Oriente

Biden discute na Alemanha os conflitos na Ucrânia e Médio Oriente EPA

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está na Alemanha para reunir-se com as autoridades alemãs, mas também para um encontro com alguns aliados europeus para discutir os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente.

Após ter cancelado na semana passada uma visita de Estado de dois dias à Alemanha (a primeira de um presidente norte-americano ao país em 40 anos) na sequência dos furacões que assolaram algumas zonas dos Estados Unidos, esta sexta-feira Joe Biden é recebido pelo homólogo alemão, Frank Walter Steinmeier, e pelo chanceler Olaf Scholz.

O chefe de Estado norte-americano será agraciado com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito da República Federal da Alemanha, com a qual o país da Europa central quer agradecer a amizade entre os dois países.

Ainda nesta curta deslocação, Biden vai encontrar-se em Berlim, a par de Olaf Scholz, com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e com o presidente francês, Emmanuel Macron, para discutirem num encontro a quatro os últimos desenvolvimentos na Ucrânia e no Médio Oriente.
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por Lusa

Giorgia Meloni visita o Líbano em cenário de guerra

Meloni está esta sexta-feira no Líbano Riccardo Antimiani - EPA

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, visita o Líbano, onde a Força Interina das Nações Unidas (FINUL), para a qual Itália contribui, tem estado sob fogo do exército israelita, envolvido numa escalada de violência com a milícia libanesa pró-iraniana Hezbollah.

Meloni será o primeiro chefe de Estado ou de Governo a visitar o Líbano desde a intensificação dos ataques israelitas ao país, no final de setembro, numa altura em que Roma detém a presidência rotativa do grupo das sete maiores economias mundiais (G7).

Na semana passada, a FINUL acusou as tropas israelitas de dispararem “repetida” e “deliberadamente” contra as suas posições.

Segundo a mesma fonte, cinco soldados da força de manutenção de paz, também conhecidos como capacetes azuis, ficaram feridos e as posições da missão sofreram “muitos danos”.

A FINUL, criada em março de 1978 pelo Conselho de Segurança da ONU, inclui cerca de 10 mil militares oriundos de 50 países. Entre os maiores contribuintes estão Indonésia, Itália, Espanha, França, Malásia, Gana, Índia e Irlanda.
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Momento-Chave
por RTP

Yahya Sinwar. Israel anuncia ter abatido líder do Hamas

Foto: Yahya Arhab - EPA

A morte de Yahya Sinwar ocorreu durante uma operação militar em Rafah, no sul de Gaza.

Sinwar foi o mentor dos atentados de 7 de outubro contra Israel que provocaram mais de 1200 mortos, o maior massacre de judeus desde o Holocausto.
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Momento-Chave
por RTP

Morte de Yahya Sinwar pode levar Israel a rever estratégia em Gaza

A morte de Yahya Sinwar, líder do Hamas e autor da operação que redundou no massacre de 1200 pessoas em Israel a 7 de outubro de 2023, causou ondas de choque.

Paulo Jerónimo e José Pinto Dias, enviados especiais da RTP a Telavive, lembram que Yahya era o homem mais procurado por Israel.

O impacto da sua morte está em aberto. A estratégia israelita poderá agora ser revista.
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Momento-Chave
por RTP

Hezbollah à espera do impacto da morte de Sinwar no conflito em Gaza

A morte de Yahya Sinwar, abatido por Israel, deverá ter sido sentida no Líbano, especialmente pelos combates do Hezbollah.

José Manuel Rosendo, enviado especial da RTP ao Líbano, diz que o grupo não teve nenhuma reação imediata ao anúncio da morte do líder do Hamas.

O vice líder da milícia xiita tem contudo recusado separar o que se passa em Gaza da luta do movimento libanês contra Israel.
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