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Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito ao minuto

por Rachel Mestre Mesquita, Graça Andrade Ramos, Cristina Sambado, Carlos Santos Neves - RTP

Portugal organizou uma segunda missão de repatriamento de cidadãos que se encontravam no Líbano. Também esta sexta-feira, durante um sermão em Teerão, o líder supremo do Irão afirmou que o recente ataque com mísseis balísticos a Israel foi legítimo. A ONU condenou o ataque israelita de quinta-feira a Tulkarem, na Cisjordânia, que disse ser "ilegal". Acompanhamos aqui, ao minuto, o evoluir da situação.

Emissão da RTP3


Wael Hamzeh - EPA

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Momento-Chave
por RTP

Médio Oriente. Televisão israelita dá conta da morte do sucessor de Nasrallah

Um dos ataques israelitas no Líbano desta sexta-feira terá causado a morte de mais um alto dirigente do Hezbolah, que era apontado como sucessor de Hassan Nasrallah. É disso mesmo que nos dão nota os enviados da RTP a Beirute, Sérgio Ramos e José Manuel Rosendo.

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por RTP

Médio Oriente. Exército israelita está em três frentes de combate

São três as frentes de combate do exército israelita É isso que nos explicam os enviados da RTP a Telavive José Pinto Dias e Paulo Jerónimo.

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por RTP

Força Aérea Portuguesa fez regressar 41 portugueses e estrangeiros a Portugal

Já estão no nosso país os 41 portugueses e estrangeiros retirados do Líbano pela Força Aérea Portuguesa. Foi a segunda operação de repatriamento coordenada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

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por Lusa

Hamas confirma morte de comandante em ataque israelita na Cisjordânia

As Brigadas al Qassam, braço armado do movimento islamita palestiniano Hamas, confirmaram hoje a morte de um dos seus comandantes durante o ataque israelita na cidade de Tulkarem, no norte da Cisjordânia.

Em comunicado, as brigadas indicaram que um dos seus líderes, Zahi Yaser Awfi, morreu no bombardeamento israelita de quinta-feira em Tulkarem.

Anteriormente, os militares israelitas tinham reportado a morte de "sete terroristas", incluindo Awfi, que descreveu como o líder do Hamas em Tulkarem, e "outros membros proeminentes do grupo".

As forças israelitas anunciaram ainda a morte neste ataque de Jit Radwan, membro da Jihad Islâmica Palestiniana, a quem as forças armadas atribuem um papel chave na milícia, o que não foi corroborado pelas Brigadas al Qassam.

O braço armado do Hamas acrescentou na sua nota que juntamente com Awfi, outros sete militantes da organização e 20 civis também morreram, reportando ainda um número indeterminado de feridos.

Por seu lado, o Ministério da Saúde palestiniano referiu que 18 pessoas morreram no ataque.

O bombardeamento foi realizado em coordenação com o serviço nacional de informações israelita, Shin Bet.

É o ataque israelita mais mortífero contra a Cisjordânia desde a Segunda Intifada (2000-2005).

Segundo a agência de notícias palestiniana Wafa, um míssil atingiu um café popular localizado no beco Al Hamam, no campo de refugiados de Tulkarem.

Os militares sustentam que Awfi planeava realizar uma "operação terrorista" dentro de Israel "em breve".

Em comunicado, o Exército detalha que Awfi preparou e dirigiu um ataque com um carro armadilhado na zona de Atara, em 02 de setembro, e que planeava "realizar várias outras grandes operações terroristas" na Cisjordânia e no interior de Israel.

O porta-voz da presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Rudeina, condenou o "massacre" e considerou o governo de Benjamin Netanyahu "totalmente responsável" pelas "repercussões deste crime atroz" contra o povo palestiniano.

As Nações Unidas condenaram a operação, que qualificaram de "ilegal", de Israel sobre o campo de refugiados na Cisjordânia ocupada.

Só em Tulkarem, pelo menos 94 palestinianos morreram desde janeiro, incluindo oito menores de 15 e 17 anos, segundo a contagem da agência Efe.

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Momento-Chave
por RTP

Israel em três frentes simultâneas de guerra

Telavive continua a combater nas frentes no Líbano, Gaza e Cisjordânia.

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Momento-Chave
por RTP

Americano morto no Líbano era cidadão dos EUA

Kamel Ahmad Jawad, de Dearborn, Michigan, era um cidadão dos Estados Unidos, reconheceu o Departamento de Estado, acrescentando que Washington está a tentar compreender as circunstâncias do incidente em que ele perdeu a vida no Líbano. 

Jawad foi morto num bombardeamento israelita esta semana, denunciaram a sua filha, um amigo e uma congressista representante do seu distrito eleitoral.

O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, havia referido que Jawal era um residente permanente com estatuto legal, informação corrigida esta sexta-feira. "Estamos conscientes e alarmados com os realatos da morte de Kamel Jawad, o qual confirmamos ter cidadania norte-americana", afirmou o Departamento de Estado.

"Como temos repetido, é um imperativo estratégico e moral que o Estado de Israel adote todas as precauções necessárias para mitigar danos a civis. Qualquer perda de uma vida civil é uma tragédia", acrescentou o porta-voz.
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por Lusa

Hezbollah lançou hoje mais de 220 projéteis contra o norte de Israel

O movimento xiita libanês Hezbollah lançou hoje cerca de 222 `rockets` em vários ataques contra o norte de Israel, adiantaram as forças israelitas, que continuam com os bombardeamentos e a sua ofensiva no sul do Líbano.

As autoridades militares israelitas têm relatado ao longo do dia vários ataques do Hezbollah, que no total ascendem aos referidos 180 projéteis.

Pouco depois das 23:15 (21:15 em Lisboa), as Forças de Defesa de Israel (FDI) informaram que cerca de 222 projéteis foram disparados hoje desde o Líbano para o seu território.

De acordo com as FDI, a maioria dos projéteis foi derrubado e não causou vítimas.

Os `rockets` lançados pelo Hezbollah que não foram abatidos no ar caíram em zonas desabitadas, provocando incêndios na zona.

O norte de Israel tem vindo a sofrer os efeitos dos incêndios resultantes do impacto dos projéteis lançados pela milícia islâmica libanesa.

Por outro lado, as FDI informaram que os ataques lançados na quinta-feira contra várias áreas do Líbano tiveram como alvo instalações do Hezbollah em todo o país.

No sul do Líbano, segundo as FDI, atingiram depósitos de armas e edifícios utilizados pelas milícias, enquanto na capital, Beirute, Israel também destruiu depósitos de armas, salas de comando, gabinetes de informações e equipamento de vigilância.

Sobre os confrontos entre as tropas israelitas e os milicianos do Hezbollah no terreno no sul do Líbano, o grupo islamita informou que disparou contra um grupo de soldados israelitas, sem reportar quaisquer vítimas. No dia anterior, reivindicaram a morte de quase 20 soldados israelitas.

Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.

As forças israelitas iniciaram operações terrestres limitadas no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.

No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.

O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.

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Momento-Chave
por RTP

MNE dá como concluída operação de repatriamento


O C130 da Força Aérea Portuguesa que trouxe um segundo grupo de repatriados do Líbano aterrou em Figo Maduro, em Lisboa, pouco depois das 20hH. Para além dos 41 portugueses o voo trouxe também cidadãos espanhois e são tomenses.

Paulo Rangel, o ministro dos negócios estrangeiros, deu como concluída a operação do governo português. No Líbano continuam ainda alguns portugueses que optaram por ficar com as famílias.
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por RTP

Canal israelita anuncia morte de Hasheem Safieddine, do Hezbollah

O enviado da RTP ao Líbano, José Manuel Rosendo, lembra que Hasheem Safieddine era um clérigo xiita, alto dirigente do Hezbollah e apontado como sucessor de Hassan Nasrallah.

Terá sido morto num ataque israelita esta sexta-feira ao final da manhã, ao sul de Beirute, capital do Líbano.
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por RTP

Alemanha considera "chocante" ataque israelita a Tulkarem

A Alemanha qualificou como "chocante" o bombardeamento quinta-feira de um campo palestiniano na Cirjordânia, que deixou 18 mortos, incluindo um comandante e outros oito combatentes do Hamas. "O número elevado de vítimas civis num ataque aéreo israelita em Tulçarem é chocante", afirmou o ministro alemão dos Negócios Estangeiros na rede X. "Na sua luta contra o terrorismo, o exército israelita deve proteger os civis na Cisjordânia".
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por RTP

Hamas confirma morte de um dos seus comandantes em Tulkarem

As Brigadas de al-Qassam, o braço armado do Hamas, confirmaram em comunicado a morte de um dos seus comandantes, Zahi Yaser Oufi, no ataque israelita ao campo de Tulkarem, na Cisjordânia, assim como de outros sete combatentes. Oufi, referiu o exército de Israel, era o responsável pelas operações do Hamas em Tulkarem. O ataque matou um total de 18 pessoas e foi condenado como "ilegal" pela ONU.
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por Lusa

Mais de 172 mil deslocados no Líbano e centros "completamente cheios" diz governo

Mais de 172 mil deslocados do conflito no Líbano foram acolhidos em escolas, institutos e pavilhões públicos, a maioria dos quais já estão "completamente cheios", principalmente na capital, Beirute, e no Monte Líbano, segundo um relatório do governo.

O relatório da Presidência do Conselho de Ministros libanesa indica ainda que os bombardeamentos israelitas continuam a concentrar-se no sul do país, nomeadamente nos distritos de Tyre, Marjayoun e Bint Jbeil, zonas que o exército israelita ordenou que fossem evacuadas para ataques aéreos pesados, presumivelmente em preparação para um ataque terrestre contra as forças do movimento extremista pró-iraniano Hezbollah, que ali têm redutos.

A violência dos ataques obrigou mais de 1,2 milhões de pessoas a abandonar as suas casas, a deslocarem-se para casa de familiares, apartamentos alugados, hotéis, a fugir do país ou a procurar refúgio nos 931 abrigos criados pelo Governo.

