Exército israelita voltou a atacar bases militares na Síria
O exército israelita afirmou ter atacado, durante a madrugada desta terça-feira, quartéis-generais e locais de armazenamento de armas e equipamentos no sul da Síria. Os bombardeamentos aéreos visavam eliminar, segundo Telavive, ameaças futuras.
"Estes alvos foram atingidos para eliminar ameaças futuras", justifica a mesma nota, onde é frisado que não há registo de vítimas.Os meios de comunicação social estatais sírios já tinham noticiado vários ataques israelitas na província de Deraa na noite de segunda-feira.
“A força aérea de ocupação israelita atacou com vários ataques aéreos as zonas em torno das cidades de Jbab e Izraa, no norte de Deraa”, informou a agência noticiosa oficial síria SANA, sem dar mais pormenores.
Entretanto, a rede de ativistas Daraa24 afirmou na conta oficial X que um dos ataques israelitas visou a 175ª Brigada posicionada perto da cidade de Izraa, a primeira vez que esta unidade foi atingida. Ação precedida por uma série de ataques intensos noutros locais.
Também a organização não-governamental Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, denunciou 17 ataques que visaram posições militares do antigo exército do presidente sírio Bashar al-Assad, incluindo plataformas de observação e tanques.
"Abusos graves a uma escala assustadora estão a ser relatados contra sírios (…) na região costeira e em outros locais da Síria", disse Adam Coogle, vice-diretor da HRW no Médio Oriente, num comunicado.A ONG apelou ao Governo sírio para que "aja de forma rápida e inequívoca para proteger os civis e processar os responsáveis por tiroteios indiscriminados, execuções sumárias e outros crimes graves".
Estas informações são avançadas após as forças israelitas terem entrado em mais duas cidades da província síria de Quneitra alargando assim a presença naquela que já foi uma zona desmilitarizada entre o território sírio e as áreas controladas por Israel. Os militares israelitas entraram com tanques nas cidades de Jadida e Muallaqa, ambas em Quneitra, segundo a Syria TV.