Forças israelitas atingem 750 alvos em Gaza durante a noite

por Lusa

Israel bombardeou durante a noite de hoje cerca de 750 alvos na Faixa de Gaza, principalmente quartéis, postos de comando, depósitos de armas e túneis do Hamas, anunciou o exército israelita.

A atual ofensiva seguiu-se à incursão sem precedentes em Israel feita pelo grupo islamita no sábado, que provocou mais de 1.300 mortos, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, de que resultaram mais de 1.500 mortos, segundo dados atualizados pelas autoridades de saúde de Gaza.

Israel usou dezenas de caças-bombardeiros nos ataques durante a noite, segundo os militares israelitas, citados pela agência espanhola EFE.

Foram destruídos edifícios onde se encontravam altos responsáveis do Hamas utilizados como centros de comando, centros de comunicações militares, túneis e 12 alvos do grupo islamita em edifícios de vários andares, informou o exército.

Soldados de uma unidade especial mataram três membros do Hamas na cidade de Gaza, especializados em disparar foguetes contra o território israelita, segundo o comunicado militar, que divulgou imagens de uma explosão num edifício isolado.

Os militares informaram ainda que bombardearam a residência de um membro dos comandos Nukhba (elite), especializados em operações navais.

Disseram também ter atingido uma casa que se crê ser a do irmão de Yahya Sinwar, o chefe do Hamas em Gaza.

As informações sobre as operações militares não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

Sinwar é o líder do Hamas habitualmente presente na Faixa de Gaza, enquanto o líder máximo, Ismail Haniye, está exilado no Watar há vários anos.

Desde o início da guerra, não se sabe o paradeiro de Sinwar nem de outros altos responsáveis do Hamas na Faixa de Gaza, que não fizeram quaisquer declarações públicas nos últimos dias.

O exército israelita pediu hoje que os civis se retirassem do norte da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Gaza, para o sul do território, o que sugere uma operação terrestre iminente.

A ONU disse que se trata de um movimento de mais de um milhão de pessoas, num pequeno território com 2,3 milhões de habitantes.

O Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007, é considerado um grupo terrorista pela União Europeia, Reino Unido, Estados Unidos e Israel.

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