EUA reforçam meios militares no Estreito de Ormuz para travar ataques iranianos a navios-tanque
Os Estados Unidos preparam-se para enviar caças F-35 e F-16, juntamente com um navio de guerra, para o Médio Oriente, anunciou na segunda-feira o Pentágono. Esta força adicional terá por missão monitorizar as principais vias navegáveis da região, após os assaltos a navios comerciais levados a cabo pelo Irão, nos últimos meses.
Episódios como o que aconteceu no mês passado no Estreito de Ormuz, onde embarcações de ataque rápido da Marinha da Guarda Revolucionária do Irão invadiram o petroleiro de bandeira do Panamá Niovi, levaram ao envio de mais caças e um navio de guerra norte-americano – o contratorpedeiro USS Thomas Hudner - para o Golfo de Omã.
Este reforço tem o objetivo de aumentar a segurança após as tentativas iranianas de apreender navios-tanque e a "ameaça contínua" à navegação comercial, em geral.
No início deste mês, a Marinha dos EUA afirmou ter impedido que o Irão apreendesse dois navios-tanque comerciais no Golfo de Omã, disparando contra um deles.
O envio das aeronaves dará cobertura aérea aos navios comerciais que navegam pela hidrovia, aumentando a visibilidade dos militares na área. O reforço militar pretende sobretudo dissuadir a atividade do Irão.
As autoridades norte-americanas afirmam que o Irão apreendeu pelo menos cinco navios comerciais nos últimos dois anos e assediou mais de uma dúzia de outros.Muitos dos incidentes ocorreram dentro e ao redor do Estreito de Ormuz.
Desde 2019, houve uma série de ataques a navios em águas estratégicas do Golfo em momentos de tensão entre os Estados Unidos e o Irão.
Este reforço tem o objetivo de aumentar a segurança após as tentativas iranianas de apreender navios-tanque e a "ameaça contínua" à navegação comercial, em geral.
“À luz dessa ameaça contínua e em coordenação com nossos parceiros e aliados, o Departamento (de Defesa) está a aumentar a nossa presença e capacidade de monitorizar o (Estreito de Ormuz) e as águas circundantes", avançou Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono, citada pela Reuters.
Não ficou claro onde exatamente as forças militares adicionais serão colocadas e quanto tempo irão permanecer na região.
No início deste mês, a Marinha dos EUA afirmou ter impedido que o Irão apreendesse dois navios-tanque comerciais no Golfo de Omã, disparando contra um deles.
Per the U.S. Navy,
— Brad Howard (@BradHowardNYC) July 5, 2023
'An Iranian naval vessel approaches and fires shots at M/T Richmond Voyager transiting the Gulf of Oman, during an attempted unlawful seizure by Iran, July 5, 2023. (U.S. Navy video)' pic.twitter.com/fv6lw1gDpz
O envio das aeronaves dará cobertura aérea aos navios comerciais que navegam pela hidrovia, aumentando a visibilidade dos militares na área. O reforço militar pretende sobretudo dissuadir a atividade do Irão.
A marinha dos EUA disse em ambos os casos, neste mês, que as embarcações iranianas recuaram quando o USS McFaul, um contratorpedeiro de mísseis guiados, chegou ao local. Acrescentou que o McFaul permaneceu na região do Golfo para manter a proteção das rotas marítimas.
Cerca de um quinto do petróleo bruto (e derivados) do mundo passa por este ponto de estrangulamento entre o Irão e Omã.
Desde 2019, houve uma série de ataques a navios em águas estratégicas do Golfo em momentos de tensão entre os Estados Unidos e o Irão.