Baltimore, Estados Unidos, 04 abr (Lusa) - Um grupo de astrónomos revelou hoje ao `site` Science ter descoberto a mais longínqua explosão de uma estrela, uma supernova que poderá ajudar os cientistas a entenderem melhor a natureza do universo.
Com o telescópio espacial Hubble, os cientistas avistaram recentemente a supernova UDS10Wil (apelidada SN Wilson), que explodiu há mais de 10 mil milhões de anos, o tempo que demorou para a luz da sua explosão chegar até à Terra.
A SN Wilson é definida como uma supernova tipo Ia, um tipo de explosão de estrela que proporciona aos cientistas uma noção de como o universo se tem expandido ao longo do tempo.
Esta descoberta "oferece importantes informações sobre como estas estrelas explodem" e ajudam a "entender a evolução do universo e a sua expansão", disse em comunicado o líder da investigação David Jones da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Estados Unidos.
Ao saberem quando as estrelas maiores começaram a explodir, os cientistas poderão conhecer a rapidez com que o universo foi semeado com os elementos necessários para a formação de planetas e outros corpos celestiais.
Esta descoberta faz parte de uma iniciativa de três anos por parte de um programa do Hubble com o objetivo de encontrar as mais distantes supernovas, existindo a esperança entre os cientistas de saber se as explosões de estrelas se alteraram de alguma forma desde o `Big Bang` há 13.8 mil milhões de anos.
O telescópio espacial Hubble foi inaugurado em 1990 e está previsto continuar a funcionar nos próximos cinco anos, enquanto o seu sucessor, o telescópio espacial James Webb, está programado para ser lançado em 2018.