As forças norte-americanas anunciaram que destruíram um `drone` dos rebeldes xiitas Huthis do Iémen, na terça-feira, numa zona ao sul do Mar Vermelho.
Num comunicado, o Comando Central dos Estados Unidos (CENTOM, em inglês) afirmou que "um veículo aéreo não tripulado" foi atacado e destruído na terça-feira "com sucesso (...) numa área do Iémen controlada por terroristas Huthis, que são apoiados pelo Irão".
O `drone` representava "uma ameaça iminente aos Estados Unidos, às forças da coligação e aos navios mercantes na região", afirmou a nota do CENTOM.
Esse comunicado dos Estados Unidos foi divulgado horas depois dos insurgentes iemenitas terem publicado, na rede social X, um vídeo de um ataque com `drones` contra um navio mercante no Mar Vermelho.
Os Huthis disseram, numa nota que acompanhava o vídeo, que se tratava do navio "Cyclades", um cargueiro de cereais grego com bandeira de Malta, que "se dirigia para os portos da Palestina ocupada", referindo-se a Israel.
O porta-voz militar Huthi anunciou na terça-feira novos ataques "com vários `drones`" contra dois navios no Mar Vermelho, um deles o "Cyclades" e outro era o cargueiro MSC Orion, com bandeira da Madeira e que navegava no Oceano Índico, com procedência de Portugal e destino Omã.
O CENTCOM afirmou que nas últimas 48 horas foram lançados pelo menos oito `drones` e três mísseis balísticos contra navios no Mar Vermelho pelos Huthis, referindo ainda que vários desses armamentos foram destruídos pelas forças norte-americanas no contexto das suas ações militares para proteger a navegação na região.
Estes novos ataques coincidem com uma campanha diplomática dos EUA, juntamente com os seus parceiros árabes e atores europeus, para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A guerra no enclave palestiniano foi o pretexto utilizado pelos Houthis para iniciarem os seus ataques com `drones` e mísseis em meados de novembro contra navios israelitas ou navios que se dirigiam para Israel, bem como contra navios militares norte-americanos no Mar Vermelho, por onde circula pelo 15% do comércio marítimo mundial.
C/ Lusa