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EUA, Reino Unido e Canadá aumentam sanções contra Bielorrússia

por Lusa

Estados Unidos, Reino Unido e Canadá anunciaram hoje em conjunto novas sanções contra a Bielorrússia, no quarto aniversário da mais recente vitória eleitoral do Presidente Alexander Lukashenko.

O Departamento do Tesouro dos EUA colocou na `lista negra` 19 funcionários bielorrussos aos quais foram impostas restrições de vistos, bem como 14 outras organizações relacionadas com a indústria militar.

"O apoio de Lukashenko à guerra indefensável da Rússia contra a Ucrânia tem um custo elevado para a Bielorrússia", refere o comunicado do Departamento de Tesouro norte-americano.

Washington explicou que, depois das eleições presidenciais, consideradas fraudulentas, de agosto de 2020, Lukashenko recorreu a "repressão brutal", primeiro contra manifestantes pacíficos e depois contra organizações da sociedade civil e meios de comunicação social independentes.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido associou-se a esta iniciativa e sancionou três empresas e quatro pessoas, todas responsáveis por colónias penitenciárias que Londres aponta como sendo responsáveis pela participação na repressão à oposição bielorrussa.

"Quatro anos depois das cenas brutais que testemunhámos na Bielorrússia, a repressão implacável de Lukashenko contra a sociedade civil não dá sinais de abrandar", denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Lammy.

O chefe da diplomacia britânica lamentou que a sociedade civil bielorrussa e os meios de comunicação independentes tenham sido reprimidos por "um regime que não respeita a democracia nem os direitos humanos".

Pelo menos seis presos políticos morreram sob custódia desde 2021, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico.

"Apoiamos o povo da Bielorrússia e a sua busca pela liberdade e pela democracia", disse Lammy, que anunciou um investimento de 2,5 milhões de libras (cerca de 2,9 milhões de euros) para apoiar as causas dos grupos de defesa dos direitos humanos e da sociedade civil bielorrussa.

Por seu lado, o Canadá impôs novas sanções a seis entidades da indústria militar e de defesa, e a 10 outras pessoas, incluindo juízes que, "em violação flagrante das obrigações em matéria de direitos humanos, condenaram e sentenciaram arbitrariamente defensores da democracia".

Para a diplomacia do Canadá, as referidas organizações ajudaram a Rússia a escapar às sanções ocidentais, fornecendo e reparando equipamento militar, bem como uma empresa estatal que suprimiu o direito dos seus funcionários de protestar pacificamente após as eleições de agosto de 2020.

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