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Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Carlos Santos Neves - RTP

Pela primeira vez em cinco dias, a aviação israelita bombardeou os subúrbios a sul da capital do Líbano. Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.

Emissão da RTP3


Forças de Defesa de Israel via Reuters

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Momento-Chave
por RTP

Primeiro-ministro libanês denuncia ataque "deliberado" israelita a Nabatiyeh

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, denunciou esta quarta-feira um ataque "deliberado" israelita à "reunião do conselho municipal" de Nabatiyeh, uma importante cidade do sul do Líbano, onde as autoridades registaram cinco mortes, incluindo o presidente da Câmara.

Mikati condenou “a nova agressão israelita contra civis em Nabatiyeh que visou deliberadamente uma reunião do Conselho Municipal que estava a analisar a situação humanitária e os serviços na cidade”.

O exército israelita, por sua vez, disse ter atingido “dezenas de alvos do Hezbollah” na região de Nabatiyeh. A força aérea atingiu “edifícios militares, quartéis-generais militares e armazéns de munições” que o Hezbollah “colocou perto de edifícios civis, usando a população civil como escudo humano”, afirmou.
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Momento-Chave
por RTP

Mais de 42 mil mortos em Gaza desde o início do conflito

Segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde de Gaza, 42.409 palestinianos foram mortos e 99.153 ficaram feridos desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, há mais de um ano. 

Só nas últimas 24 horas, pelo menos 65 pessoas foram mortas nos ataques.
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Momento-Chave
por RTP

Autarca da cidade libanesa de Nabatiyeh entre os cinco mortos em ataque israelita

Pelo menos cinco pessoas, incluindo o presidente da Câmara, foram mortas esta quarta-feira em ataques israelitas a dois edifícios no município de Nabatiyeh, uma importante cidade no sul do Líbano, disse o Ministério da Saúde.

Durante a manhã, a força aérea israelita realizou “onze ataques contra Nabatiyeh e arredores”, considerada um bastião do Hezbollah e do seu aliado, o movimento Amal.

Pelo menos dois edifícios no município foram atingidos, bem como um centro médico adjacente.

O autarca Ahmad Kahil, que estava no edifício da Câmara Municipal com vários outros funcionários para uma reunião do comité de crise local, está entre as vítimas mortais. Dois médicos do centro de saúde da cidade também foram mortos.
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Momento-Chave
Faixa de Gaza
por RTP

Governante israelita alega que ajuda humanitária "cai em mãos erradas"

Amichai Chikli, ministro israelita com a pasta dos assuntos da diáspora e membro do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, vem deixar críticas à Administração norte-americana.

"Esta política, por parte da Administração Biden, de aplicar uma pressão em massa nos assuntos humanitários é equívoca e, no fim, vai forçar-nos a prolongar os combates", sustentou o governante israelita, em declarações à rádio pública do seu país.

"A ajuda humanitária, em muitos casos, cai em mãos erradas. Adicionalmente, a prática de um bloqueio que permita que os civis se desloquem para áreas seguras cumpre com o Direito Internacional", acrescentou.

"Infelizmente, parece que há também considerações internas americanas em causa", rematou Chikli.
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por Camila Vidal - Antena 1

Washington dá 30 dias a Israel para permitir assistência humanitária em Gaza

Reuters

Os Estados Unidos lançaram uma espécie de ultimato, dando 30 dias a Israel para que permita a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.

Os norte-americanos terão mesmo acenado com a suspensão do fornecimento de armas ao país aliado.

Entretanto, o exército israelita voltou a atacar os subúrbios da capital do Líbano. Depois de vários dias sem bombardeamentos, Beirute voltou a ser abalada por explosões. Israel garante que o ataque teve como alvo um armazém estratégico de armas que pertencia ao movimento Hezbollah.
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por Lusa

Ataque de Israel contra o sul do Líbano fez pelo menos 15 mortos

O número de mortos do ataque israelita contra a cidade de Qana, no sul do Líbano, aumentou para 15, disseram hoje as autoridades libanesas.

O primeiro balanço do ataque contra Qana indicava 10 mortos e 15 feridos.

Os meios de comunicação locais afirmaram que se registaram vários ataques contra a cidade do sul do país durante a noite.

