O Presidente norte-americano anunciou esta terça-feira que deu seguimento a um memorando onde dá instruções ao Departamento de Justiça para banir os dispositivos que permitem modificar armas. A decisão surge na sequência do ataque numa escola de Parkland, Florida, na última quarta-feira, onde morreram 17 pessoas.
Foi este o sistema utilizado pelo atirador de Las Vegas no passado mês de outubro, naquele que foi o tiroteio mais mortífero da história dos Estados Unidos, com um total de 58 vítimas mortais. Na altura, a Casa Branca e a National Rifle Association (NRA) mostraram-se disponíveis para discutir a proibição destes mecanismos que tornam as armas mais letais, uma intenção que até ao momento não se traduzira em nenhuma medida.
Em declarações aos jornalistas na Casa Branca, o Presidente norte-americano anunciou que iria pedir ao Departamento de Justiça a elaboração de uma lei que proíba e torne ilegais os mecanismos de alteração das armas de fogo.
"Temos de fazer mais para proteger as nossas crianças", reiterou Donald Trump, que prometeu discutir ainda esta semana a situação de segurança nas escolas norte-americanas. "Espero que a nova regulação seja finalizada muito em breve", acrescentou.
Nos Estados Unidos, a venda de armas automáticas é proibida. No entanto, nada na legislação impede a compra de dispositivos que transformam espingardas semi-automáticas em armas de disparo contínuo.
Segundo a BBC, estes mecanismos estão disponíveis no mercado, custam cerca de 100 dólares (80 euros) e podem ser adquiridos sem que seja necessária qualquer verificação de antecedentes criminais.