Gonçalo Uva vai juntar-se, na quinta feira, ao irmão Vasco Uva nos 'Rugby Centurions', um clube internacional composto exclusivamente por jogadores de râguebi que cumpriram pelo menos 100 jogos pela seleção do seu país.
Com uma carreira que, em Portugal, passou exclusivamente pelo Direito e, em França, pelo Montpellier e Narbonne, Gonçalo Uva assumiu num comunicado que a fundação dos 'Rugby Centurions', em 2017, constituiu um incentivo à sua longevidade nos relvados, de onde se retirou em 2018, aos 33 anos.
"O meu objetivo sempre foi representar Portugal o maior número de vezes possível. Quando soube da criação dos 'Centurions', obviamente, foi uma motivação extra para atingir a 100.ª internacionalização", referiu o antigo 2.ª Linha da seleção portuguesa.
Entre os membros do clube fundado pelo sul-africano John Smit, estão alguns dos nomes mais célebres da modalidade a nível mundial, tais como Richie McCaw (Nova Zelândia), o mais internacional de todos os tempos, com 148 jogos pelos 'All Balcks' em 2015, ou Phillipe Sella (França), o primeiro de sempre a chegar à centena de 'caps', em 1994.
"É um orgulho poder entrar num grupo exclusivo do qual fazem parte grandes nomes das mais variadas gerações do râguebi mundial. É mais uma forma de representar Portugal e o râguebi português ao mais alto nível, ao lado do meu 'capitão' e irmão", finalizou o antigo jogador.
Entre os pontos altos da carreira internacional de Gonçalo Uva, que teve início em junho de 2004, destaca-se, naturalmente, a participação no Campeonato do Mundo de 2007, em França, onde jogou ao lado de Vasco Uva, que considera um "privilégio" receber o irmão nos 'Centurions'.
"Partilhámos os relvados durante cerca de 18 anos e somos os primeiros irmãos a integrar este clube. Pertencer aos 'Centurions' é uma enorme honra, uma das maiores da minha carreira desportiva", referiu Vasco Uva.
A primeira gala dos 'Rugby Centurions' decorreu em 23 de novembro de 2017 e agraciou com um 'blazer' representativo os 53 jogadores que, até à data, haviam cumprido pelo menos 100 jogos internacionais pelos respetivos países, entre os quais o português Vasco Uva.
Além de Gonçalo Uva, outros 14 jogadores que atingiram, entretanto, a centena de internacionalizações serão 'empossados' como elementos do clube que pretende "unir os maiores guerreiros", numa força conjunta para "promover o desenvolvimento" da modalidade.