O número de vítimas aumentou após Israel ter lançado um total de 153 ataques em diferentes partes do Líbano, sobretudo nos subúrbios do sul, leste e sul de Beirute, conhecidos como Dahye, bastião do Hezbollah.

Israel intensificou os bombardeamentos no Líbano desde 23 de setembro, depois de uma ofensiva de 11 meses na Faixa de Gaza, que se seguiu a um ataque do grupo extremista palestiniano Hamas em solo israelita, a que se seguiu um ataque do Hezbollah, grupo considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos.

As forças israelitas iniciaram operações terrestres "limitadas" no sul do Líbano na madrugada de terça-feira, embora o grupo xiita libanês Hezbollah afirme que está a conter a ofensiva, que até agora está a ter lugar nas aldeias mais próximas da linha divisória comum.

No último ano, segundo o governo, mais de 2.000 pessoas foram mortas e perto de 9.500 ficaram feridas em ataques israelitas em diferentes partes do Líbano.

O relatório refere que a maioria das vítimas ocorreu cerca de duas semanas após o início da campanha de bombardeamentos israelitas em massa.

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Momento-Chave
por RTP

Médio Oriente. Líder supremo do Irão considera "legítimo" ataque a Israel

O líder supremo do Irão considera legítimo o ataque com mísseis balísticos contra Israel. Ali Khamenei apela aos países muçulmanos para que se unam contra o "inimigo comum".

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Momento-Chave
por RTP

Ofensiva no Líbano. Israel intensifica ataque a alvos do Hezbollah

A Cruz Vermelha alerta que o Médio Oriente está à beira de um precipício e apela a evitem usar munições explosivas em zonas povoadas. Os civis estão particularmente expostos e de forma indiscriminada

Israel reivindica já ter morto mais de 200 comandantes e combatentes do Hezbollah só nos últimos dias da ofensiva terrestre no Líbano.
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por RTP

Mais de 2.020 mortos no Líbano "desde o início da agressão de Israel"

O ministro da Saúde do Líbano contabilizou, "desde o início da agressão de Israel", 2.023 pessoas mortas no país, incluindo 127 crianças e 261 mulheres. Ficaram feridas 9.526 pessoas.
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Momento-Chave
por RTP

Voo de repatriamento do Líbano aterrou em Lisboa pelas 20h20


O segundo voo traz a bordo de um C130, operado pela Força Aérea Portuguesa, 41 repatriados, 16 dos quais com a nacionalidade portuguesa e os outros familiares de outras nacionalidades (oito do Líbano, cinco de Espanha, oito de São Tomé, um do Brasil, um de Angola, um da Rússia e um de França). O ministro dos Negócios Estrangeiros aguarda-os no aeroporto de Figo Maduro.
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por RTP

EUA atacaram 15 alvos "militares" Houthi no Iémen

O exército norte-americano efetuou esta sexta-feira vários ataques no Iémen, tendo bombardeado 15 alvos do movimento rebelde xiita iemenita Houthi, leal ao Irão. A televisão al Masirah, afeta ao grupo tinha referido durante a tarde ataques a três cidades do Iémen, incluindo um aeroporto, apontando o dedo aos EUA e ao Reino Unido. Londres enjeitou depois qualquer envolvimento.

O Comando militar americano para o Médio Oriente, Centcom, admitiu depois na rede X ter "realizado bombardeamentos contra 15 alvos houthis em zonas do Iémen controladas pelos Houthi", pelas 14h00 GMT. Os alvos estavam ligados às capacidades militares ofensivas do grupo xiita, acrescentou, sem detalhar se incluíram mísseis, drones ou instalações radar.

Testemunhas locais relataram ataques um pouco por todo o Iémen, incluindo o aeroporto de Hodeidah e a capital, Sanaa, assim como a cidade de Dhamar e o sudeste da província de al-Bayda, onde vários postos militares Houthi terão sido atingidos.

Os Houthi são responsáveis por quase uma centena de ataques a navios cargueiros em curso no Mar Vermelho, resaliados desde novembro de 2023 em apoio aos palestinianos de Gaza. Os ataques provocaram o naufrágio de dois navios. Um terceiro foi sequestrado. Nas operações morreram pelo menos quatro marinheiros.

As ações dos aliados ocidentais contra os Houthi, lideradas pelos EUA, têm sido defensivas na maioria das vezes, concentrando-se rm interceptar drones e mísseis lançados contra navios comerciais e barcos de guerra americanos.

Os ataques a infraestruturas militares Houthi têm sido muito menos frequentes, para não exacerbar as tensões agravadas por quase 12 meses de guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, em Gaza.
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Momento-Chave
por RTP

Joe Biden. Israel ainda não decidiu como responder ao Irão

O presidente dos Estados Unidos confidenciou aos jornalistas da Casa Branca que, se fosse ele que tivesse de decidir, procuraria alternativas em vez de atacar os campos petrolíferos iranianos, uma hipotese que foi avançada por ele próprio na quinta-feira. "Se eu estivesse no lugar deles, consideraria outras opções além de atacar os campos petrolíferos", declarou. Joe Biden indicou também que as equipas norte-americana e israelita estão em contacto constante e que acredita que Israel ainda não decidiu como irá responder ao ataque de quase 200 mísseis do início da semana.

O presidente norte-americano garantiu que continua a tentar "mobilizar o resto do mundo" para alcançar a paz no Médio Oriente. "Fazemos muitas coisas", afirmou. "A coisa mais importante que podemos fazer é tentar mobilizar o resto do mundo e os nossos aliados", para que tentem amenizar as tensões entre Israel e o Irão e os seus parceiros regionais.

Joe Biden admitiu que novas sanções ao Irão estão atualmente em estudo. Já o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, devia lembrar-se que nenhuma outra Administração norte-americana o ajudou tanto como a atual, considerou o presidente dos EUA.

"Nenhum Governo ajudou Israel mais do que o meu. Nenhum, nenhum, nenhum. E acho que Bibi deveria lembrar-se disso", afirmou Biden.

Questionado se Netanyahu está a tentar influenciar as eleições presidenciais norte-americanas, agendadas para 05 de novembro, Biden respondeu: "Não sei, mas não conto com isso".
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por Lusa

Onze socorristas mortos em ataques israelitas no sul do Líbano indica Hezbollah

O Comité de Saúde Islâmico (CSI), um grupo afiliado ao Hezbollah, anunciou hoje que onze dos seus socorristas foram mortos em ataques israelitas no sul do Líbano.

Sete dos membros do CSI foram hoje mortos num "ataque sionista direto às equipas de socorro" no hospital público de Marjayoun, enquanto outros quatro foram mortos em dois outros ataques no sul do Líbano, segundo a organização.

As forças israelitas alegam que grupos como o Hezbollah e Hamas - considerados terroristas pela União Europeia, Estados Unidos e outros países - infiltram os seus membros em organizações humanitárias, incluindo das Nações Unidas, e usam civis como escudos humanos.

Israel e o Hezbollah estão em confronto desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023, mas a violência atingiu um nível sem precedentes há cerca de dez dias, quando as forças israelitas iniciaram uma campanha de bombardeamentos maciços, antes de iniciarem uma incursão terrestre.

Neste contexto, desde a semana passada, a zona de Dahye, um importante bastião do Hezbollah nos arredores da capital libanesa, é alvo de intensas vagas de ataques aéreos quase diariamente.

Desde o início das hostilidades, os ataques de Israel mataram mais de mil pessoas e forçaram 1,2 milhões a abandonar as suas casas, principalmente no sul e no leste do país mediterrânico, segundo as autoridades libanesas.

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por RTP

ONU. Número de civis mortos no Líbano devido aos ataques israelitas é "totalmente inaceitável"

A porta-voz da ONU, Stephane Dujarric, disse esta sexta-feira que o número de civis mortos no Líbano é "totalmente inaceitável", durante uma conferência de imprensa.

"Todas as partes devem fazer tudo o que estiver ao seu alcance para proteger os civis e as infra-estruturas civis e garantir que os civis nunca sejam colocados em perigo”, afirmou.
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por Lusa

Exército israelita diz que 7 dos 18 mortos na Cisjordânia eram terroristas

O exército israelita identificou hoje como supostos terroristas palestinianos pelo menos sete dos 18 mortos do ataque noturno a um campo na cidade de Tulkarem, na Cisjordânia.

Segundo as forças armadas, sete dos mortos pertenciam aos islamitas do Hamas e à `Jihad` Islâmica, dois dos grupos armados palestinianos responsáveis pelos ataques de 07 de outubro em solo israelita, nos quais morreram 1.200 pessoas.

Entre os mortos estará Ghaith Radwan, a quem Israel atribui uma posição importante na `Jihad` Islâmica. No entanto, a imprensa palestiniana sugere que Radwan é membro das Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, o braço armado dissidente do principal partido da Autoridade Palestiniana, a Fatah.

O exército indicou que o principal alvo da operação era um comandante do Hamas, Zahi Yasser Abdelrazaq Ufi, que, segundo os serviços secretos israelitas, estava a preparar um ataque terrorista para assinalar o aniversário do início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, a 07 de outubro.

Os serviços secretos confirmaram também a sua morte e descreveram o palestiniano como uma "bomba-relógio" que poderia explodir a qualquer momento, segundo o jornal The Times of Israel.

"Israel está em alerta para novos ataques do Hamas no período que antecede o aniversário do massacre, seja em Gaza ou na Cisjordânia", afirmaram as forças de segurança.

Já as autoridades palestinianas calculam em 18 o número de mortos no último ataque israelita ao campo de Tulkarem.

O jornal "Filastin", ligado ao Hamas, confirmou a morte do palestiniano, apelidado de "O Dilúvio", líder das Brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, acrescentando que duas crianças também foram mortas nos bombardeamentos israelitas.

O porta-voz da presidência da Autoridade Palestiniana, Nabil Abou Rudeina, condenou o "massacre" e considerou o governo de Benjamin Netanyahu "totalmente responsável" pelas "repercussões deste crime atroz" contra o povo palestiniano.

