Ex-vice de Trump e Lula da Silva elogiam decisão de abandono de Biden

por Lusa

O ex-vice-presidente dos EUA no mandato de Donald Trump (2017-2021), Mike Pence, elogiou a decisão do atual Presidente, o democrata Joe Biden, de abandonar a sua campanha de reeleição, com uma mensagem de unidade nacional. O chefe de Estado brasileiro também aplaudiu Joe Biden e afirmou que o país sul-americano terá relações com quem for eleito em novembro nos EUA.

"O Presidente Joe Biden tomou a decisão certa para o nosso país e agradeço-lhe por colocar os interesses da nossa nação à frente dos seus", argumentou Pence, numa mensagem nas redes sociais.

A reação de Pence contrasta com a de uma parte relevante dos dirigentes republicanos, que desde a notícia do abandono da corrida presidencial por Biden exigiram que este renuncie imediatamente ao cargo e criticaram a sua potencial sucessora, a vice-presidente Kamala Harris.

Pence cortou relações com Trump depois de este lhe ter ordenado que bloqueasse a ratificação da vitória eleitoral de Biden nas eleições de 2020.

O ex-vice-presidente tentou conquistar a nomeação republicana para as eleições de novembro próximo, mas desistiu ao aperceber-se da falta de apoio.

Na sua mensagem, o ex-vice-presidente disse que após a tentativa de assassínio de Trump e da decisão de Biden de terminar a sua campanha, chegou a altura de os líderes de ambos os partidos enviarem uma mensagem de força e determinação aos amigos e inimigos.

"O povo americano é forte e os nossos militares estão prontos para defender a nossa liberdade e os nossos interesses nacionais vitais em qualquer parte do mundo", concluiu Pence.

Lula da Silva elogia Biden
O chefe de Estado brasileiro também aplaudiu a decisão de Joe Biden e afirmou que o país sul-americano terá relações com quem for eleito em novembro nos EUA.

"Eu fiquei muito feliz quando o Presidente [Joe] Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele", escreveu Lula da Silva numa mensagem na rede social X (antigo Twitter), que transcreve parte de uma entrevista dada a `medias` estrangeiros.

"Somente ele [Biden] poderia decidir se iria ou não ser candidato. Agora, eles [Partido Democrata] vão escolher uma candidata ou um candidato e que o melhor vença a eleição. A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la", concluiu.

A campanha de Biden já havia sido tema de comentários de Lula da Silva, que declarou abertamente a preferência pelo ex-candidato democrata ao adversário, o ex-presidente Donald Trump.

Em junho passado, o Presidente brasileiro disse ser simpático a reeleição de Biden numa entrevista a uma rádio local ao considerar que a reeleição dele seria "a certeza de que os Estados Unidos vão continuar respeitando a democracia. O Trump já deu aquela demonstração quando ele invadiu o Capitólio, que não é uma coisa correta de fazer, ele fez lá um pouco o que tentaram fazer aqui no Brasil com o golpe de 08 de janeiro".

O Presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou no domingo a desistência da corrida às eleições presidenciais, justificando com o interesse do Partido Democrata e do país e afirmou que pretende terminar o mandato.

O líder dos Estados Unidos disse ter "a maior honra" da sua vida nas funções que ocupa há quase quatro anos, porém cedeu às pressões do seu próprio partido após o mau desempenho no primeiro debate televisivo, em junho passado, da corrida à Casa Branca contra o antigo Presidente (2017-2021) e candidato republicano, Donald Trump.

Pouco depois de ter anunciado a sua desistência, o Presidente norte-americano declarou o seu "apoio total" à sua vice-Presidente, Kamala Harris, como candidata presidencial do Partido Democrata às eleições de 05 de novembro.

Kamala Harris afirmou pretender "merecer e ganhar" a nomeação do Partido Democrata às eleições presidenciais e derrotar o republicano Donald Trump.

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