Finlândia torna-se 31.º membro da NATO. Rússia reitera que risco de conflito é maior
No dia em que a Finlândia entra para as fileiras da Aliança Atlântica, cabe ao ministro russo da Defesa redobrar os avisos de Moscovo para as possíveis consequências desta histórica expansão da NATO. Sergei Shoigu e Dmitry Peskov afirmam que quer a adesão dos finlandeses, quer o reforço da prontidão de combate dos aliados ocidentais agravam o risco de um conflito à escala mundial.
Com a adesão da Finlândia a oficializar-se, Sergei Shoigu reafirmou que o esforço da NATO para aumentar a força de combate aumenta também o risco de conflito. Moscovo assumiu, portanto, que se vê obrigada a tomar "contramedidas" para garantir a segurança da Rússia em resposta à adesão da Finlândia à aliança militar.
| Ministério da Defesa da Rússia via Reuters
| Ministério da Defesa da Rússia via Reuters
Por sua vez, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, classificou a decisão de Helsínquia de ingressar no bloco como uma "invasão" na segurança russa, acusando ao mesmo tempo a NATO de ser hostil com a Rússia. Para Moscovo, trata-se sobretudo de "mais um agravamento da situação".
“O alargamento da NATO é um atentado à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, declarou à imprensa, acrescentando sem mais pormenores que a Rússia foi forçada a “tomar contramedidas” .
"Vamos seguir cuidadosamente o que está a acontecer na Finlândia (...) e como isso nos ameaça. Serão tomadas medidas de acordo com isso", acrescentou Peskov.
A Finlândia, segundo o porta-voz do Kremlin, "nunca se tornou anti-russa e não tivemos nenhuma discussão". Mas a adesão à NATO "só pode afetar a natureza das nossas relações", porque a Aliança "é uma organização hostil com a Rússia".
Moscovo queria menos NATO
Moscovo queria menos NATO
Ao contrário da maioria dos países, Helsínquia continuou a investir na Defesa depois do período da Guerra Fria (1947 a 1991) e Jens Stoltenberg fez questão de referir isto, repetindo que o Kremlin “queria menos NATO, mas vai ter, precisamente, o oposto”.
Recorde-se que Vladimir Putin tinha dito, no início do conflito, que queria "as fronteiras da NATO o mais longe possível da Rússia.
Nas primeiras declarações desta terça-feira, antes da reunião em Bruxelas, Jens Stoltenberg ressalvou que o presidente russo queria "menos NATO nas suas fronteiras" mas "está a conseguir precisamente o contrário".
No contexto da guerra na Ucrânia, Helsínquia pediu a adesão à NATO e o processo foi o mais rápido de sempre, decisão que não foi alheia ao facto de o país nórdico ter a maior fronteira terrestre com a Rússia. A partir de agora, esta é uma fronteira da NATO.Recorde-se que Vladimir Putin tinha dito, no início do conflito, que queria "as fronteiras da NATO o mais longe possível da Rússia.
Nas primeiras declarações desta terça-feira, antes da reunião em Bruxelas, Jens Stoltenberg ressalvou que o presidente russo queria "menos NATO nas suas fronteiras" mas "está a conseguir precisamente o contrário".
"A Finlândia agora está segura", disse ainda o secretário-geral da NATO.
"Juntos, os Aliados da NATO representam 50 por cento do poder militar mundial. Portanto, enquanto estivermos unidos, protegendo-nos uns aos outros e fazendo isso com credibilidade, não haverá ataque militar contra um aliado da NATO".
"Juntos, os Aliados da NATO representam 50 por cento do poder militar mundial. Portanto, enquanto estivermos unidos, protegendo-nos uns aos outros e fazendo isso com credibilidade, não haverá ataque militar contra um aliado da NATO".
"É um grande dia para a Finlândia", afirmou o ministro finlandês da Defesa. "Também é uma coisa boa para a NATO", acrescentou Antti Kaikkonen.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se esta terça-feira no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir o apoio conjunto à Ucrânia, no mesmo dia em que a Finlândia se torna o 31.º aliado.
c/ agências
c/ agências