As Nações Unidas condenaram a operação que qualificaram de "ilegal" de Israel sobre o campo de refugiados na Cisjordânia ocupada.

"Este ataque insere-se num contexto muito preocupante de uso ilegal da força por parte das forças de segurança israelitas durante as operações militares na Cisjordânia, que causaram numerosos feridos a palestinianos e danos significativos em edifícios e infraestruturas", afirmou Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, em comunicado.

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Momento-Chave
por Rachel Mestre Mesquita - RTP

Médicos Sem Fronteiras denuncia "matança indiscriminada" de civis em Gaza

Reuters

Quase um ano após o início do massacre sem tréguas de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, que já matou mais de 40 mil pessoas e deixou quase 100 mil mortos, a organização Médicos Sem Fronteiras pede o fim desta guerra total no enclave palestiniano e apela aos Estados aliados de Israel para deixarem de a permitir. "Israel tem de pôr imediatamente termo à matança indiscriminada de civis em Gaza", apela a MSF, num comunicado de imprensa divulgado esta sexta-feira. Sem acesso a água, alimentos ou serviços básicos, a presidente da MSF França avisa que é "absolutamente essencial" que chegue ajuda humanitária a Gaza para aliviar o sofrimento dos habitantes.

Numa altura em que o risco de um conflito regional não pára de aumentar, a organização internacional médica-humanitária denuncia os efeitos nefastos do conflito entre Israel e o movimento palestiniano Hamas. Acusa também as forças de defesa israelita (IDF) de desmantelarem sistematicamente o sistema de saúde em Gaza. 

"Os bombardeamentos israelitas em áreas densamente povoadas têm repetidamente causado ferimentos em grande escala", conta a Dr.ª Amber Alayyan, responsável do programa médico da MSF.  "As nossas equipas têm sido obrigadas a realizar cirurgias sem anestesia, a ver crianças morrerem no chão dos hospitais por falta de recursos e até a tratar os seus próprios colegas e familiares", denuncia.

Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, que a Médico Sem Fronteiras tem tratado diariamente pacientes com ferimentos causados pelos bombardeamentos maciços de Israel. "As pessoas têm queimaduras extensas, ossos esmagados e foram desmembradas", revela o comunicado, que estima que as equipas da MSF já tenham tratado mais de 27 mil pascientes com ferimentos.

No entanto, desde essa data, que à medida que aumentam as necessidades do povo palestiniano - em consequência dos bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza – que o acesso aos cuidados de saúde tem sido desmantelado, com vários hospitais e imediações das instalações de saúde a serem visadas pelos ataques e pondo em perigos doentes e profissionais de saúde. "As instalações médicas que permanecem operacionais não conseguem dar resposta às enormes necessidades”, alerta a Dr.ª Alayyan.

De acordo com a responsável da MSF, atualmente apenas 17 dos 36 hospitais na Faixa de Gaza estão parcialmente operacionais e não conseguem dar resposta às necessidades crescentes da população. “A nossa capacidade de resposta continua a ser limitada, simplesmente não conseguimos fazer chegar a Gaza material humanitário e médico suficiente”, acrescenta.
Ajuda "desproporcional à gravidade da situação"

A presidente dos Médicos Sem Fronteiras França, Isabelle Defourny, defendeu esta sexta-feira ser "absolutamente essencial" que a ajuda humanitária chegue à Faixa de Gaza, em quantidades e a um ritmo "proporcional à urgência"."Tem-se dito repetidamente que a Faixa de Gaza se tornou inabitável, mas tornou-se inabitável", afirmou Isabelle Defourny.

Acabada de regressar de uma missão em Gaza, na zona humanitária de Al-Mawassi, Defourny relata uma situação de uma crise humanitária insustentável, onde a ajuda chega a um "ritmo realmente insuficiente" e as pessoas deslocadas vivem em "abrigos insalubres" e são "mais vulneráveis a várias patologias".

"Mais de dois milhões de pessoas estão praticamente ao relento, debaixo de pedaços de plástico, junto ao mar e, com a chegada do frio, as coisas vão ficar muito más", receia a médica, que considerou esta sexta-feira que a ajuda prestada em Gaza "não é de todo proporcional à gravidade da situação".

Face à situação experenciada no terreno, a Médico Sem Fronteiras insta Israel a facilitar urgentemente a entrega de ajuda para aliviar o sofrimentos de civis na Faixa de Gaza, nomeadamente através da reabertura de postos fronteiriços que considera serem "vitais", em conformidade com as medidas solicitadas pelo Tribunal Internacional de Justiça.
"Inação vergonhosa"
A organização acusa Israel, o Hamas e os seus aliados de "falharem catastroficamente" em "alcançar um acordo para um cessar-fogo duradouro em Gaza" e de alimentarem tensões regionais com consequências devastadoras para a população civil.



"Os aliados de Israel continuaram a fornecer seu apoio militar a Israel, enquanto crianças são mortas em massa, tanques atiram em abrigos sem conflito, caças bombardeiam as chamadas zonas humanitárias”, acusa Chris Lockyear, secretário-Geral de MSF.

Entre outros, a organização internacional apela a um cessar-fogo imediato, ao fim do bloqueio de Israel a Gaza, à abertura de fronteiras terrestres vitais, para garantir que a ajuda humanitária e médica possa chegar aos civis, e à evacuação médica das pessoas que necessitam de cuidados médicos especializados.





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Momento-Chave
por RTP

ONU condena como "ilegal" bombardeamento israelita na Cisjordânia

O ataque, contra um operacional de topo do Hamas, fez quinta-feira 18 mortos confirmados. Atingiu um café do campo de refugiados de Tulkarem, na Cisjordânia. A ONU denunciou "um bombardeamento aéreo ilegal".

"Este ataque inscreve-se num contexto muito preocupante de uso ilegal da força pelas forças de segurança israelitas durante operações de tipo militar na Cisjordânia, que causaram numerosos prejuízos aos palestinianos e importantes estragos aos edifícios e às infraestruturas", indicou em comunicado o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

O ACNUDH é atualmente chefiado pelo austríaco Volker Turk.
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por RTP

Embaixada do Irão em Portugal diz que país agiu de forma "responsável"

Em comunicado enviado às readações, a embaixada do Irão em Portugal, afirmou que o ataque com mísseis de dia 1 de outubro contra Israel foi justificado pelo "direito de legítima defesa", após as "ações agressivas do regime sionista".

O comunicado lembra "nomeadamente o ataque à soberania e à integridade territorial da República Islâmica do Irão que levou ao martírio o Chefe do Gabinete Político do Movimento Hamas em Teerão, enquanto convidado oficial do Governo" iraniano. E "o martírio do Secretário-Geral do Hezbollah e do Brigadeiro-general Abbas Nilfroushan, Conselheiro Militar Supremo do nosso país, em Beirute".

O "apelo ao direito de legítima defesa" do Irão "após um período prolongado de retenção demonstra a bordagem responsável" do país "em relação à paz e à segurança regionais e internacionais", sustenta o texto.

A embaixada iraniana denuncia ainda "as ações ilegais e genocidas do regime sionista do apartheid contra a nação palestiniana bem como a repetida agressão militar deste regime contra o Líbano e a Síria", que estã "em curso".

"A república Islâmica do Irão sempre considerou que civis inocentes e as infra-estruturas dos civis devem ser protegidos contra agressões e assassínios, com base nos princípios da moralidade e dos ensinamentos do Líder Supremo do Islão", "ao contrário do regime sionista", acusa ainda o comunicado.

A embaixada pela também a uma "ação imediata e significativa por parte do Conselho de Segurança das Nações Unidas para impedir a continuação da ameaça do regime israelita à paz e à segurança regionais e internacionais", destacando a responsabilidade "dos apoiantes do regime de ocupação e os seus fornecedores financeiros e de armas de pôr termo às ações irracionais dos responsáveis do regime sionista".

O comunicado sublinha também que, "se necessário", o Irão "está plenamente preparado para tomar ativas medidas defensivas para proteger os seus interesses legítimos e defender a existência territorial e soberana do Irão contra qualquer agressão militar e uso ilegal da força e quanto a isso não deixa dúvidas".
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Momento-Chave
por RTP

Israel insta populações libanesas a recuar a norte do rio Awali

O exército israelita voltou a emitir ordens de evacuação das populações do sul do Líbano, para se deslocarem para norte do rio Awali, de acordo com mapas disponibilizados. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que qualquer pessoas na vizinhança "de elementos, instalações e equipamento de combate do Hezbollah coloca a própria vida em risco", acrescentando que deslocações para o sul do Líbano podem colocar civis em perigo.
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por Antena 1

Líbano. Unicef Portugal pede donativos para aquisição de comida e medicamentos

REUTERS/Ricardo Moraes

São as crianças que carregam o peso da guerra e a Unicef não se cansa de alertar para isso mesmo.

A equipa da Unicef Portugal reforçou a sua equipa no terreno e a diretora-executiva da organização, Beatriz Imperatori, ouvida hoje pela Antena 1, sublinha que há muito que fazer para uma ajuda eficaz.
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por RTP

Alemanha reforça segurança antes de manifestações sobre o 7 de outubro

A polícia alemã está a reforçar a segurança, sobretudo em Berlim, em preparação das manifestações em torno do primeiro aniversário do ataque sangrento do Hamas contra o sul de Israel, a 7 de outubro de 2023. As autoridades receiam um recrudescimento da violência antisemita no país e o envolvimento de grupos díspares radicais.

De acordo com o diretor dos serviços de informação alemães, o aniversário poderá ser um "acontecimento provocador" de problemas "a toda a largura do espetro prostestario".

O antisemitismo e a hostilidade para com Israel constituem um "elemento de conexão entre os grupos islamitas, os extremistas propalestinianos e outros grupos radicais de extrema-direita e de extrema-esquerda", alertou Thomas Haldenwang.
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por RTP

Movimento armado iraquiano reivindica ataques a forças de Israel

A Resistência Islâmica do Iraque reivindicou a autoria de três ataques separados com drones nos "territórios ocupados" em apoio às "nações muçulmanas da Palestina e do Líbano". Os ataques terão atingido os Montes Golã e Tabariyya. 

