O porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF) alertou hoje que as operações militares contra o Hezbollah não terminam com a morte do seu líder, Hassan Nasrallah, cuja eliminação a diplomacia israelita considerou uma das "medidas antiterroristas mais justificadas".
"Isto ainda não acabou, o Hezbollah tem mais capacidade", disse o porta-voz da IDF, Daniel Hagari, numa declaração na qual também deu conta de que a Força Aérea continua hoje a bombardear posições da organização xiita em diferentes partes do Líbano.
Hagari congratulou-se com a morte de Nasrallah e destacou que durante décadas "foi um dos maiores inimigos de Israel de todos os tempos", representando uma ameaça para os cidadãos, afirmando ainda que "eliminá-lo fez do mundo um lugar mais seguro".
Na mesma linha se pronunciou o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, que foi a primeira pessoa do Governo a referir-se à morte do líder do Hezbollah, acusando-o de ser o responsável pelo "assassinato de milhares" de israelitas, civis e militares, assim como de cidadãos estrangeiros.
"Aos nossos inimigos digo-lhes: somos fortes e decididos. Aos nossos aliados digo: a nossa guerra é a vossa guerra. E ao povo do Líbano digo: a nossa guerra não é contra vocês. É hora de mudar", disse.
Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israël Katz, afirmou que a eliminação do líder do Hezbollah é uma das "medidas antiterroristas mais justificadas" que existem.
"A eliminação do arqui-terrorista Nasrallah é uma das medidas antiterroristas mais justificadas alguma vez tomadas por Israel", escreveu Katz na sua conta na rede social X (antigo Twitter), afirmando que Nasrallah "merecia ser morto" e que é "uma coisa boa que o tenha sido".
Entretanto, a companhia aérea pública iraniana Iran Air anunciou hoje ter suspendido todos os voos para Beirute, capital do Líbano, na sequência da morte de Nasrallah.
"Todos os voos da companhia Iran Air em direção ao aeroporto Rafic Hariri de Beirute foram anulados até nova ordem", segundo avançou a agência de notícias oficial do Irão, Tasnim.
Israel intensificou os ataques aéreos no Líbano desde segunda-feira, provocando mais de 700 mortos desde então.
Uma das vítimas é o líder do partido xiita libanês Hezbollah (Partido de Deus), Hassan Nasrallah, que morreu num bombardeamento contra a sede da organização realizado na sexta-feira, num subúrbio no sul de Beirute.
A morte de Nasrallah foi confirmada hoje pelo Hezbollah, horas depois de ter sido anunciada pelo exército israelita.