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Grupo dos BRICS alargado a mais seis países

por Rita Fernandes

EPA

O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, anunciou a entrada da Argentina, Egito, Etiópia, Irão, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos no grupo de economias emergentes BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

“Decidimos convidar a República da Argentina, a República Árabe do Egito, a República Federal da Etiópia, a República Islâmica do Irão, o Reino da Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, para serem membros de pleno direito, efetivo a partir de 1 de janeiro de 2024”, anunciou.

O líder sul-africano falava em conferência de imprensa conjunta sobre o resultado das deliberações da 15.ª cimeira de chefes de Estado e de Governo do BRICS, hoje terminada, em Joanesburgo, África do Sul.

Com a entrada da Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Irão, o bloco de economias emergentes passa também a representar seis dos nove maiores produtores de petróleo do mundo, juntamente com a Rússia, China e Brasil.

A Arábia Saudita é o segundo maior produtor de petróleo do mundo, depois dos Estados Unidos, com uma produção média diária estimada em 11 milhões de barris e 17% das reservas mundiais, segundo dados divulgados em julho por operadores ligados ao setor.

O bloco BRICS representa atualmente mais de 42% da produção mundial e deve mudar a economia mundial até 2030, sendo os maiores parceiros comerciais de África.

Na sua intervenção, o Presidente Ramaphosa disse que os líderes BRICS adotaram a declaração “Joanesburgo II” da 15.ª Cimeira dos BRICS.

Ramaphosa considerou que a 15.ª Cimeira do BRICS “foi uma plataforma para várias organizações e organismos apresentarem as suas ideias para o crescimento e desenvolvimento nos países do BRICS, isto inclui 1.500 líderes empresariais e formações de jovens”.

Nesse sentido, o chefe de Estado sul-africano reiterou que “os países BRICS estão aptos para enfrentar a reforma dos sistemas financeiros globais”.

“A questão dos instrumentos de pagamento em moeda local nas trocas comerciais entre os países membros será tratada pelos governadores dos bancos centrais dos países do BRICS”, avançou.

Ramaphosa adiantou que o bloco “deliberou sobre o comércio de moeda local e sistemas de pagamento alternativos”, sem avançar detalhes.

Nos últimos dois dias, chefes de Estado do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul estiveram envolvidos em conversações sobre vários temas, incluindo o reforço da cooperação de segurança, energética, comercial, económica, social.

Brasil, Índia e África do Sul estiveram representados pelos respetivos chefes de Estado na cimeira dos BRICS, que decorreu entre 22 e 24 de agosto.

A Rússia, que também integra o bloco, esteve representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov.

(Com Lusa)

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