O grupo, que agrega fações iraquianas anti-israelitas e anti-americanas, disse em comunicado que os ataques são uma retaliação contra os massacres cometidos palea "entidade usurpadora contra civis, incluindo crianças, mulheres e idosos". 

O grupo promete prosseguir os ataques ao inimigo com intensidade crescente. O movimento atingiu quinta-feira um alvo no sul dos territórios ocupados por Israel, usando "pela primeira vez um drone avançado". Outros alvos do grupo têm sido bases militares dos EUA no Iraque e na vizinha Síria.
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por RTP

Televisão afeta aos Houthi denuncia ataques dos EUA e RU a três cidades do Iémen

Televisão al-Masirah do Iémen, afeta ao grupo xiita Houthi, acusa EUA e Reino Unido de ter atacado o sul da cidade de Damar, o aeroporto de Hodeidah e a área de Sanaa. Fontes do governo britânico negaram terem estado envolvidas.

Este terá sido o segundo ataque do género em dois dias.

Os Houthis, alinhados com o Irão, têm atacado navios com ligações a Israel e aos seus aliados que atravessam os canais marítimos próximos do Iémen, em solidariedade com os palestinianos na guerra do Hamas e Israel em Gaza. Vários países ocidentais, liderados pelos EUA, formaram uma frota de defesa e ataque para tentar travar os ataques do grupo xiita do Iémen.
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por RTP

Israel reporta mais de 2.000 alvos atingidos no sul do Líbano

Período dos ataques abrange os últimos quatro dias. Foram atingidos nomeadamente infraestruturas e arsenais. "Mais de dois mil alvos militares foram bombardeados, nomeadamente dos terroristas, infraestruturas, edifício militares, armazéns de armas", indicou em comunicado o exército israelita.
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Momento-Chave
por RTP

Dois soldados israelitas mortos em combate no norte do país

O exército israelita anunciou na sexta-feira que dois dos seus soldados da Brigada Golani tinham sido mortos em combate, e outros dois ficaram gravemente feridos, no norte de Israel. Terão sido abatidos por um drone "vindo do leste".


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por Lusa

Fracasso da comunidade internacional deixou o Médio Oriente "à beira de abismo"

A comissária-adjunta da Agência da ONU para os Refugiados da Palestina e Médio Oriente (UNRWA), Natalie Boucly, lamentou hoje os fracassos da comunidade internacional relativamente à região, que "está à beira de um abismo".

Num discurso proferido na delegação de Madrid do Parlamento Europeu, Boucly apelou à comunidade internacional para redobrar os esforços para encontrar uma solução para a questão palestiniana, "tomando simultaneamente medidas urgentes para proteger os civis e aliviar o sofrimento em Gaza e no Líbano".

"Estas medidas incluem um cessar-fogo imediato em Gaza e agora também no Líbano, além da libertação de todos os reféns. Apelo veementemente a todas as partes para que respeitem o direito internacional, incluindo a proteção das pessoas", continuou.

A comissária-adjunta pediu ainda um aumento do financiamento das Nações Unidas para manter e aumentar a resposta humanitária em Gaza.

Para a responsável, o prolongar dos conflitos no Médio Oriente conduzem à "negação e à vulnerabilidade dos Direitos Humanos de gerações de palestinianos".  

"Estamos a falar de um dos conflitos mais longos e complexos, um conflito que durante 75 anos gerou e continua a gerar milhares de vítimas", disse Natalie Boucly, frisando que a situação tem conduzido a "ciclos de violência, ódio e destruição".

"É um conflito que hoje está a caminhar de forma alarmante para uma guerra regional com consequências imprevisíveis, mas devastadoras para todos", alertou.

A comissária-adjunta lembrou que o organismo foi concebido para resolver os problemas "a seu tempo" e lamentou as críticas que são dirigidas contra as Nações Unidas. 

"É possível que já tenham ouvido dizer que a UNRWA faz parte do problema e não da solução, ou que, pela sua mera existência, contribuiu para perpetuar a questão dos refugiados palestinianos. A verdade é que a UNRWA nunca pretendeu ser a solução para o conflito israelo-palestiniano. Não é esse o nosso mandato", disse criticando a "comunidade internacional".

"A responsabilidade pela resolução do conflito não cabe à UNRWA, que é uma agência humanitária e de desenvolvimento das Nações Unidas, mas sim às próprias partes em conflito e à comunidade internacional", sublinhou.

Boucly disse ainda que os riscos de fome são constantes na Faixa de Gaza, onde 96% da população enfrenta altos níveis de insegurança alimentar aguda.

"Se as condições não melhorarem, estaremos certamente a falar de fome até ao final do ano", afirmou.

"Há uma atmosfera de desespero e de ilegalidade em Gaza. Os saques são frequentes e não há ninguém responsável pela lei e pela ordem. A quantidade de ajuda que chega é insuficiente e continua a diminuir. Estas são condições verdadeiramente impossíveis para os trabalhadores humanitários que têm de arriscar a vida todos os dias, muitos dos quais também foram deslocados e perderam tudo", afirmou.

Da mesma forma sublinhou a importância de um cessar-fogo na região e da rápida libertação dos reféns, que descreveu como "urgente" tendo também mencionado a situação económica das populações.

"Milhares de trabalhadores palestinianos que trabalhavam em Israel antes de 07 de outubro (de 2023) estão agora desempregados na Cisjordânia, enquanto as restrições israelitas à mobilidade estão a estrangular a economia", acusou.

"Não há outro caminho senão a procura de uma solução justa e duradoura para os palestinianos. E agora a situação no Líbano reflete também a urgência de pôr fim ao conflito israelo-palestiniano, porque o mundo não pode permitir que o Líbano se transforme numa outra Gaza", alertou.

 

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Momento-Chave
por RTP

ONU alerta para situação de trabalhadores migrantes no Líbano

A Organização Internacional para as Migrações da ONU afirma que os trabalhadores domésticos estrangeiros estão a ser cada vez mais abandonados pelas famílias libanesas para enfrentarem o perigo acrescido do conflito.

A OIM chama a atenção para a situação dos 170 mil trabalhadores migrantes do Líbano, muitos dos quais são mulheres de países como a Etiópia, o Quénia, o Sri Lanka, o Sudão, o Bangladesh e as Filipinas.

“Estamos a receber cada vez mais relatos de trabalhadores domésticos migrantes que são abandonados pelos seus empregadores libaneses, deixados na rua ou nas suas casas quando os seus patrões fogem”, afirma Mathieu Luciano, chefe do gabinete da OIM no Líbano.

“As opções de abrigo são muito limitadas”, acrescentou Luciano numa conferência de imprensa em Genebra, através de vídeo a partir de Beirute, acrescentando que na quinta-feira visitou um abrigo na capital que alberga 64 famílias sudanesas ‘que não têm para onde ir’.

A OIM está a receber cada vez mais pedidos de migrantes que procuram ajuda para regressar a casa. Muitos países também pediram a ajuda da agência para evacuar os seus cidadãos.

No entanto, “isso exigiria um financiamento significativo - de que não dispomos atualmente”, acrescenta.

A situação dos trabalhadores migrantes no Líbano é precária, uma vez que o seu estatuto legal está frequentemente ligado ao empregador, ao abrigo do sistema de patrocínio “kafala” que rege a mão-de-obra estrangeira.
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por RTP

Ataques israelitas no Líbano deixam três hospitais fora de serviço

Três hospitais no Líbano, incluindo um nos subúrbios do sul de Beirute, anunciaram esta sexta-feira a suspensão das suas atividades devido aos ataques israelitas no país, em declarações divulgadas pela agência noticiosa nacional libanesa.

O hospital Sainte Thérèse, perto dos subúrbios do sul, anunciou que tinha cessado os seus serviços devido aos ataques israelitas nas proximidades, tal como dois outros hospitais no sul do Líbano, segundo a agência.
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Momento-Chave
Em operação terrestre
por RTP

Militares israelitas afirmam que abateram 250 combatentes do Hezbollah

Os militares israelitas estimam ter morto cerca de 250 combatentes do Hezbollah, incluindo vários comandantes de batalhões e companhias, desde o início da sua operação terrestre no Líbano no início desta semana, avançou um porta-voz militar.

O tenente-coronel Nadav Shoshani disse que os militares ainda estavam a avaliar os danos causados pelos ataques aéreos no sul de Beirute na noite de quinta-feira, que teve como alvo a sede de inteligência do Hezbollah.
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Momento-Chave
por RTP

Portugueses repatriados do Líbano chegam ao fim do dia a Figo Maduro

O avião da Força Aérea Portuguesa, que transporta 41 cidadãos, 16 dos quais portugueses, deve aterrar no aeroporto de Figo Maduro por volta das 20h45.

No C130 seguem também cidadãos do Líbano, Espanha, São Tomé, Brasil, Angola, Rússia e França.
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por RTP

Irão apoia "firmemente" o Líbano

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araghchi, prometeu apoiar os “amigos” de Teerão no Líbano, na sua primeira visita a Beirute desde que os combates entre Israel e o Hezbollah, apoiado pelo Irão, se intensificaram no mês passado.

“A República Islâmica do Irão está e estará firmemente ao lado dos seus amigos no Líbano”, disse Araghchi aos jornalistas, acrescentando que Teerão apoia o Líbano, a sua comunidade muçulmana xiita e o Hezbollah, ‘e era necessário dizê-lo pessoalmente’.
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Momento-Chave
por RTP

Anne Applebaum. Historiadora entrevistada na Janela Global da RTP3

A historiadora e jornalista norte-americana Anne Applebaum é entrevistada esta sexta-feira à noite no programa Janela Global, da RTP3. A escritora distinguida com o Prémio Pulitzer aborda a rede de ditadores que aspira a governar o mundo.

Nesta entrevista, a historiadora aborda o tema do seu último livro, Autocracia, Inc, explicando como os ditadores pretendem, conjuntamente, mudar o mundo ao minar e até mesmo derrotar as democracias. Pode ser vista a partir das 22h30 na RTP3.

