Ex-governadora do Alasca anti-vacinas foi jantar fora depois de testar positivo à covid-19

por RTP
Steve Nesius - Reuters

Sarah Palin, ex-governadora do Alasca foi apanhada a jantar fora, em dois restaurantes diferentes de Nova Iorque, após ter testado positivo à Covid-19. O advogado da ex-candidata republicana à vice-Presidência dos Estados Unidos informou no início da semana que Palin estava infetada com o SARS-CoV-2 e o julgamento por difamação contra o New York Times acabou por ser adiado.

O caso está a tornar-se polémico porque, para além de ser contra as vacinas e não estar vacinada contra a covid-19, Sarah Palin testou positivo e devia estar em isolamento. Mas, a ex-governadora do Estado norte-americano do Alasca não respeitou as regras sanitárias e, mesmo sem certificado de vacinação, ainda esteve no interior de um restaurante.

O site norte-americano MediaIte foi o primeiro a revelar o caso, e vários jornais acabaram por confirmar a informação junto dos proprietários dos restaurantes. Segundo a imprensa norte-americana, a ex-governadora republicana foi duas vezes jantar ao mesmo restaurante nos últimos dias – uma vez antes de ter o diagnóstico do teste, outra depois de saber que estava infetada – e foi ainda a um outro segundo estabelecimento.

No sábado passado, antes de saber que estava positiva à covid-19, Sarah Palin este a jantar no interior do Elio's, um restaurante italiano no Upper East Side de Manhattan, o bairro nobre da cidade. A republicana não é vacinada e, segundo as regras sanitárias, é necessário certificado de vacinação para comer em espaços fechados e no interior dos estabelecimentos de restauração.

Luca Guaitolini, gerente do restaurante Elio's, confirmou à CNN que já fez um pedido de desculpas público, por ter permitido que Palin permanecesse no local não respeitando as regras, e que Palin voltou para almoçar no estabelecimento, na quarta-feira, mas desta vez ao ar livre – já depois de ter testado positivo.

Ao Times, o gerente admitiu que cometeu “um erro” e que o restaurante verifica os certificados de vacinação apenas dos novos clientes e não o faz a clientes habituais, como Palin. Questionado sobre o porquê de ter permitido que uma cliente infetada consumisse no restaurante, mesmo que na esplanada, o gerente respondeu que se trata de um estabelecimento “aberto ao público”.

"Hoje à noite Sarah Palin voltou ao restaurante para se desculpar pela polémica em torno da sua visita anterior. De acordo com as regras da vacinação e para proteger nossa equipa, nós sentámo-la ao ar livre. Somos um restaurante aberto ao público e tratamos os cidadãos da mesma maneira”
, disse Guaitolini.

Em Nova Iorque, a política de vacinação exige que quem não seja vacinado permaneça ao ar livre nos estabelecimentos de restauração.

Segundo a revista Forbes e outros meios de comunicação, Palin também jantou num restaurante diferente, o Campagnola, na terça-feira à noite, também depois de saber que estava infetada. O gerente Patricio Tello confirmou à imprensa e assegurou que esteve sentada ao ar livre devido à política de vacinação.



“As regras da covid-19 em Nova Iorque foram implementadas para proteger todos os nova-iorquinos – incluindo as pequenas empresas que impulsionam a economia de nossa cidade”, afirmou num comunicado a prefeitura a cidade. “Palin tem de respeitar os trabalhadores das pequenas empresas e seguir as regras como toda a gente”.

Palin, que está em Manhattan para o julgamento por difamação contra o New York Times, testou positivo para Covid-19, como confirmou um juiz federal, o que atrasou todo o processo.

Sarah Palin acusa o jornal de ter prejudicado a sua reputação com um editorial que alegava que a sua retórica política ajudou a alimentar o homicídio, em 2011, da então deputada Gabby Giffords no Arizona.

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