Guerra na Ucrânia. A evolução do conflito ao minuto

por Mariana Ribeiro Soares, Joana Raposo Santos, Carlos Santos Neves - RTP

Vladimir Putin anunciou esta quinta-feira que a Rússia atacou a Ucrânia com um novo míssil de médio alcance, e não um míssil balístico intercontinental, como tinha avançado Kiev. Num discurso à nação, o presidente russo disse que o conflito atingiu um "caráter global" e ameaçou atacar países que fornecem mísseis usados contra a Rússia.

Emissão da RTP3


Vyacheslav Prokofyev - Pool via Reuters

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NATO diz que novo míssil russo não mudará o rumo da guerra

O uso pela Rússia de um novo míssil balístico hipersónico de médio alcance contra a Ucrânia “não mudará o curso do conflito nem a determinação dos aliados da NATO em apoiar a Ucrânia”, disse um porta-voz da Aliança Atlântica. 

"A Rússia lançou um míssil balístico experimental de médio alcance contra a Ucrânia. Este é outro exemplo dos ataques da Rússia às cidades ucranianas. A Rússia procura aterrorizar a população civil na Ucrânia e intimidar aqueles que a apoiam”, acrescentou Farah Dakhlallah.
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Putin ameaça atacar países que forneçam mísseis à Ucrânia

O presidente russo confirmou ter utilizado um novo míssil hipersónico no ataque à cidade ucraniana de Dnipro. Vladimir Putin ameaça também atacar os países que forneçam armas à Ucrânia contra a Rússia.

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Zelensky apela à comunidade internacional para reagir ao ataque com míssil hipersónico russo

O presidente ucraniano apelou à comunidade internacional para reagir ao ataque russo desta quinta-feira com um novo míssil hipersónico de médio alcance, afirmando que a falta de resposta envia a mensagem de que tal comportamento “é aceitável”.

“Neste momento, não há uma reação forte do mundo. Putin tem muita sensibilidade a isso. Ele está a testar-vos, queridos parceiros. (…) A falta de reações duras às ações da Rússia envia uma mensagem de que esse comportamento é aceitável. É isso que Putin está a fazer”, disse Zelensky numa mensagem publicada na rede social X.

"É preciso reagir e exercer pressão. Temos de empurrar a Rússia para uma paz real, que só é possível através da força”, escreveu Zelensky.

Volodymyr Zelensky diz que este ataque representa uma “escalada clara e grave” e mostra que “Putin não está interessado na paz”. 
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EUA foram notificados pela Rússia antes do ataque com mísseis à Ucrânia

A Rússia avisou os Estados Unidos 30 minutos antes do lançamento de um míssil balístico hipersónico sobre a Ucrânia, disse esta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, citado por agências de notícias russas.

“O alerta foi enviado automaticamente 30 minutos antes do lançamento”, disse Dmitri Peskov.

A Casa Branca também adiantou que os Estados Unidos informaram a Ucrânia e aliados próximos nos últimos dias no sentido de os ajudar a prepararem-se para o possível uso de um míssil balístico experimental de alcance intermédio por parte da Rússia.
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ONU diz que uso de novo míssil por parte da Rússia é "um desenvolvimento preocupante"

A ONU diz que o uso de um novo míssil de médio alcance na Ucrânia por parte da Rússia “é um novo desenvolvimento inquietante e preocupante”.

O porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, apelou às partes para que tomem "medidas urgentes no sentido da desescalada para garantir a proteção dos civis e das infraestruturas civis críticas", repetindo o apelo de António Guterres para o fim desta guerra, de acordo com o direito internacional.
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Putin ameaça países que fornecem mísseis usados contra a Rússia

No seu discurso à nação, Vladimir Putin deixou ainda um aviso ao Ocidente, mais propriamente ao países cujas armas estejam a ser usadas pela Ucrânia contra a Rússia.

“Consideramos que temos o direito de usar as nossas armas contra as instalações militares de países que autorizam o uso das suas armas contra as nossas instalações", afirmou. "E no caso de uma escalada, responderemos com igual firmeza”, avisou.

“Sempre estivemos prontos, e ainda estamos, para resolver todos os problemas por meios pacíficos, mas também estamos prontos para lidar com quaisquer desenvolvimentos”, disse Putin. “Se alguém ainda duvida, é inútil. Sempre haverá uma resposta”, sublinhou.
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Putin diz que Rússia usou um novo míssil de médio alcance na Ucrânia

O presidente russo anunciou esta quinta-feira que a Rússia atacou a Ucrânia com um novo míssil de médio alcance em resposta ao ataque ucraniano com mísseis norte-americanos e britânicos.

“Os nossos engenheiros chamam-lhes Orechnik”, disse Vladimir Putin num discurso ao país, acrescentando que o ataque teve como alvo “um local do complexo militar-industrial ucraniano”. O míssil em causa atinge uma velocidade dez vezes superior à do som, o que o torna incapaz de ser intercetado mesmo pelos sistemas ocidentais atualmente mais avançados.

Putin disse ainda que a guerra na Ucrânia assumiu um “caráter global” depois de a Ucrânia ter usado mísseis de longo alcance na Rússia.

“A partir do momento em que estes mísseis foram disparados contra a Rússia, e como havíamos sublinhado repetidamente, o conflito provocado pelo Ocidente na Ucrânia assumiu os elementos de um [conflito] de natureza global”, disse o presidente russo, afirmando, no entanto, que os ataques com mísseis ocidentais disparados pela Ucrânia contra o território russo falharam.
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Reino Unido diz que Rússia disparou um "míssil balístico com alcance de milhares de quilómetros"

A Rússia usou “pela primeira vez” na Ucrânia “um míssil balístico com alcance de vários milhares de quilómetros”, disse o porta-voz do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, a jornalistas esta quinta-feira, sem especificar se se trata de um míssil intercontinental, tal como reivindicado por Kiev.

“Isto é obviamente muito preocupante e constitui um novo exemplo do comportamento irresponsável da Rússia, que apenas reforça a nossa determinação em apoiar a Ucrânia durante o tempo que for necessário”, acrescentou.
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EUA dizem que Rússia disparou um míssil experimental de médio alcance e não um ICBM

Um alto funcionário norte-americano disse à AFP que a Rússia disparou um míssil experimental de médio alcance contra a Ucrânia e não um míssil intercontinental (ICBM).

Segundo o alto funcionário, Moscovo “procura intimidar a Ucrânia e os países que a apoiam através do uso desta arma, ou atrair a atenção, mas isso não mudará a situação neste conflito”.

Duas fontes oficiais ocidentais também revelaram à CNN que o míssil disparado parece ser de menor alcance, e não um ICBM.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse que Kiev acredita que a Rússia tenha disparado um ICBM pela primeira vez desde o início da guerra, mas ainda estão à espera da confirmação de especialistas.

"O que sabemos até agora é que as características de trajetória correspondem às de um ICBM, mas também estamos a aguardar conclusões de especialistas para afirmar, com base em factos específicos, que tipo de míssil era", disse o porta-voz do Ministério ucraniano dos Negócios Exteriores, Heorhy Tikhy, em conferência de imprensa.

Tikhy acrescentou que Kiev está já a tomar medidas diplomáticas. “Em particular, mantivemos contacto com nossos parceiros para informá-los sobre o que aconteceu, sobre o que sabemos", declarou.

O porta-voz informou que a Ucrânia "já está a ativar mecanismos da ONU e mecanismos da NATO" e planeia ainda envolver a OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa).

Tykhyi acrescentou que, além dos apelos e notas formais, a Ucrânia espera a convocação de formatos separados para "acordar o mundo e chamar a atenção" para esta escalada russa do conflito.
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por Lusa

Rússia aumenta 24,4% despesa com defesa para 126,84 mil milhões de euros em 2025

A Duma, ou câmara dos deputados da Rússia, aprovou hoje o orçamento do Estado para o próximo triénio (2025-2027), que prevê despesas com a defesa de 13,5 biliões de rublos (126,84 mil milhões de euros) em 2025.

Este valor representa um aumento de 24,4% no orçamento dedicado a satisfazer as necessidades do Exército na guerra na Ucrânia, em comparação com 2024 (105,47 mil milhões de euros), e representa 6,31% do Produto Interno Bruto (PIB) previsto para o próximo ano, quando no atual exercício representa 6,7%.

O montante dedicado à defesa e à segurança nacional da Rússia representa cerca de 40% da despesa total do Orçamento do Estado russo e excederá as verbas destinadas conjuntamente a educação, saúde, economia e política social.

O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, destacou o aumento da despesa com a política social - pensões, subsídios e apoio à família -, que ascenderá em 2025 a 66,47 mil milhões de euros.

Isto contradiz os planos anunciados pelo Governo de reduzir no próximo ano a despesa com a defesa dos atuais 105,47 mil milhões de euros para 86,38 mil milhões de euros, ao câmbio atual.

A despesa militar será ligeiramente reduzida em 2026 e 2027, segundo o Orçamento do Estado, que ainda tem de ser aprovado pelo Senado (câmara alta do parlamento russo) e promulgado pelo Presidente, Vladimir Putin.

No entanto, os números previstos no orçamento militar para este ano também não incluem os itens classificados como secretos, que também se destinam a financiar o esforço de guerra.

Putin sustentou que o desenvolvimento futuro do país está diretamente ligado ao resultado do conflito na Ucrânia, ou seja, à vitória no campo de batalha.

Para tal, a economia de guerra terá de garantir todas as necessidades das Forças Armadas, o que inclui armamento e equipamento militar, mas também assistência às famílias dos combatentes e investimento na indústria militar.

Embora se tenha declarado disposto a negociar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia com o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, Putin também afirmou que Kiev deve aceitar a realidade no terreno - a anexação russa de quatro regiões ucranianas - e desistir da adesão à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

A Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e "desnazificar" o país vizinho, independente desde 1991 - após o desmoronamento da União Soviética - e que tem vindo a afastar-se da esfera de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, e os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Quase a cumprir três anos de guerra, as Forças Armadas ucranianas confrontaram-se com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

As tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, prosseguem o seu avanço na frente oriental, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk, e da recente autorização do Presidente norte-americano, Joe Biden, para utilizar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar a Rússia.

As negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a continuar a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de uma parte do seu território.

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Reino Unido está "diretamente envolvido" na guerra, diz embaixador

O Reino Unido está "diretamente envolvido" na guerra na Ucrânia, denunciou o embaixador nesse país esta quinta-feira, após relatos de que mísseis britânicos de longo alcance foram usados para atingir alvos dentro do território russo.
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Deputados russos aprovam aumento das despesas militares em 2025

Os deputados russos aprovaram hoje o projeto de lei orçamental para 2025-2027, que prevê um aumento de 30 por cento das despesas militares no próximo ano, no contexto da intensificação do conflito na Ucrânia.

Desde 2022, o Kremlin reorientou a sua economia para o esforço de guerra, desenvolvendo o seu complexo militar-industrial a grande velocidade, nomeadamente através do recrutamento de centenas de milhares de novos funcionários, estratégia que fez aumentar a inflação.

De acordo com o texto votado esta quinta-feira pelos deputados russos as despesas com a defesa atingirão cerca de 13.500 mil milhões de rublos (cerca de 127 mil milhões de euros) até 2025, ou seja, mais de seis por cento do PIB da Rússia.
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por RTP

Dúvidas crescem sobre uso de míssil ICBM

Uma fonte ocidental da agência Reuters avançou que a Rússia não utilizou um míssil ICBM para atingir a Ucrânia esta quinta-feira. Esta fonte ter-se-á baseado numa análise inicial dos acontecimentos.
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por RTP

Menor condenado a seis anos de prisão por "sabotagem" de linha de caminho de ferro

Um menor foi condenado a seis anos de prisão numa "colónia educativa" por ter "sabotado uma linha férrea" no sul da Rússia. Foi também condenado um adulto, recebendo uma pena de 15 anos de prisão, anunciaram esta quinta-feira os serviços russos de investigação.

As provas recolhidas "foram consideradas suficientes pelo tribunal para proferir as sentenças", segundo o Comité de Investigação.

De acordo com esta fonte, a 25 de fevereiro de 2024, na região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia, "uma pessoa que apoia ativamente as forças armadas ucranianas" terá proposto ao "juntar-se a um grupo criminoso para desestabilizar as atividades das autoridades da Federação Russa, incendiando um armário de distribuição ferroviária".

Este terá então "decidido envolver um menor que conhecia" e "juntos incendiaram um armário de distribuição" antes de fugirem. "Durante uma tentativa de sabotagem subsequente, o homem foi detido", refere o comunicado.

Desde o início da ofensiva russa na Ucrânia, em fevereiro de 2022, milhares de pessoas foram punidas, ameaçadas ou presas devido à sua oposição ao conflito.
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por Rachel Mestre Mesquita - RTP

"Ninho de espiões". Moscovo intensifica presença em Genebra para fins de espionagem

Missão Permanente da Rússia junto na Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra, Suíça Fabrice Coffrini - AFP

A missão diplomática russa está a aumentar a sua capacidade em Genebra, na Suíça, para fins de espionagem, revela uma investigação da Rádio Televisão Suíça (RTS). Sem autorização, a Rússia terá instalado nas suas instalações diplomáticas fortemente protegidas novas antenas parabólicas, para desenvolver as suas atividades de informação e levar a cabo operações de espionagem, sabotagem e tentativas de assassinato na Europa.

A reportagem Genebra, um ninho de espiões, da Rádio Televisão Suíça, emitida no domingo, revela que Moscovo terá aproveitado a fragilidade do sistema anti-espionagem suíço para desempenhar mais do que a função diplomática nas suas instalações e artilhar ilegalmente os seus edifícios diplomáticos com novas antenas de espionagem, sistemas de escuta e antenas parabólicas. "O objetivo oficial da missão é diplomático, mas a Rússia instalou antenas de espionagem, sistemas de escuta e antenas parabólicas que são pouco visíveis da rua", escreve a RTS.

A poucos passos da Praça das Nações Unidas, em Genebra, situam-se as instalações fortemente protegidas da Missão Permanente da Rússia junto da ONU.

Um muro de vários metros de altura, câmaras de videovigilância e guardas armados dificultam a observação do investimento russo apontado pelo meio de comunicação social suíço: "há sete grandes antenas parabólicas nos telhados na missão permanente russa" e "vários aparelhos de escuta escondidos sob uma espécie de contentor".
Antenas ilegais

O historiador Adrian Hänni, especialista em serviços secretos da Universidade de Graz, explica à RTS que "são claramente antenas utilizadas para espionagem. Não há necessidade de um dispositivo deste género para mensagens diplomáticas clássicas. Estas antenas são utilizadas para espiar as comunicações eletrónicas, mas também as comunicações por satélite". "A Suíça é um hotspot (ponto de acesso), uma base de retaguarda para espiões russos ativos em toda a Europa", afirma o historiador, destacando que a Rússia se tornou muito mais ofensiva em termos de espionagem nos últimos anos.

A propósito das instalações ilegais, o canal suíço contactou o Departamento de Assuntos Territoriais do Cantão de Genebra que esclareceu que a missão russa "é uma estrutura diplomática que goza de privilégios, imunidades e facilidades em conformidade com o Direito Internacional" mas que "as regras cantonais continuam a ser válidas em termos de licenças de construção"

O que, por conseguinte, significa que "qualquer antena parabólica com um diâmetro superior a 90 cm necessita de autorização", analisa a RTS. Apesar do Cantão de Genebra ter confirmado que "a Missão Russa apresentou um pedido em 2006", as imagens de satélite mostram que foram construídas posteriormente outras "quatro antenas sem autorização cantonal nos telhados dos edifícios diplomáticos russos" e "todas com um diâmetro muito superior a 90 cm", revela a investigação.
 

"Tentativa de demonizar a Rússia"

Contactada pela RTS a Embaixada da Rússia em Berna afirmou que "discorda veemente de tais declarações e considera-as uma nova tentativa de demonizar arbitrariamente a Rússia e os russos".

Já o serviço russo de imprensa reafirmou "a nossa posição de que o pessoal diplomático da nossa embaixada está concentrado exclusivamente na tarefa de manter uma cooperação construtiva com as autoridades do país anfitrião nas atuais circunstâncias difíceis”.

Uma posição que não cola com a informação dos relatórios oficiais do Serviço Federal russo de Informações (FIS). Segundo os quais, "um terço dos diplomatas russo em função são, de facto, espiões", o que representa cerca de 80 indivíduos infiltrados em funções na Suíça.
Genebra, o refúgio da espionagem

Nos últimos anos, a Suíça tornou-se um ponto estratégico para atividades de espionagem, especialmente por parte dos serviços secretos russos, devido à menor rigidez das suas medidas de anti-espionagem causada pela limitação de recursos alocados.

Um relatório do Serviço de Inteligência da Confederação Suíça (SRC) de 2024 revela que "a Suíça continua a ser um local privilegiado para a espionagem e outras atividades de informação. O facto de as medidas anti-espionagem da Suíça serem menos desenvolvidas do que noutros países europeus desempenha um papel importante".