Editora da revista The Economist, integrou o conselho editorial do diário norte-americano The Washington Post, de 2002 a 2006, além da revista Slate.Anne Applebaum destaca-se no tratamento de temas relacionados com o desenvolvimento da sociedade civil na Europa oriental e central.


Foi ainda editora da publicação The Spectator e colunista dos britânicos Daily Telegraph e Sunday Telegraph. Escreveu ainda para The Independent.

Na Economist, cobriu momentos históricos na Europa de leste, antes e após a queda do Muro de Berlim, em 1989.




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Na Cisjordânia ocupada
por RTP

Soldados israelitas realizam buscas generalizadas em Hebron

Soldados israelitas realizaram esta manhã rusgas generalizadas na província de Hebron, na Cisjordânia ocupada, que resultaram na detenção de mais de 24 pessoas, incluindo “menores”, disseram fontes locais à agência noticiosa palestiniana Wafa.

A maioria das pessoas detidas foi levada da cidade de Beit Ummar, segundo informações.

Grupos de defesa dos direitos humanos e organizações internacionais têm alegado abusos generalizados contra os presos detidos por Israel em rusgas na Cisjordânia ocupada.

Descreveram alegados tratamentos abusivos e humilhantes, incluindo a detenção de detidos com os olhos vendados e algemados em jaulas apertadas, bem como espancamentos, intimidação e assédio.
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Quatro paramédicos mortos
por RTP

Ataques israelitas obrigam ao encerramento do hospital libanês de Marjayoun

Todo o pessoal do hospital público de Marjayoun, no sul do Líbano, foi evacuado esta manhã, depois de um ataque de um drone israelita ter matado quatro paramédicos, colocando o hospital fora de serviço, revelou a agência noticiosa nacional do Líbano.

O hospital era um dos principais prestadores de serviços médicos no sul do Líbano, sobretudo porque a intensificação da campanha aérea israelita, que teve início em 23 de setembro, deslocou muitos profissionais de saúde da região.


Israel também atacou o centro da organização islâmica de saúde em Khirbet Selem, segundo a agência noticiosa nacional do Líbano.

De acordo com os meios de comunicação social afiliados ao Hezbollah, mais um membro do serviço de ambulâncias morreu e outro ficou ferido quando efetuava serviços de socorro nos subúrbios do sul de Beirute, que foi intensamente bombardeada na noite anterior.

O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, manteve uma série de reuniões diplomáticas, a fim de pressionar Israel a permitir que as equipas de socorro e salvamento transfiram em segurança as vítimas dos ataques aéreos.

Desde o início dos combates entre Israel e o Hezbollah, há um ano, foram mortos pelo menos 102 paramédicos libaneses.
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Momento-Chave
por RTP

RTP em Telavive. Dirigente do Hamas visado por ataque em Tulkarem

Os enviados especiais da RTP a Israel descreveram, na edição desta sexta-feira do Jornal da Tarde, as movimentações da máquina de guerra do Estado hebraico em Tulkarem, na Cisjordânia.

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Momento-Chave
por RTP

Khamenei reivindica legitimidade do lançamento de mísseis sobre Israel

Foto: Gabinete do supremo líder do Irão via EPA

O líder supremo do Irão considera legítimo o recente ataque iraniano com mísseis balísticos contra Israel, assim como o atentado do Hamas de 7 de outubro do ano passado.

Ali Khamenei apela aos países muçulmanos para que se unam contra o "inimigo comum".

Na noite de quinta para sexta-feira, Israel voltou a bombardear a capital do Líbano. Anuncia ter eliminado mais um alto dirigente do Hezbollah.
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por RTP

RTP em Beirute. Segundo repatriamento "decorreu com muita normalidade"

Os enviados especiais da RTP ao Líbano testemunharam a saída de um grupo de portugueses, espanhóis e franceses do país, no segundo voo de repatriamento organizado por Lisboa.

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Momento-Chave
Afirma subcomandante dos Guardas Revolucionários
por RTP

Irão vai atingir instalações de energia e gás israelitas se for atacado

O Irão vai atacar as instalações de energia e gás israelitas se Israel o atacar, disse na sexta-feira o subcomandante dos Guardas Revolucionários, Ali Fadavi, segundo a agência noticiosa semioficial iraniana SNN.

“Se os ocupantes cometerem um erro, vamos atacar todas as suas fontes de energia, instalações e todas as refinarias e campos de gás”, disse Fadavi.
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por RTP

Irão defende cessar-fogo simultâneo no Líbano e na Faixa de Gaza

Teerão apoia os esforços para um cessar-fogo no Líbano, na condição de ser apoiado pelo Hezbollah e em simultâneo com um cessar-fogo na Faixa de Gaza, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, em Beirute.
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Momento-Chave
por RTP

Israel destrói túnel de contrabando de 3,5 quilómetros da Síria para o Líbano

Segundo as forças armadas, os caças destruíram durante a noite um túnel de 3,5 quilómetros de comprimento que atravessava o Líbano e a Síria e que, segundo as IDF, era utilizado pelo Hezbollah para contrabandear armas iranianas.

De acordo com as IDF, o túnel era operado pela Unidade 4400 do Hezbollah, encarregada de entregar ao Líbano armas provenientes do Irão e dos seus representantes.

O ataque destruiu o túnel através do qual as armas eram transportadas e armazenadas, bem como edifícios, depósitos de armas e outras infraestruturas nas imediações, segundo os militares.

Um outro ataque noturno teve como alvo “infraestruturas” no posto fronteiriço de Masnaa, entre o Líbano e a Síria, depois de as IDF terem identificado tentativas de entrega de armas iranianas ao Hezbollah.

As IDF intensificaram os esforços para impedir a entrega de armas do Irão ao Hezbollah através da Síria. Na terça-feira, o comandante da Unidade 4400 do Hezbollah foi morto num ataque a Beirute.
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Segundo voo de repatriamento
por RTP

Grupo de portugueses, espanhóis e franceses retirado do Líbano

Descolou esta sexta-feira de Beirute um C130 com portugueses, espanhóis e franceses, apurou a RTP.
É o segundo voo de repatriamento organizado pelas autoridades portuguesas. O aparelho vai aterrar em Portugal sem fazer escalas.
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por RTP

Medicamentos da OMS chegam a Beirute

O primeiro lote de material médico mobilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para tratar milhares de vítimas dos ataques israelitas chegou a Beirute.
Estão previstos mais dois voos para esta tarde e outro para amanhã, segundo o responsável da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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Afirma ministro da Defesa
por RTP

Israel tem "mais surpresas reservadas" para o Hezbollah

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirma que Israel tem “mais surpresas reservadas” para o Hezbollah, à medida que as operações terrestres prosseguem no sul do Líbano.

“O Hezbollah está a receber golpes muito severos, um após o outro. Eliminámos [o chefe do Hezbollah, Hassan] Nasrallah e temos mais surpresas reservadas, algumas das quais já foram levadas a cabo e outras ainda o serão”, afirmou durante uma visita ao quartel-general da 36ª Divisão no norte de Israel. As tropas da divisão estão a operar no sul do Líbano.

“A divisão de mísseis e foguetes [do Hezbollah] sofreu um duro golpe. Uma parte significativa foi destruída em resultado de uma operação precisa e de alta qualidade. O quartel-general de comando e controlo, as comunicações, toda a liderança [da força de elite Radwan] e, de facto, todo o segundo e terceiro escalões de comando abaixo de Nasrallah foram eliminados”, frisa.

Gallant acrescenta que as IDF estão “a levar a cabo uma operação esta sexta-feira em várias aldeias, e este processo continuará sempre que necessário para destruir todas as infraestruturas a partir das quais o Hezbollah planeava levar a cabo ataques”.
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Revela a ACNUR
por RTP

Maioria dos abrigos para deslocados no Líbano está cheia

A maior parte dos cerca de 900 abrigos do Líbano estão cheios e as pessoas que fogem dos ataques israelitas estão cada vez mais a dormir ao relento.

“A maioria dos cerca de 900 abrigos coletivos estabelecidos pelo governo no Líbano já não tem capacidade”, afirmou Rula Amin, do ACNUR, numa conferência de imprensa em Genebra.

“Com a chegada do inverno, o ACNUR receia que as condições de vida das pessoas afetadas pela escalada do conflito só possam piorar”, acrescentou.
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por RTP

Israel confirma ataque do Hezbollah em Haifa

Dois rockets lançados do Líbano contra a região israelita de Haifa levaram à ativação de sirenes de alerta em várias cidades, segundo um comunicado do exército israelita.

O Hezbollah tinha anunciado o ataque numa declaração no Telegram.
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por Lusa

Petróleo continua a subir após revalorização de 5% devido às tensões no Médio Oriente

O preço do barril de petróleo Brent para entrega em dezembro estava hoje a subir 0,90% no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, depois de ter disparado 5% na quinta-feira, devido ao agravamento da situação no Médio Oriente.

Às 09:30 em Lisboa, o petróleo Brent, a referência na Europa, subia 0,90% para 78,30 dólares por barril, contra 77,60 dólares na quinta-feira, segundo dados da Bloomberg.

Os mesmos dados indicam que o barril de petróleo subiu 9,2% desde segunda-feira.

Entretanto, o West Texas Intermediate (WTI), a referência norte-americana, também subiu hoje e, antes da abertura oficial do mercado, atingiu 74,22 dólares por barril, mais 0,7% do que na quinta-feira, depois de ter disparado 5,9% na quinta-feira.

Em relação a segunda-feira, o barril de WTI valorizou-se 8,9%.

O Brent reage a declarações de improviso do presidente dos EUA, Joe Biden, de que se está a estudar a possibilidade de Israel atacar as instalações petrolíferas do Irão, divulgou a Bloomberg na quinta-feira.

Depois da declaração de Biden, o Brent subiu para o nível mais alto do último mês.

Os investidores receiam também que a escalada de violência leve o Irão a bloquear o Estreito de Ormuz, ponto estratégico por onde passa um quinto do fornecimento mundial de petróleo, ou atacar as infraestruturas petrolíferas da Arábia Saudita.

