Grupo rebelde birmanês aberto a conversações de paz com junta militar

por Lusa
Bandeira das forças rebeldes da antiga Birmânia Reuters

Um segundo grupo rebelde que luta contra a junta militar birmanesa disse estar aberto a conversações de paz, sob a égide de Pequim, para pôr fim aos confrontos iniciados em 2023 perto da fronteira chinesa.

"A partir de hoje, cessaremos imediatamente o fogo e não atacaremos ativamente o exército" de Myanmar (antiga Birmânia), declarou a Aliança Nacional Democrática de Myanmar (MNDAA, na sigla em inglês), num comunicado divulgado na terça-feira à noite.

"Sob a mediação da China, estamos dispostos a encetar conversações de paz com o exército birmanês sobre questões como a (cidade) de Lashio", acrescentou a organização, que conta com cerca de oito mil combatentes e luta há anos pela autonomia da minoria Kokang, de língua chinesa, no norte do estado de Shan.

Os rebeldes estão prontos a "enviar uma delegação de alto nível para dialogar" com "o exército de Myanmar e resolver conflitos e disputas através de meios políticos".

Em outubro de 2023, os combatentes da Aliança, em coordenação com dois outros grupos rebeldes, lançaram um grande ataque que obrigou a junta a recuar o seu controlo territorial a um nível nunca visto desde o golpe de Estado de 2021.

Estes grupos armados tomaram o controlo de vastas áreas do estado de Shan, incluindo a cidade estratégica de Lashio e a autoestrada que conduz à China, vital para a economia de Myanmar.

 

 

 

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