As autoridades da Guatemala (América Central) salvaram 160 crianças na sexta-feira duma propriedade a 60 km da capital, pertencente à seita Lev Tahor, um grupo judeu ultraortodoxo suspeito de abusar sexualmente de menores, anunciaram hoje fontes oficiais.
Segundo o ministro do Interior, Francisco Jiménez, citado pela rede social X (antigo Twiter) , a operação resultou no "resgate de 160 menores" que foram "alegadamente abusados por um membro da seita Lev Tahor".
O resgaste das crianças foi feito após uma busca na propriedade no município de Oratorio, a cerca de 60 quilómetros (km) a sudoeste da capital, onde a seita Lev Tahor se instalou em 2016.
A busca foi motivada por suspeitas de tráfico de seres humanos "sob a forma de gravidez forçada, abuso de crianças e violação", disse o procurador do Ministério Público, Dimas Jiménez, numa conferência de imprensa.
As buscas levaram à descoberta da presumível ossada de uma menor, acrescentou o procurador.
A operação contou com o apoio do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS).
A seita Lev Tahor - que significa "Coração Puro" em hebraico - foi formada na década de 1980 e pratica uma forma ultraortodoxa de judaísmo, na qual as mulheres usam túnicas pretas que as cobrem da cabeça aos pés.
O grupo mudou-se para Oratorio em 2016, depois da polícia e os promotores invadiram vários dos seus prédios na Guatemala, onde chegou em 2013.
Na altura, as autoridades disseram que estavam a agir a pedido de Israel, cuja polícia procurava um menor desaparecido.