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Dois milhões de norte-americanos ficaram sem eletricidade por causa da tempestade que chegou a terra por volta da 1h30, hora de Lisboa. As autoridades reduziram a categoria do furacão para o nível 1, com ventos menos intensos do que se temia inicialmente, embora ainda com capacidade para provocar danos significativos.
O furacão Milton está a perder intensidade, à medida que vai atravessando o estado norte-americano da Florida. Mas os efeitos estão a ser devastadores, com cheias repentinas, devido à chuva torrencial.
Ouvido pela Antena 1, o diretor regional nos Açores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Carlos Ramalho explica que as alterações climáticas estão a contribuir não para um maior número de furacões, mas para fenómenos do clima mais intensos do que no passado. Carlos Ramalho, que é também o representante português no Comité de Furacões da Região 4, da Organização Meteorológica Mundial.
Neste dia, em que a organização ambientalista WWF avisa que os próximos cinco anos vão determinar o futuro do planeta.
A associação internacional escreve no relatório anual "Índice Planeta Vivo", que o mundo tem cinco anos para seguir uma trajetória sustentável, caso contrário, as reações negativas da degradação da natureza e das alterações climáticas vão colocar o planeta numa encosta descendente de pontos de ruptura descontrolados.
A WWF dá alguns exemplos, do que pode acontecer, como a mortalidade em massa dos recifes de coral, que destruiria a pesca e a protecção contra tempestades, e também a destruição da floresta tropical amazónica, que libertaria toneladas de carbono para a atmosfera, perturbando os padrões climáticos da Terra.