EUA e aliados ocidentais saúdam início da ajuda humanitária a Gaza

por Lusa
Joe Biden e os líderes de cinco aliados ocidentais saudaram a entrada de ajuda humanitária em Gaza Al Drago - EPA

O presidente dos EUA e os líderes de cinco aliados ocidentais saudaram domingo as duas primeiras caravanas de ajuda humanitária que entraram na Faixa de Gaza e apelaram ao respeito pelo direito internacional.

Joe Biden conversou com o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau e a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni, disse a Casa Branca.

Num comunicado, a presidência dos EUA disse que os líderes se comprometeram a continuar a coordenação com os parceiros da região para garantir "acesso sustentado e seguro a alimentos, água, cuidados médicos e outra assistência" a Gaza.

A passagem fronteiriça de Rafah reabriu no domingo para que 17 camiões com ajuda humanitária para o povo palestiniano pudessem chegar até à Faixa de Gaza, depois de no sábado terem entrado 20 camiões.

Após a passagem dos primeiros 20 camiões, as Nações Unidas estimaram que a sua carga equivalia apenas a 4% das importações diárias em Gaza antes do início da guerra, e que seriam necessários pelo menos 100 camiões por dia.

Os habitantes da Faixa de Gaza estão sujeitos a um bloqueio israelita que cortou os alimentos, a água, os medicamentos e a eletricidade desde que o grupo islamita do Hamas lançou uma ofensiva contra o sul de Israel em 7 de outubro.

Desde então, os mais de 2,4 milhões de habitantes do território, metade dos quais crianças, têm-se debatido com ataques aéreos israelitas e com recursos cada vez mais escassos.

Os seis chefes de Governo apelaram ao "respeito pelo direito humanitário internacional, incluindo a proteção dos civis", apesar de terem "reiterado o seu apoio a Israel e ao seu direito de se defender contra o terrorismo".

O comunicado prometeu também uma estreita coordenação diplomática, inclusive com parceiros "chave" na região, "para evitar que o conflito alastre, preservar a estabilidade no Médio Oriente e trabalhar para uma solução política e uma paz duradoura".

Além disso, os líderes discutiram a situação dos seus próprios cidadãos presos pela guerra, "especialmente aqueles que desejam deixar a Faixa de Gaza", território palestiniano sujeito a um bloqueio imposto por Israel.

De acordo a Casa Branca, os cinco líderes ocidentais manifestaram a Biden a satisfação com a libertação de duas reféns, uma mãe e filha com cidadania norte-americanas, e apelaram à libertação "imediata" de todos os cerca de 210 reféns mantido pelo Hamas em cativeiro.

O grupo islamita lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, num conflito já provocou pelo menos 6.200 mortos e milhares de feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.

 

 

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