FMI avisa que crise no imobiliário da China pode afetar Macau

por Lusa

O Fundo Monetário Internacional (FMI) manteve a previsão de 13,9% para o crescimento da economia de Macau em 2024, mas avisou que a região poderá ser afetada pela crise no setor imobiliário da China continental.

De acordo com um comunicado divulgado na quinta-feira à noite, a instituição teme que a economia de Macau possa ser afetada, a curto prazo, por "uma contração mais forte no setor imobiliário da China continental".

Pequim anunciou em 17 de maio novas medidas para revigorar o setor imobiliário, depois de os preços da habitação terem descido quase 10% desde o início do ano. Isto já depois de uma queda de 8,5% nas transações de imóveis em 2023.

O FMI disse ainda que a recuperação da economia de Macau poderá ser restringida pela "persistência das taxas de juro elevadas nas principais economias" mundiais, uma vez que a moeda de Macau, a pataca, está indiretamente indexada ao dólar.

"O declínio do crescimento a médio prazo na China continental e o aumento da frequência esperada de fenómenos climáticos extremos poderão pesar sobre o crescimento" do PIB de Macau, alerta o FMI.

Na quarta-feira, a instituição multilateral elevou a previsão para o crescimento da economia da China em 2024 de 4,6% para 5%, mas avisou que deverá abrandar para 3,3% a médio prazo, "devido ao envelhecimento da população e ao abrandamento dos ganhos de produtividade".

No início de abril, os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau previram que a cidade possa ser afetada por entre quatro a sete tufões ao longo de 2024 e admitiram que "nos últimos anos, o impacto das alterações climáticas (...) tornou-se mais significativo".

 

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