Desde o início da guerra na Ucrânia, vários agentes russos foram associados a ciberespionagem, sabotagem e até tentativas de assassinato na Europa e centenas de diplomatas russos foram expulsos de países europeus vizinhos. Embora a imprensa nacional suíça e europeia tenham vindo a revelar uma série de casos de espionagem em território suíço, não houve qualquer anúncio oficial da expulsão de diplomatas ou de espiões infiltrados.

Numa altura em que a Rússia enfrenta crescentes repressões noutras partes da Europa, Moscovo serve-se de Genebra como um refúgio para conduzir as suas operações de espionagem.
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Míssil intercontinental?
por RTP

Responsável norte-americano questiona alegação ucraniana

A coberto do anonimato, um responsável dos Estados Unidos citado pela CBS News afirma que o projétil disparado durante a noite contra solo ucraniano era uma míssil balístico, mas não intercontinental, como acusou Kiev.

Recorde-se que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nas últimas horas que o míssil comportava "As características" de um ICBM.
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Representação reabre
por RTP

Embaixada portuguesa em Kiev volta a funcionar normalmente

A embaixada portuguesa em Kiev reabriu esta quinta-feira, depois de ter sido encerrada na véspera, face a receios de um bombardeamento russo em larga escala, indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

As Necessidades mantêm uma avaliação permanente. 
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Rússia está a preparar-se "há meses" para lançar novo míssil balístico, avisa Londres

O secretário britânico da Defesa, John Healey, afirmou esta quinta-feira que os russos se preparam "há meses" para lançar "um novo míssil balístico", mas não confirmou que Moscovo tenha lançado um míssil intercontinental em direção à Ucrânia.
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Zelensky confirma uso de míssil balístico intercontinental pela Rússia

O presidente ucraniano confirmou que a Rússia usou novos mísseis num ataque contra a Ucrânia. De acordo com Volodymyr Zelensky, a velocidade e altitude demonstraram que se tratava de um míssil balístico intercontinental ICBM. As investigações dos especialistas ainda estão em curso, acrescentou.
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Porta-voz da diplomacia russa recebeu ordens para não comentar ataque com mísseis na Ucrânia

Durante uma conferência de imprensa esta quinta-feira, a porta-voz da diplomacia russa recebeu instruções para não comentar o ataque contra a cidade ucraniana de Dnipro, que Kiev afirma ter sido efetuado esta manhã com um míssil balístico intercontinental.

Maria Zakharova foi interrompida por uma chamada telefónica durante a conferência. Do outro lado, pediram-lhe para "não comentar" o ataque com um "míssil balístico" contra a fábrica de satélites Pivdenmach, no centro da cidade ucraniana de Dnipro.
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UE fala em "clara escalada" após lançamento de míssil balístico intercontinental pela Rússia

Um porta-voz da União Europeia considerou que o lançamento de um míssil balístico intercontinental por parte da Rússia "marcaria uma clara escalada" na guerra na Ucrânia. A informação foi avançada pela agência France Press.

"Estamos, naturalmente, a acompanhar as notícias de que a Rússia utilizou um míssil balístico intercontinental contra um ou mais alvos na Ucrânia. (...) É óbvio que tal ataque marcaria uma nova escalada por parte de (Vladimir) Putin", reagiu Peter Stano.
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Coreia do Sul vai impor proibição de viagens para a região russa de Kursk

A Coreia do Sul planeia impor uma proibição de viagens a toda a região russa de Kursk, perto da fronteira com a Ucrânia, anunciou esta manhã o Ministério dos Negócios Estrangeiros do país.
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Míssil disparado pela Rússia não transportava ogiva nuclear

O míssil balístico intercontinental disparado pela Rússia contra a Ucrânia não transportava uma ogiva nuclear, adiantou à AFP uma fonte militar ucraniana. Kiev identificou o míssil como um RS-26 Rubezh, que possui um alcance de 5.800 quilómetros.
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Polónia diz que base de mísseis dos EUA é para defesa e não para ataque

Um porta-voz do Ministério polaco dos Negócios Estrangeiros assegurou esta manhã que não existem mísseis nucleares na base de mísseis dos EUA na Polónia.

Em resposta a uma acusação da Rússia, que argumentou que a base levaria a um aumento do nível geral de perigo nuclear, Pawel Wronski afirmou ainda que os mísseis são para defesa e não para ataque.