Os investidores estão atentos igualmente ao excesso de produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo [OPEP] e ao facto de os fornecimentos mundiais de petróleo nunca terem sido interrompidos pelo conflito no Médio Oriente.

Por seu lado, a OPEP já garantiu que tem capacidade para compensar se for preciso a perda total da oferta iraniana, no caso de Israel destruir as instalações petrolíferas do país.

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Afirma o líder supremo do Irão
por RTP

Nações muçulmanas com inimigo comum e ataque iraniano com mísseis balísticos foi legítimo

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, afirmou após as orações de sexta-feira que “as políticas adotadas pelo nosso inimigo para semear a divisão e a sedição e criar uma cunha entre todos os muçulmanos são os mesmos inimigos dos palestinianos, libaneses, egípcios e iraquianos. São os mesmos inimigos dos povos iemenita e sírio”.

O Ayatollah Khamenei frisou que, “o nosso inimigo é um só”, acrescentando que “todos os países têm o direito de se defender dos agressores”.

“As nações muçulmanas têm de se defender contra o inimigo comum, do Afeganistão ao Iémen, do Irão à Faixa de Gaza e ao Líbano”, acrescentou durante um sermão na mesquita Imam Khomeini Grand Mosalla.

Para Khamenei, “o ataque do Hamas de 7 de outubro e o recente ataque com mísseis balísticos do Irão contra Israel são legítimos”.


Khamenei sublinhou ainda que, “o comportamento recente de Israel está a aumentar a raiva e a reforçar os motivos de resistência”.

Segundo o líder supremo do Irão, o seu país não vai “procrastinar nem apressar-se a cumprir o seu dever” de enfrentar Israel. Khamenei falou também em nome da Palestina.

“O povo palestiniano tem o direito legal de se defender. Enfrentar esses criminosos - as forças de ocupação. Não há um único tribunal ou organização internacional que possa culpar o povo palestiniano por defender simplesmente a sua pátria”.

Khamenei proferiu o sermão - o seu primeiro em quase cinco anos - perante milhares de fiéis que transportavam retratos dos líderes mortos do “eixo de resistência” do Irão contra Israel e os Estados Unidos.

Alguns seguraram a bandeira verde e amarela do Hezbollah, enquanto outros seguraram a bandeira palestiniana.
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Norte de Israel
por RTP

Hezbollah reivindica ataque a base militar de Ilania

O grupo libanês afirma que os seus combatentes bombardearam com rockets a base militar de Ilania, no norte de Israel.

Uma declaração do Hezbollah no Telegram diz que o ataque foi realizado às 10h20 (07h20 GMT) em resposta aos ataques israelitas em curso contra libaneses e palestinianos.

Não houve relatos imediatos de mortes ou danos.
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Momento-Chave
por RTP

Unicef afirma que 690 crianças ficaram feridas no Líbano em seis semanas

A agência das Nações Unidas para as crianças apelou a um cessar-fogo, referindo que “os ferimentos físicos e o sofrimento psicológico” aumentaram significativamente no país.

“Este conflito catastrófico está a afetar gravemente as crianças. Os médicos dizem-nos que tratam crianças com hemorragias, feridas e partidas, sofrendo tanto física como psicologicamente”, afirmou Adele Khodr, diretora regional da UNICEF, em comunicado.

“Muitas sofrem de ansiedade, recordações e pesadelos relacionados com as explosões. Nenhuma criança deveria ser exposta a situações tão horríveis”.

Os ferimentos mais comuns incluem concussões, ferimentos por estilhaços e perda de audição devido às explosões, disse a UNICEF.
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Avançou fonte do Hezbollah à AFP
por RTP

Nasrallah foi enterrado “provisoriamente” em local não revelado

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morto há uma semana num ataque israelita, foi enterrado “provisoriamente” num local não revelado por receio de que o seu funeral seja alvo de ataques israelitas, disse à AFP uma fonte próxima do Hezbollah.

“Sayyed Hassan Nasrallah foi enterrado num local provisório, enquanto se aguardam circunstâncias que permitam um funeral popular”, disse a fonte, que pediu anonimato.
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por RTP

Ataques israelitas prosseguem na Faixa de Gaza

Os ataques israelitas continuam em toda a Faixa de Gaza, incluindo na cidade de Deir al-Balah, onde um ataque israelita a uma casa matou pelo menos quatro pessoas, segundo a Wafa, a agência noticiosa palestiniana.

Os militares também lançaram bombas que provocaram incêndios em casas no campo de refugiados de Nuseirat, enquanto os aviões de guerra israelitas atingiram vários locais na cidade de Khan Younis, no sul do país, “causando mais vítimas e feridos”, acrescenta a Wafa.

O Ministério da Saúde de Gaza afirmou na quinta-feira que a guerra de Israel contra o enclave matou pelo menos 41 788 palestinianos e feriu 96 794 desde outubro passado.
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por Lusa

Israel atacou estrada de ligação entre o Líbano e a Síria

O Exército israelita efetuou hoje um ataque no leste do Líbano, junto à fronteira com a Síria, cortando a principal estrada entre os dois países, disseram as autoridades libanesas.

Israel acusa o movimento libanês Hezbollah de contrabandear armas ao longo da estrada que faz a ligação entre o Líbano e a Síria, naquela zona.

De acordo com a agência noticiosa oficial libanesa ANI, "aviões de guerra inimigos (Israel) fizeram um ataque à zona de Masnaa, provocando o corte da estrada internacional".

É nesta zona do vale de Bekaa que se situa o principal posto fronteiriço com a Síria.

Dezenas de milhares de pessoas utilizaram esta estrada nos últimos dias para fugir do Líbano, onde Israel tem feito bombardeamentos intensivos contra o Hezbollah (Partido de Deus).

"A estrada que conduz ao principal corredor humanitário para milhares de libaneses está agora cortada após um ataque israelita", disse à France Presse o ministro libanês dos Transportes, Ali Hamieh.

Israel alegou que o Hezbollah estava a utilizar a estrada para transportar armas da Síria, um aliado do movimento pró-iraniano.

Apoiando o Hamas palestiniano, que está em guerra com Israel na Faixa de Gaza desde outubro de 2023, o Hezbollah abriu uma frente contra Israel há quase um ano.

Israel intensificou os ataques aéreos desde 23 de setembro tendo iniciado "incursões controladas" no terreno.

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por Lusa

Resposta de Israel ao Hamas dividiu UE e a própria Comissão Europeia

O apoio dos países da União Europeia (UE) a Israel pós-atentado de 07 de outubro de 2023 foi inicialmente unânime, mas deu lugar a fraturantes críticas sobre a desproporcionalidade da resposta militar no território palestiniano.

Em 13 de outubro de 2023, pouco dias depois do atentado do movimento radical Hamas contra território israelita, a partir da Faixa de Gaza, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, deslocou-se a Telavive, onde exigiu a libertação dos reféns levados para o enclave palestiniano e disse que Israel "tem direito à sua autodefesa".

Mas, cinco dias depois do atentando, von der Leyen não disse uma palavra sobre a morte de quase 2.000 pessoas na sequência da invasão israelita a Gaza.

A posição, considerada unilateral, da presidente da Comissão Europeia foi criticada dentro do bloco comunitário e destoou do consenso entre os 27 países da UE, que admitiam o direito à autodefesa, mas em respeito pelos direitos da população palestiniana.

O alto representante para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, apareceu depois para `corrigir` a orientação dos 27, e até o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, se `colou` a esta declaração, exacerbando uma cisão com von der Leyen nesta questão.

Face a questões dos jornalistas ao longo de várias semanas sobre qual era a posição oficial da UE, Borrell convocou uma reunião extraordinária dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

A posição oficial foi clarificada: Israel tinha o direito à autodefesa, mas tinha de o fazer sempre em consonância com o respeito pela população palestiniana.

Também houve um apelo para uma intervenção militar proporcionada, numa altura em que os números de mortos em Gaza cresciam exponencialmente, de acordo com a informação transmitida pelas autoridades palestinianas e organizações não-governamentais no terreno.

A segunda polémica surgiu apenas dois dias depois do atentado do Hamas, a propósito do apoio da União Europeia à população palestiniana.

A UE é, de longe, o principal doador para as organizações que operam no enclave palestiniano.

No dia 09 de outubro, o comissário para a Política de Vizinhança, Oliver Varhelyi, anunciou que a Comissão Europeia ia suspender a totalidade dos pagamentos.

Um porta-voz da Comissão Europeia confirmou nesse dia a suspensão, mas horas depois, Janez Lenarcic, o comissário responsável pela ajuda humanitária, contrariou Varhelyi e disse que o executivo comunitário ia continuar a apoiar a população palestiniana.

Mais tarde, a Comissão Europeia anunciou que ia fazer uma investigação para apurar se o dinheiro para apoio humanitário tinha inadvertidamente sido utilizado para financiar as atividades do Hamas, sem restringir o apoio enquanto decorria o inquérito.

A terceira polémica envolveu os Estados-membros e as contribuições para a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA).

Israel denunciou no início do ano que funcionários desta agência das Nações Unidas teriam participado no atentado de 07 de outubro e que estavam a facilitar as operações do Hamas na Faixa de Gaza.

Vários países do bloco comunitário, como a Alemanha, Itália, os Países Baixos, Áustria, Finlândia, Estónia e Roménia, interromperam imediatamente as contribuições para aquela agência, apesar dos apelos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, até ser concluída uma investigação independente.

Portugal, pelo contrário, anunciou um apoio adicional de um milhão de euros. Espanha e Irlanda fizeram o mesmo.

A UNRWA foi o elemento de maior cisão entre os Estados-membros, com uma parte do bloco, a maioria, a cortar o financiamento, enquanto os restantes o mantiveram e, em alguns casos, aumentaram as contribuições.

Depois da polémica inicial, Ursula von der Leyen retirou-se das declarações sobre o conflito entre Israel e o Hamas, deixando para Josep Borrell quaisquer considerações sobre a guerra e a invasão em curso em Gaza.

