Greta Thunberg processada por "desobedecer à polícia" durante protesto na Suécia

por RTP
Johan Nilsson - Reuters

A ativista climática Greta Thunberg está a ser processada por "desobedecer à polícia" e bloquear um porto petrolífero na Suécia durante um protesto no mês passado. A ativista sueca arrisca ser condenada a seis meses de prisão ou pagar uma multa.

"O procurador público apresentou queixa contra uma jovem que, em 19 de junho, participou numa manifestação climática que interrompeu o trânsito em Malmö. A jovem recusou-se a obedecer às ordens da polícia para deixar o local", anunciou a procuradoria sueca em comunicado.

Contactado pela AFP, o Ministério Público confirmou que a jovem acusada se tratava de Greta Thunberg.

Thunberg, de 20 anos, participou num protesto do grupo “Ta Tillbaka Framtiden”, ou “Reclaim the Future”, que bloqueou o porto de Malmö, na Suécia, durante seis dias em junho.

Os ativistas bloquearam as entradas e saídas do porto petrolífero em protesto contra o uso de combustíveis fósseis.

“A crise climática já é uma questão de vida ou morte para inúmeras pessoas”, escreveu Thunberg no Instagram em junho, quando se juntou ao protesto. “Optamos por não ser espectadores e, em vez disso, parar fisicamente a infraestrutura de combustível fóssil”, acrescentou.

Segundo o Ministério Público, Thunberg foi intimada a comparecer a tribunal a 24 de julho, juntamente com outros três manifestantes que também marcaram presença no protesto do mês passado. A ativista sueca arrisca ser condenada a seis meses de prisão ou pagar uma multa.

Irma Kjellström, de 20 anos, está entre os acusados. Questionada pela BBC se não está preocupada com as consequências do julgamento, a jovem ativista respondeu: “Pessoalmente, estou mais preocupada com os danos horríveis que a indústria de combustíveis fósseis está a causar ao mundo”.

“Não vou parar enquanto eles estiverem a ameaçar o planeta”, prometeu.

Greta Thunberg tornou-se conhecida depois de em 2018, na altura com 15 anos, se ter sentado em frente ao Parlamento sueco com uma placa onde se lia “greve escolar pelo clima” todas as sextas-feiras.

Em poucos meses, jovens de todo o mundo aderiram ao protesto e nasceu o movimento “Fridays for Future”.
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