Greve geral. Israelitas exigem acordo para a libertação de reféns detidos em Gaza

por RTP
Foto: Abir Sultan - EPA

A greve geral desta segunda-feira foi convocada pela central sindical Histadrut e visa aumentar a pressão sobre o Governo de Benjamin Netanyahu para a libertação dos reféns detidos em Gaza desde o ataque de 7 de outubro. No domingo, o anúncio pelo exército israelita da descoberta dos corpos de seis reféns provocou grandes manifestações no país.

A greve geral que está a afetar vários setores de atividade. No aeroporto de Ben Gurion, em Telavive, dezenas de passageiros tentavam prosseguir viagem após o adiamento de alguns voos, relata a agência France Presse.

De acordo com um porta-voz do aeroporto, não houve descolagens entre as 8h00 e as 10h00 da manhã.

A greve faz-se sentir sobretudo nas cidades de Telavive e Haifa, onde as escolas e as universidades estão encerradas esta segunda-feira. Há também centros comerciais, portos e ministérios do Governo encerrados.

Esta ação de protesto foi convocada pela poderosa central sindical israelita Histadrut, a maior do país, com o intuito de exercer pressão sobre o Governo do país.
Exigem que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu assine o acordo para a libertação dos reféns que permanecem detidos em Gaza desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro.

No domingo, o exército israelita anunciou a recuperação de seis corpos de reféns, o que provocou manifestações massivas por parte da população
, que atribui culpas ao primeiro-ministro israelita por não ter alcançado um acordo de cessar-fogo com o Hamas.

Em comunicado, o Hamas sugeriu que o grupo de reféns morreu na sequência de um ataque aéreo de Israel. As Forças de Defesa de Israel (IDF) descreveram esta declaração como “guerra psicológica”.

Ao longo de vários meses, os Estados Unidos, Catar e Egito têm procurado mediar um acordo entre Israel e o grupo palestiniano que assegure o fim dos ataques em Gaza e a libertação dos reféns.

O principal responsável da central sindical Histadrut, Arnon Bar-David, acusou esta segunda-feira o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de tentar frustrar qualquer acordo para manter intacta a coligação de Governo.

“É inconcebível que as nossas crianças morram em túneis devido a interesses e cálculos políticos”, afirmou o responsável.
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