Taiwan anunciou hoje que as suas forças armadas foram colocadas em "alerta máximo", depois de a China ter imposto extensas restrições aéreas ao largo da sua costa leste.
O Exército de Libertação Popular estabeleceu "sete zonas de restrição do espaço aéreo em Zhejiang e Fujian", duas províncias do continente chinês em frente a Taiwan, informou o ministério da Defesa taiwanês, em comunicado.
Estas restrições estão em vigor até quarta-feira, acrescentou.
Taipé anunciou igualmente que detetou navios chineses perto do Estreito de Taiwan e no Oceano Pacífico, e que iniciou "manobras de prontidão de combate" em resposta.
O ministério da Defesa de Taiwan afirmou em comunicado ter "iniciado manobras de preparação para o combate que têm em conta as ameaças inimigas, as condições meteorológicas e o posicionamento tático".
As restrições aéreas chinesas e o anúncio de Taipé de "manobras de preparação para combate" surgem alguns dias após o fim de um périplo do líder de Taiwan, William Lai Ching-te, pelo Pacífico, que foi fortemente condenado por Pequim.
A China considera Taiwan como uma província sua, que ainda não conseguiu reunificar com o resto do seu território desde o fim da guerra civil chinesa, em 1949. A China não exclui o recurso à força para o conseguir.
A visita de Lai ao Pacífico foi a primeira viagem ao estrangeiro desde que o dirigente tomou posse em maio.
Pequim opõe-se a qualquer contacto oficial entre Taipé e países estrangeiros.