O antigo conselheiro da Casa Branca e genro de Donald Trump, Jared Kushner, está entre os nomeados para o Prémio Nobel da Paz. Kushner e o seu conselheiro, Avi Berkowitz, foram indicados para o galardão por um antigo advogado do Presidente cessante pelos seus papéis nos “Acordos de Abraão”.
Os dois antigos conselheiros do Presidente cessante foram nomeados ao Prémio Nobel da Paz pelo advogado norte-americano Alan Dershowitz, que defendeu Trump no seu primeiro processo de impeachment, no ano passado.
Enquanto professor emérito da Universidade de Direito de Harvard, Dershowitz era uma das pessoas elegíveis para nomear candidatos ao prémio. Milhares de pessoas, desde membros de parlamentos de todo o mundo até ex-vencedores, podem propor nomes.
Na sua carta enviada ao Comité Nobel, Dershowitz também citou o trabalho do ex-embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, e do ex-embaixador de Israel nos Estados Unidos, Ron Dermer, nos acordos. Ele parecia sugerir que a sua nomeação poderia ser controversa.
“O Prémio Nobel da Paz não é por popularidade. Nem é uma avaliação do que a comunidade internacional pode pensar daqueles que ajudaram a trazer a paz. É um prémio por cumprir os critérios desafiantes estabelecidos por Alfred Nobel no seu testamento”, escreveu o advogado, segundo cita a agência Reuters.
As nomeações ao Prémio Nobel da Paz, entregue em outubro, encerraram no domingo. Na lista de indicados ao galardão, para além de Kushner e de Berkowitz, constam ainda Alexey Navalny, o principal opositor do Presidente russo Vladimir Putin que se encontra atualmente detido, e a jovem ativista sueca Greta Thunberg.
Em comunicado, Jared Kushner já anunciou que se sente honrado por ter sido indicado ao Prémio Nobel da Paz.
Em 2020, Trump estava também nomeado para o Nobel da Paz. O Presidente dos Estados Unidos na altura foi nomeado pelo presidente da Assembleia Parlamentar da NATO, Christian Tybring-Gjedd, também sob o argumento da sua contribuição para o acordo Israel-Emirados Árabes Unidos.