A poucos minutos do início do Festival da Eurovisão da Canção, há registo de várias detenções em Malmö, na Suécia, na sequência da manifestação contra a participação de Israel no Festival Eurovisão da Canção. A final decorre este sábado a partir das 20h00.
Antes do início do evento, dezenas de pessoas concentraram-se junto ao edifício onde vai decorrer a final do festival, este sábado.
A polícia tentou demover os manifestantes e montou uma barreira de segurança, mas houve resistência e as forças de segurança já fizeram várias detenções. A polícia sueca dispersou a multidão com gás lacrimogéneo.
Durante a tarde de sábado, uma multidão de manifestantes reuniu-se na praça central da cidade sueca antes de marchar em direção ao local do concurso, agitando bandeiras palestinianas.
Muitos tentam forçar a entrada na arena onde decorreu o festival, gritando "tenham vergonha" enquanto eram empurrados pela polícia.
Os enviados especiais da RTP a Malmö, Catarina Cadavez e Bruno Jesus, estiveram no local a acompanhar a situação.
"Eurovisão unida pelo genocídio", gritaram alguns dos manifestantes, num trocadilho com o lema do concurso, "Eurovisão unida pela música".
Os organizadores da Eurovisão resistiram aos apelos para excluir Israel, mas pediram que a letra da canção fosse alterada para remover o que os organizadores chamaram de referências ao ataque mortal do Hamas a 7 de outubro, que desencadeou a guerra.
As autoridades estimam que entre seis mil a oito mil pessoas se tenham juntado à manifestação. Não estava previsto que o protesto tivesse esta dimensão.
"É importante mostrarmos que estamos do lado certo. Podia ser qualquer outro país e nós estaríamos aqui na mesma, porque isto é sobre crianças, homens e mulheres cujo território tem sido ocupado há muitos anos", disse uma das participantes à agência Reuters.
Centenas pessoas decidiram sentar-se no chão para evitarem ser empurrados pela polícia e tencionam ficar no local até ao final da Eurovisão. Entre a multidão há não só suecos, como muitos cidadãos de outros países.
Entretanto, o jornal norueguês VG avançou que quatro países – incluindo Portugal – consideraram, na sexta-feira, retirar-se da Eurovisão. As delegações da Irlanda, Reino Unido, Suíça e Portugal ter-se-ão reunido com a EBU, organizadora do festival.
Segundo o VG, as reuniões arrastaram-se até tarde. Os quatro países que terão considerado abandonar a competição foram os mesmos que estiveram ausentes no momento do desfile de bandeiras e do ensaio da noite de sexta-feira.
Segundo o VG, as reuniões arrastaram-se até tarde. Os quatro países que terão considerado abandonar a competição foram os mesmos que estiveram ausentes no momento do desfile de bandeiras e do ensaio da noite de sexta-feira.