Forças ucranianas reivindicam pesadas baixas russas em assalto no leste

por Lusa

O Exército Ucraniano reivindicou hoje que as forças russas perderam no último dia quase quinhentos soldados e mais de trinta unidades técnico-militares nos ataques à cidade de Avdivka e outras áreas da frente leste.

"Os nossos soldados permanecem firmes na defesa da área de Avdivka", escreveu Oleksandr Tarnavski, comandante do grupo operacional estratégico naquela região na sua conta no Telegram.

Segundo o general ucraniano, as tropas russas levaram a cabo ações ofensivas sem sucesso em Avdivka, Novokalinove (cerca de vinte quilómetros a norte de Avdivka), Opytne (cerca de sete quilómetros a sul de Avdivka) e Pervomaiski (na região nordeste de Kharkiv).

"No geral, as perdas inimigas chegam a 483 pessoas", disse Tarnavski, somando-se a pesadas baixas russas nas últimas semanas, embora os números não possam ser de imediato confirmados de fonte independente.

Relativamente ao equipamento militar, a Ucrânia diz ter destruído 11 tanques russos, quatro veículos blindados de combate, seis sistemas de artilharia, dois `drones`, oito automóveis e dois depósitos de munições, segundo o referido balanço.

Desde outubro, a Rússia tem concentrado os seus esforços na tentativa de cercar a cidade ucraniana de Avdivka, mas, segundo o Exército Ucraniano, os russos estão a sofrer perdas massivas.

Também hoje, um ataque ucraniano deixou nove mortos numa região ocupada do sul da Ucrânia, disse um responsável local das autoridades de ocupação russas.

"Nove pessoas falecidas foram extraídas dos escombros", adiantou Vladimir Saldo, colocado por Moscovo à frente das zonas ocupadas nesta parte do sul da Ucrânia, entrevistado pelo canal de televisão Rossiya 24.

Anteriormente, outro elemento das autoridades de ocupação acusou as forças ucranianas de um ataque às infraestruturas civis na aldeia de Chaplinka, localizada na zona ocupada da região de Kherson, no sul do país

Konstantin Bassiouk deu então um balanço de sete mortos e sete feridos, referindo que os médicos estavam "a lutar para salvar a vida" de duas pessoas.

O ataque atingiu as "instalações de fundos de pensões e um centro de emprego", acrescentou, citando informações que também não puderam ser confirmadas de forma independente.

Chaplinka está localizada a cerca de cem quilómetros de Kherson, a capital da província com o mesmo nome e que recapturada pelas forças ucranianas em novembro de 2022.

A Rússia ainda controla grande parte da região e os combates são ferozes entre os dois exércitos.

Ao fim de 20 meses de guerra, baixas estimadas na grandeza de centenas de milhares, entre militares e civis ,e na iminência da chegada do inverno, a situação na Ucrânia permanece num impasse.

As duas partes beligerantes encaixaram-se no teatro de operações em duras batalhas sangrentas, mas com avanços territoriais pouco significativos nas últimas semanas no leste e no sul do país.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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