A operação militar de Israel prossegue nos territórios de Gaza e continuam a ser milhares os palestinianos que fogem e tentam resguardar-se dos bombardeamentos israelitas. A informação é avançada pela ONU numa altura em que Israel lança fortes aqtaques contra a cidade de Gaza, onde se envolve em confrontos com o Hamas.
Uma negociação marcada por acusações do líder do Hamas a Benjamin Netanyahu, acusando o primeiro-ministro israelita de não querer negociar e de sabotar os intermediários Catar, Egito e Estados Unidos nas conversações.
Ismail Haniyeh, líder político do grupo, disse ainda que os combates entre Hamas e Israel na cidade de Gaza desta terça-feira são dos mais intensos dos últimos meses e que podem levar as negociações de cessar-fogo à “estaca zero”.
Com ataques cada vez mais fortes, milhares de palestinianos continuam a fugir dentro deste território para procurar escapar aos combates e aos bombardeamentos israelitas. De acordo com a Agence France Presse, a ONU alerta para a falta de ajuda humanitária e avisa que muitas áreas se encontram sobrepovoadas, sendo alvo constante dos ataques israelitas.
A guerra na Faixa de Gaza prossegue depois do episódio de 7 de Outubro em que o Hamas lançou um ataque contra Israel, matando mais de 1000 pessoas e sequestrando mais de duas centenas.
Mais de uma centena de reféns permanece em Gaza, com Israel a promover uma operação militar com vista a eliminar o Hamas. Passados nove meses, o Ministério da Saúde de Gaza sustenta que os ataques israelitas já mataram mais de 38 mil palestinianos.
Em novembro, ambas as partes alcançaram acordo para um cessar-fogo de uma semana para a entrada de ajuda humanitária, mas desde então as conversações têm falhado sucessivamente.
O Hamas pediu sempre um cessar-fogo permanente antes da libertação de reféns, condição recusada por Israel. Benjamin Netanyahu afirmou que pretende a destruição do Hamas e não aceita a libertação de mais de uma centena de condenados palestinianos.
Apesar de todos estes entraves e divergências entre as partes, as negociações deverão prosseguir nos próximos dias.