A Pfizer procura aprovação dos reguladores dos Estados Unidos da América para a terceira dose da vacina contra a covid-19, anunciou a empresa acrescentando que outra inoculação em 12 meses poderia aumentar a imunidade.
De acordo com as primeiras impressões do estudo de reforço de vacinação da Pfizer, é demonstrado que os níveis de anticorpos das pessoas aumentam de cinco para 10 vezes mais após uma terceira dose, em comparação com a segunda.
Investigações em vários países mostram que as vacinas utilizadas contra a covid-19 oferecem forte proteção contra a variante Delta, que é altamente contagiosa e está a espalhar-se rapidamente em todo o mundo.
“Por que (a terceira dose) é importante para combater a variante Delta?”, questionou de forma retórica, explicando que “quando os anticorpos cedem, a variante Delta pode eventualmente provocar uma leve infeção antes que o sistema imunológico se manifeste”.
Ouvido pela Antena 1,o investigador do Instituto de Medicina Molecular, Miguel Prudêncio, explica no entanto que a eficácia da vacina para a doença grave continua alta, na ordem dos 95%, mesmo perante a variante Delta.
Miguel Prudêncio considera que o pedido feito pela Pfizer ao regulador dos Estados Unidos pode ser uma medida de precaução para o futuro, mas ressalva que ainda não há dados suficientes paa dizer que há necessidade efetiva de ser administrada mais uma dose da vacina.
Miguel Prudêncio considera que o pedido feito pela Pfizer ao regulador dos Estados Unidos pode ser uma medida de precaução para o futuro, mas ressalva que ainda não há dados suficientes paa dizer que há necessidade efetiva de ser administrada mais uma dose da vacina.
O estudo que está na base do pedido, conduzido em Israel, ainda não foi totalmente divulgado, pelo que não é possível analisar toda essa informação.
À Associated Press, um especialista em vacinação do Centro Médico da Universidade da Vanderbilt (Tennessee), William Schaffner, disse que a autorização da FDA seria apenas um primeiro passo e não significaria que os norte-americanos recebessem o reforço automaticamente.
À Associated Press, um especialista em vacinação do Centro Médico da Universidade da Vanderbilt (Tennessee), William Schaffner, disse que a autorização da FDA seria apenas um primeiro passo e não significaria que os norte-americanos recebessem o reforço automaticamente.
“As vacinas foram concebidas para nos manter fora dos hospitais. Administrar outra dose seria um grande esforço, pois, neste momento, estamos a esforçar-nos para dar às pessoas a primeira dose”, acrescentou.
Atualmente, cerca de 48% da população dos EUA está totalmente vacinada e em algumas zonas do país têm taxas de imunização muito baixas, locais onde o contagio da variante Delta está a crescer.
c/Lusa