Nas últimas horas, a aviação de combate de Israel atingiu também os subúrbios do sul de Beirute, pela primeira vez em seis dias, noticiou a imprensa estatal libanesa.

O eventual número de vítimas deste último ataque contra a capital do país ainda não foi apurado pelas autoridades.

O ataque contra Beirute ocorre um dia depois de o primeiro-ministro interino, Najib Mikati, ter afirmado que o governo dos Estados Unidos tinha oferecido garantias de que Israel iria atenuar os raids aéreos na capital libanesa.

 Israel afirma que está a atacar os bens do Hezbollah (Partido de Deus) nos subúrbios de Beirute, onde o grupo armado xiita mantém uma forte presença.

A zona é também habitada por civis.  

Os militares israelitas afirmaram hoje que o ataque atingiu um armazém de armas situado sob um edifício residencial.

O Exército israelita publicou nas redes sociais um aviso de retirada dirigido à população civil afirmando que o alvo era um edifício no bairro de Haret Hreik. 

Um fotógrafo da agência Associated Press no local disse que o primeiro ataque da aviação de Israel foi registado menos de uma hora após o aviso.

O Hezbollah começou a disparar foguetes contra Israel em 08 de outubro do ano passado.

O agravamento da situação militar no sul do Líbano, no mês passado, já provocou 1,2 milhões de refugiados e deslocados internos.

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Momento-Chave
Faixa de Gaza
por RTP

Assistência humanitária começa a chegar

Na sequência de uma carta de Washington para Telavive, a apelar a Israel para que facilitasse o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, ou arriscar cortes parciais na cooperação militar, entraram quase 30 camiões com alimentos pelo norte daquele território palestiniano, adianta a BBC, citando um responsável das Nações Unidas.

NA véspera, só 12 camiões haviam sido carregados com material humanitário.
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"Totalmente preparado"
por RTP

Ministro israelita dos Negócios Estrangeiros faz novo aviso a Israel e ao mundo

Abbas Araghchi conversou na última noite com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres. O chefe da diplomacia iraniana quis deixar uma garantia, face à iminência de uma retaliação israelita: "O Irão, enquanto faz todos os esforços para proteger a paz e a segurança na região, está totalmente preparado para uma resposta decisiva contra quaisquer aventuras".
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Ponto de situação
por RTP

Israel efetua bombardeamentos a sul de Beirute

  • A aviação israelita atacou, durante a última noite, os subúrbios a sul da capital do Líbano, Beirute, pela primeira vez em quase uma semana. As Forças de Defesa do Estado hebraico alegam ter atingido um armazém utilizado pelo Hezbollah para guardar armas. Em simultâneo, afirmam que o movimento xiita libanês disparou pelo menos meia centena de rockets contra Safed, no norte de Israel;


  • Antes dos "raids" sobre Beirute, o Ministério da Saúde do Líbano adiantava que pelo menos cinco pessoas haviam morrido em Ritaq, no Vale de Bekaa, no leste do país, em ataques israelitas. A sul, em Srebbine e Touline, morreram outras oito pessoas. Em Qana, perto de Tiro, os ataques de Israel fizeram uma vítima mortal e 30 feridos. Em Mazra'at Meshref, morreram quatro pessoas;


  • A ONU rejeita os pedidos de Israel para retirar os capacetes azuis do Líbano. A liderança interina do Hezbollah afirma, por seu turno, que a solução para os conflitos no Líbano e em Gaza é um cessar-fogo. Naim Qassam, a substituir interinamente Hassan Nasrallah à frente do movimento xiita apoiado pelo Irão, diz ainda que este tem o direito de atacar Israel;


  • Na terça-feira, a Administração norte-americana deu 30 dias a Israel para facilitar o acesso da ajuda humanitária à Faixa de Gaza, acenando com um corte parcial na assistência militar ao Estado hebraico;


  • Ainda assim, começaram a chegar a Israel componentes de uma das baterias antimísseis mais sofisticadas do mundo. Vão servir de proteção contra um eventual ataque do Irão;


  • As Nações Unidas avisam que o território administrado pelo Hamas enfrenta as piores restrições à ajuda humanitária desde o início da guerra. O impacto entre os mais jovens é devastador;


