EUA neutralizam armamento e ataques de rebeldes do Iémen

por Lusa

Os Estados Unidos reivindicaram hoje a destruição de dois lançadores de mísseis e dois `drones` dos Huthis do Iémen nas últimas 48 horas, numa altura em que os rebeldes intensificaram os ataques à navegação internacional.

As forças norte-americanas "destruíram com sucesso dois lançadores de mísseis numa zona do Iémen controlada pelos Huthis apoiados pelo Irão", disse o Comando Central dos Estados Unidos (CENTCOM) num comunicado citado pela agência espanhola EFE.

Foram também destruídos "dois sistemas aéreos não tripulados (UAS) sobre o Mar Vermelho" lançados pelos rebeldes iemenitas.

As duas ações ocorreram na terça e na quarta-feira, segundo o CENTCOM, coincidindo com as alegações dos Huthis de seis ataques com mísseis balísticos e `drones` contra navios nos mares Vermelho, Arábico e Mediterrâneo.

O porta-voz militar dos Huthis, Yahia Sarea, afirmou na quarta-feira que os ataques do grupo ao longo da semana visaram navios mercantes em águas internacionais, incluindo navios dos Estados Unidos e da Grécia.

Sarea disse que a maioria dos ataques "atingiu os alvos".

O grupo xiita do Iémen lançou desde meados de novembro ataques contra navios no Mar Vermelho para prejudicar economicamente Israel, em resposta à guerra em Gaza.

Estas ações causaram graves perturbações no comércio marítimo mundial, o que levou os Estados Unidos e o Reino Unido a intervir militarmente no Iémen, com a ajuda de outros países da região.

Os rebeldes, que controlam vastas áreas do Iémen central e ocidental, anunciaram recentemente a expansão das operações no Oceano Índico.

As ações dos Huthis obrigaram muitos armadores a suspender a passagem pelas rotas marítimas do Mar Vermelho.

Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o transporte marítimo de contentores através do Mar Vermelho diminuiu quase 30% num ano.

Antes da guerra entre Israel e o Hamas, entre 12% e 15% do tráfego mundial passava pela rota do Mar Vermelho, de acordo com a União Europeia.

Em guerra há mais de uma década, o Iémen é considerado o país mais pobre da Península Arábica.

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