Ex-diretor CIA e NSA compara ataques aéreos ao Estado Islâmico a sexo ocasional
O antigo diretor de duas agências de informações norte-americanas, NSA e CIA, sob a presidência do republicano George W. Bush, Michael Hayden, comparou hoje o recurso aos bombardeamentos contra o Estado Islâmico no Iraque a "sexo ocasional".
Em declarações à revista US News & World Report, este general reformado disse: "A dependência que o poder aéreo causa tem toda a atração do sexo ocasional, porque parece oferecer satisfação, com muito pouco compromisso".
Porém, Hayden avisou que o poder aéreo por si só pode ser insuficiente para acabar com o grupo islamita.
"Temos de ter cuidado com uma estratégia que enfatiza o poder aéreo e apenas o podere aéreo. (...) Quanto mais depressa começar a luta contra o Estado Islâmico na Síria melhor", adiantou.
A comparação desencadeou uma série de reações nos canais de televisão dos EUA e nas redes sociais.
"O general Hayden, `bocas` à parte, conhece muito bem as ferramentas da luta contra o terrorismo que temos à nossa disposição, desde que era diretor da CIA, algumas das quais, obviamente, deixámos de usar, mas outras ainda as temos à nossa disposição, incluindo a ação direta", comentou a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf.
"Tal como sabe como se luta diretamente contra os terroristas", acrescentou, insistindo que os EUA não vão enviar soldados para o terreno para combater os islamitas, como o Presidente Barack Obama tem afirmado.
Hayden foi diretor da Agência Central de Informações (CIA, na sigla em Inglês) e da Agência de Segurança Nacional (NSA, na sigla em Inglês) durante a Presidência de George W. Bush (2001-2009) e foi muito crítico das revelações do ex contratado pela NSA, Edward Snowden, sobre os programas de vigilância secretos do país.