EUA saúdam cessar-fogo de duas semanas que começa hoje no leste da RDCongo

por Lusa

Os Estados Unidos saudaram esta quinta-feira a trégua humanitária de duas semanas, que se inicia hoje, acordada entre as partes em conflito no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), fez saber a Casa Branca.

"A trégua humanitária de duas semanas, que terá início à meia-noite local de 05 de julho [hoje] e se prolongará até 19 de julho, obriga as partes em conflito a silenciarem as armas, a permitirem o regresso voluntário das pessoas deslocadas e a facultarem ao pessoal humanitário um acesso sem restrições às populações vulneráveis", sublinha-se num comunicado de Adrienne Watson, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança Nacional da Casa Branca, divulgado esta madrugada.

"A trégua abrange as zonas de hostilidades que mais afetam as populações civis", acrescenta-se no texto.

A situação humanitária no Kivu do Norte "é terrível", segundo a Casa Branca, com cerca de três milhões de pessoas deslocadas internamente naquela província no leste da RDCongo.

"A recente intensificação dos combates no Kivu do Norte impediu que os trabalhadores humanitários chegassem a centenas de milhares de deslocados internos na zona em torno de Kanyabayonga e deslocou mais de 100.000 pessoas das suas casas", reforça-se no comunicado.

A Casa Branca associa este desenvolvimento às medidas de criação de confiança asseguradas durante a viagem da diretora dos Serviços Secretos Nacionais (DNI), Avril Haines, à RDCongo e ao Ruanda em novembro, e nos seus subsequentes compromissos com os Presidentes Felix Tshisekedi, da RDCongo, e Paul Kagame, do Ruanda.

Os Estados Unidos expressam ainda o apoio "pleno" ao "Processo de Luanda" e aos "esforços do Governo de Angola para resolver os fatores atuais e históricos que perpetuam esta crise de longa data".

Segundo o comunicado, os governos da RDCongo e do Ruanda manifestaram o apoio a esta trégua humanitária de duas semanas destinada a aliviar o sofrimento das populações vulneráveis e a "criar condições para um abrandamento mais amplo das tensões no leste da RDCongo".

A Casa Branca "apela a todas as partes para que honrem o espírito da trégua antes da sua entrada em vigor" e compromete-se a "continuar a utilizar os seus recursos diplomáticos e de informação para monitorizar as atividades das forças armadas e dos grupos armados não estatais durante a trégua humanitária".

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