"Tais ameaças servirão certamente como argumento para reforçar as defesas aéreas da Polónia e da NATO, e devem também ser consideradas pelos Estados Unidos", acrescentou o porta-voz.
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Rússia diz ter abatido dois mísseis Storm Shadow

As defesas aéreas russas abateram dois mísseis de cruzeiro britânicos Storm Shadow, anunciou o Ministério da Defesa da Rússia esta quinta-feira, citado pela agência de notícias Interfax.

Entretanto, a agência RIA avançou que as forças russas tomaram a vila ucraniana de Dalne.
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Rússia disparou pela primeira vez um míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia

A Força Aérea ucraniana avançou há momentos que a Rússia lançou um míssil balístico intercontinental ICBM a partir da região de Astrakhan durante um ataque ao início desta manhã.

Segundo Kiev, o ataque teve como alvo Dnipro, cidade atingida com "vários tipos de mísseis", e teve como alvo empresas e infraestruturas críticas.

Esta é a primeira vez que a Rússia lança um míssil balístico intercontinental em direção à Ucrânia desde o início da guerra. Estes mísseis são capazes de viajar milhares de quilómetros.

As Forças Armadas ucranianas disseram, por sua vez, ter abatido seis mísseis de cruzeiro Kh-101 durante o ataque.
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Coreia do Sul condena envio de tropas norte-coreanas para a Rússia

O envio de tropas da Coreia do Norte para a Rússia é um "crime contra a humanidade" e torna jovens em "carne para canhão" na "invasão ilegal" da Ucrânia, considerou o vice-ministro da Defesa da Coreia do Sul, Kim Seon-ho. O responsável falava numa reunião de ministros da Defesa da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASAEN).
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Grande Entrevista. Elisa Ferreira acredita que Europa não recuará no apoio à Ucrânia

A comissária europeia Elisa Ferreira considera que a Ucrânia já deu provas suficientes para merecer fazer parte da União Europeia.

A poucos dias de terminar o mandato, a comissária esteve na Grande Entrevista da RTP3 a falar do alargamento do projeto europeu, que, diz, tem de ser pautado por autonomia na defesa e na indústria.
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Ucrânia. Augusto Santos Silva acredita que "a Europa assumirá as suas responsabilidades"

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva entende que a Europa pode fazer frente à Rússia, mesmo sem os Estados Unidos.

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Hungria vai instalar sistema de defesa aérea perto da fronteira com a Ucrânia

A Hungria vai instalar um sistema de defesa aérea no nordeste do país, uma vez que a ameaça de uma escalada na guerra entre a Ucrânia e a Rússia é "maior do que nunca", declarou esta quinta-feira o ministro húngaro da Defesa.

"Ainda confiamos que haverá paz assim que possível, através da diplomacia e não de uma solução militar", disse Kristof Szalay-Bobrovniczky num vídeo publicado no Facebook.

"No entanto, para nos prepararmos para todas as possibilidades, ordenei que fossem instalados no nordeste do país sistemas de controlo aéreo e de defesa aérea recentemente adquiridos", afirmou no final de uma reunião do Conselho de Defesa, convocada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán para debater os desenvolvimentos na Ucrânia.

"A ameaça de uma escalada da guerra entre a Ucrânia e a Rússia é maior do que nunca", acrescentou.
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Rússia está pronta para considerar qualquer iniciativa de paz "realista"

A Rússia está pronta para considerar qualquer iniciativa de paz "realista" sobre a guerra na Ucrânia que tenha em consideração os interesses de Moscovo e a situação no terreno, avançou esta quinta-feira a porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros, Maria Zakharova.

Segundo Zakharova, a Rússia está aberta a conversações e grata aos países que tentam ajudar a alcançar um acordo de paz.
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Ponto de situação
por RTP

Estados Unidos reabrem embaixada em Kiev

  • Na Ucrânia, a embaixada dos Estados Unidos reabriu nas últimas horas, depois de os serviços terem sido encerrados por causa da “ameaça de um ataque aéreo significativo” por parte da Rússia, na sequência do primeiro lançamento de mísseis de longo alcance por parte da Ucrânia. A reabertura foi anunciada na rede social X pela embaixadora norte-americana na capital ucraniana, Bridget Brink;


  • “Continuamos a encorajar os cidadãos dos Estados Unidos a estarem vigilantes, a seguir fontes ucranianas oficiais para atualizações e a prepararem-se para se abrigarem se for anunciado um alerta aéreo”, recomenda a representação diplomática dos Estados Unidos em Kiev;