Com a maioria dos países com posições mais favoráveis a Israel, só alguns como Espanha e a Irlanda, se insurgiram desde o princípio contra os métodos utilizados por Israel para combater os milicianos em Gaza, criticando a desproporcionalidade da intervenção militar.

À medida que o número de civis mortos em bombardeamentos israelitas aumentava e Josep Borrell fazia críticas mais veementes, também os Estados-membros começaram a consensualizar a posição de que Israel podia defender-se, mas tinha de respeitar integralmente a lei humanitária internacional.

Posições difíceis de acertar nas primeiras cimeiras de líderes tornaram-se mais evidentes e hoje a posição da UE é de que Telavive tem o direito à autodefesa, mas tem de o fazer em respeito total pela lei humanitária internacional e defendendo a população civil.

O tom das críticas à intervenção militar de Israel foi aumentando e a UE avançou com um pacote de sanções contra colonos extremistas na Cisjordânia, outro território palestiniano que está a ser fustigado por militares israelitas, através de expropriações, detenções arbitrárias e, em alguns casos, homicídios.

Recentemente, o chefe da diplomacia europeia anunciou que estão a ser consideradas sanções contra elementos do Governo israelita, por posições que apelam ao genocídio e a atentados contra a integridade física dos palestinianos, nomeadamente, Itamar Ben-Gvir, também um colono extremista.

No dia 28 de maio de 2024, Espanha, Irlanda e Noruega avançaram com o reconhecimento do Estado da Palestina, mas são os únicos países da UE até hoje que avançaram com esse reconhecimento.

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por Lusa

Conflito Israel-Hezbollah poderá prolongar-se para 2025

A S&P Global Ratings admite a possibilidade de o conflito entre Israel e o Hezbollah se prolongar para 2025, enfraquecendo ainda mais as perspetivas de recuperação da já frágil economia e cenário político no Líbano.

A S&P acrescenta em nota sobre o Líbano, divulgada na quinta-feira, que a escalada do conflito, após a morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah, Hassan Nasrallah, e a ação militar de Israel em território libanês "acarretam sérios riscos" para o país. 

"Consideramos que o recrudescimento dos combates e dos ataques no Líbano poderá persistir até 2025 e expandir-se para outras partes do país. A perda de vidas humanas, os danos nas infraestruturas, o aumento dos custos fiscais da guerra, a deslocação da população e a diminuição das receitas do turismo, juntamente com a alteração da dinâmica política devido ao enfraquecimento do Hezbollah, exercerão, na nossa opinião, uma forte pressão sobre a economia libanesa", sublinhou a agência.

Além disso -- prossegue -- "atrasará ainda mais as reformas económicas e financeiras e a recuperação a longo prazo das contas fiscais e externas".

Segundo a S&P Global Ratings, que cita dados do Governo libanês, cerca de um milhão de pessoas foram deslocadas devido aos ataques israelitas em curso, situação que é suscetível de prejudicar a estabilidade social do Líbano, tendo igualmente em conta que o país já acolhe cerca de 1,5 milhões de refugiados sírios, "o que coloca as finanças e os serviços públicos sob pressão".

O ambiente político fragmentado do Líbano, a capacidade legal limitada do Governo provisório para promulgar legislação e os atrasos na nomeação de `funcionários-chave` -- incluindo um novo Presidente -- "continuam a impedir as reformas necessárias para iniciar a recuperação económica e sair da situação de incumprimento", afirma a S&P Global Ratings, frisando que a nota não constitui uma reavaliação da notação financeira do país.

O Hezbollah libanês integra o chamado "Eixo da Resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que fazem parte também, entre outros, o grupo extremista palestiniano Hamas e os rebeldes Huthis do Iémen.

O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, morreu no mês passado num bombardeamento israelita da sede da organização, nos subúrbios sul de Beirute.

A morte do líder do movimento xiita libanês Hezbollah aconteceu após a morte do chefe das operações militares e das forças de elite, Ibrahim Aqil, num outro ataque em Beirute.

O Governo do Irão lançou, na noite de terça-feira, cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação por estas mortes e também da do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, e de um general iraniano.

As Forças de Defesa de Israel, que lançaram esta semana operações terrestres no sul do Líbano, disseram que a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos e Washington garantiu que vai colaborar com Telavive na resposta a Teerão.

O bombardeamento iraniano foi o segundo feito por este país diretamente contra Israel, após um outro realizado em abril em resposta a um ataque aéreo mortal ao consulado iraniano em Damasco, que Teerão atribuiu a Israel.

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por Lusa

Um ano após ataque do Hamas região em mudança sob risco de guerra total

Um ano após o ataque do Hamas a Israel, a 07 de outubro de 2023, o Médio Oriente poderá estar à beira da guerra total, que, defendem analistas, pode ser evitada se os principais atores mundiais assim o entendam.

Em declarações à agência Lusa, Ian Lesser, responsável pela delegação de Bruxelas do German Marshall Fund, desdramatizou a ideia de inevitabilidade que a situação se agrave ou se espalhe para além do Líbano, sublinhando tratar-se de "um desenvolvimento transformador". 

"Temos assistido a uma série de desenvolvimentos transformadores ao longo do último ano. E poderá ter outros efeitos políticos mais alargados na região. Alguns negativos, obviamente, mas também alguns potencialmente positivos a longo prazo. Mas não há dúvida de que estamos num mundo ligeiramente diferente do que estávamos há um ano e não creio que seja inevitável que isto resulte num confronto direto à escala entre Israel e o Irão, por exemplo. Penso que ainda há uma boa dose de cautela em relação a isso", sustentou.

Para Lesser, é "uma possibilidade remota alguma forma de regresso a um processo de paz", o que exigiria uma mudança política dentro de Israel. "E penso que não há perspetivas a curto prazo para isso".

"O que vimos no último ano apenas sublinha o facto de que os países colocam a soberania e a segurança em primeiro lugar. Temos visto muitos exemplos disso. Basta pensarmos nos Estados Unidos depois do 11 de setembro [de 2001]. É muito fácil que as estratégias se tornem desproporcionadas e ganhem uma dinâmica própria. E é este o dilema que se está a colocar hoje em dia, embora não creia que o que está a acontecer entre Israel e os seus vizinhos esteja a redefinir o sistema internacional", explicou.

Lesser sublinhou que os Estados Unidos têm interesse em trabalhar com Israel para ultrapassar as atuais crises, tendo em vista uma região mais estável e, idealmente, reiniciar um processo com os palestinianos. "Esse continuará a ser o derradeiro prémio diplomático para os Estados Unidos".

Esse processo com os palestinianos, prosseguiu, "tem sido evitado por sucessivas administrações" da Casa Branca, mas "talvez, desta vez, as condições produzam efetivamente um acordo, idealmente com a solução com dois Estados".

"Não é impossível, porque estes acontecimentos foram tão desastrosos e cataclísmicos que abalaram realmente a ordem regional. E se as políticas se alinharem da forma correta, em Israel, mas também no seio da comunidade palestiniana, talvez seja possível fazer alguma coisa. E penso que qualquer administração norte-americana vai querer encorajar isso", concluiu Lesser.

O International Crisis Group (ICG) lembra que os sucessivos ataques e consequentes represálias de Israel, Hezbollah e Hamas, além dos Huthis (Iémen), têm levantado várias questões quanto ao futuro de um conflito, em que já se questiona uma intervenção com armas nucleares.

Num artigo de análise publicado na quinta-feira, o ICG refere que o Presidente norte-americano, Joe Biden, que tem tentado mediar um cessar-fogo, já defendeu que as represálias israelitas devem excluir o ataque às instalações nucleares do Irão, mas adverte para outros golpes importantes contra Teerão que podem também provocar uma escalada descontrolada. 

"Apesar dos ataques de Israel ao Hezbollah, o aliado mais importante do Irão, a administração começou a unir-se em torno da opinião de que uma guerra total era cada vez mais improvável, com alguns funcionários a questionarem-se se o Irão responderia energicamente aos seus reveses. Perante este cenário, vários responsáveis norte-americanos parecem sentir-se cada vez mais atraídos pela lógica militar de Israel, tendo um deles afirmado que a campanha de Israel no Líbano poderia ser uma oportunidade geracional para refazer a região", defende o ICG.

  "Vozes proeminentes em Israel e os seus apoiantes nos Estados Unidos consideram que o momento é propício para esta última opção, encorajando Israel a atacar a jugular, eliminando o programa nuclear iraniano ou mesmo derrubando o seu regime. Estas pessoas estão a exortar Washington a remover os grilhões que acreditam ter impedido Israel de exercer a sua vantagem no último ano", advertiu o "think tank".

Segundo o ICG, embora as observações de Biden sobre a proporcionalidade e a inaceitabilidade de um ataque às instalações nucleares do Irão sugiram que a Casa Branca não está disposta a ir tão longe, "continua a haver motivos de preocupação" e um deles é que "uma administração norte-americana impressionada com a proficiência tática israelita, limitada pela política interna e nervosa com as eleições presidenciais que se aproximam no início de novembro, dê luz verde a uma resposta israelita maciça". 

"A escalada seria, no entanto, um erro e aqueles que apelam a mais não compreendem o ataque iraniano de 01 de outubro: Teerão não quer uma guerra nem é cego ao perigo que enfrenta. Teve de compreender o risco que estava a correr quando disparou contra Israel", alerta a ICG. 

"Seja o que for que um Irão ameaçado e encurralado possa fazer em resposta a um ataque de grandes proporções, não pode igualar o poderio militar dos EUA e de Israel, mas é quase certo que causaria uma destruição considerável e provocaria uma nova escalada", prossegue . 

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por Antena 1

BE pede a Governo que declare ministro israelita dos Negócios Estrangeiros persona non grata

O Bloco de Esquerda quer que o Estado português considere o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros como "persona non grata" e que impeça o governante de entrar em solo nacional.

