Os Estados Unidos anunciaram que vão enviar bombas de pequeno diâmetro de lançamento terrestre para a Ucrânia. Estas bombas têm o dobro do alcance de qualquer outra arma ofensiva que o Pentágono enviou até agora para Kiev. As GLSDB poderão ser entregues até à próxima primavera.
Guiadas por GPS, as GLSDB são uma combinação de bombas de pequena dimensão GBU-39 com foguetes M26 e têm capacidade para manobrar contra alvos de difícil alcance como centros de comando.
No anúncio do envio do novo arsenal para a Ucrânia, o general Patrick S. Ryder, porta-voz do Pentágono, afirmou que estas bombas "vão dar aos ucranianos uma capacidade de fogo de maior alcance que lhes permitirá conduzir operações em defesa do seu país e recuperar território soberano em áreas ocupadas pelas forças russas".
O sistema ainda não é compatível com os HIMARS, mas os EUA deverão também fornecer novos lançadores. O conjunto destes equipamentos destina-se a ajudar a Ucrânia na reconquista dos territórios ocupados pelos russos.
Será também enviada tecnologia e equipamento que pela primeira vez vai permitir interconectar todos diferentes equipamentos de defesa antiaérea e integrá-los nos sistemas ucranianos.
A GLSDB é um armamento que começou a ser desenvolvido pela empresa sueca Saab e pela americana Boeing em 2014, mas não havia ainda qualquer pedido de encomendas. Até agora. Terá sido, de acordo com a Reuters, a própria Boeing que em novembro sugeriu ao Departamento de Defesa norte-americano que esta arma fosse enviada para a Ucrânia.
Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse à agência RIA news que era importante não esquecer as palavras desta quinta-feira do Presidente russo.
Dmitry Peskov estaria a referir-se à ameaça deixada por Vladimir Putin em Volgogrado, quando o presidente russo afirmou que a Rússia "tem meios para responder, e não acabam com o uso de veículos blindados, todos devem entender isso".