O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, disse hoje que os Estados Unidos apoiam os esforços do Líbano para se afirmar face ao Hezbollah, que está em guerra com Israel, e evitar um "conflito mais vasto" no Médio Oriente.
"É evidente que o povo libanês tem um interesse, um forte interesse, em que o seu Estado se afirme e assuma a responsabilidade pelo país e pelo seu futuro", declarou Blinken aos jornalistas, durante a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), no Laos.
"Continuamos muito empenhados em evitar um conflito mais alargado na região", insistiu o diplomata.
E acrescentou: "Todos nós temos interesse em tentar criar um ambiente em que as pessoas possam regressar a casa, em segurança, e em que as crianças possam voltar à escola (...). Portanto, Israel tem um interesse claro e muito legítimo em fazer isso. O povo libanês quer a mesma coisa. Acreditamos que a melhor maneira de o conseguir é chegar a um acordo diplomático, um acordo no qual temos vindo a trabalhar há algum tempo e no qual estamos atualmente concentrados".
O secretário de Estado norte-americano disse ainda que os EUA estão a trabalhar arduamente para garantir que a diplomacia prevaleça em todas as outras frentes, incluindo o impasse israelo-iraniano.
"Estamos a trabalhar arduamente todos os dias para evitar a escalada do conflito no Líbano, em Israel, no Irão, com os Huthis [no Iémen] e em todos os atores envolvidos", disse o chefe da diplomacia norte-americana.
"Infelizmente, o Eixo da Resistência liderado pelo Irão está a tentar criar mais frentes noutros locais, mas estamos a trabalhar arduamente na dissuasão e na diplomacia", acrescentou.
Washington também comunicou ao seu aliado israelita as suas "preocupações reais" sobre a falta de ajuda humanitária no norte da Faixa de Gaza, acrescentou Blinken.