Futuro conselheiro da Casa Branca defende apoio dos EUA à Ucrânia e a Israel

por Lusa

Michael Waltz, futuro conselheiro de Segurança Nacional do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, é um defensor do apoio norte-americano à Ucrânia e um intenso apoiante da ajuda a Israel na luta contra o Hamas.

Donald Trump nomeou hoje o congressista republicano Michael Waltz como próximo conselheiro de Segurança Nacional - um veterano das Forças Especiais do Exército (Green Berets) que serviu em múltiplas missões de combate no Afeganistão, Médio Oriente e África, tendo recebido quatro Estrelas de Bronze pelo seu desempenho.

A sua experiência militar e posições firmes em questões de segurança nacional alinham-se com a visão de Trump para a política externa dos EUA, embora o Presidente eleito se refira a ele, sobretudo, como "um fiel apoiante" da sua visão para o país.

Sobre a invasão russa da Ucrânia, Waltz tem sido um defensor do apoio dos EUA a Kiev, sublinhando a necessidade de uma resposta robusta à agressão de Moscovo.

No entanto, por várias vezes num passado recente, o congressista também defendeu a importância de os aliados europeus aumentarem a sua contribuição financeira e militar para o conflito, criticando países como a Alemanha por investimentos insuficientes na defesa da NATO.

Waltz argumenta que, embora os EUA devam apoiar a Ucrânia, é essencial que a Europa assuma uma parte mais significativa da responsabilidade na defesa coletiva.

O futuro conselheiro não esconde a sua posição crítica em relação ao Presidente russo, Vladimir Putin, descrevendo-o como uma ameaça significativa à segurança global.

Waltz defende uma postura firme contra as ações agressivas da Rússia, tendo sido um crítico de primeira hora da anexação da Crimeia, em 2014, e da mais recente intervenção militar na Ucrânia.

O congressista acredita que a comunidade internacional deve responsabilizar Putin pelas suas ações e implementar sanções económicas e políticas para conter a agressão russa, apoiando o fortalecimento das capacidades de defesa da NATO para dissuadir futuras agressões de Moscovo na Europa.

Em relação ao conflito entre Israel e o movimento islamita Hamas, na Faixa de Gaza, Waltz tem expressado consistentemente apoio ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, defendendo o direito à autodefesa contra as iniciativas de grupos terroristas.

O futuro conselheiro da Casa Branca considera que os EUA devem manter uma aliança sólida com Israel e apoiar as suas ações para garantir a segurança nacional.

Waltz também tem sublinhado a necessidade de os Estados Unidos participarem no combate ao terrorismo no Médio Oriente, vendo o apoio a Israel como parte integrante dessa estratégia.

A nomeação de Waltz como conselheiro de Segurança Nacional sinaliza uma possível continuidade ou intensificação de políticas externas assertivas por parte do futuro Governo de Trump.

A sua experiência militar e as posições firmes em relação a adversários estratégicos, como a Rússia, indicam uma abordagem que privilegia a força e a dissuasão.

Por outro lado, a forma como defende uma postura de responsabilidade partilhada entre os aliados sugere que os EUA poderão pressionar os parceiros internacionais a assumirem um papel mais ativo na segurança global.

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