As Forças de Defesa e Segurança (FDS) moçambicanas afirmam ter matado cerca de 150 rebeldes e capturado outras 39 pessoas suspeitas de integrar a insurgência em Cabo Delgado, norte do país.
O anúncio foi feito hoje na Rádio Moçambique, emissora estatal, pelo comandante interino do teatro operacional de Afungi, Francisco Assane.
Segundo referiu o comandante, os números dizem respeito ao balanço de operações levadas a cabo na última semana entre 21 e 23 de junho no distrito de Palma.
"O inimigo fez uma ofensiva contra as posição [das FDS] em Monjane e Palma", descreveu, dizendo que os números refletem "o resultado desses combates", sem fazer referência a baixas do lado das forças moçambicanas.
Outras pessoas foram "capturadas em batalha com o inimigo".
O anúncio está em linha com os relatos de violência armada feitos à Lusa por deslocados que têm chegado nas últimas semanas a Pemba, capital provincial.
O distrito de palma acolhia o projeto de exploração de gás natural liderado pela Total, o maior investimento privado em África (da ordem dos 20 mil milhões de euros), entretanto suspenso devido à insegurança na região.
Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo `jihadista` Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.800 mortes segundo o projeto de registo de conflitos ACLED e 732.000 deslocados de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU).