Ao longo desta sexta-feira, foram angariados 132 mil euros para o Fundo de Emergência para Moçambique, da Cruz Vermelha Portuguesa. Somam-se 276 mil euros, desde o início da semana. O segundo avião C-130 da Força Aérea Portuguesa com apoio português às operações de socorro já chegou à cidade da Beira.
Portugal mantém a representação em Moçambique.
O segundo avião C-130 da Força Aérea Portuguesa com apoio português às operações de socorro às vítimas da passagem do ciclone Idai em Moçambique aterrou hoje na cidade da Beira pelas 10h30 (08h30 em Lisboa).
No primeiro avião, além dos 35 militares, seguiram uma equipa cinotécnica (homem e cão) da GNR, numa operação coordenada pela Autoridade Nacional de Proteção Civil.
A população de Buzi, uma das zonas mais afetadas pelas inundações em Moçambique, preferiam que a ajuda humanitária chegasse à localidade, em vez de serem retirados para a Beira.
As águas dos rios já desceram, mas sobe a angústia de não haver meios de subsistência.
Os enviados da RTP Cândida Pinto e Rui Castro acompanharam uma Operação de Resgate da Marinha da Índia.
Mais de uma semana após a passagem do ciclone Idai, as autoridades confirmaram esta sexta-feira o novo balanço de 293 vítimas mortais só em Moçambique e um total de 1511 feridos. Os números foram atualizados pelo Instituto Nacional de Gestão de Calamidades de Moçambique. Cerca de 15 mil pessoas continuam em situação de risco, segundo informou o Governo.
Segundo o responsável, há mais de 89 mil pessoas a serem assistidas em cerca de 109 centros de acomodação nas províncias mais afetadas.
Em declarações à agência France Presse, o ministro do Ambiente, Celso Correia, confirma que pelo menos 15 mil pessoas estão em risco e têm de ser resgatadas “de imediato”, sendo que grande parte está presa em “casas e telhados”.
“Eles estão vivos, mas precisamos de os resgatar, de os tirar de lá. Cada minuto conta”, afirmou o ministro.
O balanço provisório da passagem do ciclone Idai em Moçambique, no Zimbabué e no Maláui aumentou hoje para 603 mortos.
O ciclone afetou pelo menos 2,8 milhões de pessoas nos três países africanos e a área submersa em Moçambique é de cerca de 1.300 quilómetros quadrados, segundo estimativas de organizações internacionais.
A cidade da Beira, no centro litoral de Moçambique, foi uma das mais afetadas pelo ciclone, na noite de 14 de março.