Exército ataca Síria após alerta aéreo nos montes Golãs anexados

por Lusa

A artilharia israelita atacou hoje à noite a Síria, após terem soado alertas aéreos na parte dos montes Golãs anexada por Israel em 1967, anunciou o Exército israelita.

"Na sequência de um primeiro relato de sirenes que soaram nas comunidades de Avnei Eitan e Alma, a artilharia [israelita] está atualmente a atacar a origem dos disparos na Síria", declarou o Exército em comunicado.

Segundo fontes de ambos os lados da fronteira entre a Síria e Israel, grupos armados presentes na província meridional síria de Deraa lançaram hoje pelo menos um `rocket` para o território de Israel, que respondeu com artilharia e morteiros, no segundo incidente deste tipo ocorrido nos últimos três dias.

O Exército israelita disse que dois projéteis "lançados a partir da Síria" caíram numa zona despovoada do território israelita e anunciou que as suas forças dispararam pouco depois artilharia e morteiros sobre as zonas onde teve origem o ataque.

O Exército indicou igualmente estar a analisar a possibilidade de uma incursão aérea a partir do Líbano.

Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), o lançamento do `rocket` foi feito da área de Ain Dakar, em Deraa, e atribuiu a sua autoria a "fações palestinianas que trabalham com o Hezbollah", grupo xiita libanês apoiado pelo Irão que está presente no território sírio.

Israel encontra-se em alerta máximo nas suas fronteiras do norte desde 07 de outubro, quando combatentes palestinianos do movimento islamita Hamas atacaram o sul do país em várias frentes a partir da Faixa de Gaza, matando 1.400 pessoas, na maioria civis, e capturando outras 150, mantidas em cativeiro em Gaza e algumas delas entretanto mortas -- segundo o Hamas, pelos bombardeamentos israelitas.

Tratou-se de uma ofensiva apoiada pelo Hezbollah e pelo ramo palestiniano da Jihad Islâmica.

A forte retaliação israelita matou até agora mais de 2.200 pessoas, incluindo mais de 700 crianças, na Faixa de Gaza, um enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.

Hoje à noite, o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari, avisou que aquele "dispõe de forças muito numerosas no norte".

"Quem atravessar a vedação para se infiltrar em Israel morrerá", advertiu, numa intervenção transmitida pela televisão.

Tópicos
pub