Em França, pelo menos seis pessoas ficaram feridas num esfaqueamento esta quinta-feira. Quatro delas são crianças, com idades entre os 22 meses e os três anos. O crime aconteceu em Annecy, nos Alpes franceses, e o suspeito foi detido.
Dos quatro menores, um tem 22 meses, dois têm dois anos e um tem três anos. As autoridades revelaram que duas crianças têm nacionalidade francesa, uma é neerlandesa e a outra inglesa.
A Câmara de Haute-Savoie especifica que o ataque ocorreu por volta das 9h45 num parque infantil nos Jardins da Europa. O atacante foi detido no local pela polícia e está acusado de tentativa de homicídio. As autoridades afastam a possibilidade de existir um segundo suspeito.
“Várias pessoas, incluindo crianças, ficaram feridas num ataque de um indivíduo armado com uma faca numa praça em Annecy. O indivíduo foi detido graças à muito rápida intervenção da polícia”, escreveu no Twitter o ministro francês do Interior, Gérald Darmanin.Plusieurs personnes dont des enfants ont été blessés par un individu armé d’un couteau dans un square à Annecy. L’individu a été interpellé grâce à l’intervention très rapide des forces de l’ordre.
— Gérald DARMANIN (@GDarmanin) June 8, 2023
Segundo uma fonte policial, o agressor tem 32 anos e é de nacionalidade síria, tendo estatuto de requerente de asilo que obteve na Suécia. É um refugiado político e não tem antecedentes criminais.
O parque infantil onde decorreu o ataque reabriu durante a tarde. São muitos os que deixam flores para as vítimas neste parque em forma de homenagem.
O antigo jogador do Liverpool, Anthony Le Tallec, estava no parque quando tudo aconteceu. O francês fez uma descrição dos momentos de pânico que viveu.
A investigação sobre o ataque indica que não existe "nenhum motivo terrorista aparente", disse a procuradora da República em Annecy.
"Na forma como está, não há elementos que nos levem a crer que haja uma motivação terrorista", disse a procurador em conferência de imprensa.
A tragédia causou agitação na Assembleia Nacional que decorria em simultâneo, com os membros a realizarem um minuto de silêncio a pedido da presidente Yaël Braun-Pivet após este "ataque gravíssimo".
A primeira-ministra francesa, Elisabeth Bourne, diz que as investigações estão ainda a decorrer e que o tempo agora é de apoio às vítimas e às famílias.
Jean-Luc Mélenchon, líder da extrema-esquerda francesa, também já reagiu. “O nosso coração está despedaçado. Aos filhos, o nosso doloroso carinho. Aos pais, toda a nossa aflita compaixão”.A tragédia causou agitação na Assembleia Nacional que decorria em simultâneo, com os membros a realizarem um minuto de silêncio a pedido da presidente Yaël Braun-Pivet após este "ataque gravíssimo".