O apelo é feito pelo líder parlamentar do Bloco, depois de Israel Katz, chefe da diplomacia de Israel, ter declarado o secretário-geral da ONU, António Guterres, “persona non grata” naquele país e ter escrito, na rede social X, que o antigo primeiro-ministro português não condenou o ataque do Irão a Israel, pelo que "não merece pisar solo israelita".

Ouvido pela Antena 1, Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco, entende que Portugal deve sair em defesa do secretário-geral da ONU e pagar na mesma moeda.
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por RTP

Cruz Vermelha do Líbano apela a doações urgentes de sangue

A organização disse que estava a fazer um “apelo urgente” para doações de sangue para “ajudar os feridos e salvar vidas”.
Dezenas de civis estão a ser mortos todos os dias em ataques israelitas ao Líbano, a Organização Mundial de Saúde afirmou na quinta-feira que 28 profissionais de saúde tinham sido mortos nas últimas 24 horas no Líbano.

“Muitos (outros) profissionais de saúde não se apresentam ao serviço e fugiram das zonas onde trabalham devido aos bombardeamentos”, declarou o Diretor-Geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, numa conferência de imprensa.

“Esta situação está a limitar seriamente a prestação de cuidados de saúde a traumas em massa”, afirmou.
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Pela primeira vez em cinco anos
por RTP

Líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, fará o seu primeiro sermão público

O líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, deverá dirigir as orações desta sexta-feira e proferir um sermão público onde poderá esclarecer os planos da República Islâmica após um ataque maciço com mísseis contra o inimigo Israel, segundo a televisão iraniana.

O líder supremo, que exerce a mais alta autoridade no Irão, conduzirá os muçulmanos em oração na mesquita Imam Khomeini Grand Mosalla.

O raro sermão de sexta-feira de Khamenei - o primeiro em quase cinco anos - acontece três dias antes do aniversário de um ano da guerra Israel-Hamas em Gaza, desencadeada pelo ataque do grupo palestiniano apoiado pelo Irão a 7 de outubro.

A oração seguir-se-á a “uma cerimónia de comemoração”, de Hassan Nasrallah, o líder assassinado do movimento armado libanês Hezbollah, apoiado por Teerão.

Os Guardas Revolucionários do Irão, que respondem perante Khamenei, afirmaram que os ataques de terça-feira, com cerca de 200 mísseis, foram uma retaliação pela morte, por Israel, de Nasrallah, juntamente com o comandante dos Guardas, Abbas Nilforoushan, num ataque a Beirute no final de setembro, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, em julho.

A última vez que Khamenei liderou as orações de sexta-feira foi em janeiro de 2020, depois de o Irão ter disparado mísseis contra uma base do exército americano no Iraque, em resposta a um ataque que matou o venerado comandante dos Guardas da Revolução, Qasem Soleimani.

Em Teerão, na quinta-feira, multidões agitando bandeiras do Hezbollah e do Irão reuniram-se em frente ao antigo edifício da embaixada dos EUA em Teerão para denunciar os “crimes” israelitas na Faixa de Gaza e no Líbano, informaram os meios de comunicação social iranianos.
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Momento-Chave
Travessia de Masnaa
por RTP

Ataque israelita corta estrada fundamental que liga o Líbano à Síria

Informações divulgadas esta manhã, revelam que uma estrada fundamental que liga o Líbano à Síria - utilizada por centenas de milhares de pessoas para fugir aos bombardeamentos israelitas - foi atingida por um ataque israelita.

O ministro dos Transportes do Líbano, Ali Hamieh, avançou à Reuters que o ataque atingiu o território libanês perto do posto fronteiriço de Masnaa, criando uma cratera de quatro metros de largura. Até ao momento, não há registo de vítimas ou feridos.

Na quinta-feira, um porta-voz militar das Forças de Defesa de Israel (IDF) acusou o Hezbollah de utilizar o posto fronteiriço para transportar equipamento militar para o Líbano.

Segundo as estatísticas do governo libanês, mais de 300 mil - a grande maioria sírias - atravessaram do Líbano para a Síria nos últimos 10 dias para escapar à escalada dos bombardeamentos israelitas.
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por RTP

Israel aconselha população mais de 30 localidades no sul do Líbano para abandonarem as casas

O porta-voz militar israelita Avichay Adraee avisou as pessoas que vivem em mais de 30 aldeias no sul do Líbano, incluindo al-Bas, Majdal Salm e Toulin, para evacuarem as suas casas imediatamente.

“Qualquer pessoa que esteja perto de elementos, instalações e equipamento de combate do Hezbollah está a pôr a sua vida em risco”, escreveu na rede social X.

Adraee acrescentou que os civis devem dirigir-se para norte do rio Awali, que se encontra com a costa a cerca de 50 quilómetros da fronteira com Israel, e evitar ir mais para sul se quiserem escapar aos ataques israelitas.

Num sinal de que a invasão do Líbano por Israel está a aumentar, os militares israelitas emitiram esta semana ordens de evacuação para grandes áreas do sul do país, bem como para zonas a norte de Tiro, muito longe da fronteira.
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por RTP

Ministro iraniano dos Negócios Estrangeiros está em Beirute

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araqchi, aterrou em Beirute esta sexta-feira, de acordo com os meios de comunicação social libaneses.

Araqchi deverá encontrar-se com o primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati, e com o presidente do parlamento, Nabih Berri, que é um aliado próximo do Hezbollah, apoiado pelo Irão.
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Hamas apela a "escalar do conflito"
por RTP

Após 18 mortos na Cisjordânia, movimento radical palestiniano quer "demonstrações em massa de raiva"

O Hamas apela aos habitantes da Cisjordânia ocupada para que se manifestem esta sexta-feira, tendo por objetivo declarado "escalar o conflito" com Israel.

"Apelamos ao povo da Cisjordânia para que saia às ruas em todas as províncias com demonstrações massivas de raiva, para trabalhar para escalar o conflito e enfrentar a ocupação", afirmam em comunicado as Brigadas Ezzedine al-Qassam, braço armado do Hamas.

O movimento classifica o ataque aéreo de quinta-feira contra o campo de refugiados de Tulkarem, no norte da Cisjordânia, como "uma escalada perigosa". De acordo com a Autoridade Palestiniana, morreram pelo menos 18 pessoas na sequência desta ação israelita.

Recorde-se que Tulkarem foi uma das cidades e campos de refugiados palestinianos visados, em agosto, por uma ofensiva em larga escala do exército israelita.

c/ agências
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Ponto de situação
por RTP

Potencial sucessor de Nasrallah na mira da máquina de guerra israelita

  • Israel voltou a bombardear o sul de Beirute durante a última madrugada Foi a quarta noite consecutiva de bombardeamentos nesta região do Líbano, a maioria os subúrbios da capital. Segundo um balanço provisório do Ministério libanês da Saúde, só na quinta-feira morreram pelo menos 37 pessoas e outras 151 ficaram feridas;


  • Testemunhas citadas pelas agências internacionais afirmam que os últimos bombardeamentos noturnos foram mais severos do que o ataque que, há quase uma semana, matou o número um do Hezbollah, Hassan Nasrallah. Meios de comunicação social de Israel e dos Estados Unidos noticiaram entretanto que um dos alvos dos ataques israelitas sobre o subúrbio de Dahiyeh, a sul de Beirute, terá sido Hashem Safieddine, apontado como potencial sucessor do líder eliminado. Desconhece-se, por agora, o seu estado;


  • De acordo com a agência France Presse, houve pelo menos 11 bombardeamentos aéreos consecutivos sobre Dahiyeh, o subúrbio a sul de Beirute visto como bastião do movimento xiita libanês pró-iraniano. Outro dos recentes ataques atingiu uma zona próxima do aeroporto de Beirute;


  • Os últimos bombardeamentos israelitas foram levados a cabo depois de as Forças de Defesa do Estado hebraico terem ordenado aos civis de Dahiyeh que abandonasse a área perto de dois edifícios e guardassem uma distância mínima de 500 metros;


  • Em Tulkarem, na Cisjordânia ocupada, um outro ataque aéreo israelita fez pelo menos 18 mortos. As vítimas encontravam-se no interior de um café. O exército de Israel afirma ter abatido, neste bombardeamento, um dirigente local do movimento radical palestiniano Hamas, identificado como Zahi Yaser Abd al-Razeq Oufi. Os "media" palestinianos descrevem este ataque como o mais sangrento a ocorrer na Cisjordânia nos últimos 24 anos. Morreram também vários civis, incluindo uma mãe e dois filhos menores;


  • Há mais cidadãos portugueses que pretendem abandonar o Líbano. As autoridades portuguesas estão já a preparar um segundo voo de rapatriamento. Em solo libanês, os enviados especias da RTP testemunharam a ansiedade de quem quer regressar ao país de origem;


  • O presidente da República veio defender, na quinta-feira, que a decisão, por parte de Israel, de considerar António Guterres "persona non grata" é desproporcional e devia ser alterada. Marcelo Rebelo de Sousa acompanhou assim a posição do Governo português e da União Europeia sobre o assunto. O chefe de Estado adiantou ainda ter já falado com o secretário-geral das Nações Unidas, recordando que a decisão de Telavive não tem precedentes.
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por RTP

Médio Oriente. Exército de Israel está a atacar em várias frentes

São várias as frentes que o exército israelita está a atacar, no Médio Oriente. É dessa intensa atividade que nos dão conta os enviados da RTP a Telavive, Paulo Jerónimo e José Pinto Dias.

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por RTP

Israel bombardeia Beirute e subúrbios da capital libanesa

Foto: Amr Abdallah Dalsh - Reuters

Beirute e os subúrbios da capital libanesa foram alvos de novos bombardeamentos israelitas. O Hezbollah garante ter morto vários soldados de Israel.

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por RTP

Portugueses que vivem no Líbano preparam-se para deixar o país

Foto: Reuters TV

Mais portugueses que vivem no Líbano preparam-se para deixar o país. As autoridades portuguesas preparam já um segundo voo. Os enviados da RTP relatam a ansiedade dos que querem regressar a Portugal e fugir da guerra.

Reportagem dos enviados especiais da RTP José Manuel Rosendo e Sérgio Ramos.
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