Foto: José Manuel Ribeiro - Reuters
Já está de regresso a Portugal os operacionais do Grupo de Operações Especiais impedidos de entrar na Venezuela. Os agentes da PSP iam proteger a embaixada portuguesa em Caracas, mas nem sequer chegaram a sair da base onde aterraram. Ao fim de várias horas de negociações, o grupo acabou por voltar ao país.
Além dos agentes, transportava diversas malas diplomáticas, que continham armas, capacetes e coletes à prova de bala. Mas foram impedidos de entrar em território venezuelano.
Durante 12 horas seguiram-se intensas negociações diplomáticas sem qualquer resultado. Face à intransigência das autoridades venezuelanas, os elementos dos GOE regressaram a Lisboa.
A unidade anti-terrorista estava a preparar a missão há três semanas, face ao agravamento da situação política e social. Ia reforçar a segurança da embaixada de Portugal em Caracas. Os GOE são responsáveis pelas instalações diplomáticas portuguesas em todo o mundo.
O incidente aconteceu horas antes de Portugal reconhecer Juan Guaidó como presidente interino.
A situação na Venezuela tem vindo a piorar. Guaidó acusa Nicolás Maduro de estar a desviar fundos de ajuda humanitária em proveito próprio.
Nicolás Maduro, que esteve em mais um momento transmitido pela televisão, diz estar a resistir a uma guerra psicológica.