  • Pelo menos seis representações diplomáticas foram encerradas na quarta-feira: Estados Unidos, Espanha , Itália, Hungria, Grécia e Portugal;


  • O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, mostrou-se na última noite, em declarações à RTP3, convicto de que a embaixada portuguesa em Kiev será reaberta com serviços mínimos;


  • A embaixada francesa em Kiev permaneceu aberta, limitando-se a exortar os cidadãos do país em solo ucraniano a permanecerem cautelosos;


  • A Ucrânia lançou, na quarta-feira, misseis britânicos Storm Shadow contra território russo, após o primeiro ataque com projéteis ATCMS norte-americanos, avançaram os media do Reino Unido. Os governos britânico e ucraniano mantiveram-se em silêncio;


  • O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, admite que o país poderá capitular, caso o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cancele o apoio militar até agora prosseguido pela Administração Biden;


  • Volodymyr Zelensky referiu-se, por outro lado, às notícias de um iminente bombardeamento russo como “mensagens para induzir o pânico que apenas ajudam” o Kremlin. “É sempre importante tomar atenção aos avisos de ataques aéreos. Temos um vizinho que é louco”, acrescentou;


  • Em entrevista divulgada na quarta-feira, Sergei Naryshkin, número um dos serviços secretos externos da Rússia, renovou a ameaça de retaliação contra países da NATO que facilitem ataques ucranianos com mísseis de longo alcance contra solo russo.
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por Lusa

Coreia do Norte e Rússia concordam em expandir cooperação económica

Vladimir Smirnov - Sputnik via Reuters

A Coreia do Norte e a Rússia chegaram a um novo acordo para expandir a cooperação económica após conversações em Pyongyang esta semana, informou hoje a agência de notícias oficial norte-coreana.

A KCNA não revelou detalhes do acordo assinado na quarta-feira entre dirigentes governamentais da Coreia do Norte e uma delegação liderada pelo ministro dos Recursos Naturais e Ecologia da Rússia, Alexandr Kozlov.

A agência de notícias pública russa TASS tinha dito na terça-feira que, após uma ronda anterior de negociações, os dois países concordaram em aumentar o número de voos fretados, para promover o turismo.

Kozlov, que chegou à Coreia do Norte no domingo, reuniu-se com o líder norte-coreano Kim Jong-un e com o principal responsável económico do país, o primeiro-ministro Kim Tok-hun, antes de regressar à Rússia na quarta-feira, informou a KCNA.

Durante a visita de Kozlov, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou a doação ao Jardim Zoológico Central de Pyongyang de mais de 70 animais, incluindo leões, ursos e várias espécies de aves, avançou a TASS.

Putin visitou a Coreia do Norte em junho, na sua primeira deslocação ao país em 25 anos.

A Coreia do Sul tem alertado para um aumento significativo da cooperação militar entre a Rússia e a Coreia do Norte, na sequência da assinatura de um acordo de parceria estratégica entre os dois países.

O acordo, que inclui uma cláusula de defesa mútua em caso de ataque, foi assinado depois de Putin e Kim Jong-un se terem encontrado em setembro no extremo leste da Rússia.

Seul calcula que Pyongyang já tenha enviado 11 mil soldados para a Rússia, dos quais cerca de três mil se encontram no oeste do país.

Na quarta-feira, os serviços secretos sul-coreanos confirmaram um aumento do envio de armas norte-coreanas para a Rússia para serem utilizadas na guerra contra a Ucrânia.

A informação foi dada pelo Serviço Nacional de Informações à Comissão de Informações da Assembleia Nacional, segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap.

Os serviços secretos precisaram que a Coreia do Norte enviou para a Rússia artilharia de longo alcance, incluindo obuses autopropulsados de 170 milímetros (mm) e lançadores múltiplos de foguetes de 240 mm.

A medida surge depois de militares norte-coreanos enviados para território russo terem começado a envolver-se em confrontos com tropas ucranianas, juntamente com as forças russas, segundo a Yonhap.

Kim Jong-un afirmou recentemente que os Estados Unidos e outros países ocidentais lançaram uma guerra contra a Rússia "utilizando a Ucrânia como tropas de choque".

O líder norte-coreano alertou para o risco de uma terceira guerra mundial devido às ações de Washington em várias partes do mundo.

