O presidente Emanuel Macron a dirigiu-se às urnas logo pela manhã, pouco depois de Marine Le Pen. Antes, tinham votado já Gabriel Attal, o atual primeiro-ministro.
Até às 17h00 locais, a participação nestas eleições era de 59,39 por cento, um aumento muito considerável em relação a 2022, quando à mesma hora tinham votado 39,4 por cento dos eleitores.
Espera-se que os 49 milhões de eleitores vão às urnas para eleger os 577 deputados da Assembleia Nacional. As sondagens apontam para a vitória da extrema-direita, de Marine Le Pen, e para uma derrota do partido de Emmanuel Macron.
O presidente francês convocou estas eleições antecipadas após os resultados das eleições europeias, a 9 de junho. Estas legislativas são as mais aguardadas da história recente, em França e ficam marcadas pela imigração, impostos e educação.
Esta primeira volta começou com a abertura das assembleias de voto em alguns territórios ultramarinos.
Após a abertura das urnas em territórios ultramarinos como São Pedro e
Miquelon, São Bartolomeu, São Martinho, Guadalupe, Martinica, Guiana,
Polinésia Francesa - aliás, a Nova Caledónia encerrou no sábado as
assembleias de voto com um aumento da afluência após os protestos de há
algumas semanas -, bem como em embaixadas e consulados no continente
americano, é a vez, este domingo, da França continental, onde 49,5
milhões de eleitores estão inscritos para votar.
Com os primeiros resultados esperados por volta das 20h00, esta eleição poderá abalar o panorama político francês e abrir caminho para que a extrema-direita chegue ao poder dentro de uma semana.
As eleições de 30 de junho são apenas a primeira volta de um sistema de duas voltas, sendo o dia 7 de julho a data-chave.
A Assembleia Nacional francesa é composta por 577 deputados, eleitos por outros tantos círculos eleitorais: em cada um deles, só há um vencedor na primeira volta se alguém obtiver mais de 50% dos votos expressos e estes representarem, além disso, 25% do total do eleitorado.
As sondagens mostram a aliança conservadora liderada pelo Reagrupamento Nacional de Jordan Bardella e Marine Le Pen à frente dos rivais, com uma intenção de voto de cerca de 30%, mas não é claro que consigam alcançar a maioria absoluta que Bardella exige para governar sem dependência.
c/ Lusa