  • A máquina de guerra israelita voltou também a bombardear a Faixa de Gaza. Segundo o movimento radical palestiniano Hamas, pelo menos 40 pessoas terão morrido e dezenas ficaram feridas.
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por Carla Quirino - RTP

THAAD. Sistema antimísseis dos EUA pronto a ser instalado em Israel

Sistema de defesa THAAD Lockheed Martin

Esta segunda-feira, começaram a chegar a Israel os componentes do sistema norte-americano de defesa aéreo THAAD. De acordo com o Pentágono alguns militares dos EUA já estão a trabalhar na montagem do equipamento de defesa para que o THAAD "esteja totalmente operacional muito em breve".

THAAD é a sigla de Terminal High Altitude Area Defense – e significa em português "Terminal de alta altitude de defesa da área" (tradução livre).

É um sistema de mísseis antibalísticos do Exército dos Estados Unidos projetado para abater mísseis balísticos de alcance curto, médio e intermédio.

De acordo com um comunicado de domingo, o Pentágono confirmou que os EUA forneceram a Israel o sistema de longo alcance THAAD. É a mais recente ajuda militar de Washington a Telavive.

O THAAD, agora aperfeiçoado, foi desenvolvido para combater os ataques de mísseis Scud do Iraque durante a Guerra do Golfo, em 1991. Para alguns analistas, Washington quer testar se seu avançado sistema THAAD é útil contra os novos mísseis balísticos hipersónicos do Irão.

Com o equipamento, seguem também militares para operar o sistema, que entretanto já chegaram esta segunda-feira.

"O envio do sistema THAAD para Israel destaca o compromisso dos Estados Unidos com a defesa do território israelita e com a proteção dos norte-americanos em Israel contra quaisquer ataques de mísseis balísticos do Irão", sublinha o documento.
Características do sistema THAAD
O THAAD usa uma tecnologia que combina radar e a capacidade de intercetar mísseis balísticos intrusos de alcance curto, médio e intermédio alcance. Embora seja utilizado para a defesa terrestre, o sistema também pode atingir alvos fora da atmosfera.

Os mísseis do sistema THAAD têm um alcance de 150 a 200 quilómetros, e são produzidos pelo fabricante de defesa e aeroespacial dos EUA Lockheed Martin.

As armas de defesa THAAD não carregam uma ogiva explosiva, o que lhes permite atingir altitudes elevadas rapidamente. Em vez de explodir no impacto com mísseis balísticos ao neutralizá-los, os THAAD usam energia cinética – a energia gerada através da sua massa em movimento – para disparar o míssil e destruir o projétil invasor.

O sistema THAAD geralmente são compostas por 95 soldados, seis lançadores montados em camiões, 48 intercetadores – oito para cada lançador – um sistema de radar e um componente de controlo de disparo e comunicação. Cada sistema custa entre mil milhões de dólares a 1,8 mil milhões.

As defesas aéreas de Israel atualmente usam três sistemas: o Iron Dome interceta mísseis de curto alcance de quatro a 70 quilómetros, o David's Sling interceta mísseis de médio alcance de 40 a 300 quilómetros e o Sistema Arrow interceta mísseis de longo alcance até 2.400 quilómetros de distância.

Os sistemas THAAD e Iron Dome podem trabalhar juntos para proteger de uma altitude mais alta e minimizar os danos de uma distância maior.

Segundo a estação televisiva Al Jazzera, o que o sistema THAAD não tem capacidade de afastar armas menores e mais simples, como drones usados por grupos como o Hamas e os houthis do Iêmen, isto porque os drones são pequenos e não atingem uma altitude elevada.
THAAD contra mísseis Fattah
"No último ataque iraniano, o Irão improvisou algo que nunca tínhamos visto antes", disse o analista militar Elijah Magnier, referindo-se ao ataque iraniano a Israel a 10 de outubro, quando foram disparados quase 200 mísseis sobre grandes áreas urbanas israelitas.

O Irão disparou os mísseis "em três corredores, ou três locais, tornando impossível para qualquer equipamento de defesa aérea intercetá-los a todos", salientou Magnier.

De acordo com a comunicação estatal iraniana os mísseis balísticos hipersónicos Fattah foram usados pela primeira vez no ataque a Israel.