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por Graça Andrade Ramos - RTP

Paulo Rangel confia que Rússia não irá usar armas nucleares

Caitlin Ochs - Reuters

O ministro dos Negócios Estrangeiros assumiu na última noite, em entrevista à RTP3, ter ficado preocupado com a alteração do protocolo nuclear russo, decidida pelo presidente Vladimir Putin esta semana.

Paulo Rangel acredita contudo que a Rússia não irá transformar a guerra com a Ucrânia num conflito nuclear. 

"Estamos com alguma confiança de que esse passo não será dado", afirmou.

"O conflito está numa altura de grande tensão, há mudanças geopolíticas ", reconheceu o diplomata, "mas julgamos que o risco nuclear estará excluído, porque a própria Federação Russa terá noção de que, isso seria um passo de tal maneira grave que criaria um conflito de outro tipo".

"Nós estamos sempre a apelar à contenção e ao respeito pelo direito internacional", referiu, lembrando que essa mesma mensagem foi deixada na Cimeira do G20, no início da semana, e mesmo reconhecendo a existência de "um fator que nos preocupa", especificamente o desrespeito do direito internacional por parte da Rússia ao invadir a Ucrânia, a par da posse de armas nucleares.
A decisão russa de  modificar os seus protoclos nucleares ficou a dever-se à autorização, dada a Kiev por parte de Washington, para o uso de mísseis de longo alcance norte-americanos contra alvos russos.

Kiev apressou-se a fazer uso dessa autorização.
Encerramento da embaixada explicado
O agravamento da tensão levou diversos países ocidentais a decidir pelo encerramento das suas embaixadas em Kiev esta quarta-feira, incluindo Portugal.

Paulo Rangel já tinha desvalorizado a questão durante a tarde, assumindo que os serviços da embaixada já foram fechados "mais de 200 vezes", "nestes mil dias" desde a invasão russa.

"Amanhã a embaixada pode estar aberta ou só segunda-feira", afirmou. "Admito a reabertura com serviços mínimos", acrescentou, com "um diplomata e um funcionário".

É algo que será ponderado dia a dia. "É uma avaliação permanente", caso surja por exemplo um alerta, o funcionamento altera-se. "A decisão é sempre avaliada no momento" explicou.

"Num país em guerra este é o quotidiano de uma embaixada", referiu ainda Rangel. "Até existe já um protocolo" para decidir que tipo de funcionamento será efetuado.

Portugal tem 10 pessoas na embaixada, incluindo dois diplomatas lusos. Vivem com "dois kits de emergência ao seu lado" e "muitas vezes dormem em bunkers e não nas suas residências", explicou. 

Os constantes alertas afetam o funcionamento da embaixada, acrescentou Rangel, considerando que a palavra "encerramento" é "enganosa" porque implica o regresso do pessoal diplomático a Portugal, algo que não vai suceder.
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por RTP

Paulo Rangel sublinha caráter provisório de fecho da embaixada em Kiev

O ministro dos Negócios Estrangeiros sublinha que o encerramento da embaixada de Portugal em Kiev é provisório e que as instalações até podem reabrir já esta quinta-feira, ou no dia seguinte.

Paulo Rangel lembra que esta não é uma situação inédita, embora admita que é grave, no atual contexto geopolítico, e que a mudança de doutrina nuclear, por parte da Rússia, é preocupante.
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por RTP

Zelensky admite derrota se Trump cancelar o apoio militar a Kiev

Foto: Reuters

O presidente da Ucrânia admite uma derrota face à Rússia se o próximo presidente dos Estados Unidos cancelar o apoio militar. A actual Administração norte-americana anunciou um novo pacote de ajuda no valor de 275 milhões de dólares. E depois dos mísseis ATACMS fornecidos pelos Estados Unidos, a Ucrânia atacou território russo pela primeira vez com os mísseis Storm Shadow cedidos pelo Reino Unido.

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por RTP

Washington aponta dedo à Russia no corte dos cabos submarinos do Báltico

Foto: Anne Kauranen - Reuters

Os Estados Unidos apontam o dedo a Moscovo no corte dos dois cabos submarinos no Mar Báltico. A Rússia nega as acusações. Portugal tem 20 destes cabos que carregam todas as informações secretas. As forças armadas acreditam que a Rússia tenta roubar esses dados sempre que passa em águas portuguesas.

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