Greenpeace protesta contra exploração de petróleo na Amazónia

por Lusa

Rio de Janeiro, 28 set (Lusa) - Membros da associação ambientalista Greenpeace manifestaram-se hoje em frente à sede da petrolífera francesa Total, na cidade brasileira do Rio de Janeiro, contra os planos de exploração de petróleo bruto na foz do rio Amazonas.

Uma dúzia de manifestantes abriram uma grande bandeira negra que dizia "Total, fique longe dos corais da Amazónia", enquanto um `drone` projetava na fachada do prédio a frase "trabalhadores não deixem a sua empresa destruir os corais da Amazónia".

"Nós viemos aqui para exigir novamente que a empresa abandone os planos de explorar petróleo na bacia da foz do rio Amazonas, perto dos corais, que são um bioma único que acaba de ser revelado à humanidade e que estaria ameaçado em caso de derrame de petróleo", disse à Efe Tiago Almeida, especialista em energia da Greenpeace Brasil.

O ativista lembrou que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) rejeitou, em agosto, a última versão do estudo ambiental apresentado pela Total e deu um ultimato à petrolífera porque este relatório tinha inúmeras falhas e inconsistências.

"O próprio estudo da Total mostra que há um risco de 30% de afetar os corais e também uma hipótese de 72%, no pior dos casos, de o petróleo atingir a costa de Trinidad e Tobago e outros países", afirmou Tiago Almeida.

O controverso projeto de exploração de petróleo na foz do rio Amazonas é liderado pela Total em associação com a empresa britânica BP e a brasileira Petrobras.

A petrolífera Total, por sua vez, tem recusado a teoria de que a exploração de petróleo pode ameaçar este recife de coral descoberto em 2016, entre a foz do rio Amazonas e o Oceano Atlântico, pois alega que o poço de exploração de petróleo fica a 28 quilómetros de distância do local.

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