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EUA pedem investigação sobre possível fraude eleitoral na Geórgia

por Lusa
O desfecho das eleições na Geórgia revela-se pouco consensual David Mdzinarishvili - EPA

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos solicitou uma investigação a uma possível fraude nas eleições legislativas da Geórgia, ganhas pelo partido pró-russo no poder, um resultado contestado pela oposição pró-europeia.

"Condenamos todas as violações das normas internacionais", disse Antony Blinken.

Tal como os observadores internacionais e locais, os EUA pedem "uma investigação completa de todos os relatos de violações eleitorais", de acordo com um comunicado do secretário de Estado norte-americano, divulgado no domingo à noite.

Observadores notaram "um ambiente pré-eleitoral marcado pela utilização indevida de recursos públicos por parte do partido no poder, a compra de votos e a intimidação dos eleitores, que contribuíram para criar condições de concorrência desiguais e minaram a confiança pública e internacional na possibilidade de um resultado justo", lamentou Blinken.

Horas antes, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, tinha também pedido às autoridades eleitorais da Geórgia para investigarem as irregularidades nas legislativas, indicando que a UE vai "avaliar a situação e determinar os próximos passos" nas relações com o país, na reunião em Budapeste, no início do próximo mês.

A oposição considera que a previsível vitória do partido no poder, Sonho Georgiano, vai aproximar o país de Moscovo, afastando a adesão à UE, um objetivo tão importante para grande parte da população, consagrado na Constituição.

Os observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), da NATO e da UE afirmaram no domingo que as legislativas foram "marcadas por desigualdades (entre candidatos), pressões e tensões".

Os observadores eleitorais georgianos, destacados em todo o país, também relataram múltiplas violações e disseram que os resultados não refletem "a vontade do povo georgiano".

 

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