O analista afirmou ainda que o Fattah é um míssil que os EUA nunca enfrentaram, e Washington quer "testar se o THAAD consegue intercetá-lo".
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por RTP

Israel recebe componentes de baterias anti-mísseis

Começaram a chegar a Israel componentes de uma das baterias anti-misseis mais sofisticadas do mundo. As baterias foram destacadas pelos Estados Unidos para proteção contra um eventual ataque pelo Irão, e serão operadas em território israelita por cerca de uma centena de militares americanos.

Teerão já avisou que a colocação de "soldados americanos" no terreno os tornará alvos de risco acrescido.
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por RTP

Novo líder do Hezbollah tenta consolidar posição de força perante Israel

O novo líder do Hezbollah está a tentar mostrar a força do grupo ao avisar Israel que o país pode ser atingido mais vezes.

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por Andrea Neves - Antena 1 (Bruxelas)

Primeira cimeira. UE e países do Golfo discutem guerras no Médio Oriente e Ucrânia

Foto: Yves Herman - Reuters

Os países da União Europeia e os países do Conselho de Cooperação do Golfo juntam-se na primeira cimeira conjunta, em Bruxelas. O objetivo é o de melhorar as parcerias estratégicas sobretudo através das relações comerciais.

Mas esta reunião, na qual participa o primeiro-ministro Luís Montenegro, também quer analisar os conflitos no Médio Oriente e na Ucrânia.

Mas há outras questões a serem tratadas em conjunto como a das alterações climáticas, da energia, do ambiente e transição verde, da investigação e do contra terrorismo. São a base das relações entre os dois blocos que se sustentam num acordo de cooperação assinado em 1989, que estabelece um diálogo regular.
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por RTP

Chegam a Israel soldados americanos para ajudar na defesa contra o Irão

Soldados americanos chegam a Israel e acredita-se que os mesmos vão ajudar os israelitas na defesa contra o Irão.

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por RTP

ONU rejeitou pedidos de Israel para capacetes azuis saírem do Líbano

Foto: Karamallah Daher - Reuters

A ONU rejeitou os pedidos de Israel para os capacetes azuis saírem do sul do Líbano. Já o líder interino do Hezbollah disse que a solução para os conflitos no Líbano e em Gaza é um cessar-fogo.

No entanto, Naim Kassem afirmou que o movimento xiita tem o direito de atacar qualquer parte do território israelita e não será derrotado.
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Momento-Chave
por Lusa

Retirada bandeira portuguesa de navio com explosivos para Israel

Paulo Rangel, MNE de Portugal Lusa (arquivo)

A bandeira portuguesa já foi definitivamente retirada do navio "Kathrin", que transporta material explosivo com destino a Israel, entre outros países, após concluídas as diligências técnicas, disse à Lusa fonte oficial do Governo.

"Terminaram as diligências técnicas e foi retirada a bandeira. O registo foi definitivamente cancelado", indicou fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Em 30 de setembro, fonte oficial tinha transmitido à Lusa que o navio tinha pedido a retirada da bandeira portuguesa, uma decisão "irreversível", após diligências do Governo português junto do armador.

O navio "Kathrin", de propriedade alemã e até agora registado na Madeira, transporta material explosivo com destino a fabricantes de armas em Israel, Polónia e Eslováquia.

O Bloco de Esquerda pediu ao Ministério Público que "fiscalize e previna que Portugal venha a ser acusado internacionalmente por cumplicidade com um genocídio", além de propor a audição do ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas sobre este caso.

Em setembro, a relatora especial das Nações Unidas para a Palestina, Francesca Albanese, apelou ao Governo para que solicitasse "urgentemente a remoção" da bandeira portuguesa do navio "Kathrin".

"Depois de reconhecer a plausibilidade do genocídio em Gaza, em janeiro de 2024, o ICJ [Tribunal Internacional de Justiça] deixou claro que todos os Estados têm a obrigação de `respeitar e fazer respeitar` a Convenção sobre o Genocídio `em todas as circunstâncias`, e que os Estados têm `obrigações internacionais relativas à transferência de armas para as partes num conflito armado`", assinalou na ocasião a relatora da ONU.

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